segunda-feira, 15 de março de 2021

Investimento adicional no Pronaf pode chegar a R$ 2 bilhões

 FINANCIAMENTO


Tesouro Nacional autorizou o remanejamento de limites equalizáveis da Safra 2020/2021 para ampliar os recursos do programa
Publicado em 15/03/2021 11h04 Atualizado em 15/03/2021 11h05
Investimento adicional no Pronaf pode chegar a R$ 2 bilhões

A medida se soma à autorização do financiamento de operações de investimento no âmbito do Pronaf. - Foto: Ministério da Cidadania

Por solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Secretaria do Tesouro Nacional autorizou o remanejamento de limites equalizáveis da Safra 2020/2021, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil, do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).

Essa redistribuição ampliará os recursos para o financiamento de operações de investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em cerca de R$ 500 milhões e do Programa para redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) em R$ 154 milhões, no âmbito do BNDES.

De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, a medida se soma à Resolução nº 4.896, recentemente aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, que autoriza o financiamento de operações de investimento, na fonte Recursos Obrigatórios, no âmbito do Pronaf. O financiamento poderá resultar em até R$ 1,5 bilhão em recursos novos para essa finalidade.

Considerando as duas medidas, os recursos adicionais para investimento no Pronaf podem chegar a R$ 2 bilhões.

 


Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Governo Federal 

Projeto para evitar fraudes em vacinação contra covid-19 está na pauta desta terça

 


Da Redação | 15/03/2021, 09h55

Projeto que busca evitar fraudes na vacinação contra a covid-19 está na pauta da sessão remota do Plenário desta terça-feira (16). De autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), o Projeto de Lei (PL) 496/2021 prevê o direito de se ter um acompanhante para registrar o momento da vacinação. 

De acordo com o texto, a presença do acompanhante deve ser garantida, desde que não dificulte o procedimento. A obstrução de tal direito configurará crime punível com detenção de três meses a um ano e multa, além de sanções e medidas administrativas, no caso de servidor público.

O projeto permite que o registro de ocorrência do crime seja feito pela internet. Também assegura a celeridade da investigação policial, ao reduzir o prazo legal do inquérito policial, no caso de não haver prisão em flagrante, dos 30 dias previstos no Código de Processo Penal para 20 dias.

Outro projeto relacionado à saúde pública que está na pauta é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 10/2021. O texto estende até o final do exercício financeiro de 2021 a autorização concedida aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para transpor e transferir saldos financeiros dos fundos de saúde, quando os valores forem provenientes de repasses do Ministério da Saúde.

De acordo com o autor, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), a Lei Complementar 172, de 2020, que autorizou a transferência dos recursos, permitiu que cerca de R$ 6 bilhões ociosos ao final de 2019 nas contas dos fundos de saúde dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios pudessem ser alocados em ações de enfrentamento da pandemia da covid-19 no ano passado.

“Essa flexibilização orçamentária certamente contribuiu para que o trágico saldo de mortes pelo novo coronavírus fosse minorado, pois valorizou a autonomia dos gestores locais e regionais em aplicar escassos recursos de acordo com o desenrolar da pandemia de saúde pública”, diz Heinze.

Pauta feminina

Também estão na pauta da sessão projetos que fazem parte da chamada pauta feminina, como o  Projeto de Lei da Câmara (PLC) 130/2011, que  combate a diferença salarial entre homens e mulheres que exerçam atividades idênticas na mesma função na empresa. O projeto altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para estabelecer multa, em favor da trabalhadora alvo da discriminação, equivalente a cinco vezes o valor das diferenças salariais constatadas durante o período de contratação. O relator é Paulo Paim (PT-RS)< que defende a aprovação.

Outro projeto em pauta é o PL 2.113/2019, que tem como relator o senador Flávio Arns (Podemos-PR). O texto, da deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), regulamenta a realização da reconstrução da mama em pacientes que sofreram mutilação decorrente de tratamento de câncer.  

