quarta-feira, 24 de março de 2021

Polícia Federal deflagra Operação Ianomâmi 709* de combate o garimpo ilegal em Roraima

 OPERAÇÃO PF


A ação realizou incursões nas regiões conhecidas como Couto de Magalhães, Parima, Catrimani e no Rio Uraricuera
Publicado em 23/03/2021 15h38
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Boa Vista/RR - A Polícia Federal deflagrou a Operação Ianomâmi 709*, entre os dias 5 e 14 deste mês, com o objetivo de desarticular o garimpo ilegal e desmobilizar os garimpeiros envolvidos nas atividades em quatro áreas na região da Terra Indígena Ianomâmi.

A identificação dos locais foi fruto de levantamentos realizados pela PF com base em ações anteriores e em dados de inteligência, integrados à Plataforma de Monitoramento com Imagens de Satélite PLANET.

A ação, coordenada pela PF, contou com o apoio do IBAMA, ICMBIO, da Força Aérea e do Exército e realizou incursões nas regiões conhecidas como Couto de Magalhães, Parima, Catrimani e no Rio Uraricuera. Foram inutilizados bens dispostos diretamente nas atividades criminosas, como motores e aeronaves e feitas apreensões de objetos que poderão servir como meios de prova, como GPS, celulares e aparelhos de internet via satélite utilizados pelos suspeitos, além de ouro, mercúrio, armamentos e drogas.

Também foram coletadas amostras das águas dos rios da região, as quais serão objeto de análise da perícia da Polícia Federal.

Em apenas um dos garimpos, em região conhecida como Fofoca do Cavalo, no rio Uraricuera, os policiais estimaram a presença de mais de 2000 pessoas, que contavam com uma infraestrutura com bares, lan house, mercado e até um local onde parecia funcionar um consultório odontológico. 

Já nos dias 16, 17 e 19 a PF apoiou ação do Exército contra garimpos nos municípios do Uiramutã, Normandia e Alto Alegre.

*O nome da operação faz referência à determinação acerca da desintrusão de invasores em áreas indígenas contida em sede da ADPF 709, contexto no qual também se insere essa ação.

 

Comunicação Social da Polícia Federal em Roraima

Contato: (95) 3621-1522

PF

Polícia Federal desarticula organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e fabricação de cédulas falsas

 OPERAÇÃO PF

Os investigados são integrantes de uma organização criminosa que atua na região de Ji-Paraná

Publicado em 23/03/2021 13h46 Atualizado em 23/03/2021 13h47
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Ji-Paraná/RO - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 23/3, a Operação Gênesis, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e fabricação/comercialização de cédulas falsas.

São 15 policiais federais cumprindo três mandados judicias, expedidos pela 3ª Vara Federal de Porto Velho, sendo dois de busca e apreensão e um de prisão, na cidade de Ji-Paraná.

Os investigados são integrantes de uma organização criminosa que atua na região de Ji-Paraná com a prática de crimes de tráfico de drogas e distribuição cédulas falsas.

As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de parte do grupo, em junho de 2020, em virtude de terem sido flagrados portando alta quantia em cédulas falsas.

Após amplos levantamentos, a Polícia Federal identificou que o líder do grupo é um preso do Presídio Dr. Agenor Martins, localizado em Ji-Paraná, o qual comandava a organização de dentro do presídio.

Além disso, descobriu-se ainda que as ordens emanadas pelo líder da organização eram cumpridas por pessoas de sua confiança, que seriam responsáveis por realizar as atividades ilícitas fora do presídio. Essas pessoas foram identificadas e são responsáveis pelo cometimento de diversos crimes na região de Ji-Paraná.

Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes previstos no art. 289 do Código Penal (fabricação de moeda falsa) e art. 2º da Lei nº 12.850/13 (integrar organização criminosa), além de outros crimes que porventura possam surgir no decorrer das investigações.

O nome da operação está relacionado ao versículo da bíblia que o presidiário utilizava para fazer anotações sobre a prática criminosa.

A Polícia Federal continuará a investigação a fim de apurar e identificar a amplitude da organização criminosa, bem como o envolvimento de outras pessoas.

