segunda-feira, 22 de março de 2021

STF discutirá titularidade do IRRF sobre valores pagos por municípios a pessoas físicas e jurídicas

 


Pela primeira vez, foi reconhecida a repercussão geral em caso decidido sob a sistemática do incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR).

22/03/2021 07h30 - Atualizado há

O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, reconheceu a repercussão geral da matéria constitucional discutida no Recurso Extraordinário (RE 1293453), que trata da titularidade das receitas arrecadadas a título de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre valores pagos pelos municípios, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a prestação de bens ou serviços (artigo 158, inciso I, da Constituição Federal). O caso, que envolve o Município de Sapiranga (RS), foi julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), mecanismo previsto no novo Código de Processo Civil, e é a primeira vez em que o Plenário admite recurso contra decisão proferida dentro dessa sistemática.

No caso concreto, o juízo da 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo (RS) concedeu liminar em ação ajuizada pelo Município de Sapiranga (RS) para que a União se abstivesse de exigir do ente municipal o produto de arrecadação do imposto sobre a renda incidente na fonte sobre rendimentos pagos a pessoas físicas ou jurídicas, referentes a contratações de bens ou serviços. O magistrado de primeira instância, ao considerar a necessidade de solução isonômica para a matéria, e diante do crescimento de ações ajuizadas na Justiça Federal, suscitou o IRDR perante o TRF-4, que, ao apreciar o incidente, fixou a tese, no âmbito regional, de que o dispositivo constitucional define a titularidade municipal das receitas. O RE foi interposto pela União contra essa decisão.

Relevância processual

Ao levar o RE ao Plenário Virtual, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, destacou, além da relevância da matéria constitucional discutida, o aspecto processual, em razão da tramitação qualificada por meio do IRDR, que permite às instâncias ordinárias contribuírem para formação de precedentes vinculantes no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Essas ferramentas processuais são essenciais para o nosso modelo devido à forte centralização decisória adotada pela Constituição Federal de 1988, em que a decisão final de questões jurídicas ocorrem, efetivamente, com a apreciação da matéria pelo Supremo Tribunal Federal - quando a questão envolver a interpretação da Constituição Federal -, pelo Superior Tribunal de Justiça - na hipótese de se veicular questão infraconstitucional federal - e pelos tribunais de justiça, em questões locais com interpretações de leis municipais e estaduais”, explicou.

Relevância material

Sobre a questão constitucional discutida no recurso, Fux destacou seu potencial impacto em outros casos, tendo em vista a grande quantidade de municípios brasileiros a serem beneficiados pela fonte de receita, caso mantida a tese fixada pelo TRF-4. Lembrou, ainda, que tramitam no STF ações cíveis originárias que discutem o mesmo tema.

Suspensão nacional

Em sua manifestação, o relator também se posicionou pela manutenção da suspensão nacional determinada, em 2018, pela então presidente do STF, ministra Cármen, até decisão final no recurso extraordinário ou revogação expressa posterior. A suspensão alcança os atos decisórios de mérito de todos os processos, individuais ou coletivos, em curso no território nacional, que versem sobre a questão objeto do IRDR, mantendo-se a possibilidade de adoção dos atos e das providências necessárias à instrução das causas instauradas ou que vierem a ser ajuizadas e do julgamento dos eventuais pedidos distintos e cumulativos deduzidos.

EC, CF//AD

STF

Não compete à Assembleia Legislativa de MG dispor sobre quadro de pessoal da estatais

 


Em decisão unânime, o STF invalidou normas da constituição mineira que afastavam a autonomia constitucionalmente estabelecida das entidades estatais de direito privado.

22/03/2021 07h35 - Atualizado há

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade de normas da Constituição do Estado de Minas Gerais que atribuem competência à Assembleia Legislativa local para fixar, mediante iniciativa privativa do governador, o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do estado. Por unanimidade, em sessão virtual encerrada em 12/3, a Corte julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4844.

Na ação, o governo de Minas Gerais alegava que as regras (inciso X do artigo 61 e alínea ‘d’ do inciso III do artigo 66 da Carta mineira) interferem no regime jurídico de entidade de direito privado e que as revogações indiretas de ordem pública aplicáveis às estatais são as que se encontram na Constituição Federal. Sustentou, também, que os estados não detêm competência legislativa sobre direito civil e comercial e não podem derrogar o direito privado editado pela União.

