segunda-feira, 24 de julho de 2017

POLICIA




Brasileiros dizem que foram mantidos como 'escravos' por igreja dos EUA


Investigação da AP revela que a igreja Word of Faith Fellowship, na Carolina do Norte, usou congregações no Brasil como fornecedoras de jovens que eram forçados a trabalhar por baixa ou nenhuma remuneração.


Por Associated Press


AP    


Imagem de arquivo mostra Andre Oliveira em Spindale, nos EUA, onde disse que foi obrigado a trabalhar 15 horas por dia sem salário (Foto: AP Photo/Mitch Weiss)
Imagem de arquivo mostra Andre Oliveira em Spindale, nos EUA, onde disse que foi obrigado a trabalhar 15 horas por dia sem salário (Foto: AP Photo/Mitch Weiss)



Quando Andre Oliveira respondeu a um chamado para deixar sua congregação vinculada à Word of Faith Fellowship (Associação Palavra da Fé) no Brasil e mudar para a igreja mãe na Carolina do Norte (EUA), teve seu passaporte e dinheiro confiscados pelos líderes da igreja – para proteção, disseram.
Então com 18 anos e preso em um país estrangeiro, ele disse que foi forçado a trabalhar 15 horas por dia, geralmente sem remuneração, primeiro limpando casas para a igreja evangélica secretamente e depois trabalhando nas propriedades dos ministros sêniores. Ele conta que qualquer desvio nas regras os colocava sob a ira dos líderes da igreja, com punições variando de espancamentos a humilhações no púlpito.
"Eles nos traficaram para cá. Eles sabiam o que estavam fazendo. Eles precisavam de mão de obra, e nós éramos mão de obra barata – bom, mão de obra gratuita”, diz Oliveira.
Uma investigação da Associated Press revela que a Word of Faith Fellowship usou seus dois ramos da igreja na maior nação da América Latina como sifão de um fluxo contínuo de jovens trabalhadores, que tinham vistos de turistas ou estudantes, para a sua propriedade de 35 acres na zona rural de Spindale.
Segundo as leis dos EUA, os visitantes com visto de turista são proibidos de realizar um trabalho pelo qual as pessoas normalmente seriam remuneradas. As pessoas com visto de estudantes têm permissão para alguns trabalhos, em circunstâncias que não correspondem às que aconteciam na Word of Faith Fellowship, conforme a AP descobriu.
Em pelo menos uma ocasião, os membros antigos alertaram as autoridades. Em 2014, três ex-congregantes disseram a uma procuradora assistente dos EUA que os brasileiros estavam sendo forçados a trabalhar sem remuneração, de acordo com um registro obtido pela AP.
"E eles espancaram os brasileiros?", perguntou Jill Rose, agora procuradora dos EUA em Charlote.

"Não há dúvidas", respondeu um dos congregantes antigos. Os ministros "na maioria das vezes traziam eles para cá para trabalho gratuito", disse outro.
Embora Rose pudesse ser ouvida prometendo investigação, os membros antigos disseram que ela nunca respondeu quando eles repetidamente tentavam contato nos meses que antecediam à reunião.
Rose se recusou a falar do assunto com a AP, citando uma investigação em andamento.
Oliveira, que abandonou a igreja no ano passado, é um dos 16 membros antigos brasileiros que contaram à AP que foram forçados a trabalhar, frequentemente sem remuneração, e foram agredidos física ou verbalmente. A AP também analisou uma série de relatórios policiais e queixas formais apresentadas no Brasil sobre as condições adversas da igreja.

'Éramos descartáveis'



"Eles nos mantinham como escravos", disse Oliveira, pausando às vezes para secar as lágrimas. "Nós éramos descartáveis. Não significávamos nada para eles. Nada. Como podem fazer aquilo com pessoas – declarar seu amor a elas e depois bater nelas em nome de Deus?"
Os brasileiros frequentemente falavam pouco inglês quando chegavam e muitos tiveram seus passaportes apreendidos.
Membros antigos contaram que muitos homens trabalharam no setor de construção; muitas mulheres trabalharam como babás e na escola K-12 da igreja. Uma ex-congregante do Brasil disse à AP que ela tinha apenas 12 anos quando teve que trabalhar pela primeira vez.
Embora os agentes da imigração nos dois países disseram ser impossível calcular o volume do fluxo de humanos, pelo menos várias centenas de jovens brasileiros migraram para a Carolina do Norte nas últimas duas décadas, com base nas entrevistas com os membros antigos.