Em seu parecer, Flávio Arns destaca que a mastoplastia, procedimento para dar simetria aos seios e reconstruir mamilos, já está determinada na Lei 13.770, de 2018, que instituiu as mesmas mudanças previstas no projeto enviado pela Câmara. O senador propõe um texto substitutivo, para assegurar às pacientes a substituição do implante mamário utilizado na reconstrução da mama, quando houver necessidade.

Já o Projeto de Lei (PL) 4.194/2019, do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), autoriza a concessão de medidas cautelares de imediato, sem oitiva do Ministério Público, nos casos de violência doméstica. Desse modo, permite a prisão preventiva e a imposição de medidas protetivas de urgência.

Bicicletas

Entre outras propostas, o Plenário pode votar nesta terça-feira um projeto de decreto legislativo para sustar um decreto presidencial que diminui o Imposto de Importação de bicicletas (PDL 87/2021). A medida, anunciada pelo governo federal no dia 17, reduz progressivamente a alíquota do imposto, de 35% para 20%, até o fim do ano. 

Segundo os autores do projeto — os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM) —, a medida do governo traz risco de desindustrialização para o setor no Brasil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Estudo analisa ações do Congresso para combater violência contra as mulheres

 


Tiago Medeiros | 15/03/2021, 10h33

A semana passada foi marcada pela aprovação, no Senado, de várias propostas para combater a violência contra as mulheres, como o projeto que garante mais recursos para a abertura de delegacias da mulher. Iniciativas como essa são o objeto do estudo As Medidas do Congresso Nacional para Combater a Violência Contra as Mulheres: onde é possível fazer mais?, publicado pela Consultoria do Senado. A Rádio Senado conversou com o autor do estudo, o consultor legislativo e cientista político Henrique Salles. Ouça a entrevista.​

Fonte: Agência Senado

Governadores alertam para risco de ‛colapso total’ em rede hospitalar

 


Da Redação | 15/03/2021, 12h24

A pandemia de coronavírus pode provocar um colapso em hospitais públicos e privados do país até o fim de março. O alerta é de governadores que participaram nesta segunda-feira (15) de uma audiência pública promovida pela comissão temporária do Senado que acompanha a evolução da covid-19. O encontro contou com os governadores de São Paulo, Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande do Sul.

O governador de São Paulo, João Doria, disse que a pandemia de coronavírus provocou sobrecarga na rede hospitalar, especialmente nos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Para ele, a estrutura está “à beira de um colapso total”.

— Jovens com 18, 19, 20 e 25 anos sendo hospitalizados em UTIs. São Paulo tem a mais robusta estrutura hospitalar da América Latina, em hospitais públicos e privados. Já estamos chegando quase a 90% da ocupação de todos os leitos e rapidamente tendo uma necessidade de disponibilizar mais leitos. E o problema não é disponibilizar mais leitos: é não termos recursos humanos. Não há condição de formarmos profissionais para as ações em UTIs. Estamos todos no Brasil vivendo um momento de profunda dificuldade e à beira de um colapso total — disse.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, advertiu que “a velocidade e a agressividade do vírus” aceleraram a demanda por novos leitos de UTI. Ele relatou que, há apenas um mês, o estado tinha 800 pacientes em leitos para covid-19. Agora, são mais de 2,5 mil, além outros 6 mil em leitos clínicos.

— A escalada do mês de fevereiro foi cinco vezes mais agressiva do que se viu nas outras ondas. Fugiu completamente ao normal da própria pandemia. Vamos até o inicio do mês de abril com crescimento de ocupação de leitos e vamos ter ainda, infelizmente, aumento de mortalidade por mais algumas semanas. Tivemos no ano passado cerca de 500 óbitos por semana. Já estamos em 1,2 mil. E, infelizmente, as projeções indicam que chegaremos a 2 mil óbitos por semana — afirmou.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse que a situação do estado se agravou muito na última semana: a ocupação de leitos saltou de 70% para 88%. Ele lembra que a maioria dos estados brasileiros atravessa situação semelhante — o que pode impactar o número de mortos, que já ultrapassa os 278 mil.

