Imunização para este público começa nesta quinta-feira (4). Estimativa é atender 9.364 pessoas na faixa etária
Cerca de 5% das vacinas são reservadas para repor eventuais perdas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde
Quem tem 75 anos ou mais poderá, a partir das 17h desta quarta-feira (3), agendar a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19. Nesse horário, estarão abertas as vagas para vacinação na quinta (4) e sexta-feira (5), pelo site e pelo Disque Saúde 160, opção 6. A expectativa da Secretaria de Saúde é vacinar 9.364 pessoas na faixa etária de 75 anos.
O dado da estimativa populacional é da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A vacinação continua para os integrantes do grupo prioritário já selecionado, mas que ainda não recebeu a primeira ou a segunda dose do imunizante.
A vacinação nos drives-thrus será exclusiva por agendamento. Nas unidades básicas de saúde (UBS) que disponibilizam a vacina, haverá a possibilidade de receber o imunizante sem agendamento, porém a Secretaria de Saúde recomenda o agendamento para evitar filas e aglomerações. Veja aqui a lista das UBS com vacina.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pede calma e garante que há doses para todos do grupo prioritário. “Mesmo se não conseguir agendar para esta semana, a vacina para você que tem 75 anos ou mais está garantida. Abriremos mais vagas para a semana que vem”, afirma.
Pontos de vacinação
A partir desta quinta-feira (4), a vacinação na Policlínica do Lago Sul e na UBS 5 de Ceilândia (localizada na QNM 16) será exclusiva por drive-thru. Além disso, a Unidade Básica de Saúde 3 de Ceilândia, na QNM 15, passa a integrar a lista de unidades participantes da campanha.
Ao todo, são 43 pontos, sendo 13 por drive-thru. A lista completa pode ser consultada aqui.
Vacina DF
A campanha de vacinação contra a covid-19 começou no DF no dia 19 de janeiro. Até esta terça-feira (2), a Secretaria de Saúde já tinha vacinado 143.007 pessoas do grupo prioritário com a primeira dose. Desse total, 52.680 já foram imunizadas com a segunda dose.
O Distrito Federal já recebeu, em cinco remessas, 199.760 doses da vacina CoronaVac – produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac -, e 67 mil doses da vacina Covishield, em duas remessas – desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca.
Cerca de 5% das doses das vacinas são reservadas tecnicamente para repor eventuais perdas. A vacina CoronaVac tem intervalo de aplicação entre as doses de 14 a 28 dias. Devido a isso, metade das doses recebidas são reservadas para a segunda aplicação. Já com a vacina de Oxford, esse intervalo é de até 90 dias.
As duas vacinas requerem aplicação de duas doses para imunização. Neste momento, estão sendo imunizados com a segunda dose apenas aqueles que tomaram a vacina CoronaVac. Os primeiros imunizados com a vacina Covishield começam a receber o reforço no final do mês de abril.
Fluxo de veículos ficou lento do SIA até Octogonal; não houve vítimas. Outro acidente ocorreu no SAAN; uma mulher de 50 anos morreu atropelada.
Carro capota na Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG), no DF — Foto: CBMDF/Divulgação
Acidente de trânsito impactou fluxo de veículos na Estrada Parque Taguatinga, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Um acidente de trânsito provocou, na manhã desta quarta-feira (3), um congestionamento na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), sentido Plano Piloto, no Distrito Federal. Um veículo capotou próximo à passarela da Octogonal e, durante o socorro, as faixas da Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG) precisaram ser bloqueadas, por volta das 7h
Já no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), uma mulher de 50 anos morreu atropelada em um estacionamento. O condutor do veículo não foi encontrado no local do acidente (veja mais abaixo).
O congestionamento na EPTG começou no acesso ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e se estendeu até a altura da passarela da Octogonal. Em alguns trechos, de acordo com aplicativos de geolocalização, a velocidade média de veículos era de 8 k/h. A via foi liberada por volta das 8h30, de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um carro capotou na via, porém, não houve vítimas. A corporação não informou a dinâmica do acidente. "Trânsito interditado durante o atendimento, com isso tendo impacto no fluxo [de veículos]", informaram os militares.
Uma alternativa para os motoristas que precisaram acessar o Plano Piloto foi seguir pela BR-070 (Estrutural).
Para quem está na educação infantil e no ensino fundamental, o auxílio é de R$ 320. Estudantes do ensino médio recebem R$ 240
O retorno das aulas deve ser gradual, mesclando as duas modalidades
O beneficiários do Cartão Material Escolarcomeçam a ter o dinheiro depositado nesta sexta-feira (5/3). No primeiro lote, receberão aqueles que têm o cartão físico, entregue em 2020, e cujas famílias ainda fazem parte do programa Bolsa Família, do governo federal, no ano de 2021.
