domingo, 9 de agosto de 2020

Gengibre orgânico é alternativa de renda para pequenos produtores

 

DIVERSIFICANDO


Baixo custo de produção e grande procura no mercado internacional têm motivado agricultores a apostarem no cultivo da raiz

Gengibre

Foto: Governo de São Paulo

Famoso como aliado da saúde, o gengibre tem sido uma alternativa de renda para pequenos agricultores brasileiros. Com baixo custo de produção, o cultivo dura de 8 a 10 meses desde o plantio até a colheita, que tem um trunfo: não precisa ser feita de imediato. Isso porque o gengibre é uma raiz tuberosa que pode ser mantida na terra por um período mesmo após atingir o ponto de maturação. Assim, o agricultor pode esperar um bom momento econômico para fazer a colheita e vendê-lo.

Para incrementar o valor pago pelo alimento, o Espírito Santo, principal estado produtor do país, vem incentivando o cultivo orgânico. A certificação também tem sido demandada por compradores internacionais. “Estamos trabalhando o orgânico desde 2018. Está tendo uma demanda muito grande lá fora. Passamos a estimular os agricultores, que apoiaram a causa e aumentamos a exportação de orgânico”, conta o extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Galderes Magalhães.

A cultura é feita por famílias em propriedades que variam de três a 15 hectares e quando orgânico o produto pode alcançar um valor de 30% a 50% maior. “O gengibre não precisa de altos investimentos em insumos químicos. Este ano, tivemos experiência de alta produtividade só utilizando adubo orgânico”, diz Magalhães.

A área de produção do alimento tem crescido e a venda se concentra no mercado externo, que responde por mais de 90% do gengibre produzido no Espírito Santo. Os últimos dados levantados pelo Incaper apontam crescimento na produção capixaba, que em 2018 foi de 18,68 mil toneladas do produto, com 356 hectares de área colhida. Já em 2019, o volume produzido saltou para 23,06 mil toneladas, com 439 hectares de área colhida.

Alguns dos principais mercados para o produto brasileiro estão na Europa, Estados Unidos e Japão, mas países árabes como Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita já estiveram entre os compradores. “O nosso gengibre é muito bem visto no mundo inteiro. A variedade que temos aqui, gengibre gigante, contém bastante fibra. Isso permite que, após ser colocado no contêiner, ele consiga se manter em qualidade aceitável para viajar de navio para seu destino”, afirma Magalhães.

A exportação deve dobrar no ano que vem. “Começamos a exportação em fevereiro, porém com volume menor já porque lá fora a pandemia estava muito mais forte. No início, ficou mais caro o processo para exportação porque precisou ser enviado por avião, mas depois o custo de transporte diminuiu. Conseguimos manter a comercialização”, conta o extensionista do Incaper.

Já no estado de São Paulo, onde o município de Tapiraí responde por 51% da produção estadual, os agricultores vendem no mercado interno e viram um aumento de demanda. É o caso da Associação Rural Comunitária de Promoção Humana e Proteção à Natureza, que reúne agricultores do município. Segundo Ivanete Borba, que já presidiu a associação e atualmente é conselheira fiscal dela, a procura pelo produto tem aumentado este ano de março para cá.

Os 21 associados comercializam no Ceagesp de Sorocaba e atendem pedidos diretos de outras empresas interessadas. Cada produtor da associação destina, em média, 1,5 hectare da propriedade para o cultivo de gengibre, sempre aliado a outras culturas.

O grupo de pequenos produtores têm se profissionalizado e com 19 anos de história, a associação se prepara, agora, para um novo passo. “Aprendemos a administrar a associação com um projeto que nos apoiou. Agora, estamos nos planejando para atender a exportação. E a qualidade tem que ser boa, com gengibre com fibra para resistir no caminho dessa venda ao exterior”, diz a produtora.

Se o clima frio e a geografia montanhosa do município são propícios para o cultivo, a experiência dos agricultores familiares mostra que o caminho é a qualidade. “Aqui não conseguimos crescer muito em volume porque tem muitas áreas onde não entra trator e outras máquinas, por exemplo. Por isso, precisamos investir na qualidade do gengibre”, explica ela.

Os paulistas também estão passando por uma fase de transição para o cultivo orgânico. “Aqui tem muita mata e microrganismos que ajudam nisso. O clima também contribui para cultivo do nosso gengibre, que contém mais fibra e por isso pode ser exportado. Esse ano, estamos na colheita desta qualidade que planejamos”, conclui a produtora.