— Estamos com mais de 20 estados com o sistema em colapso. Enquanto o sistema está atendendo, o óbito pode ser um pouco mais controlado. Depois que o sistema entra em colapso, as pessoas passam a perder a vida em leitos de unidades de pronto atendimento. Este é um problema grave — alerta.

Custeio de UTIs

O governador do Maranhão, Flávio Dino, cobrou da União o pagamento por leitos de UTI criados nos estados. Ele entrou na Justiça para assegurar o credenciamento das unidades de terapia intensiva, que foram desabilitadas no início deste ano.

— Chegamos a ter apenas 300 pacientes com coronavírus internados no Maranhão em dezembro. Hoje vamos chegando a 2 mil novamente. Tivemos uma multiplicação por seis em dois meses, praticamente. São 1.568 leitos estaduais para coronavírus, fora municípios e rede privada. Com ocupação girando entre 80% e 90% há várias semanas — afirmou.

Segundo dados obtidos pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), dos 12 mil leitos financiados em dezembro do ano passado, a União reduziu o pagamento para apenas 3 mil em todo o país. O governador paulista João Doria, que também entrou na Justiça para assegurar o recredenciamento, classificou como “inacreditável” a postura do Ministério da Saúde.

— A ministra Rosa Weber [do Supremo Tribunal Federal] solicitou ao Ministério da Saúde que dissesse por que não está cumprindo a determinação de homologar os leitos. O Ministério da Saúde disse à Procuradoria-Geral da República que está homologando. Mas não está. Vamos denunciar isso. Em São Paulo, estamos cobrindo o custo no momento mais crítico da pandemia. É inacreditável o Ministério da Saúde desobedecer a uma determinação da Corte Suprema no meio de uma pandemia — afirmou.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) demonstrou apreensão com o tema.

— É algo que preocupa bastante, com o aumento dos casos que necessitam do tratamento com UTI. Creio que o governo federal pode ainda, mesmo que tardiamente, restabelecer essa relação de cooperação com os estados. O que assistimos ao longo do primeiro ano foi o confronto do governo federal com os governadores — disse.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) alertou para o impacto da pandemia sobre o tratamento de outras enfermidades.

— Quantas pessoas estão morrendo em consequência da covid? Os leitos hospitalares e UTIs estão todos à disposição da covid. Conheço pessoas que estão há um ano com diagnóstico de câncer e não têm condição de ser operadas porque necessitam de leitos de UTIs de suporte e não têm. Essa chacina, esse genocídio é muito maior do que a gente está presenciando — denunciou.

Insumos e Orçamento

O governador Flávio Dino, do Maranhão, defendeu a compra centralizada de medicamentos e insumos para pacientes internados com coronavírus. Para ele, a medida poderia reduzir custos e assegurar a distribuição dos produtos.

— Sabemos que há muitas assimetrias em termos nacionais. Precisamos olhar como está o mercado. Os governadores têm tido há vários meses dificuldade para adquirir insumos estratégicos. Não queremos doação, a gente quer poder comprar insumos que são fundamentais, como anestésicos e bloqueadores musculares. E há sempre o temor em relação ao oxigênio — afirmou.

O governador Renato Casagrande, do Espírito Santo, cobrou a atenção do Congresso Nacional ao orçamento da Saúde para este ano. Ele lembrou que, apesar da necessidade de enfrentamento à pandemia de coronavírus, a proposta em discussão no Parlamento (PLN 28/2020) reduz a previsão de despesas em relação a 2020.

— É muito importante que não tenhamos redução do valor do orçamento da Saúde deste ano, que ainda será apreciado. O que está proposto é menor em quase R$ 50 bilhões. Seria muito bom ficar atento para a possibilidade de ampliação do financiamento da Saúde, uma vez que estamos passando a pior fase da pandemia no Brasil — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Governo já pode editar MP para instituir auxílio emergencial, diz Pacheco

 


Da Redação | 15/03/2021, 12h46

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o ponto alto da Emenda Constitucional 109/2021 é a possiblidade do governo federal editar, desde já, medida provisória que institua um auxílio emergencial nos próximos meses. Pacheco falou com jornalistas após a sessão de promulgação da emenda nesta segunda-feira (15). A emenda cria mecanismos de ajustes das contas públicas e viabiliza o auxílio emergencial.

