sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Para relator, direito ao esquecimento é incompatível com a liberdade de expressão

 


Único a votar na sessão desta quinta-feira (4), o ministro Dias Toffoli entende que a restrição à veiculação de informações verdadeiras é vedada pela Constituição.

04/02/2021 20h28 - Atualizado há

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, votou, nesta quinta-feira (4), pelo desprovimento do Recurso Extraordinário (RE) 1010606, em que se discute o direito ao esquecimento na área cível. Para o relator, a ideia de poder obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos é incompatível com a Constituição Federal de 1988, e eventuais excessos ou abusos devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais. O julgamento prosseguirá na próxima quarta-feira (10), com os votos dos demais ministros.

Por meio do recurso, familiares da vítima de um crime de grande repercussão nos anos 1950 no Rio de Janeiro buscam reparação pela reconstituição do caso, em 2004, no programa “Linha Direta”, da TV Globo, sem a sua autorização. Após uma tentativa de estupro, a vítima foi arremessada de um edifício em Copacabana. O recurso motivou o relator a convocar uma audiência pública, em junho de 2017.

Liberdade de expressão

Único a votar na sessão de hoje, o ministro Dias Toffoli destacou que a veracidade da informação e a licitude da obtenção e do tratamento dos dados pessoais são relevantes para a análise da legalidade de sua utilização. Para ele, um comando jurídico que estabeleça o tempo como restrição à divulgação de informação verdadeira, obtida licitamente e tratada adequadamente precisa estar previsto em lei, de modo pontual e claro. “Não pode ser fruto apenas de ponderação judicial”, observou.

Segundo Toffoli, admitir o direito ao esquecimento seria restringir, de forma excessiva e peremptória, as liberdades de expressão e de manifestação de pensamento dos autores e o direito de todo cidadão de se manter informado a respeito de fatos relevantes da história social. Essa possibilidade, conforme o ministro, “equivaleria a atribuir, de forma absoluta e em abstrato, maior peso aos direitos à imagem e à vida privada, em detrimento da liberdade de expressão”. Toffoli destacou que a liberdade de expressão é um direito humano universal e condição para o exercício pleno da cidadania e da autonomia individual.

Coletividade

Segundo o relator, o artigo 220 da Constituição Federal coloca a liberdade de informação jornalística a salvo de qualquer embaraço por meio de lei e explicita que as balizas ao exercício dessa liberdade se restringem aos casos prescritos na própria Constituição. Assim, como regra geral, não são admitidas restrições prévias ao seu exercício.

O ministro lembrou que o STF tem construído jurisprudência consistente em defesa da liberdade de expressão, que deve ser exercida em harmonia com os demais direitos e valores constitucionais, de modo a não alimentar o ódio, a intolerância e a desinformação. Segundo Toffoli, a ponderação em relação ao direito ao esquecimento envolve toda a coletividade, que será cerceada de conhecer os fatos em toda a sua amplitude.

Tragédia familiar

Em relação ao caso concreto tratado no RE, o relator entendeu que, embora constituam uma tragédia familiar, os fatos divulgados são verídicos, fazem parte dos casos notórios de violência na sociedade brasileira e foram obtidos licitamente na época de sua ocorrência. “O decurso do tempo, por si só, não torna ilícita ou abusiva sua divulgação, ainda que sob nova roupagem jornalística, sob pena de se restringir, desarrazoadamente, o exercício, pela emissora, do direito à liberdade de expressão, de informação e de imprensa”, afirmou.

Ele também entendeu que não foram violados direitos da personalidade, pois não houve divulgação desonrosa à imagem ou ao nome da vítima ou de seus familiares. “Os fatos narrados no programa, lamentavelmente, são verídicos”, ressaltou, e as imagens reais usadas na exibição foram obtidas legitimamente. De acordo com o relator, todos os crimes são de interesse da sociedade, mas alguns, por seu contexto de brutalidade, tornam-se objeto de documentação social e jornalística. “Sua descrição e seus contornos são alvo de farto registro que, em princípio, não violam a honra ou a imagem dos envolvidos”, observou.