Inconstitucionalidade

Em votação unânime, o Tribunal acompanhou o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, pela procedência da ação. Ela concluiu que os dispositivos questionados contrariam a Constituição Federal (artigo 37, inciso XIX), pois, ao determinarem que o quadro de empregados das estatais seja fixado em lei de iniciativa do governador do estado, conferiram às empresas estatais tratamento que equipara o seu regime ao prevalecente para autarquia.

De início, ela observou que a Constituição Federal (parágrafo 1º do artigo 173) estabelece que o regramento das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das suas subsidiárias deve ser definido por meio de lei nacional - no caso, a Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), que definiu a sua natureza jurídica de direito privado.

Segundo a relatora, em cumprimento a essa regra constitucional, a Lei das Estatais determinou que, para a criação dessas empresas, além da autorização prévia por lei, deve haver a indicação de relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional. De acordo com ela, o legislador deixou expresso que, na elaboração dos estatutos das empresas públicas e sociedades de economia mista, deve-se atentar à fixação de regras de governança, transparência, publicidade, economicidade, legitimidade, eficácia nas suas atividades, gestão de riscos e controle interno, “estabelecendo-se nos seus atos constitutivos os critérios para a boa administração”.

Autonomia

No entanto, a ministra ressaltou que as estatais dispõem de autonomia para definir suas políticas públicas, desempenhar sua gestão e exercer suas competências sem ingerência do ente político a que estão vinculadas. Segundo ela, não há norma na Lei 13.303/2016 que vincule o seu quadro à prévia deliberação dos Poderes Legislativo e Executivo.

Por fim, ela lembrou que, apesar de terem natureza jurídica de direito privado, as empresas públicas e as sociedades de economia mista se subordinam à fiscalização permanente de órgãos de controle interno e externo e que seus agentes se sujeitam, entre outras, à Lei de Improbidade Administrativa.

EC/AD//CF

STF

Novos postes de luz para São Sebastião e Planaltina

 


Arniqueira e Taguatinga também serão contempladas com melhorias na rede elétrica

Na tarde desta segunda-feira (22), equipes da CEB Distribuição estarão em São Sebastião para instalação de poste e seccionamento de rede de baixa tensão. Por segurança, será preciso interromper o fornecimento de energia no Morro da Cruz, afetando as chácaras Santa Maria, Santa Rita, Viana, Brumadense, Vasconcelos, Ouro Verde, Camargos, do Hirata, Cafarnaum, São Francisco, Bela Vista e as de números 1-A, 2, 2-A, 4.

Planaltina também receberá novos postes e precisará ficar sem energia durante a substituição, entre 8h40 e 14h30, afetando a Fazenda Mestre D’Armas e as chácaras Bom Sucesso, 1, Ivo Silveira, Escola Classe e o frigorífico industrial.

Arniqueira

O Setor Habitacional Arniqueira passará por manutenção preventiva com substituição de transformador e também precisará ficar sem energia, de 8h às 13h, na chácara 13-B, lotes 1 a 9.

Em Taguatinga, a CEB Distribuição fará a extensão de rede aérea de alta tensão. Com isso, o desligamento programado ocorrerá de 9h às 16h30, na QNL 19, conjuntos A a J, blocos E a J (lotes pares); na EQNL 17/19 (Escola Classe 49); QNL 21, conjunto F, lotes A a J e blocos E a J; e EQNL 21/23, Bloco C.

Em caso de dúvida, a população pode entrar em contato pelo telefone 116. A ligação é gratuita e está disponível 24 horas.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Postos do Na Hora vão imprimir documento de veículos

 


Reprodução será feita em papel A4 e 1ª via não será cobrada, mas serviço precisa ser agendado pelo Portal de Serviços ou aplicativo Detran Digital

Renato Araujo/Agência Brasília
A recomendação do departamento é que os proprietários priorizem a emissão do documento na forma eletrônica, pelo Portal de Serviços ou pelo aplicativo Detran Digital  | Foto: Renato Araujo/Agência Brasília

A partir desta segunda-feira (22), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) vai disponibilizar, exclusivamente nos postos do Na Hora, a impressão, em papel A4, do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo eletrônico (CRLVe). O objetivo é que a impressão ocorra apenas nos casos raros, nas exceções em que o proprietário tenha dificuldade em acessar o documento digital, principalmente devido à situação de pandemia, onde os deslocamentos devem ser evitados por toda a população do DF.

