quinta-feira, 26 de setembro de 2013


Dezenas de imigrantes teriam morrido nas obras do Mundial do Catar


Trabalhadores asiáticos em Doha, dias antes da cerimônia de abertura da 15ª edição dos Jogos Asiáticos, em 28 de novembro de 2006

Ao menos 44 nepaleses, que trabalhavam em condições de semi-escravidão, teriam morrido entre 4 de junho e 8 de agosto nas obras do Mundial do Catar-2022, informou o jornal britânico The Guardian nesta quinta-feira.
Citando documentos da embaixada do Nepal no Catar, o jornal diz que mais da metade das vítimas morreu por crise cardíaca ou acidentes de trabalho.
A Confederação Internacional de Sindicatos (ITUC) afirmou ao Guardian que, se o ritmo atual for mantido, ao menos 4.000 operários imigrantes poderão morrer antes da realização do torneio.
O The Guardian declarou ter encontrado provas e testemunhos de que as condições de trabalho visando ao Mundial de futebol se assemelham à escravidão e que, apesar de ainda faltar 9 anos para o evento, a construção dos estádios ainda não foi iniciada.
Alguns trabalhadores nepaleses se queixaram de que não recebem salário e têm seus passaporte retidos para assegurar que não fujam. Trinta deles buscaram refúgio na embaixada de seu país.
O comitê organizador do Mundial disse ao Guardian que está profundamente preocupado com essas acusações.
A Fifa anunciou que entrará em contato com as autoridades do emirado e discutirá as denúncias, segundo um post no Twitter.
A decisão da Fifa de dar a organização do Mundial do Catar foi muito polêmica e provavelmente o torneio terá de ser disputado no inverno (boreal) devido ao forte calor nesse país.

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