Por Canal Rural

Previsão do tempo indica temporais em áreas hoje muito secas; veja onde

 

TOP 5


No Top 5 de conteúdos mais vistos, têm também cursos online da Embrapa e um tira dúvidas sobre posse de arma em propriedades rurais; confira a lista

A meteorologia indica mudança no tempo a partir desta quarta-feira, 12. A previsão é de que uma nova frente fria conseguirá romper o bloqueio atmosférico e avançar pelo Centro-Sul. Apesar de a chuva ser mais significativa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, também atingirá áreas do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, que estão há até 40 dias sem precipitações superiores a 10 milímetros. A boa notícia se tornou o conteúdo mais visto na última semana.

Na sequência do Top 5, vem a notícia de que a Embrapa abriu inscrições para 6 cursos gratuitos online. As inscrições ainda estão abertas e há vagas, então aproveite.  Tem também um tira dúvidas sobre posse de arma em propriedades rurais.

Confira a lista completa de matérias mais vistas na semana!

1) Previsão do tempo da próxima semana mostra até temporal em áreas hoje muito secas; veja onde

chuva tempestade clima previsão do tempo

Foto: Pexels

Atualmente, chove forte apenas em parte do litoral do Nordeste, mas meteorologia prevê mudanças drásticas nas condições do Centro-Sul. Confira a previsão!

2) Embrapa abre inscrições para 6 cursos gratuitos de capacitação a distância

internet, site, computador, curso, vaga, estágio

Foto: Agência IBGE Notícias

Todo o conteúdo dos cursos foram elaborados pelas equipes técnicas da empresa e possuem linguagem adaptada para o ensino a distância. Saiba mais!

3) Três perguntas e respostas sobre posse de arma em propriedades rurais

Como obter posse e porte de armas no campo

Foto: Pixabay

Consultor jurídico elucidou dúvidas de telespectadores sobre novas regras a respeito da posse de arma com base na Lei 13.870, de setembro de 2019. Veja a matéria!

4) Vídeo que mostra diferenças entre alho brasileiro e chinês viraliza na internet; confira

alho

Foto: Pixabay

Presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Rafael Corsini, mostra algumas características do alimento para facilitar a escolha do consumidor na hora da compra. Leia o conteúdo!

5) Soja bate recorde e chega a R$ 127 no Porto de Rio Grande, aponta Safras

grãos soja

Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

De acordo com a consultoria, aproveitando o bom momento, a comercialização da safra futura continua avançando e produtor já negocia até para 2022. Saiba mais!

por;canal rural 

Cavalo é diagnosticado com mormo no Tocantins e será sacrificado

 

SEXTO CASO NO ANO


Segundo a Agência de Defesa Agropecuária, a fazenda ficará interditada temporariamente para exames nos outros animais que possam ter tido contato


cavalo mormo adapec


Foto: Adapec/TO

Um cavalo testou positivo para mormo em Santa Fé do Araguaia, no norte do Tocantins, informa a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). A propriedade rural será interditada e o animal deve ser eutanasiado na próxima semana. De acordo com a entidade, esse é o sexto caso da doença no estado este ano.

O gerente de sanidade animal da Adapec, Sérgio Liocádio, conta que a identificação veio após um veterinário autônomo fazer exame no cavalo para fins de trânsito. “Como o resultado deu positivo, o laboratório informa ao Ministério da Agricultura, que repassa para nós providenciarmos o exame complementar confirmatório western blotting, realizado no laboratório oficial. Se o resultado for positivo, iniciamos as medidas sanitárias de contenção”, diz.

A propriedade foco só será liberada após a realização de dois exames consecutivos com resultados negativos para todos os equídeos existentes no imóvel rural. Além disso, são coletadas amostras dos animais suscetíveis à doença nas proximidades, dentre outras medidas sanitárias.

A Adapec ressalta que dispõe de novo método de eutanásia que utiliza o fármaco T-61, que “induz à morte de forma rápida, sem dor e com mínimo de estresse”.

Por se tratar de uma zoonose, que pode ser transmitida do animal para o homem, a agência comunicou à Secretaria Estadual da Saúde para tomar as providências em relação à pessoas que possam ter tido contato com o animal, conforme prevê a legislação.