A seu ver, o programa cumpre, ainda, o papel jornalístico de promover questionamentos jurídico-sociais importantes, sobretudo quando considerado que debates sobre a violência contra a mulher têm fomentado a edição de normas mais rigorosas para esses casos.

Biografias

Como exemplo sobre a ponderação dos valores constitucionais em discussão, o relator citou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4815, em que a Corte afastou a exigência de autorização das pessoas envolvidas em relação a obras biográficas. No caso de fundo do RE, Toffoli observou que, embora o recurso não trate, propriamente, de biografia audiovisual, mas de programa jornalístico com reconstituição dos fatos por atores, que mescla documentação de época com a apresentação da história da vítima, o mesmo fundamento pode ser aplicado.

Leia a íntegra do voto do ministro Dias Toffoli.

STF

Pesquisa Pronta destaca possibilidade de novação em alongamento de dívida

 


A página da Pesquisa Pronta disponibilizou cinco entendimentos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Produzida pela Secretaria de Jurisprudência do tribunal, a recente edição aborda temas como a ocorrência ou não de novação em alongamento de dívida e valor fixado de honorários advocatícios.

O serviço tem o objetivo de divulgar os entendimentos jurídicos do STJ por meio da consulta, em tempo real, sobre determinados temas. A organização dos assuntos é feita de acordo com o ramo do direito ou por meio de categorias predefinidas (assuntos recentes, casos notórios e teses de recursos repetitivos).

Direito civil - Obr​igações

Alongamento de dívida ou acordo de parcelamento. Novação?

No julgamento REsp 1.582.681, a Segunda Turma entendeu que não ocorre novação nessa situação. "segundo entendimento já sedimentado no Egrégio STJ, escorado em disposições do Código Civil, tanto o alongamento de dívida ou o acordo de parcelamento, não geram novação".

Direito processu​al civil - Recursos e outros meios de impugnação

Embargos de divergência. Discussão sobre valor de fixado a título de honorários advocatícios: possibilidade?

A Segunda Seção, em caso relatado pelo ministro Moura Ribeiro, lembrou no julgamento do AgInt nos EAREsp 1.190.992 que segundo a jurisprudência do STJ, "não se admite a interposição de embargos de divergência para discutir a questão da irrisoriedade ou exorbitância do valor fixado a título de honorários advocatícios, cuja verificação decorre das particularidades de cada caso concreto (Súmula 420 do STJ)".

Direito penal - Aplicação ​da pena

Execução penal. Prestação pecuniária. Detração. Possibilidade?

No julgamento do REsp 1.853.916, a Sexta Turma destacou que a corte não admite a aplicação do instituto da detração penal à pena de prestação pecuniária, por ausência de previsão legal.

Direito processual penal - Apl​​icação da pena

Homicídio. Pluralidade de qualificadoras: Dosimetria da pena.

A Sexta Turma, no julgamento AgRg no HC 592.265, relatado pelo ministro Nefi Cordeiro, concluiu que "havendo pluralidade de qualificadoras, utiliza-se uma delas para justificar o tipo penal qualificado, podendo as demais serem empregadas na segunda fase de aplicação da pena, como agravantes, ou, residualmente, na primeira fase, como circunstâncias judiciais, não havendo falar em bis in idem ou ilegalidade na utilização de uma das qualificadoras do crime do artigo 148, parágrafo 1º, inciso I e IV, do Código Penal, como circunstância judicial".

Direito administrativo - Ser​vidor público

Servidor público. Remoção. Ensino superior. Transferência. Congeneridade das instituições de ensino. Flexibilização: possibilidade?

No julgamento do AgInt no REsp 1.602.759, a Primeira Turma lembrou que de acordo com a jurisprudência do STJ, "o requisito da congeneridade pode ser flexibilizado, permitindo-se a transferência de instituição privada para outra pública se, no novo domicílio da parte requerente, não houver oferta do curso em instituição privada".

