sábado, 20 de fevereiro de 2021

Governo do Estado irá destinar mais R$ 36 milhões para a região do Alto Vale do Rio do Peixe

 

Fotos: Julio Cavalheiro/ Secom

Para fomentar o desenvolvimento econômico e incentivar a competitividade em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés anunciou investimentos de mais de R$ 36 milhões que irão beneficiar toda a região da Associação de Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe (Amarp).  O ato foi realizado na noite desta quinta-feira, 18, em Caçador. Somados os anúncios em Lebon Régis, serão repassados, no total, R$ 57 milhões para municípios do Meio-Oeste.

“O sentido de governar é atender a população em suas prioridades. Somos comprometidos com entregas que vão melhorar a vida dos catarinenses. Buscamos fazer isso com uma gestão responsável, com muito trabalho e com a parceria dos demais Poderes e instituições. Tudo isso faz de Santa Catarina um dos estados melhores para se viver”, frisou o governador.

>> Mais fotos na galeria

Em Caçador, Carlos Moisés assinou a ordem de serviço para recuperação da SC-135, nos 16,7 quilômetros entre Caçador e Rio das Antas. Os recursos chegam a R$ 20 milhões. Nesse trecho da rodovia, será feita a implantação de terceira faixa em seis quilômetros, terraplanagem, asfaltamento, obras de drenagem, de contenção, melhoria em uma ponte e uma alteração de traçado de curva conhecida como Garganta do Diabo.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira, destacou que a obra da SC-135 é uma demanda antiga da região. “Estamos tirando do papel um projeto para melhorar a segurança e a tranquilidade de quem trafega nessa via, o que tem um valor inestimável. Outro destaque são as melhorias no aeroporto de Caçador que precisa de recursos e investimentos para se tornar esse polo aeroviário regional”, acrescentou.

Investimentos no aeroporto

Outro importante anúncio foi a autorização de convênio para aquisição de equipamentos e realização de serviços na melhoria da infraestrutura do Aeroporto Dr. Carlos Alberto da Costa Neves de Caçador. O valor do investimento é de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado e R$ 160,3 mil como contrapartida do município. Também foi firmado o convênio para recuperação da pavimentação asfáltica em Caçador, com recursos de R$ 441,8 mil.

“O Governo do Estado, ao transferir recursos para os municípios, permite promover e melhorar a qualidade de vida da população. Santa Catarina é um estado diferenciado, dinâmico, empreendedor. Tenho a certeza que todos os investimentos que estão sendo feitos irão melhorar ainda mais o estado, gerando empregos, renda e riquezas em todas as regiões”, salientou o prefeito de Caçador, Saulo Sperotto.

Dentre os recursos anunciados, R$ 13,2 milhões são para o pagamento de 76 emendas parlamentares impositivas para as 15 cidades que fazem parte da Amarp. A região já recebeu em anos anteriores cerca de R$ 26 milhões em emendas impositivas.

O ato contou com a presença do chefe da Casa Civil, Eron Giordani, secretário Executivo de Comunicação, Jeferson Douglas, deputado federal Celso Maldaner, deputados estaduais Valdir Cobalchini, Nilson Berlanda, Rodrigo Minotto e Ricardo Alba, além de prefeitos e autoridades da região.

>> Leia também:

Informações adicionais para a imprensa:
Elisabety Borghelotti
Assessoria de Imprensa 
Secretaria de Estado de Comunicação - Secom
E-mail: bety@secom.sc.gov.br
Fone: (48) 3665-3014
Site: www.sc.gov.br
www.facebook.com/governosc e @GovSC


Encontro inspira prefeitas de municípios catarinenses a ampliar a rede de voluntariado no estado

 

Fotos: Mauricio Vieira / Secom

A primeira-dama do Governo do Estado, Késia Martins da Silva, recebeu na Casa d'Agronômica nesta sexta-feira, 19, as prefeitas de municípios de Santa Catarina. O encontro encerrou a série de reuniões que começaram no dia 5 de fevereiro e trouxeram, também, primeiras-damas catarinenses. O objetivo da iniciativa foi apresentar a rede de voluntariado do Estado, a Rede Laço, propor parcerias, mostrar oportunidades para captação de recursos e capacitar municípios para elaboração de projetos.

