sexta-feira, 19 de março de 2021

Caic do Gama se transforma em uma nova escola

 


Localizado no Setor Oeste, o Castello Branco está sendo reconstruído, com investimento de R$ 10,4 milhões do GDF

Foto: Acácio Pineiro/Agência Brasília
Máquinas começam a trabalhar na perfuração do terreno para instalar as estacas que farão parte da fundação da nova escola. E operários retiram a antiga estrutura da cobertura | Foto: Acácio Pineiro/Agência Brasília

As obras de reconstrução do Caic Castello Branco, no Setor Oeste do Gama, estão a todo vapor. De acordo com a equipe de engenharia que coordena os trabalhos, cerca de 10% do serviço já foi concluído. Ao todo, o GDF investe R$ 10,4 milhões na reedificação da unidade, serviço que gerou 130 empregos.

Atualmente, máquinas começam a trabalhar na perfuração do terreno para instalar as estacas que farão parte da fundação da nova escola. Um momento significativo nos trabalhos ocorreu nos últimos dias: a derrubada das antigas caixas d’água. As duas estruturas, feitas de concreto, eram um dos últimos resquícios do que era o antigo Caic. O outro é a cobertura do antigo ginásio, no qual os operários também já trabalham no desmonte.

“Foi uma grande luta, tivemos que lidar com muitos detalhes, além da transferência dos estudantes para outras escolas. Vai ser muito importante ter de volta essa escola, principalmente por causa da creche”Cássia Nunes, coordenadora regional de ensino do Gama

Uma obra necessária e que, quando concluída, será fundamental para a comunidade escolar do Setor Oeste do Gama, como conta a diretora do Caic Castello Branco, Yeda Rosa: “Estou aqui há 25 anos, e com o tempo começaram a aparecer problemas de vazamento e rachaduras, nas caixas d’água, e, por fim, a escola foi interditada definitivamente em 2018. É uma mistura de saudosismo com alegria, porque vamos poder voltar a atender a comunidade”.

Antes da pandemia, os cerca de 300 estudantes estavam em atividades presenciais na Escola Classe 29 do Gama. A nova unidade terá 22 salas de aula para meninos e meninas dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A estrutura contará com dois laboratórios, salão multiuso, salas de leitura e de música, e ducha infantil, além de vários ambientes para convivência – pátios cobertos e descobertos, casa de boneca e parquinho. A quadra coberta também contará com vestiários de apoio.

O projeto do Caic possui quatro blocos, um deles de dois pavimentos e os demais, térreos. Uma cozinha industrial, refeitório, banheiros e diversas salas administrativas para a gestão da escola também constam do projeto, além de um estacionamento com cerca de 40 vagas para professores e técnicos pedagógicos.

A coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Nunes, ressalta a complexidade de se tirar um projeto desse tamanho do papel, mas também se mostra esperançosa quanto aos resultados para a comunidade escolar do Setor Oeste. “Foi uma grande luta, tivemos que lidar com muitos detalhes, além da transferência dos estudantes para outras escolas. Vai ser muito importante ter de volta essa escola, principalmente por causa da creche”, afirma.

De acordo com a Coordenação Regional do Gama, até o momento 38 escolas que estão sob sua responsabilidade e, inclusive, o prédio da sua sede, estão ou já passaram por algum serviço de manutenção ou reforma. O orçamento destinado para a reconstrução do Caic Castello Branco veio de emenda da bancada parlamentar federal do DF.

* Com informações da Secretaria de Educação

AGÊNCIA BRASÍLIA

Mais de 1,7 mil mães já receberam a Bolsa Maternidade

 


Destinado a mulheres que dão à luz em situação de vulnerabilidade, benefício do GDF pode ser retirado nos bancos de leite

Orientação da Sedes é que as mães façam a solicitação do benefício pela internet, por causa da pandemia| Foto: Divulgação/Sedes

As mães do DF que se encontram em situação de vulnerabilidade social podem solicitar um apoio extra para ajudar nos primeiros dias com o bebê. É a Bolsa Maternidade, um kit com 21 itens – roupinhas, mantas, fraldas, toalha, lenços umedecidos e pomada – fornecido nos bancos de leite das maternidade públicas para dar esse suporte às mulheres que não têm condições financeiras de comprar o enxoval.

O benefício foi incluído, em 2020, no Auxílio-Natalidade, pago pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) às mulheres em situação de risco social que deram à luz. Desde maio, quando o auxílio começou a ser emitido, já foram entregues 1.703 bolsas maternidade.