A doença

O mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática), na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.

por;canal rural 

Veja 10 cuidados que devem ser tomados contra incêndios nas plantações

 

FIQUE DE OLHO


Fazer aceiro e limpar bem a área de itens que possam iniciar as chamas são duas das dicas da Secretaria de Agricultura de São Paulo

incêndios em lavoura de milho


Incêndios são comuns em boa parte do país nesta época por conta do clima mais seco. Foto: Flávio Dornelles Macedo

O inverno é a época mais seca do ano em parte do Brasil. Duranta a estação, propriedades rurais são ameaçadas por incêndios e queimadas, que acontecem por motivos variados. Até um caco de vidro, lata ou um pedaço de metal podem ser responsáveis por dar início ao fogo que, sem controle, pode consumir grandes áreas de plantações ou matas.

“Os proprietários de áreas rurais precisam ficar atentos para evitar incêndios de grandes proporções em suas lavouras, e sempre é bom reforçar as medidas de prevenção, já que fatores como o aumento da incidência de ventos, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas contribuem para que os incêndios ocorram”, lembra o engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli, técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

Por isso, a pasta elencou dez dicas para que o produtor evite problemas. Confira:

  1. Ficar a par da legislação porque, sendo ou não culpa do proprietário, ele poderá responder pelos danos;
  2. Fazer aceiro (faixas ao longo das cercas livres de vegetação da superfície do solo) com grade e/ou enxada para que o fogo não passe para outros locais. A técnica tem baixo custo e é muito eficaz;
  3. Manter um tanque de água sempre cheio e meios de transporte para levar a água até o local do incêndio;
  4. Fazer uma limpeza, eliminando materiais de fácil combustão das áreas;
  5. Elaborar um plano de contingência junto aos funcionários e à família, como a discussão prévia das medidas para conter o incêndio. Mobilizar todas as pessoas da fazenda e também os vizinhos para evitar que o fogo fique incontrolável;
  6. Ter todos os telefones úteis à mão, como do Corpo de Bombeiros, prefeitura e/ou Defesa Civil. Se houver usinas nas proximidades, também ter o contato delas, pois contam com brigadas de incêndio e colaboram com os proprietários a fim de evitar maiores danos caso o fogo se alastre também pelos canaviais;
  7. Se o fogo for em área de pastagem, abrir a cerca para os animais saírem para lugares a salvo do fogo;
  8. Incentivar que funcionários e toda a família faça cursos de prevenção e controle de incêndio. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promove cursos on-line gratuitos sobre o tema;
  9. O produtor rural deve fazer um monitoramento ou vigilância constante da sua propriedade, pois apesar das orientações para prevenção, os incêndios fatalmente podem ocorrer e é necessário que o proprietário rural possa garantir a sua segurança física e de todos, funcionários e vizinhos, mas também a segurança jurídica, de forma que possa comprovar os seus cuidados com a propriedade e com o meio ambiente. Para isso é interessante manter um arquivo fotográfico das suas Áreas de Proteção Ambiental (APP) e Reserva Legal, dos aceiros e também dos equipamentos de combate ao fogo, se existirem, como abafadores; trator-pipa; bomba d’água, entre outros;
  10. Havendo incêndio, fotografar os prejuízos econômicos e ambientais em decorrência do fogo: cercas, animais domésticos e silvestres, pastagem, plantações, etc. É importante, ainda, registrar um boletim de ocorrência que contenha declarações das pessoas envolvidas na contenção do fogo e um relatório dos bombeiros, caso tenha havido a participação, assim como um documento de entidades públicas e parceiros (usinas) que contribuíram para a contenção do fogo ou tomaram conhecimento da ocorrência.
por;canal rural 

Embrapa sugere cereais de inverno e milheto para composição de rações

 

ALTERNATIVA


Pesquisadores afirmam que esses produtos são uma boa alternativa para substituir parcialmente o milho na alimentação animal quando o preço estiver alto

milheto


Foto: Sandra Brito/Embrapa Milho e Sorgo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou esta semana os resultados de pesquisa para utilização de cereais de inverno e milheto na substituição do milho em rações para suínos e aves.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demonstram uma relação desproporcional da área utilizada com as culturas de verão em relação às de inverno – trigo, cevada, aveia, centeio, triticale e canola – na região Sul. “Nós usamos apenas 15% da área de produção com as culturas de inverno, se compararmos com as culturas de verão”, informou Eduardo Caierão, pesquisador da Embrapa Trigo e especialista em melhoramento genético. “Temos um potencial grande para desenvolver os cereais de inverno na região Sul”, complementou.

