segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Laudo reafirma origem do óleo que atingiu Lago Paranoá


Laudo reafirma origem do óleo que atingiu Lago Paranoá

Após comparar produto retirado do lago com piche de asfalto e óleo da caldeira do HRAN, análise da Unb comprovou que mancha veio do hospital
 BRASÍLIA (28/10/13)- Um novo laudo apresentado hoje (28) pela Universidade de Brasília (UnB) reafirma que o produto responsável pela mancha que atingiu o Lago Paranoá no último dia 17 foi óleo diesel da caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

Análise de três amostras extinguiu a hipótese de contaminação por piche de asfalto das obras de recapeamento da cidade. "De fato, o perfil é identifico entre as duas amostras (óleo retirado do lago e da caldeira) e bastante diferente do piche asfáltico", revelou o documento.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, a nova análise confirma o resultado da inspeção feita na semana do acidente. "Um robô já tinha caminhado pelas galerias e mostrado que a mancha começa no posto de inspeção do óleo que sai (da caldeira) do HRAN", explicou.

LIMPEZA- Brandão afirmou hoje que a descontaminação do Lago Paranoá, iniciada imediatamente após o vazamento e reforçada no dia 21 com a atuação de uma empresa ligada à Petrobrás, pode ser concluída até sexta-feira. O prazo inicial de 20 dias termina só no próximo dia 10.

"Após entendimento entre o GDF e a Petrobrás, a companhia aceitou absorver os custos (da despoluição)", acrescentou o secretário. O serviço realizado pela empresa Suatrans Cotec estava orçado em R$ 2,5 milhões.

Enquanto técnicos ainda removem óleo das margens, fundo e superfície do lago, há pequenas restrições aos banhistas, que devem evitar a área isolada próxima ao Iate Clube, e às embarcações, que devem passar pelo local com velocidade reduzida para evitar o transbordo do óleo.

PREVENÇÃO- Após o incidente do dia 17, a Secretaria de Saúde afirmou que o processo licitatório para a troca das caldeiras do hospital já havia sido iniciado e agora foi acelerado para evitar novos acidentes.

"A caldeira será substituída, mas isso levará alguns meses, então a Novacap está instalando uma nova caixa separadora de óleo (no HRAN). Mesmo que vaze novamente, não atingirá o Lago", esclareceu o secretário de Meio Ambiente, à frente das ações do comitê criado após o incidente.

A multa de aproximadamente R$ 280 mil pelo dano ambiental foi aplicada à Secretaria de Saúde, que deverá repassá-la à empresa terceirizada responsável pela operação e manutenção da caldeira do HRAN.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

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