Para realizar a impressão no balcão de atendimento, é necessário agendar o serviço pelo aplicativo Detran Digital ou pelo Portal de Serviços, no menu “Agendamento de Serviços” e escolher a opção: “Veículo e Habilitação (NA HORA)”.

A impressão feita nas unidades será em papel moeda e também não enviamos mais o documento para casa, mas ele tem o direito de receber a primeira via no balcão, gratuitamente

A recomendação do departamento é que os proprietários priorizem a emissão do documento na forma eletrônica, pelo Portal de Serviços ou pelo aplicativo Detran Digital.

Licenciamento

A emissão do CRLVe só ocorre quando o veículo está devidamente licenciado, ou seja, sem nenhum débito em aberto, como IPVA, taxa de licenciamento e multas, e nenhuma restrição de ordem administrativa ou judicial.

Acesso ao aplicativo

O Portal de Serviços possui atualmente 28 funcionalidades e algumas delas são de livre acesso, mas para usufruir de todos os serviços disponíveis, como por exemplo o CRLVe, é necessário realizar o cadastro diretamente no próprio aplicativo Detran Digital. Serão solicitados dados pessoais e fotos da face. Após o preenchimento do formulário, o usuário deverá concluir a validação do cadastro por e-mail.

Memória

Em 24 de dezembro de 2021, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) publicou a Resolução nº 809 do Contran, alterando a forma de emissão de documentos e extinguindo os físicos, a partir do dia 4 de janeiro de 2021, sem prever um período de transição. Com isso, foram necessárias várias adaptações ao sistema: algumas transações ficaram mais complexas, outras precisaram ser criadas e outras ainda foram extintas.

Devido à decisão do TRF 4ª Região e em atendimento à Portaria nº 198/2021 do Denatran, para retornar com a impressão dos documentos como era feita antes, algumas dessas transações tiveram que ser reconstruídas e novos módulos foram criados, o que demandou esforço extra à Diretoria de Tecnologia do Detran para realizar as adequações necessárias.

“Nossas equipes de tecnologia trabalharam diuturnamente para atender às necessidades da população e possibilitar a impressão do CRLVe no balcão o mais rápido possível”, contou o diretor de Tecnologia, Fábio Souza.

Conforme a Portaria nº 198/2021 do Denatran, caso o proprietário faça a opção pela expedição do documento em meio físico, o CRLV-e será impresso em papel A4 comum branco e não mais será enviado para a residência pelos Correios.

*Com informações do Detran

AGÊNCIA BRASÍLIA

Três dias exclusivos de vacinação na Praça dos Direitos

 


A imunização será 2ª feira (22), a partir das 13h; 3ª feira (23) e 4ª feira (24) das 9h às 17h para idosos de 69 a 71 anos. Não é necessário agendar

A ação Sua Vida Vale Muito, em cinco edições, já imunizou 1.309 idosos. Amanhã, começa a a sexta etapa  | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Para somar esforços com o sistema de saúde pública do Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) levará a ação Sua Vida Vale Muito (SVVM) Itinerante de Vacinação para a Praça dos Direitos, na QNN 13, em Ceilândia. Serão três dias exclusivos: segunda-feira, (22), a partir das 13h; terça-feira (23) e quarta-feira (24), das 9h às 17h, para idosos de 69 a 71 anos. Não é necessário fazer agendamento.

A ação Sua Vida Vale Muito, em cinco edições, já imunizou 1.309 idosos. Amanhã, começa a a sexta etapa. “São ações assim, de forma conjunta que fazem a diferença diante da pandemia. É a vacinação com a ampliação de grupos prioritários e as medidas de restrições que mudam o cenário atual. Esse esforço mostra o quanto o governo está trabalhando e dando resposta a população, com trabalho, levando solução para o problema que vivemos, e permitindo a prolongação da vida, que é o mais importante”, diz a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

 Vacinação com segurança

A estrutura da Praça dos Direitos em Ceilândia permite ao cidadão que for tomar a vacina, ter conforto, acessibilidade e segurança. A quadra é coberta, protege do sol e da chuva. No local tem cadeiras de rodas para auxiliar a locomoção dos que precisam, tem banheiros disponíveis e muitas cadeiras para que todos possam aguardar sentados o momento da imunização, com todo  distanciamento necessário.

