segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Operação Quinto Mandamento abordou mais de 600 pessoas

 


Com foco na redução dos crimes contra a vida, ação da Secretaria de Segurança passou por 13 regiões administrativas

Nos três últimos finais de semana, mais de 600 pessoas foram abordadas nas ruas do Distrito Federal por meio da Operação Quinto Mandamento. Com foco na redução dos crimes contra a vida, a ação integrada, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), reúne as forças de segurança – polícias Civil e Militar, Departamento de Trânsito (Detran-DF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) – além de outros órgãos, como a Secretaria DF Legal e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF). Mais de 400 servidores participaram da ação.

A operação ocorreu de sexta-feira a domingo, em Ceilândia, Gama, Paranoá/Itapoã, Planaltina, Sobradinho, São Sebastião, Santa Maria, Sol Nascente, Vicente Pires, Samambaia, Núcleo Bandeirante e Candangolândia.

O comprometimento dos participantes sob a coordenação da Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi), da SSP, tem contribuído para o sucesso da operação, iniciada em 2019, como explica o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres. “Está é uma operação contínua, iniciada no último ano e que permanecerá em 2021. A realização das ações é definida tendo como base análises e monitoramento de dados criminais, em que são observados os locais, dias e horários com maior incidência dos crimes monitorados pela SSP. Nosso objetivo é manter a redução de crimes conquistados nos dois últimos anos”, ressalta.

Durante as abordagens, realizadas de forma conjunta entre a PMDF e a PCDF, foram consultados antecedentes criminais das 608 pessoas. A atuação tem como foco a prevenção e repressão de crimes relacionados aos crimes violentos contra a vida.

Durante as abordagens, realizadas de forma conjunta entre a PMDF e a PCDF, foram consultados antecedentes criminais das 608 pessoas. A atuação tem como foco a prevenção e repressão de crimes relacionados aos crimes violentos contra a vida. “O tráfico de drogas e o porte ilegal de armas, por exemplo, estão diretamente ligados aos homicídios. Quando retiramos esse material das ruas, conseguimos atuar com a redução desses crimes”, explica o secretário executivo de Segurança Pública do DF, delegado Júlio Danilo. “Além disso, durante as ações nas cidades percebemos que a presença do Estado nessas regiões causa um impacto positivo que resulta numa maior sensação de segurança da população”, argumenta.

O Detran-DF montou barreiras nas cidades e consultou a situação de 118 veículos, com apoio do DER/DF. Dezoito veículos foram removidos ao depósito. Oitenta e dois estabelecimentos comerciais receberam orientações dos militares do Corpo de Bombeiros sobre a importância de manter em dia a documentação e cumprir exigências, como saídas de emergência.

Fiscalização

A Secretaria DF Legal fiscalizou 115 estabelecimentos nas regiões. Além de verificar a documentação de autorização de funcionamento, os agentes fiscalizam também se os protocolos sanitários estabelecidos para coibir a disseminação da Covid-19 estão sendo respeitados.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública


AGÊNCIA BRASÍLIA

TerPaz: Oficina de marketing digital da Secom forma pequenos empreendedores na Terra Firme

 


Ação faz parte das atividades da Secretaria dentro do programa Territórios pela Paz, do Governo do Pará

25/01/2021 09h59 - Atualizada hoje 11h46
Por Ronald Sales (SECOM)

A Escola Brigadeiro Fontenelle, no bairro da Terra Firme, em Belém, recebe, a partir de terça-feira (26), oficina de Marketing Digital, promovida pela Diretoria de Comunicação Popular e Comunitária da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). A ação faz parte das atividades da Secom dentro do Territórios pela Paz (TerPaz), programa do Governo do Pará que atua em sete bairros da Região Metropolitana de Belém.

Foto: DivulgaçãoA oficina, que ocorre de terça (26) a sexta-feira (29), terá mais de 13 horas de aula. Ao final, os alunos receberão certificado. As atividades serão ministradas pela instrutora Evelyn Aquino, publicitária e doutoranda em Comunicação. "A oficina de marketing digital é uma oportunidade para os pequenos empreendedores da Terra Firme, ou interessados em começar um negócio se familiarizarem com alguns conceitos, ferramentas e estratégias do marketing no ambiente digital para poderem investir na divulgação de seus negócios, produtos e serviços", pontua Evelyn.

Gabriella Oliveira, gestora do TerPaz na Terra Firme, comemorou a realização da oficina no bairro. "É uma oficina muito esperada, principalmente, pelos jovens engajados em grupos coletivos culturais de danças e artes em geral. Os empreendedores do audiovisual também poderão tirar proveito do que será trabalhado aqui. Nessa época de pandemia, muitas coisas se tornaram mais digitais e virtuais, por isso é importante agregar conhecimento", afirma.