Sempre dispo​nível

A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Para acessá-la, basta clicar em Jurisprudência > Pesquisa Pronta, a partir do menu na barra superior do site. ​

STJ

Requisitos para efeito suspensivo em embargos à execução são cumulativos

 


A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu provimento ao recurso de um fundo de investimentos para revogar o efeito suspensivo dado aos embargos à execução opostos contra ele, em razão da ausência do requisito da garantia por penhora, depósito ou caução. Para o colegiado, os requisitos estabelecidos no Código de Processo Civil (CPC) para que, em tais situações, o julgador possa conceder a suspensão são cumulativos.

Os embargos à execução, com pedido de atribuição de efeito suspensivo, foram opostos por uma empresa diante da ação de execução de título extrajudicial ajuizada pelo fundo.

O pedido foi deferido, apesar da falta de prévia segurança do juízo. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), ao entendimento de que, em casos excepcionais, o juízo pode conceder o efeito suspensivo.

Sem discricionari​edade

A relatora no STJ, ministra Nancy Andrighi, explicou que, como regra, os embargos à execução opostos pelo devedor não terão efeito suspensivo. Contudo, a ministra lembrou que o juiz poderá, a pedido do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida (artigo 919, parágrafo 1º, do CPC/2015).

Segundo a relatora, três são os requisitos para que o julgador atribua efeito suspensivo aos embargos à execução: o requerimento do embargante; o preenchimento dos requisitos necessários à concessão da tutela provisória, ou seja, elementos que evidenciem a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo; e a garantia da execução mediante penhora, depósito ou caução suficientes.

"Frisa-se que mencionados requisitos devem estar presentes cumulativamente para a atribuição do pretendido efeito suspensivo aos embargos e, ainda, que, caso presentes tais requisitos, não há discricionariedade para o julgador deferir o pleito", disse.

Pretensão ga​rantida

Com apoio na doutrina, a ministra ressaltou que o requisito da garantia da execução se impõe porque não seria razoável permitir a suspensão dos atos sem que o exequente tivesse sua pretensão à satisfação garantida, livrando-o da possibilidade de uma execução frustrada.

A relatora lembrou que, como regra, não é possível afastar a necessidade de garantia do juízo para a concessão de efeito suspensivo nos embargos à execução. A ministra verificou que o TJGO justificou a atribuição de efeito suspensivo em razão da inviabilidade da execução e da probabilidade do direito alegado.

Para Nancy Andrighi, o tribunal reconheceu a existência dos outros requisitos exigidos por lei, quais sejam, requerimento da parte, probabilidade do direito alegado e perigo da demora ou risco ao resultado útil do processo. Todavia, a ministra observou que "a coexistência de tais pressupostos não é suficiente para, por si só, afastar a garantia do juízo, que se deve fazer presente cumulativamente".

Leia o acórdão.​

STJ

STJ terá expediente normal no dia 17 de fevereiro; prazos processuais ficam suspensos apenas nos dias do feriado de Carnaval

 


​O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não terá expediente nos dias 15 e 16 de fevereiro (segunda e terça-feira de Carnaval), conforme consta da Portaria STJ/GP 39/2021, assinada nesta quarta-feira (4), em razão de feriado na Justiça Federal e nos tribunais superiores, estabelecido pelo artigo 62, inciso III, da Lei 5.010/1966. Na quarta-feira (17), o tribunal funcionará em expediente normal.

Assim, o início e o vencimento dos prazos processuais no STJ que caírem na segunda e na terça-feira de Carnaval ficam automaticamente adiados para a quarta-feira subsequente (17), seguindo o disposto nos artigos 219 e 224 do Código de Processo Civil, exceto para os prazos relacionados à matéria penal – que não serão interrompidos –, nos termos do artigo 798 do Código de Processo Penal.

Plantão judicial

Para as medidas urgentes, entre sábado (13) e terça-feira (16), os advogados deverão acionar o plantão judicial – que funciona de forma totalmente eletrônica – na Central do Processo Eletrônico do Portal do STJ, das 9h às 13h.