— A medida tem o objetivo de estabelecer aquilo com que a presidência do Senado e da Câmara se comprometeram: um protocolo fiscal que estabelece e conceitua a responsabilidade fiscal, tão necessário para este momento de necessidade de flexibilidade no Brasil para se alcançar pessoas necessitadas através de um auxilio emergencial — destacou.

Pacheco ressaltou que a medida combina acessibilidade social e responsabilidade fiscal. 

— É uma emenda constitucional necessária, que mescla a acessibilidade social de permitir que, neste ambiente de calamidade e profunda tristeza nacional, o Estado possa estar presente na vida das pessoas com a instituição de um auxílio emergencial. Mas, ao mesmo tempo, com responsabilidade fiscal diante de um protocolo que é instituído pela proposta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a emenda constitucional é uma ferramenta de equilíbrio fiscal e previsibilidade das conta públicas. 

— A partir de hoje, o governo federal e governos estaduais e municipais possuem mais um instrumento de previsibilidade de contenção dos gastos públicos. De uma maneira bem equilibrada, de forma que deem um suporte para que a previsibilidade da economia e da cidadania possam funcionar no país. 

Segundo Lira, esta é mais uma etapa do que as duas Casas se propuseram a discutir amplamente.

— Na Câmara, com a instalação das comissões, começa a tramitar outra etapa, que é da reforma administrativa, e todas as discussões pertinente às reformas. Lógico, entrando na discussão também o relatório da reforma tributária. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Congresso promulga emenda que permite retomar auxílio emergencial

 


Da Redação | 15/03/2021, 10h37 - ATUALIZADO EM 15/03/2021, 13h10

As Mesas do Senado e da Câmara promulgaram, nesta segunda-feira (15), proposta que vai permitir ao governo federal pagar um novo auxílio emergencial aos mais vulneráveis. De acordo com a Emenda Constitucional 109,  o valor total gasto com o auxílio poderá até ser maior, mas somente R$ 44 bilhões poderão ficar de fora do teto de gastos ((Emenda Constitucional 95) e da meta de resultado primário (estimada em deficit de R$ 247 bilhões). O texto também prevê regras mais rígidas para contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e ainda a redução de incentivos tributários a setores da economia.

Com as alterações aprovadas pelos deputados, foi retirada do texto que originou a Emenda 95 (PEC 186/2019) a proibição de promoção funcional ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregado público. Essa proibição era um dos pontos criticados pela bancada de militares e policiais.

A mudança beneficia servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional. Também se retirou do texto a proibição à vinculação de qualquer receita pública a fundos específicos.

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, comemorou a mudança.

— É necessário e urgente que retomemos o pagamento do auxílio emergencial por mais algum tempo, na esperança de que a situação se normalize o mais rápido possível, mas ele não pode ser dar de forma irresponsável, sem que olhemos para as contas públicas — salientou.

Pacheco também destacou que, apesar da retomada do pagamento, é essencial que a população prossiga mantendo os cuidados sanitários e o distanciamento social, quando possível, para diminuir a propagação da covid-19 enquanto a vacina não chega para todos.

— Para vencer em definitivo, não bastará o pagamento do auxílio emergencial. Devemos continuar firmes recorrendo às medidas preventivas de saúde pública, igualmente a urgente vacinação em massa da população, essencial para que consigamos voltar a normalidade que tanto nos falta. Vacina, vacina e vacina. Nosso concidadãos permanecem em nossos pensamentos e orações, sendo nosso dever prosseguir na luta pela vida — acrescentou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, frisou o quanto viabilizar o pagamento de um novo auxílio emergencial é importante para a população. Segundo ele, o gasto não deve comprometer as contas públicas.