Servidores da Sejus estarão disponíveis no local para auxiliar na logística. Haverá seguranças na Praça dos Direitos e voluntários das áreas de enfermagem e medicina para informar sobre a vacina. Além disso, a Caesb oferecerá copos de água mineral a todos.

As medidas de enfrentamento ao coronavírus são rigorosamente respeitadas. O uso de máscaras é obrigatório. A higienização das mãos é feita com álcool gel e líquido e as cadeiras são limpas a cada uso.

*Com informações da Sejus
 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Uma câmera na mão e uma série para compartilhar

 


Organizada em cinco capítulos, episódios mostram o cotidiano dos estudantes durante a pandemia de covid-19 e as políticas de distanciamento social

Companhia Elefante Branco produz teatro virtual e websérie durante a pandemia. Foto do grupo de teatro da escola Elefante Branco tirada em 2019 | Foto: Luís Tavares/ Ascom Educação

A paixão pelo palco foi decisiva para a trajetória do professor Marcello D´Lucas na rede pública de ensino do DF. Fundador da companhia artística do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Marcello coleciona prêmios. A partir da disciplina de Arte, criamos o Festival de Teatro para possibilitar uma abordagem pedagógica lúdica e diversificada. Posteriormente, os estudantes criaram núcleos, como o Laboratório de Cinema e passaram a vivenciar uma rotina de montagens, ensaios e gravações”, conta o professor.

Com as artes visuais na cabeça, o professor e a turma do Elefante Branco acabam de montar a websérie Memória & Saudade. Organizada em cinco capítulos, ela mostra o cotidiano dos estudantes durante a pandemia de covid-19 e as políticas de distanciamento social. Três dos episódios integraram a Seleção Oficial da Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação, em 2020.

O episódio Sobre viver agora teve locações em locais pitorescos do DF e suscita temas sensíveis aos jovens como a liberdade, solidão e esperança. Filmado em preto e branco, remete às angústias e vivências da protagonista e convida a refletir de modo poético sobre a juventude em tempos de distanciamento social.

Palco de estrelas

Para a universitária Briza Mantzos, a Companhia foi decisiva para sua trajetória profissional. Ela venceu como Melhor atriz, no Festival de Curtas das Escolas Públicas do DF, em 2019, e como premiação recebeu uma bolsa de uma faculdade privada para cursar Artes Cênicas. Além disso, venceu a Mostra Curta de Casa com o filme É tarde?

“A Companhia Elefante Branco apresenta a arte para estudantes da escola pública e nos incentiva a crescer. Influenciada pelos professores, desejo fazer e ensinar teatro às próximas gerações. Não seria quem eu sou hoje, sem a Companhia”, elogia Briza, que ainda mantém a parceria com o grupo.

Lirismo e subjetividade

“Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello

As produções da websérie foram gravadas respeitando o distanciamento e a manutenção das medidas preventivas. Todos os episódios contam apenas com um ator ou atriz para evitar aglomeração e os estudantes da companhia conduzem o trabalho de criação, montagem, direção, legendagem e interpretação.

Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello.

A companhia venceu o Prêmio Web 2020 (DF) nas categorias Festival de Teatro e Projeto/Iniciativa e teve nove curtas metragens escolhidos para a Seleção Oficial da I Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação.

Em 2019, o curta Oco foi considerado o melhor pelo júri popular. O desafio de adaptar os espetáculos para o ambiente virtual rendeu a menção de Atividade Exitosa no I Fórum de Troca de Experiências em Ensino Remoto, da Coordenação Regional do Plano Piloto.

Todos os episódios podem ser conferidos no Canal EducaDF, no Youtube, às 11h.

 Confira a programação:

22/3

Episódio 1 – O nome das coisas

A descoberta de que o nome das coisas surge de lugares improváveis ou meramente passageiros.

23/3

Episódio 2 – Sobre viver agora

E se em uma fração de segundos pudéssemos ser livres?

24/3

Episódio 3 – Como é que se explica?

Um trecho literário de Clarice Lispector suscita a reflexão: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento”.