Caierão explicou que existem vários cereais cultivados no inverno, mas o trigo tem o maior potencial para alimentação de aves e suínos. “É também o que ocupa maior extensão de área cultivada e, por isso, capaz de suprir a demanda na eventualidade de abastecer as indústrias de ração. Contudo, também observamos uma procura recente pelo triticale, que também pode ser usado na mistura da ração para aves e suínos”, detalhou.

O pesquisador destacou que o uso de cereais de inverno é uma boa alternativa para substituir parcialmente o milho na ração animal quando o preço estiver acima dos padrões, dispensando a necessidade, inclusive, de buscar o produto em outros estados, o que acarreta aumento no custo final do milho devido ao transporte.

Pesquisas contribuem para aumento de produtividade

Nas últimas décadas, a pesquisa contribuiu para o aumento da produtividade de cereais de inverno. “Passamos de uma produtividade de 700 quilos por hectare a uma média de 2,4 toneladas por hectare. E ainda temos potencial para produzir mais de seis toneladas de trigo por hectare, sem irrigação, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, disse o pesquisador da Embrapa Trigo. “Há potencial genético não só para o trigo, mas para outros cereais alcançarem a média de seis toneladas por hectare, o que dá três vezes a média que obtemos na região Sul atualmente. Porém, há muito espaço para percorrer em relação ao que a pesquisa e a genética têm disponibilizado e o que realmente está sendo obtido no campo”, acrescentou.

Adequação para uso em rações animais

Na apresentação, Eduardo Caierão enfatizou que todas as cultivares de trigo podem ser utilizadas no mercado de rações, levando-se em conta a questão energética do amido. “No entanto, é preciso identificar as cultivares mais resistentes, com maior produtividade e que apresentem boa rentabilidade com menor custo de produção possível”, explicou.

Ele citou a BRS tarumã, com potencial proteico superior ao de outras cultivares. “O que pode ser o diferencial na substituição do milho nas rações”, disse, lembrando que a Embrapa, em parceria com o setor produtivo, busca desenvolver cultivares específicas de cereais para alimentação animal. “Há muito potencial a ser explorado nessas culturas de inverno”, afirmou.

De acordo com o pesquisador, na região Centro-Oeste, sob irrigação, é possível obter rendimentos semelhantes aos da Nova Zelândia e Argentina, países com grande produção de trigo.

Milheto

A Embrapa Milho e Sorgo apresentou os resultados de pesquisa com o milheto, cereal versátil utilizado para formação de palhada em áreas de plantio direto, proteção do solo e reciclagem de nutrientes. De acordo com a entidade, o milheto também é usado na alimentação humana na África e na Índia, e sua utilização na alimentação animal começa a crescer no Brasil.

Cícero Meneses, da Embrapa Milho e Sorgo, e Jorge Ludke, da Embrapa Suínos e Aves, apresentaram o potencial do uso de grãos de milheto na alimentação de suínos e aves. Um dos destaques foi o valor proteico superior ao do milho, além de maior quantidade de aminoácidos essenciais, como a lisina, fundamental para suínos. “Com relação às suas características nutricionais, o milheto é superior ao milho e ao sorgo. É um produto que tem 30% mais proteína do que o milho”, explicou Meneses.

Segundo ele, com mais pesquisas científicas, o produto poderá se consolidar como um importante alimento na cadeia de rações. “Sabemos que, quando a soja está com preço elevado, os produtores buscam o milheto para reduzir a quantidade de soja na ração. Podemos melhorar essa oferta”, disse o pesquisador.

Ele ressaltou que, para o frango de corte, o milheto substitui o milho em 60% na fase inicial e 70% na fase final. Para suínos, o uso pode variar entre 67% na fase inicial e 86% na fase final. “É interessante notar que, no caso do frango de corte, pode-se dar o grão inteiro, resultando em uma economia muito interessante, pois não é necessário moagem e o grão pode ser armazenado na fazenda”, complementou.