Para quem está na educação infantil e no ensino fundamental, o auxílio é de R$ 320. Estudantes do ensino médio recebem R$ 240. As aulas começam no dia 8, de forma remota, e, mesmo para atividades em casa, muitos materiais são necessários.
Em 2021, permanece incluído o chip para dispositivo móvel, que viabiliza a instalação do aplicativo Escola em Casa DF, necessário para acesso à plataforma Google Sala Aula com os pacotes de dados pagos pela Secretaria de Educação.
Itens a serem comprados
Os itens que podem ser comprados com o benefício vão desde jogos pedagógicos, brinquedos, caderno, cartolina, lápis de cor e papel A4, e vão até mochila, agenda, calculadora de bolso, pen drive e dicionários de português, inglês e espanhol, a depender de cada etapa.
Também houve aumento no número de produtos em relação ao ano anterior. Na educação infantil, eram 45 itens e agora são 47. No ensino fundamental – anos iniciais –, eram 46 produtos e hoje são 49. Nos anos finais, de 28 itens, o total aumentou para 29. No ensino médio, eram 23 e agora são 25 produtos. Para a educação especial, são 171 itens.
Os valores podem ser usados nas papelarias cadastradas no programa em todo o DF. Para conferir se o crédito foi feito, basta ligar no 156. Neste primeiro lote, são beneficiados 59.671 estudantes de 38.152 famílias. O total investido é de R$ 18.348.480.
O Ministério da Saúde decidiu comprar "todas as vacinas disponíveis" dos laboratórios Pfizer/BioNTech e Janssen-Cilag, braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson, informou a pasta à CNN nesta quarta-feira (3).
O governo informa que a ordem para dar prosseguimento para a compra foi feita pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O Ministério da Saúde não informa quantidade exata de doses, afirmando que isto dependerá dos estoques disponíveis.
"Número de doses vai depender de quanto as farmacêuticas poderão disponibilizar. Mas intenção é comprar todas as doses disponíveis", afirmou fonte próxima ao ministro à CNN.
A vacina da Pfizer com a BioNTech é a única até o momento a ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para registro definitivo no país. As vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca possuem a autorização de uso emergencial, que é temporária e restrita a grupos prioritários.
A negociação da farmacêutica americana com o Brasil começou no segundo semestre do ano passado, mas travou depois de o governo se recusar a concordar com uma cláusula do contrato, que dispensaria a Pfizer de arcar com o custo decorrente de eventuais efeitos colaterais.
Na terça-feira (2), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que, entrando em vigor, permite que a União, estados e municípios possam assumir essa responsabilidade sem que os gestores sejam pessoalmente responsabilizados por ocorridos.
A movimentação do Ministério da Saúde acontece um dia depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar que compraria 20 milhões de doses da vacina da Pfizer e outras 20 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.
Mídia destaca colapso iminente do sistema de saúde, recorde de mortes e risco de novas variantes
A imprensa internacional repercutiu nesta quarta-feira o agravamento da crise da covid-19no Brasil, que, em meio a um colapso dos hospitais em cidades de várias regiões do país, registrou ontem 1.726 mortes por causa da doença, um recorde desde o início da pandemia.
Em reportagem publicada em sua edição digital hoje, o jornal americano “The New York Times”ouviu cientistas que dizem que a situação do Brasil deve servir de alerta para o mundo. A publicação também destaca a rapidez da disseminação da variante de Manaus.
“Nenhum outro país que experimentou um surto tão grande ainda está lutando contra um número recorde de mortes e um sistema de saúde à beira do colapso”, afirmou o “NYT” na reportagem. “Muitos outros países duramente atingidos estão, em vez disso, dando passos hesitantes em direção a um semblante de normalidade.”
O “NYT” também traz a preocupação dos cientistas com a disseminação da variante de Manaus, batizada como P.1. Segundo a reportagem, no fim do mês passado, autoridades de saúde já haviam relatado casos da nova cepa em 21 dos 27 Estados brasileiros.
O jornal ainda afirma que faltam testes para avaliar a prevalência da variante em todo o país. A vacinação, que poderia conter o aumento dos casos, também não está avançando, segundo o “NYT”, que cita a dificuldade do governo em garantir as doses necessárias para imunizar os brasileiros e o ceticismo do presidente Jair Bolsonaro sobre o impacto da doença e das próprias vacinas.
O “The Guardian”, do Reino Unido, afirma que o mais recente surto da doença do Brasil se tornou uma “ameaça global” por “abrir portas” para o surgimento de variantes do vírus ainda mais letais.
O jornal britânico ouviu o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos EUA, que pediu à comunidade internacional para desafiar o governo de Bolsonaro por não conter uma pandemia que já matou mais de 250 mil pessoas no país.
“O mundo deve falar com veemência sobre os riscos que o Brasil representa para a luta contra a pandemia”, disse Nicolelis ao “Guardian”. “De que adianta resolver a pandemia na Europa ou nos Estados Unidos se o Brasil continua sendo um terreno fértil para esse vírus?”
Operação apura superfaturamento na compra de testes rápidos, pela Secretaria de Saúde, para detecção da Covid-19. Quarta fase foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (3).
Falso Negativo: Ministério Público cumpre mandados de busca e apreensão no DF, nesta quarta-feira (3) — Foto: MPDFT/Divulgação
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpre, nesta quarta-feira (3), 15 mandados de busca e apreensão contra um grupo investigado por fraudar compras de testes rápidos da Covid-19. Essa é a quarta fase da Operação Falso Negativo.
A força-tarefa, segundo a investigação, ocorre na capital e em várias cidades da Bahia. Nessa etapa, os investigadores buscam "novas provas" sobre ilegalidades praticadas em uma dispensa de licitação de 2020 para compra de 48 mil testes rápidos do novo coronavírus. Não houve prisões em flagrante.
A suspeita dos investigadores é de que os testes foram superfaturados. De acordo com a apuração dos agentes, os testes foram vendidos por até R$ 187 e são de "qualidade duvidosa". Entretanto, em outro processo de dispensa de licitação, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), comprou o mesmo tipo de exame por R$ 73.
Em nota, a pasta informou que "tem colaborado com as investigações" e forneceu documentos necessários para a apuração dos fatos.
"A atual gestão tem tomado todas as medidas para esclarecer dúvidas, acatar recomendações e aprimorar os mecanismos de transparência dos atos e ações da pasta junto à sociedade."
A operação identificou ainda que a dispensa de licitação analisada gerou "dispêndio" de mais de R$ 8 milhões. A reportagem apurou que, caso os testes fossem comprados no mesmo valor da licitação anterior, de R$ 73, seriam economizados mais de R$ 5 milhões.
A força-tarefa é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT. A investigação conta com apoio do Gaeco da Bahia e do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da Polícia Civil do DF.
Alvos
Testes comprados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em imagem de arquivo — Foto: MP/Divulgação
A investigação mostra que o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, preso em outra etapa da operação, é amigo pessoal de um dos alvos, o empresário Fábio Gonçalves Campos, que teria sido beneficiado na contratação para o fornecimento dos testes.
Esse empresário também teria "operado de forma oculta" a empresa Matias Machado Silva ME, contratada pela Secretaria de Saúde do DF na dispensa de licitação. Além dessa fornecedora, a pasta contratou a Belcher, Brasil Laudos e W.S. do Prado. Cada uma foi responsável por fornecer 12 mil exames.
G1 tenta contato com a defesa dos alvos da operação.
A divisão de contratação entre as quatro empresas chamou a atenção dos investigadores porque, de acordo com eles, o Executivo faz compras de quem oferece o melhor preço. Além disso, o processo licitatório mostra "claros indícios" de que as propostas declaradas tiveram uma origem comum.
A reportagem apurou que a formatação dos documentos das empresas foi idêntica e o texto empregado nas quatro propostas foi semelhante. Além disso, a Brasil Laudos e a Matias Machado apresentaram os mesmos dados bancários.
Fábio, enquanto participava da licitação de forma oculta pela Matias Machado da Silva ME, também era secretário parlamentar de um deputado federal pela Bahia. Ele permaneceu vinculado ao parlamentar até 26 de agosto de 2020.
Entretanto, apesar de inicialmente não ter o nome associado no esquema de compras de testes rápidos, Fábio foi exonerado um dia após a deflagração da segunda etapa da Operação Falso Negativo. Nessa fase, os investigadores revelaram ilegalidades na contratação da empresa em que ele operava de forma oculta.
Teste rápido para Covid-19 no DF, em imagem de arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
A operação revelou ainda que Fábio não podia aparecer à frente da empresa contratada pela relação com o ex-secretário de Saúde. Matias Machado, que também tinha relação com o empresário, estava à frente da empresa, segundo revelaram conversas encontradas pelos investigadores.
A esposa de Fábio, Renata Mesquita D’Aguiar, também é alvo da investigação. As provas colhidas pelos promotores mostram que outros dois envolvidos, Luiz Fernando Teixeira de Pinho e Adilton Gomes Assunção, foram nomeados para trabalhar em cargos nos órgãos em que a mulher passou: Secretaria de Estado de Esportes e Lazer do DF e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Já Luiz Fernando trabalhou na confecção de documentos que foram juntados no procedimento licitatório e Adilton atuou em outras licitações com Fábio, na Bahia, também para venda de insumos médicos e hospitalares.
Pedro Henrique Morais dos Santos, que também trabalhou na confecção de documentos, é alvo da operação. Os investigadores não revelaram qual o nível de participação dele.