Para o diretor de Comunicação Popular e Comunitária da Secom, jornalista Luiz Carlos Santos, o objetivo é alcançar cada vez mais as comunidades, levando, sobretudo, oportunidades de construção de narrativas próprias e protagonismo.

"Seguimos na missão de levar ações de comunicação comunitária aos bairros atendidos pelo TerPaz, respeitando as regras de segurança contra o novo coronavírus. É uma ação de inclusão social que oferece à comunidade ferramentas para que eles próprios possam gerenciar negócios nas redes sociais, que são uma das formas de empreendimento que mais cresceram nesse período de pandemia", ressaltou Luiz Carlos.

Serviço: 

Inscrições para oficina de Marketing Digital

Quando: 26 a 29 de janeiro

Hora: das 8h30 às 12h

Local: Escola Estadual Brigadeiro Fontenelle

Público-alvo: moradores do bairro da Terra Firme (Inscrições Aqui).

AGÊNCIA PARÁ 

Cursos gratuitos da Cosanpa trazem chance de reinserção no mercado de trabalho

 


Somente neste mês de janeiro, Belém recebeu duas capacitações, além de Castanhal, Santarém e Breves

25/01/2021 10h05 - Atualizada hoje 14h26
Por Tayná Horiguchi (COSANPA)

Foto: Ricardo Amanajás / Ag.ParáO autônomo Diemerson Sanches é pai de primeira viagem, mora em Ananindeua e é um dos participantes do curso gratuito de atendente de farmácia, promovido pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) no bairro da Marambaia, em Belém. A capacitação é um passo adiante para ele conseguir um emprego formal. “Além da situação da farmácia, estamos aprendendo sobre saúde, que vamos levar para a vida. Com a pandemia, muita gente ficou desempregado e a Cosanpa veio nos dar esse incentivo para tentar uma nova oportunidade no mercado de trabalho”, agradeceu.

A iniciativa faz parte das ações da área social da Companhia de Saneamento do Pará, com a oferta de cursos e oficinas gratuitos a moradores de áreas onde obras de saneamento estão em andamento. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento dos moradores que irão ser atendidos com o empreendimento de água e esgoto.

“Espero conseguir um emprego logo. Como estou desempregada, quem está fazendo malabarismo em casa é o meu marido, para pagar as contas. Então, com este curso, eu vou ter uma oportunidade a mais, é como se fosse uma luz no fim do túnel”, declarou Silvana Santos, moradora do bairro do Cabanagem.

Em Belém, foram realizados, neste mês, os cursos de atendente de farmácia, nos bairros da Marambaia e do Telégrafo, por conta das obras do Complexo Bolonha e da Estação de Tratamento de Esgoto do Una. Também ocorreram oficinas de reciclagem nos municípios de Castanhal, no nordeste paraense, em Santarém, na área do Baixo Amazonas, e em Breves, na região do Marajó. Cerca de 100 pessoas foram beneficiadas com as ações sociais.

“É muito importante, porque é uma oportunidade de fazer um curso gratuito. Cursos geralmente têm custos e não são valores tão acessíveis para quem está desempregado, então é uma iniciativa válida e importante, especialmente, no momento que estamos vivendo”, disse a instrutora do curso de atendente de farmácia, Ana Paula Monteiro.

AGÊNCIA PARÁ 

Instituto Carlos Gomes adere à plataforma online e oferece ensino semipresencial

 


Todas as disciplinas teóricas agora serão ministradas via Google For Education

25/01/2021 10h32 - Atualizada hoje 14h25
Por Giovanna Abreu (SECOM)

Foto: Alex Ribeiro / Ag.ParáO Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG) aderiu à plataforma Google for Education para oferecer um ensino semipresencial e híbrido aos alunos. A ideia surgiu, inicialmente, como medida preventiva a covid-19, mas o intuito é inserir a unidade na era tecnológica e oferecer, gradativamente, mais oportunidades de ensino a distância.

“Não vamos apenas resolver uma questão momentânea, que surgiu por conta da pandemia. Com a utilização dessas tecnologias da informação ligadas à educação, nós teremos a certeza de que, daqui para frente, todo o ensino terá de alguma forma a participação dessas tecnologias. O ensino a distância é uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia”, ressalta Joel Costa, diretor-geral do Instituto.

Foto: Alex Ribeiro / Ag.ParáO Google for Education é uma plataforma colaborativa que engloba ferramentas educacionais gratuitas com o objetivo de aperfeiçoar o ensino e facilitar a vida das escolas, professores e estudantes, que podem aliar conhecimento, a partir do uso da tecnologia em sala de aula.

A colaboração é o ponto alto da plataforma. Os estudantes poderão realizar o trabalho produzindo textos, desenhos, tabelas, mapas e imagens ao mesmo tempo, e em espaços físicos distintos.

De acordo com decisão do Conselho do Instituto, tomada em reunião realizada em dezembro de 2020, todas as disciplinas teóricas serão ministradas via plataforma. Os professores irão desenvolver o material, que será colocado à disposição dos alunos. A plataforma viabiliza também a interação entre educadores e estudantes.

