quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

TURISMO BRASILEIRO - PA


Conheça as maravilhas de Soure / PA e se encante com as belezas marajoaras



A maior ilha fluviomarinha do mundo é maior que muitos países europeus, como Suíça, ou estados brasileiros, como o do Rio de Janeiro. Entre os meses de fevereiro e maio, as áreas de campos e as planícies ficam alagadas, o que torna a ilha semelhante ao pantanal apesar de localizada em plena região amazônica. Para alcançar as principais cidades de Marajó, Soure e Salvaterra, é necessário apanhar uma balsa em Icoroaci, a 22 km de Belém. Depois de três horas de trajeto, chega-se a Ilha de Marajó, um local muito procurado pelos turistas por causa de suas praias de areia limpa e água salobra.

A Praia de  Pesqueiro/ Soure- PA

 Guarás  da Ilha do Marajó-PA


A Praia do Pesqueiro é a mais procurada e a de melhor infra-estrutura da ilha. Localizada a 10 km do centro de Soure, suas águas mornas atraem muitos belenenses durante os feriados prolongados. Lá, uma garota chamada Andrea vende deliciosas cocadas de cupuaçu.
Logo ao desembarcar em Marajó, o visitante irá perceber búfalos soltos por todo lado. O animal é o símbolo da ilha e visitá-la sem passear na corcunda de um desses animais é como ir ao Vaticano e não ver o Papa. Estima-se que a população de búfalos é quase três vezes maior que a de residentes. O número de cabeças gira em torno de 600 mil distribuídas pelos 13 municípios de Marajó. Há muitas versões para a chegada do animal à ilha. Uma delas conta que um rico fazendeiro o importou do sul da Itália no final do século 19. Outra história assegura que um barco carregado de búfalos, a caminho da Guiana Francesa, naufragou nas imediações do arquipélago, tendo alguns animais sobrevivido depois de nadar ate à ilha. Uma última história conta que eles foram introduzidos por missionários franciscanos no século 18.
Os búfalos se encontram por toda parte da ilha, dentro e fora das cidades. Os animais são de extrema importância para a economia local. Além de fornecerem a matéria-prima para as fábricas de couro, são utilizados como força de tração nas fazendas e na cidade, onde puxam os caminhões de lixo municipais, e até mesmo como montaria policial. Se o tamanho e a cara do bicho assustam, saiba que muitos são treinados para interagir com os turistas.
Os búfalos são animais dóceis, obedientes e mais fortes que eqüinos e bovinos. Acostumados a trabalhar sobre a lama, são ótimos animais de tração. É um animal resistente e com apenas dois anos de idade já rende o dobro de um cavalo adulto em trabalhos pesados. Quando a umidade do ar é baixa ou nos horários de sol a pino, os búfalos precisam de água, pois possuem poucas glândulas sudoríparas. Refrescar constantemente o corpo na lama, mantendo a umidade natural do couro, é imprescindível para o animal.
O Filé Marajoara
O principal prato da Ilha de Marajó é o Filé Marajoara. A receita mistura dois dos ingredientes mais importantes do arquipélago: a carne de búfalo e o queijo feito com o leite do animal.
O restaurante Paraíso Verde, de propriedades dos simpáticos Antônio e Dette, é uma ótima opção para provar o mais tradicional dos pratos marajoaras. Antônio é quem recebe os clientes e lhes dá atenção no salão. Sua esposa Dette é a responsável pela cozinha. O nome Paraíso Verde não poderia ser mais propício. O estabelecimento é cercado de samambaias, árvores frutíferas e nativas da ilha. Antonio conta ter plantado a grande maioria das espécies há mais de dez anos. Com o passar do tempo, viu suas mudas cresceram junto com os negócios. Hoje seu restaurante é um dos melhores e mais procurados de Marajó.
Ao chegar à mesa, o filé coberto com queijo derretido solta um aroma convidativo. Dette conta preferir a carne de búfalo por ser mais saudável que a bovina, pois apresenta nível mais baixo de colesterol. “E alem disso, é mais saborosa”, acrescenta. Ela cita outros pratos deliciosos que também utilizam a carne de búfala, como o Frito do Vaqueiro – carne menos nobre do animal cozida lentamente em gordura em pedaços, e a picanha de baby búfalo – feita quando o animal é abatido mais jovem, originando uma carne mais tenra.

O Queijo do Tonga da Mironga

O Tonga da Mironga é um morador da Ilha de Marajó. Seu nome de batismo é Carlos Augusto Lima Gouvêa, que, além de fabricar um queijo maravilhoso, é também prefeito da cidade de Soure. Seu apelido, Tonga, existe há anos, assim como sua fazenda, a Mironga. É lá que ele produz um queijo de sabor suave que lembra um pouco o gosto de um fundido. Sua textura cremosa o faz derreter dentro da boca. A queijaria existe desde a década de 70 e hoje é comandada pelo filho de Tonga, Guto. Ele conta que o leite de búfala rende mais queijo que o de vaca, além de possuir mais de 30% a menos de colesterol. A produção é vendida in loco, na fazenda Mironga ou em Soure, no Mercadinho Rei do Frango.

Os dóceis búfalos do Marajó



Vocês devem estar habituados a ver fotos minhas feitas no sudeste da Ilha do Marajó. Pois bem, desta vez vamos dar um passeio pelo nordeste da Ilha, onde parte dela é banhada pelo Oceano Atlântico, com belas praias primitivas, campos, mangues e alagados.
Inicialmente apresentarei a vocês o motivo pelo qual Soure é considerada "A Cidade dos Búfalos".
Os registros fotográficos foram feitos durante o passeio matinal no meu primeiro dia na cidade mara-vilhosa de Soure.

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