Matéria publicada no dia 17/12/2012 pelo Jornal de Brasília!
A desigualdade social é motivo de preocupação no Distrito Federal. Embora, a capital apresente a maior renda per capita do País, ainda há cidades, como a Estrutural, que se encontram em situação pior que municípios da Região Metropolitana, como Águas Lindas de Goiás, conhecida por receber pouco investimento e por ter um baixo índice de desenvolvimento. A comprovação partiu dos dados sobre Distribuição de Renda na Área Metropolitana Integrada de Brasília (Amib), divulgada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Águas Lindas de Goiás tem renda per capita maior que cidades-satélites do DF
A desigualdade social é motivo de preocupação no Distrito Federal. Embora, a capital apresente a maior renda per capita do País, ainda há cidades, como a Estrutural, que se encontram em situação pior que municípios da Região Metropolitana, como Águas Lindas de Goiás, conhecida por receber pouco investimento e por ter um baixo índice de desenvolvimento. A comprovação partiu dos dados sobre Distribuição de Renda na Área Metropolitana Integrada de Brasília (Amib), divulgada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
De acordo com o ranking, Águas Lindas, com R$ 370,08, está posicionada em último lugar entre os dez municípios de Goiás mais próximos do DF (veja infografia). Mesmo assim, tem posição mais favorável que a região administrativa mais carente do DF, a Estrutural, com renda per capita de R$ 299,55.
O presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, lembra que a cidade foi consolidada em cima de um lixão a céu aberto. “O histórico do lugar e a situação irregular deixaram marcas e, por isso, merece ultra prioridade do governo e da sociedade na tentativa de reverter esta situação de baixa renda e qualidade de vida”, indica. Ainda segundo a Codeplan, cerca de 70% dos chefes de família no lugar são analfabetos.
Dependência
A renda média domiciliar na Estrutural é de R$ 1.126,79. A dona de casa Michelly Dantas, 28 anos, tem dois filhos e está grávida de oito meses. Todos dependem da mãe de Michelly. A renda per capita da família é abaixo da média registrada para o lugar onde moram há 15 anos, R$ 240.
“Aqui sobrevivemos com o básico. Para melhorar, eu tenho que voltar a trabalhar depois da licença maternidade”, destaca. Na casa da família Dantas, não há carro, nem eletrodomésticos de última geração. As crianças estudam em escola pública e todos dependem de saúde pública. “Viemos morar aqui depois de sairmos da Paraíba, porque não tínhamos condições de pagar aluguel”, relembra Michelly.
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