A Bolsa Maternidade pode ser solicitada diretamente nas unidades do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) ou pelo site da Sedes – o que é mais recomendado neste momento de pandemia da covid-19, para evitar a disseminação do vírus. O pedido para a concessão do benefício deve ser feito a partir da confirmação da gravidez, até 30 dias após nascimento do bebê. O enxoval é retirado tão logo a mulher dê à luz nas maternidades públicas do DF.

Cadastro e inscrições 

“É uma forma que nós criamos, além da ajuda financeira, para dar a essa mulher um apoio. É o Estado presente na vida desses cidadãozinhos já nos primeiros dias de vida”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Mãe da pequena Ana Laura, de 1 mês, a dona de casa Beatriz Lima Barbosa, 26 anos, seguiu o conselho de uma amiga sobre a possibilidade de receber a Bolsa Maternidade. Tão logo saiu do Hospital do Paranoá, onde a criança nasceu, ela entrou em ação. “Eu fiz o cadastro e foi muito fácil e rápido”, conta. “Agora, eu sempre aconselho que outras mães façam a inscrição para receber também essa ajuda”.

Beatriz reconhece que procurar a Bolsa Maternidade foi um passo importante. “Esse benefício foi muito importante, porque nós precisamos dessas roupinhas”, diz. “Nós até compramos, mas muita coisa já se perdeu; e, com tudo isso que está acontecendo, fica difícil ter o dinheiro para comprar, já que estamos com dificuldade de trabalhar”. Seu maior sonho, relata, é que a filha viva em um mundo sem covid. “Quero que minha filha seja muito feliz e tenha uma vida totalmente diferente desse momento que gente está vivendo, que ela possa sorrir sem máscara”.

A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, ressalta que, especialmente neste momento de crise gerada pela pandemia, o kit é uma ajuda fundamental. “São itens básicos que toda mãe precisa para poder cuidar do seu bebê”, explica. “É uma forma que nós criamos, além da ajuda financeira, para dar a essa mulher um apoio, um afago quando a criança nasce. É o Estado presente na vida desses cidadãozinhos já nos primeiros dias de vida”.

Benefício eventual

Além da Bolsa Maternidade, o Auxílio-Natalidade garante às mães em situação de vulnerabilidade social uma parcela única do benefício eventual de R$ 200, quando a criança nasce, para ajudar nos primeiros cuidados. Tanto esse valor quanto a bolsa são fornecidos por criança nascida e valem também para pais adotivos. O benefício só é pago para quem reside no DF há, pelo menos, seis meses.

A Bolsa Maternidade é voltada a famílias em situação de vulnerabilidade com renda per capita inferior a meio salário mínimo, inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense. Também vale para famílias em situação de rua.

Iniciativa conjunta

Bolsa Maternidade pode ser retirada na unidade de saúde mais próxima à residência da mãe

Uma parceria entre a Sedes e a Secretaria de Saúde (SES) determina que a retirada das Bolsa Maternidade seja feita nos bancos de Leite das maternidades públicas do DF. A iniciativa é uma forma de garantir que as mães, quando forem retirar a bolsa, também recebam orientações sobre a amamentação.

“No ato da entrega, nós reforçamos as orientações gerais sobre os cuidados básicos com o bebê, com a saúde da mãe, e estimulamos essa mãe a amamentar o filho, o que é fundamental para a saúde do bebê e é preconizado pela Organização Mundial da Saúde”, explica coordenadora das Políticas de Aleitamento materno do Distrito Federal, Miriam Oliveira dos Santos.

A gestora orienta que, após ter alta do hospital, a mãe pode retirar a Bolsa Maternidade em outra unidade. “Ela deve ir ao banco de leite mais próximo da casa dela”, indica. Não há essa vinculação à maternidade em que a criança nasceu, até para evitar que essa mulher se exponha, para preservar a saúde dela e do bebê”. Uma providência, ressalta, é fundamental: “Agora, para retirar a bolsa, é importante reforçar que a mãe já deve estar com o cadastro aprovado, e a retirada autorizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social”.

*Com informações da Sedes

AGÊNCIA BRASÍLIA

Grafite para celebrar o aniversário de Ceilândia

 


Trabalhos de artista da cidade embelezam estruturas importantes da região, como o hospital regional e o quartel dos bombeiros

Com obras espalhadas por todo o DF, Elom viu nestes projetos a oportunidade de retribuir à cidade que ama e reside. Todos os trabalhos contém referências à Ceilândia | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

O que antes era uma parede branca, agora possui desenhos coloridos de casas, árvores e letras. Noutro tempo, o cinza que era tomado pelo concreto, ostenta, presentemente, formas geométricas e símbolos recheados de cores vivas. É pelo grafite que prédios públicos de Ceilândia estão ganhando uma nova decoração para a festa de aniversário de 50 anos da região administrativa, que será celebrado no próximo dia 27.