— O foco da nação é enfrentar a epidemia, salvando vidas e apoiando aqueles brasileiros que foram mais afetados pela crise. Nesse sentido, a Emenda Constitucional nº 109 permitirá que o Estado pague um novo auxílio emergencial sem aventuras fiscais, sem comprometer as finanças públicas e a moeda nacional. Essa emenda é também uma prova de que o Parlamento brasileiro está pronto para tomar medidas robustas e céleres que respondam ao interesse nacional.

Compuseram a Mesa da sessão de promulgação os relatores nas duas Casas, senador Marcio Bittar (MDB-AC) e deputado Daniel Freitas (PSL-SC), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AC), e o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB).

Mudanças

Além de permitir uma nova rodada do auxílio, o texto, cujo primeiro signatário foi Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), estabelece regras claras para ação em momentos de crise fiscal e de calamidade pública no Brasil, explicou o senador, em participação remota.

Segundo Bezerra, essa maior previsibilidade fiscal tem efeitos positivos sobre os preços da economia, com mais controle da inflação, dos juros e tem como consequência maior geração de emprego e renda para a população. No caso de emergência fiscal, os instrumentos previstos controlam a velocidade de crescimento da despesa e preservam o espaço no Orçamento para investimentos em outras despesas de capital. Quando decretada a calamidade pública pelo presidente da República e validada pelo Congresso Nacional, a União, os estados e os municípios terão capacidade de ação para socorrer a população, preservar a saúde e manter os serviços públicos essenciais.

—A PEC 186 estabelece o compromisso com o equilíbrio das finanças do país olhando para todos os entes da Federação. Com responsabilidade fiscal e social, o Brasil atrairá investimentos que impactam diretamente na geração de emprego e renda das famílias — defendeu.

Bezerra destacou os principais pontos da emenda, além do crédito extraordinário para viabilizar a concessão do auxílio:

. Nova âncora fiscal. A PEC traz uma série de regras fiscais que possibilitam a melhoria do quadro das finanças públicas no país. O nível de endividamento é o verdadeiro indicador de saúde das finanças públicas. A relação dívida/PIB está em 90%, enquanto a média dos países emergentes é de uma dívida de cerca de 50% do PIB.

. Instrumentos de controles de gasto para a União. Serão acionadas medidas de controle de gasto quando a despesa obrigatória ultrapassar 95% da despesa primária total sob o teto de gastos, como a proibição de criação de cargos no serviço público e a realização de concursos. Será permitido o uso de instrumentos de contenção de gastos, antes que as despesas discricionárias sejam zeradas.

. Instrumentos de controle de gastos para governadores e prefeitos em emergência fiscal. Se a despesa corrente for superior a 95% da receita corrente, medidas de controle de gastos obrigatórios podem ser acionadas pelo gestor público. Se o indicador estiver acima de 85%, o administrador já terá a opção de usar os instrumentos por 180 dias e, depois, a continuidade destes deverá ser referendada pelo Legislativo.

. Cláusula de calamidade pública. É o regime extraordinário fiscal inspirado na chamada PEC de guerra, exclusivo para combate à calamidade.

. Redução e avaliação de gastos tributários. Com a promulgação da PEC, o presidente da República terá seis meses para enviar ao Congresso Nacional um plano para reduzir, ao longo dos próximos oito anos, os gastos tributários, que serão isenções e benefícios concedidos a segmentos da sociedade, mas que implicam um custo extra para todos. O objetivo é limitar esse gasto a 2% do PIB, que é a média praticada em outros países. Atualmente, o Brasil gasta cerca de 4%, o que representa mais de R$300 bilhões com essas renúncias tributárias.