25/3

Episódio 4 – História sem fim

Há uma certa angústia, quando o “Era uma vez” desponta. Não se sabe ao certo as personagens

* Com informações da Secretaria de Educação

AGÊNCIA BRASÍLIA

Motorresgate dos bombeiros recebe investimentos

 


GDF compra 40 motos, uniformes e capacetes ao custo de R$1,5 milhão. Serviço é essencial para dar agilidade aos primeiros-socorros prestados

O Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAEPH) do CBMDF comprou 40 motocicletas e itens de uniforme para o serviço de Motorresgate | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Quando acontece um acidente e o número 193 que é acionado. A ligação cai direto na Central de Atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) que se mobiliza imediatamente para o socorro. Enquanto uma ambulância pode levar 8 minutos e meio, no mínimo, para chegar ao local de uma ocorrência, a motocicleta faz o mesmo trajeto em apenas três.

São modelos Honda XRE 300cc e Honda CB 500 Trail e foram gastos R$ R$ 1.276.000,000

Em uma atividade em que tempo significa vida ou morte, a quantidade de veículos de duas rodas em operação por uma corporação também é fundamental para prestar um serviço de excelência para a comunidade. Pensando nisso, o Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar (GAEPH) do CBMDF comprou 40 motocicletas e itens de uniforme para o serviço de Motorresgate. Localizado na área especial da quadra QE 38, no Guará II, o grupamento atendeu, em 2020, 1.219 ocorrências.

São modelos Honda XRE 300cc e Honda CB 500 Trail e foram gastos R$ R$ 1.276.000,000. O GAEPH desembolsou também cerca de R$ 394 mil na compra de 56 conjuntos de calça e jaqueta, além de 43 capacetes, materiais que fazem parte do uniforme.

Vinte motocicletas do modelo Honda XRE 300cc, na cor branca, estão reservadas para treinamento. Elas serão utilizadas também nos cursos de formação de novos condutores de resgate. As outras 20 motocicletas (Honda CB 500 Trail), na cor vermelha, são destinadas ao atendimento efetivo das ocorrências de emergências. Esses veículos se somam a outros nove ainda em condições de uso.

Diminuição do tempo-resposta

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton

O uso da motocicleta em atendimentos emergenciais apresenta vantagens. A redução no tempo é uma delas. Isso significa que em cima de duas rodas é possível vencer os mais diferentes obstáculos e estar, rapidamente, nos locais da ocorrência.

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton, 51 anos, 27 deles na corporação.

O uso da motocicleta em atendimentos emergenciais apresenta vantagens. A redução no tempo é uma delas. Isso significa que em cima de duas rodas é possível vencer os mais diferentes obstáculos e estar, rapidamente, nos locais da ocorrência.

“A chegada de uma motocicleta do Corpo de Bombeiros em uma ocorrência causa um certo conforto em quem precisa de atendimento emergencial. A pessoa percebe que o socorro chegou rapidamente e se sente mais aliviada”, explica o Sargento Abílio Sérgio Augusto Hamilton, 51 anos, 27 deles na corporação.

Rotina

 

Fazer parte do GAEPH exige que o candidato seja bombeiro militar e habilitado para conduzir motos. E necessário também que ele passe pela formação nos cursos de Motociclista Operacional e de Atendimento Pré-Hospitalar | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

O socorro, por meio do serviço de Motorresgate, é feito sempre por duplas de militares, cada um em uma motocicleta. No baú de cada veículo ficam os materiais obrigatórios: colar cervical e talas, para imobilização ou estabilização em situações de traumas, aparelhos para a aferição de sinais vitais, gazes e atadura utilizadas em situações de hemorragias.

Os bombeiros também carregam a Bolsa Válvula Máscara (BVM), utilizada em paradas cardiorrespiratórias (quando se verifica a ausência das atividades cardíaca e respiratória) e em paradas respiratórias, que é a ausência de atividade respiratória, mas existe a atividade cardíaca. O Desfibrilador Externo Automático (DEA), equipamento usado em paradas cardiorrespiratórias, também não pode faltar.

Qualificação

Fazer parte do GAEPH exige que o candidato seja bombeiro militar e habilitado para conduzir motos. E necessário também que ele passe pela formação nos cursos de Motociclista Operacional e de Atendimento Pré-Hospitalar.

“No curso de Motociclista Operacional qualificamos o bombeiro militar. Ele vai aprender a pilotar em condições adversas, em áreas com obstáculos de difícil acesso e em locais não pavimentados. Também é aprimorada a pilotagem defensiva”, explica o Sargento Abílio Hamilton.

AGÊNCIA BRASÍLIA