Toda a concepção e pintura dos trabalhos artísticos são feitos pelo grafiteiro Elom, filho e morador de Ceilândia de 43 anos de idade, 22 deles dedicados à arte em espaços públicos. Com obras espalhadas por todo o DF, Elom viu nestes projetos a oportunidade de retribuir à cidade que ama e reside. Todos os trabalhos contém referências à Ceilândia.

“Ficou muito bom, vai ficar divertido para as crianças”, diz a dona de casa, Eliane Aguiar que levou a filha para uma consulta no Hospital Regional de Ceilândia | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Um dos locais que recebeu nova decoração foi a pediatria do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). As paredes, antes compostas apenas com clássico, abriga, agora, três painéis e todos remetem à infância. O maior possui desenhos de lugares significativos à vida das crianças, como escola e sorveteria, outro faz alusão à marcação na parede para registrar o crescimento e o terceiro homenageia o famoso jogo de videogame da década de 80, Pac-Man.

O diretor da unidade, Bruno Aires, conta o significado que o trabalho tem para a rotina do hospital: “A arte cura, e com ela trazemos um pouco de cor e de alegria para as crianças e suas famílias. Temos recebido muitos elogios, o que mostra a qualidade e a grandiosidade deste trabalho. É um orgulho ter uma obra do Elom porque estamos aqui por amor à Ceilândia e ficamos felizes de poder mostrar os talentos da cidade”.

A dona de casa Eliane Aguiar, de 28 anos, aguardava para uma consulta de retorno da sua filha Isis Helena, de seis meses, e aproveitou para admirar o grafite nas paredes do setor de pediatria do HRC. “Ficou muito bom, vai ficar divertido para as crianças”, afirma ela, que mora na parte Norte da RA.

“Faço esse trabalho por amor à cidade. É muito importante saber que minha arte está sendo apreciada pelas pessoas que vem até aqui. É bem melhor ser atendido em um ambiente mais agradável. Faço isso por mim e por aquele que está vindo aqui todos os dias, faço isso porque um dia sou eu que posso precisar”, destaca Elom.

Força feminina

Os bombeiros de Ceilândia também foram homenageados pelo grafiteiro Elom | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

À beira da Av. Hélio Prates, principal via de Ceilândia, o muro do 8º Grupamento de Bombeiro Militar de Ceilândia nem parece que demarca uma área militar. A parede, agora colorida, possui diversos desenhos que retratam a corporação e também a caixa d’água de Ceilândia, símbolo da cidade.

Uma das ilustrações, que traz o rosto de uma mulher metade com os cabelos soltos, metade vestida de bombeira, foi inspirada em uma fotografia da Major do CBMDF Lorena Athaydes, chefe dos Programas Comunitários da corporação. “A ideia era a de incluir outras mulheres, principalmente pela referência dos cabelos soltos”, conta a militar, que não mede os adjetivos para enaltecer o trabalho de Elom.

“É uma inspiração para nós mulheres nessa busca por representatividade e empoderamento. Fiquei muito feliz e muito lisonjeada, tenho certeza que as mulheres do Corpo de Bombeiros do DF e as bombeiras do Brasil também se sentiram representadas, justamente em um quartel super representativo como o de Ceilândia”, finaliza a major.

Para conhecer mais do trabalho de Elom, basta acessar o seu perfil no Instagram.

 AGÊNCIA BRASÍLIA

Lixo orgânico aduba a produção agrícola

 


Usinas do SLU aumentam em 25% a doação de material a produtores rurais. Em 2020, foram 21 mil toneladas

Além da produção do composto, as usinas também ajudam na reciclagem de material | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

O trabalho nas Usinas de Tratamento Mecânico-Biológico do Serviço de Limpeza Urbano (SLU) vem gerando marcas cada vez mais impressionantes. Nos últimos dois anos, as usinas superaram em 71,8% a meta de produção de composto orgânico de lixo (COL), e aumentaram em 25% na doação do material para pequenos produtores rurais do DF.

As usinas da Asa Sul e de Ceilândia recebem diariamente cerca de 600 toneladas de resíduos urbanos

Além da produção do composto, as usinas também ajudam na reciclagem. De acordo com o SLU, cerca de 400 catadores de cooperativas de material reciclável atuam nas duas usinas (Asa Sul e Ceilândia). Diariamente, ambas recebem cerca de 600 toneladas de resíduos urbanos.