O milheto é um cereal comum, porém ainda utilizado apenas na palhada. Seu ciclo é curto, variando de 75 a 120 dias, e já existem materiais no mercado de alta produtividade. A palhada do milheto é muito importante para a soja e o manejo de nematóides. Porém, de acordo com Meneses, existem carências de pesquisa, estudos de mercado e incentivos para a cadeia produtiva.

Por Canal Rural

JBS oferece mais de 5.200 mil vagas em 16 estados e no Distrito Federal

APROVEITE


As oportunidades de emprego são, em geral, para as atividades de corte, abate e desossa de carnes de bovinos, aves e suínos

Por Canal Rural

jbs vagas de emprego


Foto: JBS/divulgação

A JBS anunciou a abertura de 5,2 mil novas vagas de emprego em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal. As oportunidades são, em geral, para as atividades de corte, abate e desossa de carnes de bovinos, aves e suínos. Também há posições disponíveis nos Centros de Distribuição, lojas, incubadoras de aves, e nas fábricas de ração da empresa em várias regiões.

Na Seara, unidade de negócios de aves, suínos e alimentos preparados da JBS, são mais de 4 mil posições disponíveis no país – mais da metade delas na região Sul do país. Santa Catarina tem o maior número de oportunidades (1500), seguida de Rio Grande do Sul (700) e Paraná (500). Ainda há posições em aberto em outros estados, incluindo São Paulo (700) Mato Grosso do Sul e Bahia, que juntas somam mais de 800 oportunidades.

Na Friboi, empresa líder no segmento de carne bovina no país, a maioria das mais de 700 oportunidades pela empresa está nos estados de São Paulo (400), Goiás (100), Mato Grosso (100), Mato Grosso do Sul (60) e Rondônia (50).

A JBS Couros está com 50 novas oportunidades nos estados de Goiás (Itumbiara, Porangatu e São Luís dos Montes Belos), Minas Gerais (Uberlândia) Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Naviraí e Nova Andradina), Mato Grosso (Barra do Garças, Colíder e Pedra Preta), Rondônia (Cacoal, Colorado do Oeste) e São Paulo (Lins).

Na JBS Novos Negócios, unidade que reúne operações relacionadas às unidades de processamento de proteínas da empresa, são outras 60 vagas para as unidades Ambiental, Biodiesel, Higiene & Limpeza, Embalagens Metálicas e Transportes com destaque para os estados de São Paulo (Lins, Barretos e Guaiçara) e Mato Grosso (Campo Verde).

A Swift tem 250 oportunidades nas lojas do estado de São Paulo com vagas distribuídas entre Grande São Paulo, interior e litoral.

Para participar dos processos seletivos, o candidato deve se inscrever nesta página ou entrar em contato com a unidade da empresa mais próxima.

por;canal rural 

Desmatamento do bioma amazônico em MT caiu 86%, diz Acrismat

 

SUSTENTABILIDADE


Levantamento feito entre os anos de 2004 e 2019 mostra que as áreas desmatada passaram de 11.814 km² para 1.702 km²

Por Canal Rural


O desmatamento no Bioma Amazônia em Mato Grosso foi reduzido em 86%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2004 foram desmatados 11.814 km² e, em 2019, apenas 1.702 km². O governo estadual do Mato Grosso também afirmou que a média de redução do desmatamento no Bioma Amazônia foi de 64% entre 2004 e 2019, uma redução de 34,4% superior à média nacional.

Outros dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que, por meio de estudos realizados durante décadas, a pecuária brasileira alia produtividade à preservação do meio ambiente. De acordo com a Embrapa, 25,6% do território nacional dedicado a preservação da vegetação nativa está localizada em imóveis rurais, porcentagem que demonstra a importância do produtor rural na preservação do meio ambiente.

“Esta é uma informação que deve ser levada ao conhecimento de todo cidadão brasileiro, é preciso que a sociedade tenha a real compreensão da atividade agropecuária. Nós não somos os vilões do meio ambiente”, diz o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Em função de investimentos e uso de tecnologias disponíveis elevando a produtividade, a pecuária mato-grossense conseguiu reduzir aproximadamente 1 milhão de hectares na sua área de pastagem. Em 2009, o estado possuía um rebanho de 27,3 milhões de cabeças de bovinos em 25,3 milhões de hectares, já em 2019, são 20,1 milhões de animais em 24,4 milhões de hectares.