 

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia/RO

PF

Ministério da Saúde promove Semana de Mobilização e Luta contra a Tuberculose

 COMBATE À TUBERCULOSE


Dia Mundial de Combate à doença é celebrado no dia 24 de março como forma de mobilizar a sociedade e orientar sobre sintomas e tratamento
Publicado em 24/03/2021 11h31 Atualizado em 24/03/2021 14h48

Para chamar atenção ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado nesta quarta-feira (24/3), o Ministério da Saúde prepara diferentes ações para a Semana de Mobilização e Luta contra a doença. Além de promover atividades de sensibilização e engajamento junto aos estados, a pasta, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), divulga hoje uma edição especial do Boletim Epidemiológico Tuberculose 2021, com os dados atualizados sobre a doença no Brasil. 

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, participa, nesta quarta-feira, de webinar para apresentar a situação epidemiológica do país e discutir os desafios para o enfrentamento da doença. “A tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil. Para diminuir os efeitos da pandemia da covid-19, é necessário organizar a oferta de diagnóstico e tratamentos, se atentando aos sintomas, especialmente a tosse. Além disso, é preciso garantir as estratégias de suporte social para que as pessoas tenham possibilidade de finalizar o tratamento”, afirmou. 

O webinar faz parte de uma série especial de seminários online com participação de profissionais especialistas na área. A programação ocorre durante esta semana e o acesso é livre ao público. 

O Ministério da Saúde também divulga, nesta quarta-feira (24), a campanha institucional de comunicação: “Não fique na dúvida, fique livre da tuberculose”, que destacará a importância do diagnóstico precoce e tratamento da tuberculose, esclarecendo que tosse por três semanas ou mais é um dos sinais importantes da doença. O objetivo é reforçar a disponibilidade do diagnóstico e tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), além de enfatizar a necessidade de seguir com o tratamento até o final para o alcance da cura. 

TUBERCULOSE NO BRASIL 

O Brasil está entre os 30 países de alta infecção de tuberculose e coinfecção TB-HIV, considerado prioritário para o controle da doença no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora tenha sido observada uma tendência de queda constante entre os anos de 2011 e 2016, a incidência de tuberculose no país aumentou entre 2017 e 2019. 

Em 2020, observou-se uma queda acentuada da incidência em comparação com 2019, reflexo da pandemia da covid-19. Esse índice chama atenção para a importância da manutenção das ações de controle da doença. Foram registrados 66.819 casos novos de tuberculose no país em 2020. Em 2019, antes da pandemia, foram registrados 4.532 óbitos em decorrência da doença. 

No mundo, segundo a OMS, cerca de 10 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose e 1,2 milhão morreram pela doença em 2019. 

A edição especial do Boletim Epidemiológico 2021, com as informações sobre o cenário epidemiológico, está disponível aqui. 

NOVAS TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO NO SUS  

Cinco novas tecnologias para o diagnóstico e tratamento da tuberculose foram incorporadas ao SUS entre 2020 e 2021. Essas ferramentas representam um importante avanço para o cuidado dos pacientes com a doença, acelerando o diagnóstico e ampliando os esquemas terapêuticos. Os processos de aquisição dessas tecnologias estão em andamento. 

Para o diagnóstico da tuberculose, houve a ampliação do acesso aos testes, de forma padronizada, constituindo uma estratégia importante para o controle da doença. Entre eles, a cultura líquida automatizada, que amplia a qualidade da cultura e acelera o diagnóstico. Além disso, ainda neste mês de março de 2021, foi recomendada a incorporação do teste de fluxo lateral para detecção de lipoarabinomanano em urina (LF-LAM), mais uma alternativa para diagnóstico precoce para pessoas que vivem com HIV/Aids. Também foi incorporado à rede pública de saúde o teste de liberação de interferon-gama (IGRA) para diagnóstico da infecção latente da tuberculose em pessoas vivendo com HIV. A oferta do IGRA é voltada para populações específicas: casos de tuberculose ativa e candidatos a transplante de células-tronco. 

Em relação ao tratamento, os medicamentos Delamanida e Bedaquilina foram incorporados para atendimento dos casos em que os pacientes apresentam resistência ou intolerância ao tratamento já disponível. Com essa incorporação, o Brasil atualiza os esquemas terapêuticos para tuberculose drogarresistente (TBDR) de acordo com as recomendações vigentes da OMS. Também houve a incorporação da Rifapentina, favorecendo a adesão ao tratamento da infecção latente. 