A atuação do tribunal durante o plantão está restrita às hipóteses elencadas na Instrução Normativa STJ 6/2012. Os processos recebidos no período serão distribuídos como no regime ordinário: por sorteio automático ou por prevenção, mediante sistema informatizado.

​STJ

Ministra Maria Thereza de Assis Moura integra GT sobre Enfrentamento à Violência contra as Mulheres pelo Judiciário

 


A corregedora nacional de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, membro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi nomeada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, como integrante de grupo de trabalho instituído pela Portaria 27/2021 para colaborar com a implementação das políticas estabelecidas pelas Resoluções CNJ 254/2020 e 255/2020, referentes ao Enfrentamento à Violência contra as Mulheres pelo Poder Judiciário e ao Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário.

O grupo de trabalho terá 90 dias para apresentar estudos e proposta para o estabelecimento de "Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero" no âmbito do Poder Judiciário. As reuniões de trabalho serão realizadas, preferencialmente, por meio de videoconferência.

A coordenação dos trabalhos do GT está sob a responsabilidade da conselheira do CNJ Ivana Farina Navarrete Pena. Também integram o grupo juízes, representantes de associações de magistrados e advogados.

Igualdade de gênero

Ministra do STJ desde 2006, Maria Thereza de Assis Moura foi a primeira mulher a ocupar uma das vagas do tribunal destinadas à Ordem dos Advogados do Brasil. Natural de São Paulo, a ministra é mestre e doutora em direito processual pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Além da atividade jurisdicional no STJ – ela atuou na Sexta Turma e na Terceira Seção e, atualmente, integra a Corte Especial –, a ministra tem longo histórico de participação nas discussões relativas à igualdade de gênero na magistratura. Em 2019, por exemplo, ela presidiu a mesa do 1º Curso Nacional A Mulher Juíza: Desafios na carreira e atuação pela igualdade de gênero, realizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

A ministra também é membro do Conselho Consultivo da Rede Mundial de Integridade Judicial da Organização das Nações Unidas e da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos. ​

STJ

Presidente do STJ e do CJF entrega novas instalações da Enfam ainda em fevereiro

 


O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Humberto Martins, visitou na última quarta-feira (3) as novas instalações da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), que teve seu espaço físico ampliado em 40%.

A reforma encontra-se na fase final, compreendendo a aquisição e instalação de mobiliário e equipamentos. A obra será entregue após o Carnaval, em data ainda a ser definida entre os ministros Humberto Martins e Og Fernandes, diretor-geral da escola. O retorno das aulas presenciais da Enfam está previsto para o segundo semestre de 2021.

A ampliação das instalações da escola é fruto de medida adotada pelo ministro Humberto Martins na primeira semana de gestão à frente do CJF, quando ele entregou ao ministro Og Fernandes, em 3 de setembro no ano passado, o espaço adicional na sede do conselho, ampliando a área total da Enfam.

À época, o presidente do CJF afirmou que a Enfam "exerce um papel muito importante na formação de magistrados competentes e comprometidos com a prestação jurisdicional célere e de qualidade".

Pós-graduação

A expansão do espaço físico da Enfam tem por objetivo atender ao maior fluxo de alunos resultante do novo programa de pós-graduação, aprovado pelo Ministério da Educação em 2020. Ao todo, a escola ministra, atualmente, 11 disciplinas simultâneas. Com a retomada das aulas presenciais, a previsão é de expandir para 12 o número de disciplinas no próximo semestre.

Instalada no primeiro pavimento da sede do CJF, a Enfam conta com instalações com recursos de acessibilidade para receber alunos, professores e visitantes com necessidades especiais.

Com informações da Comunicação do CJF.

STJ

Corte Especial vai decidir sobre apreciação equitativa na definição de honorários em causas de grande valor

 


A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou ao rito dos repetitivos dois recursos especiais para definir se a regra do Código de Processo Civil que prevê a apreciação equitativa do juiz na fixação dos honorários advocatícios de sucumbência, em causas de valor irrisório, também pode ser aplicada na hipótese de demandas com proveito econômico elevado.