Joel Costa, diretor-geral do Carlos GomesFoto: Alex Ribeiro / Ag.ParáEm relação às disciplinas práticas, segundo o diretor-geral, a proposta é que continuem sendo feitas presencialmente. “Nós iremos fazer um rodízio por núcleos, por exemplo, em uma semana vão os alunos de piano, na outra, os do núcleo de madeiras. Tudo para evitar aglomerações e garantir a segurança e saúde de todos”, explica Joel Costa.

AGÊNCIA PARÁ 

Pará foi o maior gerador de empregos no Norte em 2020

 


Liderança foi puxada pela construção civil, setor que recebeu investimentos do Governo do Pará, por meio de obras e serviços

25/01/2021 10h33 - Atualizada hoje 12h52
Por Carol Menezes (SECOM)

Foto: Agência ParáMesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, o Para foi o estado que mais gerou empregos formais na região Norte em 2020, uma alta puxada principalmente pelo setor da construção civil. De acordo com um balanço divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), foram quase 10 mil postos de trabalho só nessa área, entre janeiro e novembro, levando em consideração as admissões e os desligamentos. O bom resultado deve-se, entre outros fatores, aos investimentos em obras e programas por parte do governo do Estado.

No entanto, houve queda na geração de empregos formais em dezembro passado, e um saldo negativo de 1,4 mil postos, sendo 60 do setor da construção civil.

O titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Inocêncio Gasparim, comenta a expectativa de um 2021 de mais números positivos. 

"Nossos resultados representam 60% dos empregos nessa atividade econômica em todo o Norte, e estão ligados ao trabalho que o Governo faz de atração de investimentos de recursos, com trabalho acelerado para a concessão de licenças estrutura e infraestrutura para implantação de novas empresas", avalia o gestor, lembrando que obras estruturantes e reconstrução de escolas e prédios públicos capitaneados pelo Estado também fazem a diferença nesse cálculo. 

"A Seaster não parou durante a pandemia e fez a intermediação de mão de obra em várias frentes e, tomando os devidos cuidados, vamos continuar, vamos melhorar em 2021", antecipa Inocencio.

Paulo de Oliveira, pedreiro na obra do BRT MetropolitanoFoto: Agência ParáPaulo de Oliveira, 50, mora em Ananindeua e está desde setembro trabalhando como pedreiro nas obras do BRT Metropolitano, conduzidas pelo Governo do Pará.

"Trabalhei por dois anos no outro BRT e é uma honra, é gratificante fazer parte de um projeto que vai fazer tanta diferença na vida das pessoas. Eu deveria estar trabalhando desde abril, mas por causa da pandemia tive que esperar mais um pouco. Hoje a renda que eu ganho mantém a casa e a vida com a minha esposa", conta o trabalhador.

Análises – Técnico e pesquisador do Dieese, Everson Costa, afirma que o Pará gerou quase 40 mil empregos no total durante todo o ano passado, sendo o 10º estado brasileiro no ranking da geração de postos de trabalho. O impacto é ainda mais significativo por se tratar de um setor que mexe como um todo na economia.

"O emprego que é gerado no setor da construção civil coloca dinheiro, coloca condição e poder de compra na mão dos trabalhadores. Eles, por sua vez, dinamizam a economia a partir do momento em que partem para o consumo, seja no comércio, seja no serviço ou nos outros setores", justifica Everson.

Ele destaca como decisões acertadas o sistema de bandeiramento implementado nas regiões do Estado, permitindo organização no retorno gradual das atividades, e a própria agenda estadual de obras públicas. A queda registrada em dezembro é esperada, já que as condições climáticas do período naturalmente desaceleram o expediente.

"A manutenção positiva da geração de empregos é um bom receptor para 2021, e cresce o otimismo, porque nós já estamos com vacina. À medida em que a gente vai vacinando a população, conseguimos trazer a normalidade de volta e expandir o plano de retomada econômica. Certamente, teremos a continuidade de obras públicas e outros fatores positivos fundamentais para ditar o ritmo de crescimento", sugere Everson.

AGÊNCIA PARÁ 

Operação da Arcon coíbe transporte clandestino nas viagens intermunicipais

 


Ação foi realizada na BR-316, com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, Detran e Polícia Militar

25/01/2021 11h13 - Atualizada hoje 11h49
Por Cybele Puget (ARCON)

Mais de 320 veículos foram abordados durante a operaçãoFoto: Ascom / ARCONA Agência de Regulação e Controle e Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) realizou, no último sábado (23), uma operação conjunta na BR-316, em Ananindeua, para coibir a circulação do transporte clandestino e o embarque fora do Terminal Rodoviário de Ananindeua. A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, Departamento de Trânsito do Pará (Detran) e Polícia Militar.