Anos de abuso

As revelações de trabalho forçado são as mais recentes de uma investigação em andamento da AP que expõe anos de abuso na Word of Faith Fellowship. Com base em entrevistas exclusivas com 43 membros antigos, documentos e registros secretos, a AP divulgou em fevereiro que os congregantes eram regularmente golpeados, surrados e sufocados para que fossem "purificados" dos pecados ao derrotarem os demônios.

POLÍCIA





Suspeitos de matar sargento no Vidigal são criminosos conhecidos na favela, diz PM


Homens não tiveram a identificação revelada para não atrapalhar a investigação, segundo a corporação. Hudson Silva de Araújo foi o 91º policial assassinado no RJ este ano.


Por G1 Rio


polícia informou que os agentes que foram atacados na madrugada deste domingo (23) no Vidigal, Zona Sul do Rio, identificaram três suspeitos de participarem da troca de tiros que acabou com a morte do sargento Hudson Silva de Araújo. Ele foi o 91º policial assassinado no estado do Rio apenas este ano.
A identificação foi feita pelo serviço de inteligência da Polícia Militar e, segundo a corporação, os suspeitos são criminosos já conhecidos da comunidade e atuam no crime organizado da região. Os homens não tiveram a identificação revelada para não atrapalhar a investigação, segundo a PM.

Sargento Hudson é o 91º PM morto em 2017 (Foto: Reprodução/Globo)

Sargento Hudson é o 91º PM morto em 2017 (Foto: Reprodução/Globo)
O sargento Hudson foi o primeiro policial morto no Vidigal desde que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi instalada na comunidade, em janeiro de 2012. Os moradores dizem que a situação no morro era calma, mas mudou de uns tempo pra cá.
Horas depois da morte do sargento Hudson, a Polícia Militar deu início a uma operação no Vidigal. Foram deslocados para a comunidade equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Segundo informações da corporação, o PM foi socorrido por colegas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e levado ao Hospital Miguel Couto, mas ele não resistiu ao ferimento e morreu.
Após a morte do policial militar, a segurança foi reforçada na comunidade do Vidigal. A PM faz operações na comunidade desde domingo (23) para tentar encontrar os criminosos que mataram o sargento.
Apenas um dia antes, na sexta-feira (21), o soldado Fabiano de Brito e Silva, de 35 anos, foi baleado na barriga quando saía de casa, na Baixada Fluminense. Ele morreu na Rua Dona Clara de Araújo, no Jardim Tropical, em Nova Iguaçu. Imagens de câmeras de segurança da região mostram o momento em que o policial tenta se esconder atrás do carro e ainda atira contra os criminosos.
A PM disse também que as UPPs vão passar por uma reestruturação, e que o novo plano estratégico será divulgado em breve.


POLITICA





Suspeito de matar sargento no Vidigal fez figuração como traficante no filme 'Cidade de Deus'


Ivan da Silva, apelidado de Ivan, o terrível, já tem cinco passagens pela polícia.


Por Leslie Leitão e Danilo Vieira, RJTV




as telas do cinema para a vida real: um dos suspeitos do assassinato do sargento Hudson Silva de Araújo, fez papel de traficante no filme "Cidade de Deus" e hoje aterroriza a comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio.
Ivan da Silva, apelidado de Ivan, o terrível, já tem cinco passagens pela polícia. Ele seria o atual chefe do tráfico na comunidade.
Ivan da Silva Martins atuou como figurante e aparece numa das imagens mais conhecidas do filme, que conta a história da formação da Cidade de Deus e do surgimento do crime organizado na comunidade.
Ivan é apontado como chefe do tráfico no Vidigal (Foto: Reprodução/TV Globo)


Ivan é apontado como chefe do tráfico no Vidigal (Foto: Reprodução/TV Globo)
No Vidigal, Ivan da Silva, de 34 anos, que era chamado de Ivanzinho quando participava de projetos sociais, agora é conhecido como Ivan, o terrível.
Essa é a primeira vez que um policial é morto no Vidigal, desde a instalação da UPP, em janeiro de 2012. Com a morte do sargento Hudson, sobe para 91 o número de policiais assassinados, este ano, no Rio de Janeiro.