A controvérsia a ser analisada pelos ministros é a seguinte: "Definição do alcance da norma inserta no parágrafo 8º do artigo 85 do Código de Processo Civil nas causas em que o valor da causa ou o proveito econômico da demanda forem elevados". A questão foi cadastrada no sistema de repetitivos do STJ como Tema 1.076.

O colegiado não determinou a suspensão dos processos sobre a mesma matéria. Segundo o relator dos recursos, ministro Og Fernandes, a enorme abrangência do tema em discussão provocaria a suspensão de uma quantidade incalculável de causas, nas quais a definição dos honorários nem é a questão principal.

Em razão da relevância da matéria, os ministros convidaram, na condição de amici curiae, a União, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Colégio Nacional de Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal, o Instituto Brasileiro de Direito Processual e a Associação Norte e Nordeste de Professores de Processo.

Valor dos hon​orários

Em um dos casos afetados ao rito dos repetitivos, uma empresa questionou o lançamento de tributos municipais e, após vencer a ação, se insurgiu contra o arbitramento de honorários no valor de R$ 3 mil, pois o proveito econômico da ação foi de pelo menos R$ 115 mil.

Og Fernandes destacou que a controvérsia em análise não se confunde com a discutida no Tema 1.046 e que a questão é abrangente, estendendo-se aos processos de direito público e privado.

"É relevante que a Corte Especial dê tratamento harmônico à matéria, quer figurem na demanda pessoas jurídicas de direito público ou privado, sobretudo quando considerada a multiplicidade de feitos sobre o tema", fundamentou.

Recursos rep​​etitivos

O Código de Processo Civil regula no artigo 1.036 e seguintes o julgamento por amostragem, mediante a seleção de recursos especiais que tenham controvérsias idênticas. Ao afetar um processo, ou seja, encaminhá-lo para julgamento sob o rito dos repetitivos, os ministros facilitam a solução de demandas que se repetem nos tribunais brasileiros.

A possibilidade de aplicar o mesmo entendimento jurídico a diversos processos gera economia de tempo e segurança jurídica. No site do STJ, é possível acessar todos os temas afetados, bem como saber a abrangência das decisões de sobrestamento e as teses jurídicas firmadas nos julgamentos, entre outras informações.

Leia o acórdão de afetação do REsp 1.877.883.​

stj

Pescada à Brás com Alho Francês e Batata Doce e o Chefs à Pesca

 RECEITAS 



Ingredientes para 2 pessoas:

4 postas de pescada (as postas que usei não eram muito grandes)
1 alho francês grande
1 cebola
1 folha de louro
azeite q.b.
3 batatas doce (de polpa branca)
3 ovos
salsa picada q.b.
sal e pimenta q.b.

Preparação:

Comece por cozer as postas de pescada em água com sal. Assim que estiverem cozidas, retire-as, e limpe-as de peles e espinhas. Reserve.
Descasque as batatas e corte-as finamente - como batata palha. (Eu usei a mandolina Borner, mas podem fazê-lo cortando as batatas o mais finamente que conseguirem). Frite depois as batatas em óleo ou azeite quente ou, se preferir leve-as ao forno depois de regadas com um fio de azeite, até que fiquem cozinhadas.
Entretanto corte a cebola em meias luas, e o alho francês em rodelas finas (não se esqueça de lavar bem o alho francês para o libertar de toda a terra).
Leve um tacho ao lume com um pouco de azeite e acrescente a cebola, o alho frances e a folha de louro, deixando refogar até que a cebola e o alho francês fiquem macios. Acrescente depois a pescada desfiada e tempere de sal e pimenta. Envolva depois a batata.
Mesmo antes de servir bata os ovos e envolva-os na mistura anterior em lume muito baixo, para que ovos fiquem cremosos e não pareçam ovos mexidos.
Coloque depois no prato de servir e salpique com a salsa picada.
Sirva com uma salada verde.


Bom Apetite!

Fonte: minhas receitas 

Comissão Mista de Orçamento deve ser instalada na próxima terça, diz Pacheco

 


Da Redação | 04/02/2021, 17h47

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) poderá ser instalada na próxima terça-feira (9). Ele apontou a instalação da CMO como uma das prioridades neste momento. 