Durante a operação, a fiscalização abordou veículos que prestam serviços no transporte público intermunicipal. Os fiscais observaram as condições dos veículos, o cumprimento do protocolo de segurança por conta da covid-19 (decreto nº 800/2020), a lotação, cumprimento de horários das viagens, garantia da gratuidade, pontos de embarque e desembarque, além de conferir se o veículo possui cadastro e está regulado junto ao órgão estadual.

O diretor de Fiscalização da Arcon-PA, Ivan Bernaldo, ressalta a importância da realização destas operações integradas com os órgãos parceiros. “O nosso objetivo é orientar as empresas operadoras para que obedeçam a regulamentação referente à prestação dos serviços no transporte intermunicipal, para assim garantir qualidade e segurança aos usuários”, comenta Ivan.

A operação da Arcon resultou em 322 abordagens, com apreensão de quatro veículos irregulares, e aplicação de 118 autos de infração.

Serviço:

A Arcon orienta aos usuários para que denunciem qualquer irregularidade nos serviços prestados pelas empresas de transporte público intermunicipal. Denúncias e reclamações podem ser feitas, presencialmente, nas salas da Ouvidoria da Agência, localizadas nos terminais rodoviário e hidroviário de Belém, pelo 08000911717 ou no e-mail ouvidoria@arcon.pa.gov.br.

AGÊNCIA PARÁ 

Criatividade leva mais conforto para pacientes no Hospital de Clínicas

 


Trabalho artesanal em peças sob medida minimizam possíveis riscos associados à longas internações

25/01/2021 11h19 - Atualizada hoje 12h21
Por Marcelo Leite (HC)

Produtos são desenvolvidos por profissionais de saúde do próprio HCFoto: Ascom / HCGVA criatividade dos profissionais da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) tem sido um dos diferenciais quando o objetivo é ampliar o bem-estar de pacientes que necessitam de internação nas unidades de terapia intensiva, onde o tempo de permanência é mais prolongado e requer cuidados específicos.

Fisioterapeuta diarista na Unidade de Terapia Intensiva e na Unidade Coronariana do Hospital de Clínicas, Rafael Araújo explica que, dependendo do tempo de internação, há uma tendência de perda da força muscular do paciente. “Se os pés ou os braços ficam posicionados de forma inadequada e se não há uma movimentação dessa pessoa, as lesões por pressão podem acontecer assim como outras, o que aumenta a demanda assistencial para aquele paciente”, alerta o profissional.

Além da perda de força, a pouca mobilidade do paciente pode influenciar ainda no desenvolvimento das chamadas lesões por pressão, feridas que aparecem na região da cabeça, calcanhar, cotovelo, quadris e outras com proeminências onde o contato da pele é contínuo com a cama.

Para evitar que isto aconteça, uma das formas de tratamento é a utilização de órteses ou dispositivos auxiliares de mobilidade - aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo do paciente, promovendo assistência mecânica ou ortopédica, além de auxílio na reabilitação de membros, órgãos ou tecidos e proteção da pele.

No Hospital de Clínicas, quando há indicação para uso de algum tipo de dispositivo como esses, a opção é por uma forma diferenciada de aplicação, buscando proporcionar conforto e segurança aos pacientes. Para isso, os profissionais de terapia ocupacional, fisioterapia e equipes de manutenção passaram a produzir artesanalmente algumas peças, a partir do reaproveitamento de insumos descartáveis e de baixo custo, já que no mercado especializado, alguns tipos de órteses podem custar até R$ 800.

Márcia Nunes, terapeuta ocupacional e integrante da equipe de produção de órteses do hospital, explica os motivos para a escolha de um trabalho personalizado. “Além de um alto preço, dispositivos como esses, quando produzidos de forma industrial, geralmente têm tamanho único e podem não servir integralmente às nossas necessidades e às do paciente. Por isso, sempre que se torna viável, optamos por desenvolver nossas próprias peças”, pontua a especialista. 

Produção de órteses do hospital é feita de forma personalizada, adaptada para cada pacienteFoto: Ascom / HCGVAdaptação para Covid-19

Uma das peças criadas pela equipe do Hospital tem sido importante na linha de cuidado contra a covid-19. Os coxins são como almofadas moldadas em formato oval e, quando utilizadas, também protegem a pele do paciente de lesões em regiões frontais, como rosto, busto, quadril e joelhos. Isso porque no tratamento da covid-19, uma das técnicas para estimular a respiração e a expansão dos pulmões durante a internação é o posicionamento do paciente com o peito para baixo.

“Diante da avaliação dos casos e de estudos ao longo desses meses, chegou-se a um consenso sobre a adoção dessa posição por algumas horas durante o dia, visando o bem-estar e a melhora do sistema respiratório. No entanto, como o paciente está sedado, a estabilização do corpo é feita pela equipe e a utilização do coxim e de outros dispositivos aumenta a segurança, auxilia em uma recuperação mais rápida e diminui as chances de uma reinternação para tratar da lesão por pressão”, complementa Rafael Araújo.