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DATA ESPECIAL

Dia dos Pais: a paixão pelo agro que passa de geração em geração

Conheça a história de quatro famílias que aliaram o conhecimento dos mais experientes com a inovação e tecnologia trazidas pelos mais jovens

Por Canal Rural


Dia dos Pais no campo pode ser sinônimo de sucessão rural. A continuidade da profissão, para muitos, é uma missão: a de produzir alimentos e uma infinidade de outros produtos.

Levantamento  da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo aponta que a média de idade dos produtores rurais paulistas é elevada, por isso a permanência dos jovens na atividade é um fator de extrema importância para a manutenção do segmento, que gera riquezas, renda e emprego, além de garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental.

A seguir, conheça algumas histórias de pais e filhos que aliaram o conhecimento dos mais experientes com a inovação e tecnologia trazidas pelos mais jovens, mantendo tradição familiar e renovação no agronegócio!

Família Marques

família marques dia dos pais

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

No sítio Santa Maria, localizado no município de Adamantina, a família Marques cultiva, em 12 hectares, frutas e pimenta dedo-de-moça. A casa avarandada e adornada com cadeiras convidativas ao descanso, mostra que ali têm pessoas que adoram a vida no campo.

“Há alguns anos, tínhamos apenas café e milho e não estava dando para sobreviver. Eu morria de medo de ter que morar na cidade, pois esse sítio vem desde o meu bisavô, que veio de Portugal no início do século passado. Foi nessa hora que o técnico da Casa da Agricultura nos incentivou a mudar de atividade adotar novas tecnologias. Foi uma grande mudança começar a cultivar frutas e pimenta; mas também uma benção, que incrementou nossa renda e melhorou nossa qualidade de vida”, comenta Waldomiro Ferreira Marques, 69, contabilizando as conquistas que incluem reforma na casa, construção de um barracão, aquisição de um trator e implementos, bem como de mais uma área, onde foi colocado um pequeno rebanho de gado de corte. “É para fazer uma poupança”, conta sorridente.

Mas o prêmio maior, segundo seu Waldomiro, é ter os dois filhos, José Carlos e Fernando, de 32 e 30 anos, respectivamente, trabalhando lado a lado. “Com eles, tenho a garantia de que a família Marques terá continuidade nessa que é uma das profissões mais gratificantes do mundo, apesar de todas as dificuldades”.

A fala é endossada por José Carlos e Fernando. “Eu e meu irmão nascemos no sítio e desde pequenos aprendemos a amar a terra, com o exemplo dos meus pais. Nunca quisemos nos mudar e ter outra profissão, mas entendemos que precisávamos contar com a experiência do meu pai, agregando novos conhecimentos, tecnologia e canais de comercialização. Com o aumento da rentabilidade, pudemos nos manter nessa atividade que amamos e nos proporciona uma qualidade de vida que não teríamos na cidade. O Fernando já se casou, mora em uma cidade próxima, mas vem todo dia para trabalhar conosco. Para nós, é uma felicidade trabalhar com meu pai, estamos já na quarta geração da nossa família”, conta José Carlos.

Família Ribeiro

família ribeiro dia dos pais

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

Com uma história de sucesso escrita com muito trabalho, o empreendedor rural Vicente Antônio Ribeiro encontrou na caprinocultura a sua principal atividade profissional. Mas o começo dessa história foi um pouco diferente das de outros produtores.

“A caprinocultura entrou na vida da minha família pela porta da necessidade, pois meus filhos mais novos tiveram alergia ao leite de vaca e descobrimos que o de cabra era uma alternativa. E realmente foram ‘mágicos’ os benefícios trazidos. Nessa experiência, percebi que existia um grande potencial e um mercado pujante para o leite de cabra, com grandes oportunidades nos setores da genética e do melhoramento animal”, conta Vicente, que investiu na área de genética leiteira, se tornando, após alguns anos de trabalho, um dos principais nomes na caprinocultura do Brasil, inclusive exportando a genética de seu rebanho.

Em 2018, Vicente viu uma oportunidade para a aquisição de um laticínio na cidade de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. A compra da propriedade e da agroindústria coincidiu com o término da faculdade de gastronomia do filho Mateus Maldanis Ribeiro, que até então acompanhava a atividade do pai, como observador.