Prefeitas e primeiras-damas retornam aos seus municípios prontas para conectar as instituições de voluntariado ao suporte da Rede Laço. De acordo com Késia Martins, essa aproximação com mulheres líderes de seus municípios, a motiva continuar formando laços. “Hoje, foi uma tarde muito agradável e de muita troca. Reunimos as prefeitas dos nossos municípios catarinenses. Mulheres fortes, que, com garra e determinação, conquistaram o seu espaço dentro da política e assumiram esse grande compromisso de ajudar e transformar a sociedade. Me sinto grata por essa aproximação. Esse encontro me trouxe muita inspiração”, destaca.

A prefeita de Içara, Dalvania Cardoso, lembrou que ser mulher na política é um grande desafio, e por isso, a união entre as prefeitas é fundamental. "É muito interessante conhecer a realidade de outras gestoras municipais. Acho que o encontro foi muito bacana nesse sentido, para mostrar que o Estado é um só, mesmo sendo cidades às vezes distantes e diferentes umas das outras, nós compartilhamos os mesmos sentimentos, os mesmo desafios, os mesmos problemas, e como mulheres, as mesmas esperanças”, pontua. 

Na reunião, foram apresentadas as possibilidades dos municípios apoiarem o terceiro setor. Para a prefeita de Água Doce, Nelci Fátima Bortolinni, a tarde foi ímpar. “É importante, pois é no município que a vida das pessoas acontece. E é muito grande a necessidade de pensar em projetos que envolvam voluntariado e fortalecer o terceiro setor nos municípios. Temos que engajar as pessoas nessa causa, para que juntos nós possamos fazer a diferença através das entidades”, afirma.  

A prefeita de Sombrio, Extremo Sul do estado, Gislaine Cunha, ressaltou a importância do voluntariado. “Tem uma frase de Guimarães Rosa em que ele diz: onde tem um pouquinho de amor, existe saúde. As pessoas querem se doar, trabalhar e cuidar do outro. Com toda certeza, essa  reunião só irá fortalecer ainda mais os catarinenses”, sintetiza.

Cada encontro buscou mostrar maneiras de viabilizar o voluntariado nos municípios por meio da Rede Laço. Foram recebidas primeiras-damas e prefeitas de todas as regiões do Estado, divididas em grupos para as atividades.

Informações adicionais para imprensa:
Gabriela Ferrarez Figueiredo
Assessoria de Imprensa
Secretaria Executiva de Comunicação - Secom
E-mail: ferrarezgabriela@gmail.com
Fone: (48) 3665-3045
Site: www.sc.gov.br


Fesporte busca a implementação do Plano Estadual de Esporte e Lazer

 

Foto: Antonio Prado / Fesporte

Foi dada a largada para a retomada das discussões para a implantação do Plano Estadual de Esporte e Lazer (PEL) de Santa Catarina em uma reunião na sede da Fesporte, nesta sexta-feira, 19, em Florianópolis. O plano foi elaborado em 2017 para o Governo de Santa Catarina pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e rege todas as políticas públicas do governo estadual no setor esportivo. 

O PEL, de cunho decenal, é o resultado de inúmeros estudos e debates em fóruns e ações conjuntas entre as instâncias públicas e a sociedade civil que começaram em 2012, que incluíram instituições como Fesporte, Conselho Estadual de Esporte e Tribunal de Justiça Desportiva entre outros. Mas para o plano vigorar precisa virar lei.

Para o presidente da Fesporte, Kelvin Soares, que solicitou a reunião, é hora de sensibilizar toda a classe política – Executivo e Legislativo – para que de fato o documento saia do papel e se torne lei. “O PEL interessa a todos, principalmente aos gestores estaduais, que é o nosso caso da Fesporte, e os gestores municipais porque  cria diretrizes de gestão, objetivos e metas  para o esporte catarinense para os próximos 10 anos”, destaca Soares.

Para Marcelo Moraes, representante do IBAM, essa reunião marca a retomada de algo muito importante para a sociedade catarinense, pois o PEL, segundo ele,  “ao virar lei, se torna política de estado para o esporte e não apenas política de governo”.

Informações adicionais para a imprensa
Antônio Prado
Assessoria de Imprensa  SC
Fundação Catarinense de Esporte - Fesporte

 

Santa Catarina dá início a colheita do arroz com lançamento de novo cultivar

 

Fotos: Paulo Henrique Santhias / SAR

Segundo maior produtor nacional de arroz, Santa Catarina abre a colheita do grão com o lançamento de novo cultivar. É o SCS 125 da Epagri, que foi apresentado aos produtores nesta sexta-feira, 19,  durante o Dia de Campo da Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), em Rio do Sul. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, e fez parte também das comemorações de 50 anos da Cravil. 