AGÊNCIA PARÁ 

PCT Guamá fomenta startup que produz materiais de construção reciclando o plástico

 


A fábrica piloto do projeto inovador está no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, mantido pelo Governo do Pará, em Belém

25/01/2021 11h45 - Atualizada hoje 13h28
Por Juliane Frazão (PCTGuamá)

A partir da reciclagem do plástico, startup instalada no PCT Guamá produz insumos para serem utilizados na construção civilFoto: Ascom / PCT GuamáO plástico trouxe inovações para diferentes áreas da sociedade, em especial, ao setor de saúde, por conta da redução de contaminação e transmissão de doenças com o uso de descartáveis. A grande escala de fabricação de materiais plásticos, no entanto, e, principalmente, o descarte irregular no meio ambiente transformam esse material em um grande desafio para a causa ambiental.

Em Belém, no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, mantido pelo Governo do Pará, há uma iniciativa com potencial para absorver parte do problema. Trata-se da Seixo de Plástico, startup (termo que designa empresa nova oferecendo produto novo) que desenvolveu uma metodologia própria para produzir tijolos, broquetes, tubos, blocos com e sem função estrutural, telhas, entre outros produtos comumente derivados do concreto, a partir do reaproveitamento de diferentes resíduos sólidos, em especial plásticos e vidros. 

Empresa aproveita até plástico rejeitado pelas recicladorasFoto: Ascom / PCT GuamáA associada ao Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, a startup Seixo de Plástico oferece a possibilidade de aproveitar qualquer tipo de plástico, inclusive os que não têm valor econômico às cooperativas por conterem diferentes camadas de materiais ou impurezas.

“Se levar um volume de plástico grande para uma recicladora, se ele tiver sujo, pode ser que volte para o lixão, porque vai se gastar energia e materiais para limpar esse plástico e isso encarece o processo”, afirma o engenheiro Marcos Sousa, um dos inventores da tecnologia e sócio da Seixo de Plástico.  

O engenheiro civil Marcos Sousa frisa que "Belém gera em torno de 200 toneladas de plástico por dia, desse volume, apenas 2,8% é aproveitado. Do plástico que chega dentro de uma cooperativa, observamos, a partir de uma pesquisa própria, que cerca de 20% acaba voltando para o lixão".

"Na nossa região embalagens plásticas com uma fina camada de alumínio, como as de café e de biscoito, são 100% descartadas porque é necessária uma reciclagem química ou energética. Dentro do nosso processo a gente pode reutilizar isso e aproveitar todos os tipos de plásticos”, complementa o engenheiro.

Considerada um negócio de impacto socioambiental, a startup consegue ainda aproveitar outros tipos de materiais em seu processo produtivo. “O nosso foco é o plástico, mas paralelo a isso a gente consegue reutilizar o vidro, porque ele tem propriedades semelhantes às da areia, utilizada adicionalmente para se fazer qualquer coisa na construção civil. Não interessa se é de lâmpada, de copo ou de garrafa, podemos inserir qualquer tipo de vidro nesse processo”, garante Marcos Sousa.A reutilização de vidro também é feita pela startup Seixo e PlásticoFoto: Ascom / PCT Guamá

“Outra possibilidade é a utilização de resíduos da mineração, capazes de oferecer maior resistência ao grão. Os resíduos das mineradoras aqui no estado, apesar de diferentes, têm propriedades muito semelhantes. Nós não fazemos a fusão dos metais presentes ali, mas podemos fazer a união deles para gerar um material bem resistente”, sustenta o engenheiro.

startup está saindo da fase de prototipagem, feita em uma fábrica piloto, infraestrutura instalada no PCT Guamá, com o apoio gerencial da Fundação Guamá, organização gestora do parque, e apoio financeiro da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), com o objetivo de aperfeiçoar o processo de fabricação.

“Nós estamos no processo de produção de quatro mil tijolos, necessários para construir uma casa popular modelo na área do parque tecnológico. A previsão é que o processo da produção dos materiais e da construção da casa dure três meses”, informa o engenheiro.

Diretor administrativo financeiro da Fundação Guamá, Arnaldo José de Miranda afirma a importância do investimento em inovação para o fomento da cena empreendedora local. “Sempre vimos com bons olhos o projeto desenvolvido pela startup e sabíamos do grande potencial de inovação".

"Acolhemos o projeto e o submetemos à Fapespa para captar os recursos necessários à implantação da unidade piloto. A startup ainda tem muito potencial de crescimento, certamente este investimento trará retornos importantes à sociedade, com a geração de postos de trabalho e a contribuição para sanar problemas ambientais”, pondera o diretor.

Um trabalho de conclusão de curso e uma vela como ponto de partida

A ideia da startup surgiu em 2016, enquanto Marcos Sousa, então estudante de Engenharia Civil, buscava a pergunta base que guiaria o seu trabalho de conclusão de curso em uma universidade particular em Belém.