. Desvinculação dos recursos de fundos para o controle da dívida. Os recursos de fundos que já tenham sido contabilizados em orçamentos de anos anteriores e integram o superavit financeiro da União serão usados para abater os juros da dívida pública. Esses recursos ficaram por anos empossados e não poderiam reduzir o endividamento do país, explicou o senador. Quando esses recursos ficam presos nos fundos, o Tesouro Nacional precisa emitir mais dívida para financiar as outras despesas, mesmo tendo em caixa recursos carimbados. Quanto maior a necessidade de emissão de dívida, maiores juros pagos pelo país, o que dificulta a gestão da dívida pública.

Fundos públicos

A desvinculação dos recursos dos fundos públicos gerou conflitos quanto à redação final da Emenda Constitucional 109, com protestos da bancada da oposição. O texto que saiu do Senado desvinculava as receitas tributárias dos fundos, mas listava cerca de 30 deles para os quais estava vedada a desvinculação. Na Câmara, os deputados suprimiram um trecho da PEC, autorizando o governo a usar cerca de R$ 200 bilhões do superavit dos fundos para amortizar a dívida, mas a supressão acabou derrubando o dispositivo que listava as exceções.

Com isso, abriu-se brecha para que cerca de R$ 65 bilhões de superavit de fundos como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o Fundo Nacional de Cultura e os Fundos de Segurança e dos militares, que não eram o objetivo original da PEC, também sejam incluídos. O PT quer corrigir o problema com uma PEC paralela.

— Que nós façamos uma intervenção aqui também de caráter propositivo, para que corrijamos isso através de uma PEC complementar, uma espécie de PEC paralela, para restituir a excepcionalização desses fundos, pois em momento nenhum foi deliberada a liberação do seu superávit financeiro — explicou o líder da Minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN).

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) também lamentou o erro na redação final do texto e que na recriação do auxílio para a população necessitada o Congresso tenha aprovado medidas de arrocho fiscal.

— O auxílio emergencial é necessário, ajuda as micros e pequenas empresas, mas não havia necessidade de o governo federal, mais uma vez, perseguir quem trabalha, inclusive os cientistas, a segurança pública, e esse povo todo se elegeu prometendo segurança pública. E agora até o Fundo Nacional de Segurança Pública, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, todos foram para o pagamento, para aumentar um deficit primário, o mercado financeiro — disse.

Pacheco garantiu não haver problemas para a promulgação e encorajou o PT a apresentar a nova proposta para ampliar o rol das exceções dos fundos que podem ter o superávit atingido pela mudança constitucional.

— Futuras alterações serão amadurecidas nas duas Casas Legislativas, inclusive à guisa de novas propostas de emenda è Constituição, porque é preciso que o Congresso tenha essa vitalidade política de identificar algo que pode ser modificado doravante. Mas, sob o ponto de vista regimental, formal, jurídico e político, a promulgação da proposta de emenda à Constituição é absolutamente adequada, pertinente, e, se houver a necessidade de uma atualização em função desses entendimentos, isso será feito e será muito bem recebido pelo Senado Federal.

Veja aqui mais detalhes da aprovação da PEC 186/2019, finalizada na semana passada pela Câmara.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Vida nova para mãe que sofreu AVC após dar à luz

 


Após 50 dias em tratamento no Hospital de Base, jovem de 21 anos recebe alta, retorna para casa e reencontra a filha

Gabrielle recebeu alta e já poderá acompanhar, em casa, sua pequena Eliza, nascida em janeiro | Foto: Divulgação/Iges-DF

“Ela saiu radiante do hospital, completamente feliz pela recuperação”Vera Lúcia Lopes, mãe de Gabrielle Lopes Landim

Depois de passar 50 dias internada na Unidade de Neurocirurgia do Hospital de Base, recuperando-se do acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu após o parto, finalmente a jovem mãe Gabrielle Lopes Landim, 21 anos, pôde retornar para casa e reencontrar a filha Eliza.

O retorno foi na última sexta-feira (12), quando Gabrielle recebeu alta de uma dolorosa experiência. Logo após dar à luz e amamentar a filha pela primeira vez, ela sofreu um AVC e precisou ser internada. Foram 36 dias sem contato até ter novamente em seus braços a bebê.