— É uma expectativa. Vamos fazer todos os alinhamentos com os líderes partidários e, eventualmente, podemos fazer na terça-feira — disse Pacheco nesta quinta-feira (4). 

No ano passado, a comissão não foi instalada por falta de acordo entre os partidos que compunham a comissão. Por isso, a CMO ainda terá de analisar o Orçamento de 2021 e somente mais adiante, o de o 2022.  

Nesta manhã, Pacheco reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para discutir sobre a reforma tributária.

—  Foi uma reunião muito boa, inclusive com os relatores da matéria no Senado e na Câmara  — disse o presidente do Senado.  

Economia

De acordo com o Pacheco, ele deve se reunir, ainda na terça-feira, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar da reforma tributária e também a assistência social. 

 — Eu acredito muito que todos no Brasil estão convencidos de que é preciso assistir as pessoas que estão nesse momento de vulnerabilidade social. As condições econômicas do país para se fazer que é uma discussão mais profunda e técnica para que se alcance o objetivo  — afirmou o presidente do Senado, informando que a reunião com Guedes deve ocorrer após a sessão que discute sobre a adesão do Brasil ao Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para distribuição de vacinas contra a covid-19 a países emergentes.

 Ana Lídia Araújo sob a supervisão de Paola Lima

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Girão defende 'tratamento precoce', vacina e medidas de proteção contra a covid-19

 


Da Rádio Senado | 04/02/2021, 17h48

Em pronunciamento nesta quinta-feira (4), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defendeu a administração de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina e e ivermectina no chamado tratamento precoce contra a covid-19. 

— Nós não podemos fechar os olhos para os medicamentos que viraram realmente uma celeuma grande, uma briga ideológica, uma cegueira política, o que não é justo com a população. Se há estudos que mostram a eficácia desses medicamentos, por que não falarmos sobre isso?  Já existem estudos profundos no Brasil e no exterior com resultados práticos — declarou.

Eduardo Girão afirmou ser "a favor da vacina". Entretanto, disse que não deve ser obrigatória e que cada cidadão deve decidir tomar ou não. Acrescentou também que, mesmo com o "tratamento precoce", todas as medidas protetoras contra o vírus não devem ser deixadas de lado pela população. O senador disse ser importante o uso de máscaras protetoras e de álcool em gel, além do distanciamento social, como métodos de prevenção contra a disseminação do novo coronavírus. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Paim pede iniciativa ao Congresso para enfrentar problemas nacionais

 


Da Rádio Senado | 04/02/2021, 17h51

Em pronunciamento nesta quinta-feira (4), o senador Paulo Paim (PT-RS), pediu que o Congresso Nacional, no momento em que renova suas lideranças, tenha a iniciativa na busca de soluções para os problemas graves enfrentados pelo país. O senador ressaltou que é preciso buscar mais igualdade e representatividade.

— Temos enormes desafios: desemprego em massa, pandemia, fome e miséria, insegurança, racismo estrutural. Temos uma pauta para combater todo esse cenário que aí está. Temos que avançar com emprego, renda, combate à pobreza, auxílio emergencial, direitos humanos, defesa do meio ambiente, reforma tributária, adotar medidas concretas de combate ao racismo e às discriminações, à homofobia — afirmou.    

Paim acrescentou que é preciso garantir dignidade às crianças, às mulheres, aos idosos, trabalhadores desempregados e empregados, aos pobres e miseráveis. O parlamentar disse que o Congresso e demais instâncias de poder devem refletir a diversidade existente nas ruas, onde 56% da população é composta de negros e 51% de mulheres. E pediu a ratificação, pelo Senado, da Convenção Interamericana contra o Racismo, o que já foi feito pela Câmara. Paim ressaltou que o foco principal do trabalho parlamentar deve ser a adoção de políticas humanitárias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

No Dia Mundial de Combate ao Câncer, senadores reforçam prevenção da doença

 


Da Redação | 04/02/2021, 17h54

Nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Senadores comentaram nas redes sociais sobre a importância da data, da prevenção e diagnóstico precoce da doença. A iniciativa da data é da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O senador Romário (Podemos-RJ) pediu para que todos se previnam e apoiem pessoas que estão lutando contra o câncer. Além disso, Romário mencionou a campanha “Eu sou e eu vou” lançada em 2019 pela UICC, que promove ações para reduzir o impacto do câncer na vida das pessoas.  