“Um professor tinha sugerido que eu investigasse a origem do seixo. Dependendo dessa origem, ele pode ser mais ou menos rígido, então a gente usa esse índice para calcular a taxa de ferragem, conseguindo aumentar esse índice, seria possível diminuir o custo de uma obra”, relembra Marcos.

No processo de investigação, ele procurou pesquisadores da UFPA, e após conversas com diferentes profissionais, "cheguei em casa, acendi uma vela, peguei um plástico e ele encolheu, depois de amassar o material na mão, vi que ele ficou bem rígido. A minha curiosidade aguçou e comecei esse processo de investigação para apurar se esse material poderia ser utilizado na construção civil”, contou. 

O amigo e colega de classe de Marcos Sousa, Carlos Lourenço Sanches entrou como parceiro e os dois criaram a sociedade, que depois, em 2019, também ganhou o endosso da arquiteta Leila Furtado, MBA em gestão empresarial.

“Ao longo desses anos muita coisa mudou, antes éramos focados apenas no polipropileno, um tipo específico de plástico. Mas pensamos que utilizar só um tipo não teria como viabilizar economicamente, até separar tudo é muito difícil, então começamos a investigar a união entre os plásticos”, explicou Marcos Sousa.

Passada a fase da união dos materiais, surgiram algumas preocupações como produzir um material inerte, como seria a dilatação dele no calor e no frio. “Fizemos uma investigação muito séria em relação a isso. Quando os resultados foram positivos, começamos a caminhar de fato com o projeto e fizemos testes de resistência e mecânica na UFPA. Também verificamos que a propriedade térmica do material fica muito próxima do tradicional, já que a parte externa é basicamente areia e cimento”, afirma o engenheiro.

Entre 2018 e 2019 a startup se tornou residente no PCT Guamá. “Foi um período bem interessante, em que as portas começaram a se abrir, por conta de estarmos instalados em um ambiente de inovação”, frisa Marcos.

startup também fez parceria com outros atores do ecossistema local de inovação, a exemplo do Instituto Senai de Mineração, para o acesso a laboratórios específicos para testar os produtos feitos com o rejeito de mineração, e da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA, a Universitec.

A Seixo de Plástico está na fase de captar investimento para comprar o maquinário e implantar uma unidade fabril com capacidade de produção em escala comercial. A perspectiva é que a fábrica seja instalada em Icoaraci, distrito de Belém que abriga uma das maiores cooperativas recicladoras de plástico da região.

MEIO AMBIENTE

A sociedade contemporânea usufrui da diversificação de materiais plásticos no setor de saúde, e ainda no setor automotivo, com o ganho de eficiência energética nos carros, e ao setor alimentício, com o aumento da vida útil de prateleira dos alimentos. Contudo, cada vez, são necessárias produções sustentáveis.

O artigo da revista Science Advances "Production, use, and fate of all plastics ever made" (Produção, uso e destino de todo o plástico já feito), publicado em julho de 2017 e considerado um dos estudos mais relevantes sobre o tema,  aponta que cerca de 4,9 bilhões de toneladas de plástico estão acumuladas em aterros sanitários e na natureza.

É tanto plástico que pesquisadores já encontraram fragmentos com dimensões micrométricas, os chamados microplásticos, no ar, na água, em alimentos consumidos por humanos e até na placenta de grávidas. Por isso, iniciativas como a da Seixo de Plástico são, de fato, promissoras.

AGÊNCIA PARÁ 

Operação da Segup fiscaliza mais de 700 estabelecimentos no Pará

 


Secretaria vem atuando em diversos locais do Estado para garantir o cumprimento do Decreto Estadual 800/2020, atualizado e publicado no dia 21 de janeiro

25/01/2021 11h46 - Atualizada hoje 12h52
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáDesde a última quinta-feira (21), a operação State Care, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), vem atuando em diversos locais do Estado para garantir o cumprimento do Decreto Estadual 800/2020, atualizado e publicado no dia 21 de janeiro. Até a madrugada desta segunda-feira (25), quase 800 estabelecimentos foram fiscalizados. A ação não tem data prevista de encerramento.

Policiais militares e civis, agentes do Departamento de Trânsito (Detran), grupamentos Aéreo (Graesp) e Fluvial (Gflu) de segurança pública, guardas municipais e agências de trânsito dos municípios estão integrados para garantir que bares, boates, casas de shows e similares não funcionem, evitando assim a proliferação da covid-19.

Restaurantes podem exercer suas atividades respeitando o distanciamento social, disponibilizando itens de higiene e oferecendo entretenimento com até seis músicos e som ambiente até a meia noite.

O secretário adjunto de Operações da Segup, Alexandre Mascarenhas, explica que a intenção do Estado não é suspender as atividades, mas sim fazer com que os responsáveis pelos estabelecimentos respeitem o que diz o decreto 800, colaborando com o funcionamento dos locais, em paralelo com cuidados para que a covid-19 não se prolifere.