"A abertura da colheita do arroz representa um marco para o agronegócio catarinense, um dia a ser celebrado. É o resultado de um trabalho coletivo que envolve produtores rurais, cooperativas, Governo do Estado e nossos técnicos e pesquisadores da Epagri. Comemoramos ainda o lançamento de um novo cultivar de arroz irrigado com características de alto índice de produtividade, que foram observadas já nas primeiras colheitas. Isso demonstra que o setor produtivo vem inovando, buscando novas tecnologias e aumentando cada vez mais a qualidade e produtividade em nossas lavouras", destaca o secretário Altair Silva.

O SCS 125 é 33º cultivar lançado em Santa Catarina e foi desenvolvido pela Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI) - referência nacional em pesquisa pública com o grão. Entre as principais características deste arroz estão o alto potencial produtivo, boa qualidade de grãos, ciclo longo (tardio), resistência ao acamamento e bom nível de sanidade geral. 

Segundo a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, o lançamento é mais uma prova da excelência catarinense nas pesquisas voltadas à cadeia produtiva de arroz. “Tanto esse, quanto nossos outros cultivares do grão, foram desenvolvidos pensando nas necessidades dos rizicultores catarinenses e buscam oferecer mais produtividade e sustentabilidade nas lavouras. O resultado desse trabalho se vê no campo, com Santa Catarina se firmando cada vez mais como um dos maiores produtores de arroz do Brasil”, declara.

Sanidade como diferencial produtivo

O engenheiro agrônomo da Agrogiusti, Edivani E. Coelho, já começou a plantar o SCS125 nos campos da empresa produtora de sementes de arroz e os resultados são promissores. A sanidade é um dos destaques. 

De acordo com o engenheiro agrônomo, mesmo com condições climáticas favoráveis ao surgimento de doenças, com dias nublados e chuvosos, o material manteve a qualidade em relação a outros cultivares produzidos na empresa  “A avaliação do desempenho do cultivar até o momento é muito boa, estamos muito satisfeitos, a expectativa é boa com relação à produtividade, sanidade e qualidade da semente”, relata.

Safra de arroz em Santa Catarina 

Santa Catarina espera colher 1,18 milhão de toneladas de arroz nesta safra em 7,9 mil hectares plantados. A produção está concentrada na região de Araranguá, principalmente nos municípios de Turvo e Meleiro. 

O arroz se tornou ainda um importante item na pauta de exportações catarinense. Em 2020, os embarques aumentaram mais de 600% em relação ao ano anterior, totalizando US$20,4 milhões em faturamento e 48,2 mil toneladas vendidas. Os principais compradores do arroz produzido no estado foram África do Sul, Guatemala e Senegal.

Informações adicionais para imprensa:
Ana Ceron
Assessoria de Imprensa  SC
Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural

Flamengo reforça à CBF preocupação com decisões da arbitragem em reta final do Brasileirão

 

Por Cahê Mota e Felipe Schmidt — Rio de Janeiro

 


O Flamengo enviou na sexta-feira um documento para CBF, Comissão de Arbitragem e Ferj mostrando preocupação com as decisões da arbitragem nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. O ofício, assinado pelo presidente Rodolfo Landim, cita o "inaceitável problema técnico do VAR" no jogo entre Vasco e Internacional e também questiona a postura pública dos gaúchos.

- Recentemente tivemos o inaceitável "problema técnico" do VAR e a validação do gol do Internacional contra o Vasco da Gama, sem a devida revisão por árbitros de vídeo, o que beneficiou o Internacional e interferiu também na parte inferior da tabela. Vale dizer, por oportuno, que nos causa espécie que o Internacional, maior beneficiado de alguns dos notórios erros recentes de arbitragem neste campeonato, venha a público levantar dúvidas quanto à lisura dos árbitros, com nítido objetivo de pressionar a Comissão de Arbitragem - diz um trecho do documento.

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo — Foto: André Durão

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo — Foto: André Durão

Na vitória do Inter sobre o Vasco, o primeiro gol, marcado por Rodrigo Dourado, não foi checado pelo VAR. A alegação foi de que as linhas que determinam impedimento não estavam calibradas. Assim, prevaleceu a decisão de campo do árbitro da partida. O time gaúcho venceu o jogo por 2 a 0.