POLITICA IPVA







Governo federal planeja PDV e jornada reduzida para servidores públicos

Ministério do Planejamento informou que pode oferecer até 1,25 salário por ano trabalhado a quem aderir ao programa. Jornada poderá ser reduzida até pela metade, com corte proporcional de salário.



Por Alexandro Martello, G1*, Brasília


Ogoverno federal deve editar nos próximos dias uma medida provisória para criar um programa de demissão voluntária (PDV) para os servidores públicos do Poder Executivo, informou o Ministério do Planejamento nesta segunda-feira (24).
De acordo com o ministério, quem aderir terá direito a receber 1,25 salário para cada ano trabalhado.
Além disso, informou o Planejamento, está sendo preparada uma proposta de implementação da jornada de trabalho reduzida. Ela vai permitir que, ao invés de 8 horas diárias e 40 horas semanais, os servidores possam optar por:

  • trabalhar 6 horas diárias e 30 semanais;
  • trabalhar 4 horas diárias e 20 semanais;
  • Concursos

    Desde o início da crise, o governo vem reduzindo a autorização de concursos. Entretanto, as restrições orçamentárias não impediram o presidente Michel Temer de sancionar a lei que reajusta o salário de oito categorias do serviço público.
    Ao todo, 68.149 pessoas serão beneficiadas pelo aumento, entre servidores da ativa, aposentados e pensionistas. O texto original previa um impacto em 2017 de R$ 3,7 bilhões e de R$ 10,91 bilhões até 2019.

    Combustíveis mais caros

    Na semana passada, a equipe econômica anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis. A medida visa elevar a arrecadação federal para que o governo consiga cumprir a meta fiscal de 2017, que é de déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões.
    Além disso, também foi anunciado um bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em gastos no orçamento deste ano - o que elevou o contingenciamento total para um valor próximo de R$ 45 bilhões.
    A arrecadação neste ano tem ficado abaixo da esperada pelo governo. No ano passado, quando estimou as receitas com impostos e tributos em 2017, o governo previa que a economia brasileira estaria crescendo em um ritmo mais acelerado, o que não ocorreu.
    Ao promover um programa de demissão voluntária, o governo mira uma das maiores despesas do orçamento: os gastos com servidores. Estes são considerados gastos obrigatórios.
  • Recentemente, em entrevista ao G1, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou que este é um dos focos do governo. A ideia é abrir espaço para demais despesas, que estão limitadas pelo teto de gastos neste e nos próximos anos.
    Nas duas últimas semanas, por falta de verbas, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes - um projeto já liberou R$ 102,3 milhões para a impressão do documento o que aconteceu nesta segunda-feira (24). Já a Polícia Rodoviária Federal reduziu o policiamento nas estradas.
    *Colaborou Luísa Melo


POLITICA






Após anunciar cancelamento, Temer decide ir ao G20, informa Planalto


Cúpula do grupo que reúne as 20 principais economias do mundo está marcada para esta sexta (7), em Hamburgo (Alemanha). Governo vive maior crise política desde que Temer assumiu.



Por Fernanda Calgaro, G1, Brasília


O presidente Michel Temer (Foto: Evaristo Sa/AFP)




O presidente Michel Temer (Foto: Evaristo Sa/AFP)
Após anunciar que havia cancelado a ida ao G20, o presidente Michel Temer decidiu viajar à Alemanha para participar da reunião do grupo que reúne as 20 principais economias do mundo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pelo Palácio do Planalto.
A data da viagem ainda não está confirmada, mas é possível que o presidente viaje na quinta (6), isso porque a agenda principal da cúpula será na sexta (7).
Mais cedo, nesta segunda, a colunista do G1 Andréia Sadi já havia informado que Temer reavaliava ir ao G20, aconselhado por alguns auxiliares, entre os quais o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Assim como na semana passada, quando o Planalto não informou o motivo do cancelamento da viagem, a assessoria de Temer não disse nesta segunda os motivos de o presidente ter decidido viajar à Alemanha.

Crise política

A viagem do presidente à Alemanha ocorre em meio à maior crise política vivida por Temer desde que assumiu o Palácio do Planalto, em maio do ano passado.
Com base nas delações de executivos da JBS, Temer foi denunciado na semana passada pelo Ministério Público Federal pelo crime de corrupção passiva.
A denúncia está na Câmara. Caberá aos deputados autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a peça enviada pelo Ministério Público.
Além disso, desde que as delações da JBS se tornaram públicas, o presidente passou a ser alvo de pedidos de impeachment no Congresso Nacional. Alguns partidos aliados passaram a fazer oposição ao governo.