"Sabemos que existem vários profissionais envolvidos e que dependem dessa atividade. Nesses primeiros dias, percebemos a redução no número de estabelecimentos fechados, que estavam funcionando após o horário permitido, demonstrando a falta de conscientização. E é exatamente isso que buscamos, que todos cumpram o que está estabelecido em decreto, que funcionem, mas respeitando o distanciamento social, que disponibilize itens de higienização e, principalmente, que não permitam aglomeração, pessoas em pé, caracterizando outro tipo de atividade que no momento está proibido, como a abertura de bares, por exemplo”, explicou o secretário Alexandre Mascarenhas.

Ocorrências – No Pará, do dia 21 até a madrugada do dia 25, foram fiscalizados 788 estabelecimentos. Destes, mais de 150 foram fechados e 146 foram intimados. No primeiro dia, foram fechados 47 locais e 28 intimados e, no segundo dia, foram 41 fechados e 41 intimados. Já o terceiro dia de operação resultou em 34 fechados e 55 intimados e, no quarto dia, 26 fechados e 21 intimados. Na madrugada desta segunda (25), nove fechados e um intimado. Além da Região Metropolitana de Belém, outros municípios, como Altamira, Anapu, Capitão Poço, Santa Luzia do Pará, Mãe do Rio e Tailândia, por exemplo, também tiveram estabelecimentos fiscalizados e até mesmo fechados.

Qualquer local que violar a determinação com a promoção de shows e mantendo mesas e cadeiras totalmente ocupadas, com frequentadores em pé, desencadeará as sanções previstas. Estão sendo realizados, também, patrulhamento, fiscalização e combate à poluição sonora e perturbação do sossego, ao tráfico de entorpecentes, à exploração de menores e adolescentes, aos crimes e infrações de trânsito e às infrações contra a vigilância sanitária e o ordenamento do município.

Multas – Em caso de desobediência às normas restritivas, haverá, de forma progressiva, sanções com advertência; multa diária de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas, a ser duplicada a cada reincidência, e R$ 150 para pessoas físicas – Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) –, a ser duplicada a cada reincidência, além de embargo e/ou interdição do estabelecimento.

Denúncias – Os principais meios para denunciar qualquer desobediência ao decreto são: atendente virtual Iara (Inteligência Artificial Rápida e Anônima) pelo whatsapp (91) 98115-9181, que possibilita o envio de fotos, vídeos, áudios e localização; chamadas convencionais, via 181, e o formulário e chatbot disponíveis no site da Segup. Todos os canais garantem sigilo e anonimato total ao denunciante.

AGÊNCIA PARÁ 

Portaria da Seplad determina trabalho remoto para servidores do Baixo Amazonas

 


Medida vale para os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades nas cidades que compõem a região

25/01/2021 11h54 - Atualizada hoje 14h23
Por Luana Leite (SEPLAD)

A Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) publicou, nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial (DOE), a portaria 010/2021, que estabelece o trabalho remoto nos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades na região do Baixo Amazonas.

A decisão faz parte do plano de combate à disseminação da covid-19, considerando as medidas de enfrentamento adotadas no Pará, e o Decreto Estadual nº 800, que dispõe sobre a retomada econômica e social segura, por meio da aplicação de distanciamento controlado e protocolos específicos.

Foto: DivulgaçãoDessa forma, os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades na região do Baixo Amazonas, que engloba os municípios de Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha, Santarém e Terra Santa, que se encontra com a bandeira vermelha, devem adotar as medidas a partir da publicação feita pela Seplad.

A portaria estabelece as seguintes medidas:

- Realizar trabalho remoto em todas as unidades em que a sua execução seja possível e sem que haja prejuízo ao interesse público e ao atendimento à população dos serviços e atividades essenciais;

- Reuniões presenciais devem ser feitas com no máximo 10 pessoas, seguindo todas as medidas de proteção sanitária e distanciamento;

- Sessões presenciais de contratações essenciais devem ser feitas com a participação de apenas um representante por empresa concorrente, com as medidas de proteção sanitária e distanciamento entre os participantes;

- Suspensão na utilização da biometria para registro eletrônico do ponto, devendo ser realizada a aferição da efetividade por outro meio eficaz, em acordo com as orientações definidas no âmbito de cada órgão ou entidade.

AGÊNCIA PARÁ 

Janeiro Verde: Ophir Loyola reforça a prevenção do câncer de colo de útero

 


Hospital adere à campanha nacional de prevenção contra a doença silenciosa que tem como principal causa à infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV)

25/01/2021 14h17 - Atualizada hoje 16h04
Por Leila Cruz (HOL)

Oncoginecologista do Ophir Loyola, Celso Fukuda afirma que o exame preventivo Papanicolau ajuda na prevenção da doençaFoto: Ascom / Ophir LoyolaHá sete anos, a doméstica Jeneci Xavier, 45 anos, moradora do município de Brasil Novo, na Transamazônica, começou a sentir dores pélvicas e sangramento intenso. Durante o tratamento de hepatite, fez exames, como a ressonância magnética, e o médico que a acompanhava detectou algo diferente. Encaminhada para outro especialista, a biópsia diagnosticou o câncer de colo de útero.