Flamengo e Internacional jogam neste domingo, ás 16h, no Maracanã. O Inter lidera o Campeonato Brasileiro com 69 pontos, um a mais que a equipe rubro-negra, faltando duas rodadas para o fim da competição.

Confira na íntegra o ofício enviado pelo Flamengo:

Ofício Flamengo Inter arbitragem — Foto: ge

Ofício Flamengo Inter arbitragem — Foto: ge

Ofício Flamengo Internacional arbitragem — Foto: ge

Ofício Flamengo Internacional arbitragem — Foto: ge

Ofício Flamengo Internacional arbitragem — Foto: ge

Ofício Flamengo Internacional arbitragem — Foto: ge

Campeonato Candango começa neste fim de semana

 


Três estádios administrados pela pasta do Esporte serão palcos de partidas do torneio

Tudo pronto para o início do Campeonato de Futebol Profissional, o Candangão 2021, que começa neste sábado (20). O torneio terá a participação de 12 equipes do Distrito Federal e Entorno, que se enfrentarão em quatro fases com previsão do jogo final em maio. A Federação de Futebol do Distrito Federal promove o compeonato com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer, que administra os estádios Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, no Gama, o Augustinho Lima, em Sobradinho, e Joaquim Domingos Roriz, o Rorizão, em Samambaia.

A expectativa é muito grande para o início do Candangão 2021, podendo ser um dos melhores campeonatos dos últimos temposPaulo Victor Barbosa de Carvalho, secretário Executivo de Futebol

As partidas ocorrem de quarta-feira a domingo, sem a presença de público. Na primeira fase do torneio, os times se dividem em dois grupos se classificando para a etapa seguinte os quatro melhores de cada chave. O Gama, vencedor da edição do ano passo, busca o 14º pódio, com a possibilidade de ser pelo terceiro ano seguido campeão.

“A expectativa é muito grande para o início do Candangão 2021, podendo ser um dos melhores campeonatos dos últimos tempos. Além dos nossos estádios estarem aptos para receberem os jogos, nós temos grandes equipes. O Brasiliense vem forte, o Gama também tem tudo para fazer um grande time, o Real vem credenciado com uma grande equipe, o Capital veio com reforços e os outros times vão fazer frente, Taguatinga, Samambaia, Unaí, Luziânia”, avalia o secretário Executivo de Futebol, Paulo Victor Barbosa de Carvalho.

*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer


AGÊNCIA BRASÍLIA

Conscientização é instrumento para afastar pessoas das drogas

 


Hoje é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo

Publicado em 20/02/2021 - 08:10 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Hoje (20) é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. A data ganha importância ainda maior diante do aumento registrado no consumo dessas substâncias durante a pandemia do novo coronavírus, provocado pelo distanciamento social.

Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizada no ano passado, mostra que 35% dos adultos, na faixa etária dos 30 aos 39 anos de idade, fizeram uso exagerado de álcool, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas.

A psiquiatra Janine Veiga, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), ressaltou, em entrevista à Agência Brasil, a importância do dia 20 de fevereiro para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do abuso de drogas e álcool, que tem crescido na pandemia também pela falta de interação entre as pessoas e pela falta de lazer. “As pessoas perderam seus empregos, os estudantes deixaram de estudar”, disse.

Janine Veiga avaliou que os maiores malefícios são provocados pelo aumento do consumo do álcool. “O alcoólico apresenta prejuízos nas esferas pessoal, social e profissional. Além disso, o alcoolismo traz duas graves consequências, que são a intoxicação alcoólica e a abstinência alcoólica”. Tanto uma como a outra situação são consideradas emergências e passam a trazer o prejuízo para a esfera física, explicou a médica. Como envolvem patologias clínicas, elas requerem hospitalização e podem, inclusive, levar à morte.

Conscientização

“Por isso é importante essa conscientização”. Na clínica de tratamento de dependentes químicos onde também trabalha, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, Janine Veiga informou que é realizado um trabalho multiprofissional, onde se aplica o Programa de 12 Passos, além de acompanhamento terapêutico e psicológico e atividade física. Segundo ela, o programa está fundamentado na recuperação do paciente em princípios espirituais, possibilitando a ele autoconhecimento, crença em um poder superior, confiança no outro, reformulação de hábitos saudáveis e, também, exercitar o perdão e a responsabilidade.

Também durante a pandemia foi percebido incremento do número de jovens consumindo álcool. De acordo com pesquisa canadense, o percentual subiu de 28,6% para 30,1%. A psiquiatra Janine Veiga chamou atenção para o fato de o álcool ser não ser considerado uma droga ilícita e ser de fácil obtenção, com baixo custo, muitas vezes.