“Quando terminei o meu curso, meu pai adquiriu o laticínio, então foi a oportunidade para começarmos a trabalhar juntos. Passei a gerenciar o empreendimento e meu pai continuou como responsável pela criação e produção dos animais. Tem sido um arranjo excelente, com aprendizado constante e um amor que só aumenta pela atividade rural”, diz Mateus.

Para o pai, trabalhar com o filho tem sido motivo de felicidade. “A aquisição do laticínio mostrou o acerto com a atividade. Eu acredito muito na caprinocultura como negócio rentável e próspero no Brasil. A extração de leite, a transformação em queijo e derivados, além de um trabalho prazeroso, é realmente interessante e atrativo do ponto de vista econômico. E claro, quando a gente vê o filho envolvido, seguindo seus passos, levando o negócio adiante, trazendo novas ideias e visões da atividade, bem como buscando ocupar espaços que ainda não ocupamos, é uma sensação maravilhosa, que me deixa muito feliz”, salienta Vicente.

Família Simonetti

família simonetti dia dos pais

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

“Em nossa veia acho que corre suco de laranja e não sangue!”. Essa frase dita com um sorriso bem-humorado pelo citricultor Antonio Carlos Simonetti, 42, demonstra que a atividade agrícola é o elo entre a família, que já está na quarta geração de produtores rurais. ”

A história da minha família está ligada à citricultura. Meu bisavô começou a formar mudas de citros em pequenas áreas em Limeira, depois foi expandindo para outras cidades da região. Desde o início, que remonta a muitas décadas passadas, falo com orgulho que sou agricultor, pois hoje toda a minha família continua na atividade rural, com a missão de produzir com qualidade, colocando a marca Simonetti como sinônimo de bons frutos”, diz o produtor que trabalha nas propriedades que hoje estão concentradas em Aguaí (SP) e em Minas Gerais, onde a família cultiva, além de laranja e tangerina, também abacate.

Do pai, Luís Carlos, 66, e do avô Antônio (já falecido), o produtor quer passar para os filhos João Pedro, 15, e Letícia, 12, o mesmo amor pela terra e pela atividade. “Meus filhos estudam, mas nos finais de semana sempre me acompanham. No sítio e na empresa o trabalho é bem dividido, entre o meu pai, que se dedica à abertura, implantação dos pomares e parte estrutural da propriedade; eu, que cuido da comercialização; e minhas duas irmãs, Daniele e Fabiana, que cursaram Agronomia e cuidam da parte fitossanitária, das estufas e da área administrativa”, conta Antonio.

Com esse exemplo de trabalho em família,Antonio passa para o filho o valor e o amor à profissão de produtor rural. “Enfatizo sempre que devemos aprender com nossos pais, valorizando a experiência que vem de geração em geração, aperfeiçoando e agregando novas tecnologias ao modo de trabalho, com dedicação e amor, para que possamos ter produtividade e renda para nos manter na atividade, que é apaixonante, apesar de todos problemas”, fala Antonio Carlos.

Família Melo

família melo

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

Vindo de uma família de agricultores, Eliseu Aires de Melo, 60, diretor da CDRS Regional Avaré, revela que ao pensar em uma formação acadêmica, levou em consideração o histórico familiar, por isso a Agronomia foi a primeira escolha. “Cresci no sítio do meu pai, que era um pequeno agricultor. Quando minha família decidiu ir para a cidade, optei por cursar Engenharia Agronômica para continuar próximo do campo”, explica o engenheiro agrônomo, que exerce a profissão há 36 anos.

O ofício do pai despertou no filho, André Campos de Melo, 29, o interesse pela agricultura, que o fez decidir pela mesma formação. “Por meio do meu trabalho na CDRS, promovi dezenas de Dias de Campo, visitas técnicas e, muitas vezes, meu filho me acompanhava. Acho que isso estimulou a vontade dele em cursar Engenharia Agronômica”, fala Eliseu, com aquele sorriso de satisfação, de um pai que vê o filho seguindo seus passos.

André, que atualmente trabalha em uma usina de cana-de-açúcar, concorda: “Ver a dedicação e acompanhar o trabalho do meu pai de perto, me fez ver o quanto a agropecuária é uma atividade incrível e como os produtores rurais e os empreendedores do agro necessitam de apoio técnico. Então, a minha opção pela Agronomia foi coerente com a minha experiência de vida com o meu pai e a história do meu avô que foi produtor!”.

por;canal rural