SINAIS E SINTOMAS  

A tuberculose é causada por uma bactéria (Mycobacterium Tuberculosis) que afeta com mais frequência os pulmões, mas pode infectar qualquer órgão ou sistema do corpo. A transmissão ocorre pelo ar: a bactéria se espalha por meio de aerossóis liberados durante a fala, tosse e/ou espirro de pessoas com a forma ativa da tuberculose pulmonar ou laríngea, sem tratamento. Os sintomas da tuberculose ativa incluem tosse persistente (por três semanas ou mais), febre baixa, sudorese, geralmente à noite, emagrecimento e cansaço. 

 Angélica Mengue
Ministério da Saúde  Governo Federal 
(61) 3315-3580 / 2351

Marcelo Queiroga toma posse como ministro da Saúde

 MINISTRO DA SAÚDE


Ministro vai reforçar as ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19
Publicado em 23/03/2021 20h33

Médico cardiologista, Marcelo Queiroga foi nomeado na tarde desta terça-feira (23), pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para o cargo de Ministro da Saúde. Assume a pasta com o objetivo de reforçar as ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19, ampliando a vacinação em todo país e levando assistência aos estados e municípios. O médico também almeja a reestruturação de setores importantes da saúde pública, com melhorias no atendimento aos pacientes da atenção primária.

O novo titular da Pasta integra o Conselho Científico do Instituto “Lado a Lado”, entidade que busca conscientizar a sociedade sobre mudanças de hábitos para alcançar melhor estilo de vida. Por essa experiência, o ministro estimulará a pesquisa médica no país e fortalecerá o complexo industrial da saúde. Assim, quer tornar o Brasil autônomo na produção de vacinas e insumos, inicialmente, para combater a covid-19.

Queiroga defende um amplo atendimento ambulatorial e demais procedimentos médicos, com qualidade, a todos os brasileiros; direito previsto na Constituição Federal. E afirma que vai trabalhar para assegurar esse benefício à população. Para ele, o momento é de motivar a nação em uma grande mobilização para superar o atual cenário da saúde pública.

Médico cardiologista, Marcelo Queiroga foi presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra, desde os anos 90, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba na qualidade de Conselheiro Titular, tendo ocupado a diretoria por duas ocasiões. No Conselho Federal de Medicina, foi membro da Comissão de Avaliação de Novos Procedimentos em Medicina, por 4 anos. Atualmente, preside a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Natural de João Pessoa (PB), Queiroga é formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Fez residência médica no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, e treinamento em hemodinâmica e cardiologia intervencionista na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Sua carreira inclui passagens pela presidência da Sociedade de Cardiologia da Paraíba e diretoria do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa), médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, na Paraíba, além de membro do Conselho Científico do Instituto Lado a Lado. Governo Federal 

Ministério da Saúde garante mais de 2,8 milhões de medicamentos de intubação

 COVID-19


Publicado em 23/03/2021 20h20

Para garantir o abastecimento de medicamentos para intubação orotraqueal, o Ministério da Saúde vem de um esforço contínuo desde 2020. Nesta semana, uma comitiva técnica da pasta conseguiu negociar mais de 2,8 milhões de unidades dos medicamentos que compõe o kit para intubação utilizado no tratamento de pessoas com Covid-19. A medida tem como objetivo conciliar a equalização dos estoques nacionais, respeitando a realidade de cada fabricante, contratos prévios e a necessidade da população brasileira neste momento de pandemia.

Nesta terça-feira (23/03), mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) começou a distribuído pelo Ministério da Saúde para todo o Brasil, em parceria com três empresas fabricantes. As entregas foram firmadas após reuniões entre a pasta e representantes dos laboratórios fornecedores dos medicamentos nesta segunda (22/03) e terça-feira (23/03).

A empresa Cristália se comprometeu a fornecer 1,26 milhão de unidades dos medicamentos - as entregas já começaram nesta terça e devem continuar ao longo dos próximos sete dias. A empresa Eurofarma entregará, a partir de hoje, 212 mil ampolas em todo território nacional. A empresa União Química também enviará, até 30 de março, 1,4 milhão de unidades de medicamentos. A logística híbrida com a integração pública e privada permitirá que os medicamentos estejam nos estabelecimentos de saúde em menos de 72 horas.