Assim, muitos jovens, que ainda não têm essa conscientização da dependência, ficam presas fáceis do alcoolismo. “Algumas pessoas conseguem usar tanto álcool como drogas ocasionalmente, de forma recreativa, diferente daquelas que têm uma predisposição genética à dependência. Esses jovens, quando fazem uso, perdem o controle. É uma roleta russa”, disse ainda a psiquiatra. Janine indicou que o jovem que tiver predisposição à dependência não vai mais conseguir sair do círculo vicioso de uso, fissura, abstinência e retorno ao uso de droga ou álcool.

Campanha

O psicólogo Guilherme Campanhã, do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD) Jardim Ângela, destacou a importância de campanha de conscientização para a população sobre os malefícios dessas substâncias. “Uma campanha deste tipo chama a atenção para uma problemática recorrente, que nos acompanha todos os dias”, afirmou. O CAPS AD é gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo.

Segundo o psicólogo, dedicar um dia para falar sobre as drogas “possibilita repensar nossa relação com as substâncias psicoativas e promover maior consciência no papel que elas ocupam na vida de todos”. Avaliou que o aumento no consumo de álcool e drogas é motivado, em especial, por uma tentativa de enfrentar as incertezas e mudanças provocadas pela pandemia. Na capital paulista, os dependentes de drogas e alcoolismo podem ser atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

ABP

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antonio Geraldo da Silva, disse à Agência Brasil que para conscientizar as pessoas dos malefícios do consumo de produtos como drogas e álcool, é preciso “trabalhar, efetivamente, com a promoção da saúde e a prevenção de doenças incansavelmente, em todas as mídias. Este trabalho deve ser realizado juntamente com o governo federal, através das secretarias envolvidas”.

Desde 2011, a ABP desenvolve campanha permanente contra o uso de álcool e drogas, intitulada “Craque que é craque não usa crack”. Antonio Geraldo da Silva disse que o álcool, embora seja considerado uma droga lícita, reúne no Brasil em torno de 25 milhões a 30 milhões de alcoólatras. “A campanha nossa trata da conscientização das pessoas durante 365 dias por ano. A gente não para de falar sobre isso”.

O titular da entidade admitiu que o tratamento de dependentes químicos requer a formação de uma rede de proteção que envolva a família. “O tratamento de dependentes químicos, em geral, requer a participação da família, requer a construção de uma rede de proteção. Para tanto, faz se necessário trabalhar tanto as questões médicas quanto as não médicas neste momento. Por isso, a importância de, inicialmente, construir um plano terapêutico com o envolvimento de toda estrutura médica e, após a alta, incluirmos todo o aparelho social que deve ser envolvido de forma direta para atender as pessoas que tratam de dependências químicas”.

Tabaco

A Fundação do Câncer aproveitou o dia dedicado ao combate às drogas e ao alcoolismo para reforçar os perigos de uma droga legalizada, que é o tabaco.“Ela é legalizada, mas causa dependência como diversas outras drogas ilícitas”, alertou o médico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da instituição. Encontrado facilmente em bancas de jornais, postos de gasolina e no comércio em geral, o cigarro contém nicotina e outras substâncias tóxicas. Maltoni reforçou que a nicotina causa dependência.

“É viciante. Isso precisa ser levado em conta. Nosso país passa, como todas as nações, por um momento no qual a vigilância epidemiológica está voltada para a covid-19. É crucial, porém, que aqueles que atuam em áreas estratégicas para o controle da epidemia do tabagismo sigam buscando medidas que evitem o aumento do consumo de tabaco, que, aliás, é fator de risco para a covid-19”, disse.

Para reduzir o consumo de cigarro, a Fundação do Câncer sugere algumas medidas, entre as quais o aumento de impostos sobre o produto, investir em campanhas, proibir propagandas em locais de venda e padronizar os maços de cigarro, de modo que fiquem menos chamativos para os consumidores.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano e mais de sete milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco. “O custo anual do tabagismo para sociedade brasileira é, em média, de R$ 57 bilhões. Enquanto isso, segundo informação mais recente do Observatório Nacional da Política de Controle do Tabaco, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a arrecadação fiscal total pela venda de produtos de tabaco e derivados alcançou, em 2015, o valor aproximado a R$ 13 bilhões”, disse Maltoni.

Edição: Aécio Amado


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro