Presidente de Federação Nacional dos Atletas pede coragem para fazer greve contra o calendário
Após Em relação ao calendário, os jogadores são favoráveis à adequação ao calendário europeu, com a temporada começando no meio do ano...
Após 75 jogadores, incluindo diversos astros, organizarem movimento pedindo mudanças urgentes no calendário do futebol brasileiro para 2014, o presidente em exercício da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), Alfredo Sampaio, pediu "peito" aos jogadores para que façam greve nas rodadas finais do Brasileirão, se necessário, lutem em Brasília por seus direitos.
"Deus queria que eles tenham peito de ir para Brasília e levar isso (luta pela adequação do calendário) até o final. Não pode ser apenas um movimento pontual. Que o calendário está uma porcaria todo mundo sabe, então temos que tomar uma posição contundente", afirmou Sampaio à ESPN Radio. Ele diz apoiar, inclusive, uma possível greve de atletas.
"Já que estão todos dispostos a tomar um posicionamento, deveriam comunicar à CBF que, ou muda, ou a gente não joga as últimas rodadas do Brasileirão. Estou preparando uma proposta disso (greve) e todos vão estar recebendo. Mas tem que ter coragem pra fazer isso. Não podemos ser oportunistas e viver de atitudes pontuais. Não é fácil sentar na mesa e negociar com CBF e Globo, os caras com um (fuzil) AR-15 e nós de (revólver) 38 enferrujado. Tem que causar danos a eles, como eles causam a nós", salientou.
De acordo com o manifesto, os jogadores pretendem basear as mudanças no calendário em cinco pontos. O primeiro seria para "enxugar" as datas; o segundo, estabelecer um número máximo de partidas por mês; o terceiro e quarto, discutir férias e pré-temporada; e o quinto, seria a criação de uma espécie de fair play financeiro.
Em relação ao calendário, os jogadores são favoráveis à adequação ao calendário europeu, com a temporada começando no meio do ano. Os líderes do movimento acreditam que a Conmebol seria o principal empecilho para o modelo, já que a Libertadores teria que terminar em maio, exigindo da entidade sul-americana manobras com todas outras confederações do continente.
Alfredo Sampaio, porém, lamentou a maneira como o documento foi redigido, sem nenhuma consulta à Fenapaf. Um dos líderes do grupo de 75 atletas, o zagueiro corintiano Paulo André foi citado nominalmente.
"Eu espero que haja uma mudança de comportamento deles, no sentido de procurar as entidades. O Paulo André fala demais e desconhece as conquistas das entidades. Se os jogadores tem passe livre, recebem direito de arena ou jogam no verão a partir das 17 horas, é por causa dos sindicatos, e não dos jogadores", ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário