EUA monitoraram telefonemas de 35 líderes mundiais, diz jornal
'Guardian' cita documento vazado por Edward Snowden.
Nomes dos alvos de suposta escuta não foram citados.
A americana Agência de Segurança Nacional (NSA) monitorou conversações telefônicas de 35 líderes mundiais, após ter tido acesso a seus números por meio de outra agência federal, segundo documento vazado pelo ex-consultor Edward Snowden e divulgado nesta quinta-feira (24) pelo jornal britânico "Guardian".
O memorando confidencial revela que a NSA encoraja seus funcionários mais graduados na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado, entre outros órgãos, a compartilhar suas agendas, obtendo assim acesso aos números de telefone dos líderes.
O documento não dá os nomes dos líderes que teriam sido espionados.
O texto obtido pelo "Guardian", datado de outubro de 2006, sugere que esse monitoramento não foi um caso isolado.
Segundo o jornal, ele mostra como autoridades americanas que têm contato diplomático com líderes mundiais e políticos podem ajudar na espionagem eletrônica.
A Casa Branca não respondeu diretamente às denúncias. O porta-voz Jay Carney, falando genericamente na sua entrevista diária, disse que os vazamentos claramente "causaram tensões" no relacionamento americano com alguns países, e que os EUA estão tratando das questões pelas vias diplomáticas.
A revelação do "Guardian" ocorre um dia após o governo alemão ter afirmado que o celular da chanceler Angela Merkel pode ter sido "grampeado" pelos EUA.
O incidente está azedando as relações entre os EUA e seus aliados europeus.
Outros países, como o Brasil, foram alvo da suposta espionagem americana, segundo os documentos vazados por Snowden, atualmente asilado na Rússia e procurado pelas autoridades americanas.
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