G20 2016

No ano passado, Temer participou do G20, na China. Na ocasião, ele embarcou poucas horas após o Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff e se tornar o presidente efetivo do país.

F1




 

Fórmula Vee celebra 50 anos no Brasil com “troca” internacional de pilotos


Cristiano Denardi (FVee) - Interlagos


FVee recebe americano para prova em Interlagos, neste sábado e domingo, e brasileiro corre nos EUA com chances de ser campeão antecipado na Challenge Cup Series
A Fórmula Vee terá um fim de semana histórico. Para celebrar os seus 50 anos no Brasil, a categoria terá uma prova especial em Interlagos com a participação de um piloto americano. E um brasileiro irá correr nos EUA, com chances de conquistar um título internacional por antecipação.
Christopher Robson é o convidado da FVee para a disputa da 7ª etapa do Campeonato Paulista, neste sábado (29/7) e domingo. Campeão americano de kart, ele tem mais de 25 anos de experiência em competições como Pro Sports 2000, F2000 e Fórmula Atlantic.
“Os pilotos brasileiros têm grande tradição no kart, e o passo a seguir é a Fórmula Vee, a porta de entrada no automobilismo”, diz Christopher Robson, que acumula mais de 100 pódios em sua carreira. “Esta é sem dúvida a principal categoria em todo o mundo para o aprendizado, e será um momento incrível na minha carreira competir no Brasil e no icônico autódromo de Interlagos.”
Challenge Cup Series
Neste mesmo fim de semana, um brasileiro fará o caminho inverso. Murillo Latorre irá disputar a 4ª etapa da Challenge Cup Series, no Pittsburgh International Race Complex, em Wampum, próximo à cidade de Pittsburgh.
Latorre terá a chance de conquistar o título por antecipação. Em seis provas disputadas até agora, ele venceu quatro e lidera o campeonato com folga. Soma 133 pontos, seguido pelos americanos Matt Garwood (88) e Barrett Kingsborough (73).
A vinda de Christopher Robson e a participação de Murillo Latorre nos EUA fazem parte da parceria entre a Fórmula Vee Brasil e a Challenge Cup Series, para o intercâmbio internacional de pilotos. Esta será a quarta participação de um piloto estrangeiro no país este ano. Pelo acordo, os pilotos recebem carros e pagam apenas pelas despesas de viagem.
Disputa acirrada no Paulista
A participação internacional não será a única atração da 7ª etapa do Campeonato Paulista. A disputa pelo título está acirrada. Apenas um ponto separa o líder Cristiano Denardi do segundo colocado, Heitor Nogueira.
Considerando o descarte dos três piores resultados, Denardi soma 56 pontos, contra 55 de Nogueira. Em terceiro está Murillo Latorre (50), mas ele não disputará esta etapa devido à prova nos EUA.
50 anos no Brasil
Em 2017, a Fórmula Vee comemora 50 anos no Brasil. A categoria foi implantada nos anos 1960 no país pelos irmãos Emerson e Wilsinho Fittipaldi. Eles construíram os primeiros carros, chamados de Fitti-V.
A primeira prova no Brasil foi disputada no antigo autódromo de Jacarepaguá, no Rio, em 1967. Após duas baterias, a vitória foi de Emerson Fittipaldi.
Desde então, a categoria se notabilizou por revelar pilotos e servir como porta de entrada para a Fórmula 1. Além de Wilsinho e Emerson, a FVee marcou o início da carreira de José Carlos Pace, que também chegou à F1.
Na metade dos anos 70, a categoria evoluiu para a Super-V e revelou outro grande campeão: Nelson Piquet. A partir da metade dos anos 80, a FVee deixou de ser disputada no Brasil e só foi retomada no início dos anos 2010.
No ano passado, a F/Promo Racing assumiu o controle da FVee e trouxe de volta Wilsinho Fittipaldi, como consultor e instrutor. A categoria se revitalizou com a adesão de novos pilotos e prepara um passo revolucionário ainda este ano, com o lançamento de um moderno e renovado carro, previsto para outubro.  O projeto está sendo desenvolvido por Ricardo Divila, que trabalhou com Wilsinho e Emerson na F1, na equipe Copersucar-Fittipaldi.
F1 MANIA