terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cai número de mortes provocadas por Aids no DF

Testes rápidos da Secretaria de Saúde do DF estão facilitando o dignóstico precoce da doença


Em apenas 30 minutos resultado do teste de HIV é entregue ao pacienteDivulgação / GDF
O número de mortes provocadas pelo vírus HIV caiu no Distrito Federal nos últimos anos. A Secretaria de Saúde do DF explicou que o surgimento dos antirretrovirais, conhecido como "coquetel", que se incorporaram ao tratamento a partir de 1996, está ajudando na manutenção da qualidade de vida das pessoas infectadas pela doença.   
O gerente da GEDST (Gerência de Doenças Sexualmente Transmissíveis), Sérgio Dávila, acredita que esses medicamentos e os testes rápidos realizados pela pasta estão ajudando a reduzir o número de óbitos na capital federal.  
— A sua utilização [do coquetel] no tratamento, oferecido pelos Serviços de Referência da SES-DF, reduziu a taxa de 11,6 mortes por 100 mil habitantes (em 1996) para 4,2 mortes por 100 mil habitantes em 2012.  
A secretaria informou que pelo menos 100 pessoas morrem todos os anos em decorrência da Aids, mas que os tratamentos disponibilizados pela pasta estão garantindo a qualidade de vida às pessoas que precisam conviver com o HIV. 
Dávila esclareceu, ainda, que os testes rápidos aumentam a capacidade de se realizar diagnóstico precoce, com menos prejuízo à saúde do doente.  
— No entanto, a Aids continua sendo uma doença grave e portanto devem ser mantidos e ampliados os esforços na redução de sua transmissão, pois ainda surgem por ano cerca de 500 casos novos no DF.  
Para o gerente, o próximo passo para reduzir ainda mais a mortalidade dessas pessoas é ampliar a oferta dos testes e o tratamento para outras doenças sexualmente transmissíveis na rede básica de saúde.   
Entre as medidas preventivas está, por exemplo, a distribuição de preservativos masculinos e femininos e orientações para práticas sexuais mais seguras.   
— Tudo isso deve ser mantido em nossa agenda de prioridades, mas algo ainda permanece e deve ser combatido: o preconceito em relação à Aids e à sexualidade humana, que leva à discriminação, pela sociedade em geral, de diversos segmentos da população, tais como homosexuais, usuários de drogas, profissionais do sexo e, principalmente, os que vivem com Aids, colocando-os numa permanente condição de vulnerabilidade que afeta a sua saúde e de toda a população.
Dentre os casos de Aids diagnosticados no Brasil, o DF ocupa o 25º lugar dentre as capitais brasileiras, com um coeficiente de incidência média de 18 casos por 100.000 habitantes, nos últimos 5 anos. Desde a identificação do primeiro caso de aids, em 1985, até agosto de 2013, já foram notificados 8.803 casos da doença. Em 2012 a incidência foi de 19,9 casos por 100.000 habitantes, com 527 casos notificados.  
No período de 2007 a 2012, em média, foram diagnosticados anualmente 110 casos de aids em pessoas residentes em outros estados brasileiros, principalmente do Estado de Goiás. Muitas destas pessoas acabam por receber tratamento no DF.
FONTE: R7 DF

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