O cronograma de entregas é feito pelo Ministério da Saúde com base no monitoramento realizado nos estados e municípios, em parceria com Conass, Conasems e Anvisa.

MONITORAMENTO

O Ministério da Saúde acompanha, semanalmente, a disponibilidade dos medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) em todo o Brasil e envia informações da indústria e distribuidores para que estados possam realizar as aquisições. Além disso, toda semana a pasta recebe do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) informações do Consumo Médio Mensal (CMM) dos medicamentos por estados e municípios. O ministério também recebe dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a produção e venda dos fabricantes no país.

Os dados recebidos de consumo médio mensal do Conass e Conasems são enviados para as indústrias com intuito de equalizar os estoques. As informações de produção e localização dos distribuidores são enviadas semanalmente às secretarias estaduais de saúde para facilitar a aquisição dos medicamentos.

Essa ação de monitoramento proativa evita que haja desabastecimento de medicamentos de IOT no Brasil. A partir dos dados enviados pelos órgãos, o Ministério da Saúde realiza a distribuição para os estados com base em critérios como curva epidemiológica, cobertura menor que 15 dias, ausência de similaridade nos estoques, quantitativo de leitos, entre outros.

Bruno Cassiano, com informações do

NUCOM SAES

Ministério da Saúde (61) 3315-3580 / 2351

Plano Oxigênio Brasil: Saúde coordena ações de apoio a estados e municípios

 COVID-19


Envio de cilindros de oxigênio, instalação de mini usinas e aquisições internacionais estão entre as medidas tomadas pela pasta para enfrentamento à pandemia
Publicado em 23/03/2021 19h35

OMinistério da Saúde está colocando em prática o Plano Oxigênio Brasil, com o objetivo de dar suporte para estados, municípios e Distrito Federal no abastecimento de oxigênio medicinal durante a pandemia da covid-19. O monitoramento da demanda do produto é realizado de forma constante pela pasta, que vem trabalhando de forma conjunta com os ministérios da Economia e da Defesa, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de empresas fornecedoras, para otimizar as entregas em todo o país.

No momento, o abastecimento do produto atinge, de forma mais intensa, estabelecimentos de saúde que dependem de oxigênio gasoso, entregue em cilindros – grandes hospitais recebem o produto na forma líquida e as empresas produtoras têm garantido as entregas aos estabelecimentos.

Pequenos hospitais e unidades de pronto-atendimento dependem de cilindros por não disporem de reservatórios criogênicos para receber o oxigênio de forma líquida. A duração dos estoques em cada local depende da quantidade de cilindros disponível e do consumo do produto em cada estabelecimento de saúde. O Ministério da Saúde esclarece que os estados que acusaram maiores dificuldades em manter esse fluxo de oxigênio são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.

Entre as ações que já estão sendo colocadas em prática, estão a redistribuição de materiais enviados ao Amazonas no início do ano, com apoio do Governo do Estado e do Ministério da Defesa. Com isso, estão sendo enviados de Manaus:

- 120 concentradores de oxigênio para Rio Grande do Norte e Rondônia;

- 200 cilindros de oxigênio para o Paraná;

- 2 usinas de oxigênio para Santa Catarina, 1 para o Acre e 1 para Rondônia.

O estado de Rondônia também está sendo abastecido com oxigênio em isotanques de Manaus para Porto Velho, em voos diários da Força Aérea Brasileira – a quantidade do produto requisitada pelo Ministério da Saúde dobrou, passando de 80 mil metros cúbicos para 160 mil metros cúbicos/mês.

Além disso, a pasta fez requisição de cilindros de oxigênio cheios, a serem enviados de São Paulo a estados entre os dias 22 e 26 de março:

- 400 cilindros para Rondônia;

- 240 cilindros para Acre;

- 160 cilindros para Rio Grande do Norte;

- 100 cilindros para Ceará;

- 100 cilindros para Região Sul.