“Quando escolhemos unir os esforços da sociedade, dos governantes e das empresas, podemos conseguir o que todos desejamos: um mundo mais saudável, um mundo sem câncer”, afirmou o senador. 

A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) publicou nas redes sociais uma matéria da Rádio Senado que explica a iluminação do Congresso Nacional, que será laranja e azul em referência ao Dia Mundial de Combate ao Câncer e à campanha "Eu sou e eu vou". 

Prevenção e diagnóstico precoce

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) citou dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), organização ligada ao Ministério da Saúde, que mostram que o câncer é o principal problema de saúde pública global e está entre as quatro principais causas de morte prematura no mundo. Ela comentou também sobre a importância de manter hábitos saudáveis. 

“É imprescindível manter uma alimentação saudável aliada com a prática de exercícios físicos. Nossa luta deve ser diária, e lembre-se: a prevenção está a seu alcance”, alertou. 

Já o senador Elmano Férrer (PP-PI) explicou que o Dia Mundial de Combate ao Câncer foi criado para aumentar a conscientização, além de incentivar a mudança de hábitos e estilo de vida para prevenir a doença. Elmano Férrer disse também que, no Brasil, o câncer é a segunda maior causa de morte. 

“Se cuidar, buscar um diagnóstico precoce e se prevenir ainda são os melhores caminhos para lidar com o câncer. Coloque sua saúde em primeiro lugar”, enfatizou. 

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou que a luta contra o câncer deve ser feita todos os dias com muita informação. 

“Atualmente, 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência da doença a cada ano, segundo o INCA. A prevenção é um gesto de amor próprio e o diagnóstico precoce é o mais valioso aliado. Cuide-se”, disse o parlamentar. 

Agrotóxicos 

Além de afirmar sobre a importância da data, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que é médica, lembrou que o Ministério da Agricultura liberou, junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mais de 900 agrotóxicos em dois anos, que segundo a senadora, são substâncias causadoras de câncer e outras doenças. Ela disse se preocupar com mais possíveis liberações de novos agrotóxicos e com a demora do diagnóstico da doença no país. 

“Além disso, apesar das leis que obrigam exames para detectar e tratar o câncer em 30 e 60 dias, continuamos vendo brasileiros e brasileiras em filas para exames e tratamentos por mais de seis meses”, ressaltou Zenaide Maia. 

Legislação  

O Senado já aprovou vários projetos para combater e prevenir o câncer, além de medidas para acelerar o diagnóstico e tratamento de pessoas que sofrem com a doença. Uma dessas medidas é a Lei 13.896, de 2019, que estabelece o prazo de 30 dias para a realização de exames diagnósticos pelo SUS em pacientes com suspeita de câncer. 

Já a Lei 13.770, de 2018, regulamenta a realização da reconstrução mamária em pacientes que sofreram mutilação da mama ocasionado pelo tratamento de câncer, incluindo a mastoplastia, que é o procedimento para dar simetria aos seios e reconstituir mamilos. 

Projetos 

Entre os projetos em tramitação na Casa está o PL 3.740/2019 de autoria do senador Reguffe (Podemos-DF), que altera a Lei dos 60 dias, diminuindo o prazo de 60 para 45 dias para a realização do primeiro tratamento do paciente com câncer pelo SUS, e estabelece que os demais tratamentos sejam realizados em até 30 dias. 

Outra proposta é o PL 3.437/2015, que dispõe sobre a atenção integral à mulher na prevenção dos cânceres de mama, colorretal e de útero. O texto é um substitutivo da Câmara ao PLS 374/2014, da ex-senadora Vanessa Grazziotin e já aguarda apreciação no Senado. 