“É um lixo orgânico domiciliar, que é coletado nas ruas pelo SLU. Ele chega nas usinas, é pesado, descarregado no galpão de recebimento, e de lá é distribuído em duas linhas onde é feita a separação de materiais recicláveis, como plástico e ferro, do que vai para o processamento”, explica o gerente das Usinas de Tratamento Mecânico-Biológico, Ailton Rocha.

Potencial de produção

Anualmente, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) faz a avaliação dos cumprimentos das metas do plano de gestão integrada de resíduos sólidos no DF | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

“Quanto maior o número, maior o tratamento de resíduos orgânicos, o que significa uma diminuição do encaminhamento desses materiais para o aterro sanitário”Superintendente de resíduos sólidos da Adasa, Elen Dânia Santos

Anualmente, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) faz a avaliação dos cumprimentos das metas do plano de gestão integrada de resíduos sólidos no DF. Em 2019, a meta de produção de COL estava estipulada em 12,9 quilogramas por habitante, e as usinas conseguiram registrar um número de 20,62 kg/habitante, 71,8% maior que o esperado.

“As usinas do SLU são as unidades públicas de maior capacidade de processamento da matéria orgânica oriunda dos resíduos sólidos coletados pelo serviço público no Brasil, além de ser uma das maiores da América Latina”, destaca a superintendente de resíduos sólidos da Adasa, Elen Dânia Santos.

A superintendente da Adasa também ressalta a importância desse bom índice de produção das usinas para o meio ambiente. “Quanto maior o número, maior o tratamento de resíduos orgânicos, o que significa uma diminuição do encaminhamento desses materiais para o aterro sanitário”, afirma.

Para saber mais sobre a venda e doação do composto orgânico de lixo proveniente das usinas do SLU, clique aqui.


AGÊNCIA BRASÍLIA

 

Hospital de Santa Maria oferece tratamento dentofacial

Equipe especializada executa procedimentos que corrigem deformidades da face e resgatam a autoestima dos pacientes

Deformidades específicas são tratadas na unidade hospitalar; primeiramente, é preciso fazer uma avaliação | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

“A cirurgia corretiva vai mudar minha vida para sempre”. Essa é a esperança da dona de casa Cleidiane Gomes Moreira, 34 anos. Moradora de Alexânia (GO), Cleidiane está entre os pacientes do Serviço de Odontologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) que recebem gratuitamente tratamento prévio e depois são submetidos à cirurgia ortognática, que corrige a mordida e melhora a estética facial. O hospital é uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

Cleidiane nasceu com o queixo assimétrico. A deformidade a fez sofrer bullying na infância. “Quando eu era criança, fui alvo de apelidinhos que me machucavam muito”, lembra. “Hoje já me sinto mais forte quando percebo olhares, mas ainda assim há momentos em que me sinto envergonhada”.

Mensalmente, são atendidos entre 80 e 100 pacientes odontológicos no hospital

Para ajudar a corrigir o problema, Cleidiane usa aparelhos ortodônticos. O tratamento segue até o fim deste ano, quando deverá ocorrer a cirurgia. “Tenho certeza que, depois, a minha vida será outra”, acredita. “Terei mais confiança para conversar com pessoas desconhecidas sem me preocupar com o que estão pensando a meu respeito”.

Inicialmente, o HRSM atuava apenas na fase cirúrgica dos pacientes em tratamento ortodôntico no Hospital de Base. Há um ano e meio, foi estruturada uma equipe multiprofissional com ortodontista e fonoaudiólogo, entre outras especialidades, proporcionando um tratamento integral dentro da unidade.

Por mês, são atendidos entre 80 e 100 pacientes. “São pessoas que apresentam desarmonia entre as bases ósseas das arcadas dentárias”, explica o cirurgião-dentista e especialista em ortodontia Paulo de Tarso Neves dos Santos, responsável pela avaliação e pelo preparo ortodôntico. “O paciente faz o tratamento prévio de alinhamento dentário, com aparelhos ortodônticos; depois, é operado”.

Paulo de Tarso observa que, em decorrência da deformidade, muitos pacientes chegam ao hospital com outras disfunções. “São desde problemas funcionais, como dificuldade na mastigação, até problemas emocionais, causados inclusive por dificuldade de inserção no mercado de trabalho”, detalha. O HRSM, lembra ele, oferece tanto tratamento funcional quanto psicológico.