O Ministério da Saúde também fez aquisições de concentradores de oxigênio na China e nos Estados Unidos, com apoio da iniciativa privada – a previsão de chegada é para a primeira semana de abril. Além disso, está apoiando a requisição, o transporte e a instalação de mini usinas de oxigênio – duas foram enviadas do Rio de Janeiro para o Amapá e já estão em funcionamento.

Marina Pagno

Ministério da Saúde  Governo Federal 

(61) 3315-3580 / 2351

Boletim de Ações Estratégicas Contra a Covid-19 - 23 de março de 2021

 COVID-19


Publicado em 23/03/2021 18h01 Atualizado em 23/03/2021 18h07
Em seu esforço contínuo para garantir o abastecimento de medicamentos para intubação orotraqueal e manter apoio integral e irrestrito aos estados e municípios no âmbito da Covid-19, o Ministério da Saúde: 
  • Enviou nesta segunda-feira (22) comitiva técnica para conciliar a equalização dos estoques nacionais de Medicamentos de Intubação Orotraqueal (IOT), respeitando as realidades do parque industrial de cada fabricante, contratos prévios e a necessidade do cidadão brasileiro.
 
No total, a missão garantiu mais de 2 milhões de unidades de medicamentos que integram o chamado kit intubação, cujas entregas começam a chegar nos estabelecimentos em até 72 horas. Ao todo, foram:
  • 1.260.000 unidades com a empresa Cristália; entregas começaram em 23 de março e seguem pelos próximos 7 dias.
  • 212.000 unidades com a empresa Eurofarma; entregas começaram em 23 de março.
  • 1.400.000 unidades com a empresa União Química; entregas com início imediato e final em 30 de março.
 
O Ministério da Saúde nas últimas 24h também:
 
  • Submeteu uma portaria autorizando mais 640 leitos de UTI Covid, ao custo de R$ 30 milhões.
  • Submeteu portaria habilitando mais 3 unidades do SAMU 192, ao custo de R$ 777 mil.
  • Submeteu portaria habilitando uma UPA 24h ao custo de R$ 3 milhões.
  • Enviou 14 profissionais voluntários da Força Nacional do SUS para fazer diagnóstico situacional em Unaí - MG.
  • Os profissionais devem ficar no município até 02/04/2021 atuando, especialmente, no Hospital de Campanha de Unaí - MG.
 

As portarias submetidas foram para assinatura e publicação no Diário Oficial da União a qualquer momento. 

Além disso, o Ministério da Saúde:
 
  • Implementou um tomógrafo no Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago - Pinheiro/MA
  • Atualizou critérios para captação e doação de órgãos e tecidos no contexto da pandemia.
  • Elaborou documentos e fluxogramas para reabilitação de usuários com sequela pós covid no âmbito da Rede de Pessoas com Deficiência.
  • Se reuniu com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.
  • Alinhou alterações referentes à Portaria SAES/MS nº 400, de 16 de novembro de 2009, que trata sobre a Atenção às Pessoas Ostomizadas.
  • Participou de reuniões com representantes do Governo para alinhamentos sobre o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
  • Participou de reuniões com a Universidade Federal de Pernambuco para elaboração da Avaliação Pós Ocupação nas edificações da Rede de Cuidados das Pessoas com Deficiência.

 

 
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Saúde e Vigilância Sanitária

Diagnóstico de novos casos de tuberculose caiu entre 15% e 20% nas Américas em 2020 devido à pandemia

 


24 mar 2021

À medida que mais serviços são reabertos e as atividades pós-lockdown são retomadas, a OPAS pede a detecção precoce de todos os casos e o tratamento bem-sucedido para salvar vidas e eliminar a TB

Washington D.C., 24 de março de 2020 (OPAS) – No marco do Dia Mundial da Tuberculose, nesta quarta-feira (24), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou que o diagnóstico de novos casos da doença nas Américas caiu entre 15% e 20% durante 2020 em comparação com o ano anterior devido à pandemia COVID-19, uma situação que põe em risco o progresso em direção ao fim da TB.

“A tuberculose continua tendo um custo devastador no mundo e é inaceitável que as pessoas sofram e morram de algo evitável e curável”, declarou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne. “Os serviços de saúde sofreram durante a pandemia. Nós temos que fazer melhor. Temos que diagnosticar mais pessoas para que possam ser tratadas e curadas. Temos que cumprir nossos compromissos de reduzir a carga da tuberculose em nossa região e no mundo”, destacou.