O servidor da Secretaria de Saúde Alexandre Luciano também é investigado. Ele teria atestado de forma falsa o recebimento de testes de uma marca específica. Nos documentos, o funcionário disse que os exames foram fornecidos pela Beijing Beier, enquanto a empresa de Fábio entregou material da Zhuhai Livzon Diagnostics INC.
Três empresas com vinculações dos envolvidos também foram alvos nessa etapa: Campos Representação, Assessoria, Consultoria e Serviços LTDA; Costa & Pinho Advogados e Associados e a Audtech – Tecnologia em Auditoria Preventiva, Consultoria LTDA.
A reportagem tenta contato com as defesas das empresas.
Falso negativo
A primeira fase da Operação Falso Negativo foi deflagrada em julho do ano passado. Em setembro, na segunda etapa da investigação, oito gestores da cúpula da Secretaria de Saúde foram presos, inclusive o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo.
O Ministério Público do DF acusa o grupo de orquestrar fraudes em quatro contratos da Secretaria de Saúde para compra de testes do novo coronavírus. Os promotores acusam o ex-secretário Francisco Araújo de "capitanear a organização criminosa" que favorecia empresas nas licitações.
Entre as irregularidades apontadas estão: superfaturamento, prazos inexequíveis para apresentação de propostas e desvio de recursos públicos. O prejuízo estimado é de, pelo menos, R$ 18 milhões. Os réus negam irregularidades.
Em 25 de setembro, a Justiça aceitou denúncia contra 15 investigados na operação. Além dos oito que foram presos, a ex-gerente de Aquisições Especiais da SES-DF, Erika Mesquita Teixeira, virou ré, assim como seis representantes das empresas que, segundo o MPDFT, foram beneficiadas no esquema.
Parte do público estava sem máscara; cidade visitada é a nona com mais mortes no Pará
O governador Helder Barbalho com a mãe, deputada federal Elcione Barbalho (MDB), 76, em Cametá, no Pará - Jader Paes/Agência Pará
O governador Helder Barbalho com a mãe, deputada federal Elcione Barbalho (MDB), 76, em Cametá, no Pará - Jader Paes/Agência Pará
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), provocou aglomeração ao reunir centenas de pescadores nesta segunda-feir-a (1) na abertura da pesca do mapará, um peixe amazônico, em Cametá, a 328 km de Belém.O município paraense é um dos nove no estado com o maior número de mortes por Covid-19 —138 óbitos, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Pará. Belém lidera o ranking no estado, com 2.825 mortes.
A mãe do governador, a deputada federal Elcione Barbalho (MDB), de 76 anos, também participou do evento ao lado do filho. O registro do evento foi publicado pelo próprio governador em sua conta pessoal verificada de uma rede social. Procurado, o governo do Pará não se manifestou sobre a aglomeração em Cametá.No Pará, um decreto estadual em vigor desde março do ano passado proíbe aglomerações, que podem ser punidas com multa e até prisão. Além do estado, outros governadores já adotaram medidas restritivas e punitivas para combater o avanço da Covid-19 no país.
Para o infectologista e pesquisador da Fiocruz Júlio Croda, o Brasil vive o pior cenário desde o início da pandemia e é preciso sensibilizar a sociedade para a gravidade do problema."Existe uma associação real entre aglomerações e o aumento de casos de Covid-19. A maioria dos estados e capitais do país já sente a pressão por conta das festas de final de ano e do Carnaval", disse."Chegamos a mais de 1.500 mortes em um único dia. Qualquer aglomeração ou reunião com mais de dez pessoas é um risco potencial de transmissão e avanço da doença. O distanciamento social é uma recomendação bastante seguida na Europa. Sem dúvidas, as medidas individuais mais efetivas que temos são o uso de máscara e evitar aglomerações."Conforme dados do Painel Covid-19, da Secretaria de Estado de Saúde, o Pará já registrou mais de 366 mil casos de Covid-19 e 8.675 óbitos. É o estado brasileiro que menos vacinou a população proporcionalmente em relação ao número de doses recebidas do Ministério da Saúde.
Dados do Consórcio de Veículos de Imprensa mostram que apenas 1,6% da população do estado recebeu a primeira dose da vacina.A Prefeitura de Belém diz que a capital paraense já opera com ocupação de 95,8% dos leitos clínicos e 77,7% dos leitos de UTI da capacidade de vagas. O governo do Pará deve divulgar ainda hoje novas medidas para conter o avanço da pandemia na região metropolitana do estado.A Unimed Belém, maior rede privada de saúde do Pará, informou que "a demanda de atendimentos aos pacientes com casos suspeitos e confirmados de Covid-19 cresceu na última semana e, consequentemente, a taxa de ocupação de leitos aumentou" e disse que vai ampliar a oferta nos próximos dias.