A mãe de Gabrielle, Vera Lúcia Lopes, 51, ficou emocionada com a alegria da filha ao retornar para casa, em Ceilândia. “Ela saiu radiante do hospital, completamente feliz pela recuperação”, contou Vera, que ajudou nos cuidados. “Ela dormiu superbem, descansou e ficou admirando a bebê de longe”. A jovem ainda não pode se dedicar plenamente à filha. Por causa das sequelas do AVC, terá que passar por diversas sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional até que tenha autonomia física para cuidar de Eliza.

“A reabilitação vai acontecer de forma lenta e gradual, mas é um processo extremamente necessário para que ela consiga ter mobilidade e autonomia para desenvolver suas atividades de forma independente”, explica a supervisora de enfermagem da Unidade de Neurocirurgia do hospital, Amanda Borges Oliveira. Ela permanece sob acompanhamento da equipe do HB, mas agora já pode ficar perto da família.

A avó de Eliza acredita que, agora que estão todos juntos, Gabriela se sentirá mais tranquila e preparada para continuar o tratamento. “Ela já está muito apegada à bebê, e acho que isso será positivo na recuperação dela”, confia Vera, que agradeceu à equipe médica pelo tratamento no Hospital de Base, uma das oito unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF).

Relembre o caso

“São anjos que estão aqui para nos ajudar”Rômulo, irmão de Gabrielle

Eliza nasceu no Hospital Regional de Ceilândia em 21 de janeiro deste ano, às 15h45. Minutos após a cesariana, sua mãe, Gabrielle, teve um AVC hemorrágico e precisou ser transferida às pressas para o Hospital de Base. “Foi um grande susto para nós”, lembrou o irmão de Gabrielle, Rômulo Michael Lopes, 33 anos.

A paciente foi operada à noite daquele mesmo dia.  O procedimento foi bem-sucedido, e ela passou a ser atendida pelos profissionais da neurocirurgia. Rômulo, padrinho de Eliza, começou a acompanhar o tratamento da irmã e conheceu de perto o trabalho da equipe. “Eu já conheço muitos desses profissionais pelo nome; são anjos que estão aqui para nos ajudar”, elogiou.

Eliza nasceu com 3,4kg e 49cm. Agora, está com 4,6kg e 52cm. A pequena completou a prole de Vera Lopes, que, após cinco filhos, agora tem 12 netos.

*Com informações do Iges-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Live explica o que é o Código do Sinal Vermelho

 


Ação incentiva as vítimas de violência doméstica e familiar a pedirem ajuda de forma silenciosa

Conheça o Código do Sinal Vermelho, programa que incentiva as vítimas de violência doméstica e familiar a pedirem ajuda de forma silenciosa, por meio de um “X” vermelho pintado na mão. Farmácias, condomínios, hotéis e supermercados já se engajaram na campanha.

Se você quer saber como participar da luta de combate de enfrentamento à violência e reforçar a rede de denúncias, não perca a live de lançamento do projeto nesta segunda-feira (15), às 18h.

A Secretária da Mulher, Ericka Filippelli; o Secretário de Segurança Pública, Anderson Torres; a presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, Renata Gil; a Delegada-Chefe da Deam II, Adriana Romana, e o Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Julian Rocha Pontes, irão esclarecer todas as dúvidas sobre a iniciativa, sobre como aderir à campanha e acolher uma mulher que pedir ajuda.

Quando?

É segunda-feira, dia 15 de março, às 18h. Transmissão ao vivo: Twitter da Agência Brasília (@AgenciaBrasilia) e na página do Facebook do Governo do Distrito Federal (@govdf)

O programa Código Sinal Vermelho foi criado pela Associação dos Magistrados do Brasil, pela Lei nº 6.713, de 10 de novembro de 2020, e regulamentado na Capital Federal pelo decreto Nº 41.695, em 7 janeiro de 2021.

* Com informações da Secretaria da Mulher


AGÊNCIA BRASÍLIA