Transporte no DF
Transtornos na pista
As obras nas ruas do DF já complicam o tráfego, mas a avalanche de reformas ainda terá novos capítulos
Balão do aeroporto: alargamento das faixas e construção de um viaduto (Foto: Joédson Alves) |
Os motoristas do Distrito Federal tiveram de se acostumar com uma cota extra de aborrecimentos nos últimos meses. Além de enfrentarem os dissabores causados pelo excesso de carros nos horários de pico, eles precisam ultrapassar os obstáculos provocados por uma avalanche de obras que tomou as principais vias da capital e de outras regiões administrativas (veja o mapa no final da matéria). Muitas mudanças fazem parte de um pacote destinado a atender às demandas da Copa do Mundo no próximo ano. Outras se destinam a melhorar a mobilidade da população e amenizar problemas crônicos do DF, como as deficiências do sistema de drenagem das águas das chuvas. ...
Quem já se cansou dos inúmeros transtornos nas pistas deve se preparar: vem mais pela frente. Por enquanto, as obras mais visíveis se encontram em avenidas do Plano Piloto, como o Eixo Monumental e a L2 Norte, no viaduto do balão do aeroporto e na saída Sul, onde estão sendo construídos 53 quilômetros de via exclusiva para o veículo leve sobre pneus (VLP). Pelo cronograma oficial, nos próximos meses serão feitos projetos como a abertura da pista do VLP de Ceilândia até o Plano Piloto e a manutenção da rede de drenagem fluvial na região central de Brasília e em Taguatinga. Alguns desses projetos ainda dependem de licitação para ser iniciados.
Antes do início das obras, a jornalista Hérika Tavares gastava trinta minutos para sair de sua casa, no Riacho Fundo II, e chegar ao SIA, onde trabalha. “Hoje eu levo mais de uma hora para me deslocar e ainda tenho de passar por uma estrada de terra”, afirma Hérica. Uma das pistas percorridas, a Epip, está funcionando com apenas uma faixa, pois as outras duas ficaram interrompidas.
Um dos programas do governo prevê o recapeamento de mais da metade do asfalto do DF. A primeira etapa, que custou 154 milhões de reais, parece perto de chegar ao fim, mas ainda representa um grande incômodo para quem está ao volante. Muitas das vias restauradas permanecem sem sinalização, o que aumenta o perigo para os motoristas. “Deve haver um problema no cronograma de ações. O trecho da W2 em frente à 304 Norte, por exemplo, já está há dois meses sem nenhuma pintura”, afirma o servidor público Adalberto Carvalho, morador da quadra afetada.
De acordo com o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Nilson Martorelli, a demora na sinalização decorre da complexidade do recapeamento. O modelo de reforma adotado prevê a realização do trabalho em cinco etapas (veja o infográfico abaixo). “Leva tempo para pintar, pois antes precisamos restaurar toda a pista”, diz Martorelli. Tal acabamento, segundo ele, só pode ser feito quinze dias após a finalização dos reparos no asfalto. “Neste ano estamos fazendo intervenções nas pistas da cidade que há muito tempo são necessárias”, afirma o secretário de Obras do DF, Davi de Matos, também para justificar a delonga na conclusão das obras.
Com tantos percalços causados por faixas interrompidas, quebra-quebras no asfalto e máquinas pesadas no meio das ruas, espera-se que depois de tudo concluído a vida dos brasilienses, de fato, melhore. Enquanto isso não ocorre, só resta aos motoristas ter cuidado no trânsito e, claro, muita paciência.
Pavimentação em cinco etapas
Confira o passo a passo do trabalho feito na recuperação do asfalto
Quem já se cansou dos inúmeros transtornos nas pistas deve se preparar: vem mais pela frente. Por enquanto, as obras mais visíveis se encontram em avenidas do Plano Piloto, como o Eixo Monumental e a L2 Norte, no viaduto do balão do aeroporto e na saída Sul, onde estão sendo construídos 53 quilômetros de via exclusiva para o veículo leve sobre pneus (VLP). Pelo cronograma oficial, nos próximos meses serão feitos projetos como a abertura da pista do VLP de Ceilândia até o Plano Piloto e a manutenção da rede de drenagem fluvial na região central de Brasília e em Taguatinga. Alguns desses projetos ainda dependem de licitação para ser iniciados.
Antes do início das obras, a jornalista Hérika Tavares gastava trinta minutos para sair de sua casa, no Riacho Fundo II, e chegar ao SIA, onde trabalha. “Hoje eu levo mais de uma hora para me deslocar e ainda tenho de passar por uma estrada de terra”, afirma Hérica. Uma das pistas percorridas, a Epip, está funcionando com apenas uma faixa, pois as outras duas ficaram interrompidas.
Um dos programas do governo prevê o recapeamento de mais da metade do asfalto do DF. A primeira etapa, que custou 154 milhões de reais, parece perto de chegar ao fim, mas ainda representa um grande incômodo para quem está ao volante. Muitas das vias restauradas permanecem sem sinalização, o que aumenta o perigo para os motoristas. “Deve haver um problema no cronograma de ações. O trecho da W2 em frente à 304 Norte, por exemplo, já está há dois meses sem nenhuma pintura”, afirma o servidor público Adalberto Carvalho, morador da quadra afetada.
De acordo com o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Nilson Martorelli, a demora na sinalização decorre da complexidade do recapeamento. O modelo de reforma adotado prevê a realização do trabalho em cinco etapas (veja o infográfico abaixo). “Leva tempo para pintar, pois antes precisamos restaurar toda a pista”, diz Martorelli. Tal acabamento, segundo ele, só pode ser feito quinze dias após a finalização dos reparos no asfalto. “Neste ano estamos fazendo intervenções nas pistas da cidade que há muito tempo são necessárias”, afirma o secretário de Obras do DF, Davi de Matos, também para justificar a delonga na conclusão das obras.
Com tantos percalços causados por faixas interrompidas, quebra-quebras no asfalto e máquinas pesadas no meio das ruas, espera-se que depois de tudo concluído a vida dos brasilienses, de fato, melhore. Enquanto isso não ocorre, só resta aos motoristas ter cuidado no trânsito e, claro, muita paciência.
Pavimentação em cinco etapas
Confira o passo a passo do trabalho feito na recuperação do asfalto
Clique na imagem acima para ver em alta resolução (Fonte: Novacap)
Rotas difíceis
Dados dos atuais quebra-quebras nas ruas e dos que ainda vêm pela frente
Dados dos atuais quebra-quebras nas ruas e dos que ainda vêm pela frente
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