Dados preliminares indicam casos não diagnosticados pelos serviços de saúde na região no ano passado e uma continuidade na transmissão da infecção. Afortunadamente, no último trimestre de 2020, a notificação de casos foi se recuperando em vários países graças aos esforços feitos pelos programas nacionais de tuberculose para reativar as intervenções de diagnóstico.

Da mesma forma, estima-se que medidas preventivas de etiqueta respiratória – como o uso de máscaras – amplamente adotadas pela população para prevenir a COVID-19 poderiam ter contribuído para a diminuição de transmissão da TB e outras infecções respiratórias na comunidade. No entanto, ainda não há dados corroborantes.

Durante o último ano, com a pandemia, determinantes sociais da tuberculose como pobreza, desnutrição, desemprego e más condições de moradia teriam se deteriorado nas populações em situação de marginalidade e vulnerabilidade social, o que pode facilitar o desenvolvimento da doença. Até o momento, não há informações sobre o efeito da pandemia na mortalidade por TB, mas espera-se que, assim como a detecção de casos, haja um impacto negativo.

“Precisamos garantir o acesso a serviços essenciais de diagnóstico e tratamento da tuberculose para salvar vidas e prevenir a tuberculose multirresistente, que é mais difícil de tratar”, afirmou Rafael López Olarte, assessor regional da OPAS para TB. Também  ressaltou as ações tomadas pelos países para manter o tratamento dos pacientes durante a pandemia, como o tratamento acompanhado por vídeo e o acompanhamento por telefone, bem como a dispensação semanal ou mensal de medicamentos sem que o paciente tenha que se deslocar até o serviço de saúde.

A tuberculose é uma das infecções mais mortais do mundo. De acordo com os últimos dados disponíveis, estima-se que 290 mil pessoas adoeceram com TB em 2019 nas Américas e que, dessas, 54 mil não foram diagnosticadas ou tiveram seus casos notificados. Brasil, Peru, México, Colômbia e Haiti concentraram quase 70% dos casos notificados. Além disso, 22,9 mil pessoas morreram em 2019 pela doença na região – 5,9 mil delas viviam com HIV.

Mais esforços para a eliminação

As Américas (2,9%), junto com a Europa (2,5%), são as regiões com a menor carga de tuberculose do mundo. No entanto, a pandemia de COVID-19 prejudicou os ganhos obtidos na luta para acabar com a doença até 2050.

“Nossa região está na vanguarda da eliminação da TB, mas um esforço constante deve ser feito para manter as conquistas e isso requer a ação conjunta de todos os setores para prestar os serviços necessários; profissionais de saúde capacitados em detecção; rede de laboratórios onde é feito o diagnóstico; disponibilidade dos medicamentos recomendados; e todo um sistema de apoio para que a pessoa afetada possa cumprir integralmente o tratamento”, explicou López Olarte.

A busca ativa por pessoas que tiveram contato com alguém com tuberculose para fazer tratamento preventivo também faz parte da estratégia preconizada pela OPAS/OMS para o fim da doença. Garantir a implementação total dessas medidas não só reduzirá substancialmente a transmissão de infecções e doenças, mas também o desenvolvimento de resistência aos medicamentos. Peru e Brasil respondem por 52% de todos os casos de tuberculose multirresistente no continente.

O tempo está passando

O Dia Mundial da Tuberculose é celebrado em 24 de março de cada ano para aumentar a conscientização sobre as terríveis consequências sociais, econômicas e de saúde da doença, bem como para acelerar os esforços para acabar com a epidemia global. Esta data marca o dia em que Robert Koch anunciou, em 1882, ter descoberto a bactéria causadora da TB, o que permitiu diagnosticar e curar a doença.

O slogan do Dia Mundial da Tuberculose de 2021 – “O tempo está passando” – transmite a ideia de que está se esgotando a oportunidade de cumprir os compromissos assumidos pelos líderes mundiais para erradicar a doença. Isso é especialmente crítico no contexto da pandemia de COVID-19, que compromete o progresso no sentido de erradicar a TB e garantir o acesso equitativo à prevenção e cuidados necessários, enquadrado na campanha da OMS para alcançar a cobertura universal de saúde.