Para captação de recursos, um projeto de lei (PL 32/2020) prevê que a verba obtida com multas de trânsito seja destinada ao financiamento de hospitais especializados em tratamento de câncer no âmbito do SUS. A proposta é do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). 

Como se prevenir 

Segundo o INCA, cerca de um terço dos cânceres mais comuns são evitáveis por meio da adoção de hábitos e estilo de vida saudáveis, como evitar o excesso de peso, praticar atividades físicas, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, ter alimentação saudável e fazer exames anualmente. 

Ana Luísa Santos sob supervisão de Paola Lima 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Parlamento Amazônico elege seus vice-presidentes

 


04/02/2021, 18h01

O Parlamento Amazônico (Parlamaz) elegeu nesta quinta-feira (4) seus vice-presidentes, que representam os países que compõem o Parlamaz. Foram eleitos o deputado federal Léo Moraes (Podemos-RO), pelo Brasil; Aleiza Alcira Rodríguez, pela Bolívia; Juan David Velez, pela Colômbia; Gabriela Cerda, pelo Equador; e Romel Guzamana, pela Venezuela. Como não enviaram as indicações, os vice-presidentes de Peru e Suriname serão escolhidos na próxima reunião. O presidente do Parlamaz é o senador Nelsinho Trad (PSD-MS). A reportagem é de Iara Farias Borges, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Eduardo Braga pede prioridade para vacinação no Amazonas

 


Da Redação | 04/02/2021, 18h34

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu ao Ministério da Saúde a alteração do Plano Nacional de Imunização (PNI) para dar prioridade à população do Amazonas na vacinação contra covid-19. O senador pediu também o envio imediato de um milhão de doses de vacinas ao estado. A medida serviria para fazer um bloqueio sanitário e impedir a proliferação da nova cepa do vírus, mais contagiosa, identificada na região.

— Veja como é brutal o que está acontecendo no Amazonas. A taxa de letalidade por 100 mil habitantes, no Brasil, é de 108 por cada 100 mil habitantes. No Amazonas, é de 207 para cada 100 mil habitantes. Portanto, o dobro praticamente do que está acontecendo na média nacional — informou o senador.

Eduardo Braga demonstrou preocupação com a nova variante do coronavírus, mais letal e que contamina com mais velocidade.

— O Brasil e o mundo vêm enfrentando essa pandemia desde o final de 2019, o Brasil, desde março de 2020, e, nos últimos dez meses, o meu estado perdeu 8,6 mil amazonenses. Só que, no mês de janeiro, praticamente 3 mil amazonenses morreram. Morreram por falta de oxigênio, morreram por falta de vacina, por falta de leitos, por falta de um socorro médico, e, lamentavelmente, senhor presidente, isso aconteceu com o conhecimento das autoridades, das autoridades do meu estado, das autoridades municipais e das autoridades da saúde pública nacional e do Ministério da Saúde — lamentou o parlamentar.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou solidariedade aos mais de 4,2 milhões de habitantes no estado do Amazonas e informou que o pedido de Eduardo Braga para priorização da vacina será encaminhado ao governo.

— Essa tragédia nacional se ampliou e se amplificou especialmente, infelizmente, no estado do Amazonas, e essa solidariedade aqui manifestada deve ser representada por atos concretos. Um desses atos é, evidentemente, esse encaminhamento que V. Exa. dá para que possa haver, não necessariamente uma preferência, mas tratar desigualmente os desiguais, isso é igualdade! — disse o presidente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Eduard Pazuello deve falar ao Senado sobre ação do governo na pandemia na quarta-feira

 


04/02/2021, 19h25

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve comparecer ao Senado na próxima quarta-feira (10) para falar sobre a vacinação contra a covid-19 e também explicar situações como a falta de oxigênio em Manaus. O comparecimento do ministro atende a um requerimento feito pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES) e aprovado nesta quinta-feira (04) pelo Plenário do Senado.

Fonte: Agência Senado