A cirurgia ortognática

O cirurgião-dentista bucomaxilofacial Arnolfo Carvalho explica como é a fase cirúrgica: “De maneira bem simples, a cirurgia ortognática realiza cortes nos ossos, movimentando alguns segmentos, seja para trazer a mandíbula para trás, seja para levar a maxila para a frente”. Ele especifica que são casos de discrepância óssea e não dentária, disfunções que aparelhos ortodônticos não conseguem corrigir. “Fazemos a movimentação dos seguimentos ósseos e restabelecemos a simetria da face”.

A gestora do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Érika Maurienn, ressalta que o serviço é prestado por uma equipe multiprofissional. “Contamos com cirurgiões bucomaxilofaciais, ortodontistas, psicólogos, fonoaudiólogos, assim como outras especialidades odontológicas afins”, enumera. “O próximo passo é conquistarmos um espaço físico maior para ampliar o número de atendimentos. A demanda é alta, e queremos atender todos os pacientes que precisam desse serviço”.

Vida nova

O primeiro passo para conseguir o atendimento odontológico no HRSM é ir à UBS mais próxima de casa

O serviço prestado pelo HRSM tem mudado a vida de muitas pessoas. É o caso de Ana Caroliny de Paula, 24 anos, que nasceu com o queixo pequeno, a arcada dentária deformada e a língua presa, o que dificulta a fala. Moradora de Valparaíso de Goiás (GO), ela conta que percorreu diversas clínicas particulares em busca de atendimento, sempre acompanhada da mãe.

“Fomos a vários dentistas, e nenhum queria realizar o meu tratamento; diziam que era muito difícil”, relata Ana. Agora, tratada no HRSM, ela carrega a esperança de dias melhores. “Depois dessa cirurgia, eu serei a garota mais feliz do mundo”, anima-se.

A cabeleireira Mariana Fernandes, 46 anos, nasceu com o maxilar caído. “Como os meus dentes não encaixam perfeitamente, a minha língua vai para frente, e isso prejudica na hora de pronunciar as palavras”, explica. Ela também procurou atendimento na rede privada, mas o alto custo do tratamento a fez buscar a rede pública. “Eu não tinha condições de fazer esse tratamento por conta própria”, lembra.

Moradora do Recanto das Emas, Mariana encontrou a solução no Hospital Regional de Santa Maria, onde vem sendo tratada há um ano. Agora, ela sonha com a chegada do dia da cirurgia. “Vai trazer uma nova vida para mim”, acredita.

O atendimento

O primeiro passo para conseguir o atendimento odontológico no HRSM é ir à unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de casa. Lá, o dentista faz uma avaliação; se for constatada a necessidade de tratamento ortodôntico cirúrgico, o paciente é encaminhado ao serviço do Hospital de Santa Maria ou do Hospital de Base. Não são todos os pacientes com problemas na mordida que possuem indicação ortocirúrgica. Somente os casos mais complexos são encaminhados para o serviço de deformidades dentofaciais.

Núcleo de Odontologia do HRSM

  • Quadra AC 102, conjuntos A a D, Santa Maria. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Mais informações: (61) 4042-7770.

*Com informações do Iges-DF


Prorrogado prazo para autorização do Serviço de Táxi

 


Medida foi tomada visando evitar aglomeração devido à pandemia

Foram prorrogadas, em caráter excepcional, as datas de renovação de cadastro de autorização para taxistas. A portaria 62/2021, da Secretaria de Transporte e Mobilidade, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta sexta-feira (19) prorrogando até 31 de maio todas as autorizações do Serviço de Táxi que teriam o seu prazo de vigência encerrado entre 01 de janeiro e 30 de maio deste ano.

A renovação das autorizações para taxistas precisa ser feita presencialmente, na área de fiscalização da Subsecretaria de Serviços. A portaria da Semob também prevê medidas de segurança contra a contaminação pelo novo coronavírus no transporte individual de passageiros.

O Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, explica que há preocupação em não gerar aglomeração. “É uma atividade que necessita de atendimento presencial do taxista, por isso estamos prorrogando essas autorizações para que, nesse momento delicado, não gere aglomeração no cumprimento de atividades do serviço público”.

A portaria 62/2021 estabelece os cuidados que os motoristas devem ter, sobretudo durante as viagens com passageiros. De acordo com a norma, os táxis e carros de aplicativos devem circular com os vidros abertos e todos devem intensificar a higienização dos veículos com álcool 70%. Além  disso, a portaria reforça a obrigatoriedade do uso de máscaras por motoristas e passageiros.

* Com informações da Semob

AGÊNCIA BRASÍLIA