Para ela, a negação do carcinoma foi de imediato, não foi fácil acreditar que era uma paciente oncológica. “Eu só vim aceitar que estava com câncer quando cheguei em Belém, aqui no Ophir Loyola, pois encontrei várias pessoas buscando a mesma cura, o mesmo tratamento que eu, assim caiu a ficha”, revela. 

A motivação para Jeneci Xavier continuar a ter esperanças de recuperar a saúde são seus familiares, amigos e, principalmente, a fé. “Quando se tem uma família que te ama, que caminha com você lado a lado durante todo o processo do tratamento, não tem explicação, é o que me ajuda a ter vontade de viver”, acrescentou. 

Ophir Loyola encampa o movimento nacional Janeiro Verde e defende a vacinação contra o HPV como a forma mais eficaz de prevençãoFoto: Ascom / Ophir LoyolaNo País, durante o mês de janeiro, é realizada a campanha de prevenção Janeiro Verde contra o câncer de colo de útero, doença silenciosa que não apresenta sintomas na fase inicial e tem como principal causa à infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV).

Segundo o Ministério da Saúde, 75% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus e 5% delas desenvolverão um tumor maligno no prazo de dois a dez anos. 

De acordo com o oncoginecologista do Hospital Ophir Loyola, Celso Fukuda, as manifestações mais comuns do câncer de colo de útero, quando ocorrem, são sangramentos, dores pélvicas, corrimentos e dores na relação sexual. Contudo, esses sintomas nem sempre estão relacionados à neoplasia maligna, podem ser sinais de enfermidades benignas como o mioma. 

“Esse tipo de câncer pode ser prevenido em praticamente todos os casos por meio do exame preventivo, o Papanicolau, que deve ser realizado em mulheres com vida sexualmente ativa pelo menos uma vez ao ano. A análise do resultado do exame é realizada pelo ginecologista que avalia se existem lesões que são causadas pelo HPV e que podem levar à doença. Quando há alteração, o médico solicita outro exame chamado de colposcopia com biópsia que trará a confirmação ou não do câncer”, alerta o especialista.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 780 casos da enfermidade no Pará até o final de 2021. Um total de 895 pacientes estão em tratamento contra a neoplasia maligna no colo do útero no Hospital Ophir Loyola, referência em oncologia no estado.

A maioria das mulheres que adquirem a doença, normalmente estão acima de 30 anos, possuem múltiplos filhos, têm baixos níveis de renda e escolaridade, e estão há anos sem realizar Papanicolau ou até mesmo nunca realizaram o exame, o que leva ao diagnóstico tardio. 

As principais opções de tratamento são a quimioterapia, a radioterapia, a cirurgia e a terapia-alvo, que é usada para combater as moléculas específicas, direcionando a ação de medicamentos às células tumorais. O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da tumor, tamanho e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.

“Com o diagnóstico tardio, nós não conseguimos realizar a cirurgia, o tratamento será através da radioterapia e da quimioterapia. A cirurgia é feita com tumores do colo do útero abaixo de quatro centímetros e lesões que não saíram do local de origem e estão restritas àquela região. À medida que o tumor vai para vagina ou para lateral do útero, o estágio já está avançando e o procedimento de retirada não traz mais o benefício”, esclarece Celso Fukuda.

A reabilitação na vida sexual, após a cirurgia ou quimioterapia e radioterapia, é realizada mediante a fisioterapia ginecológica, para a melhora da elasticidade vaginal e reposição hormonal, pois a vida sexual das mulheres fica desfavorecida após o tratamento do câncer. Já no ambiente de trabalho, as pacientes podem voltar às atividades normalmente depois de tratadas e curadas, pois não perdem nenhuma função motora. 

A vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenção contra o câncer de colo do útero em 98% dos casos. A vacina está disponível nas unidades públicas de saúde para meninas dos 9 aos 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Também podem receber a vacina pessoas com HIV ou imunodepressão, dos 9 aos 26 anos, de ambos os sexos. Outra forma de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Moradora do município de Acará, a dona de casa, Floripes Miranda, 40 anos, está sem o câncer no organismo e passa apenas pelo controle com exames e consultas a cada seis meses. A descoberta do câncer foi em 2017, quando começou a ter sangramentos fortes. De início, ela suspeitava que era mioma até ser transferida para o Ophir Loyola e passar por consulta com o especialista Celso Fukuda. O tratamento durou dois anos e a cirurgia de retirada do tumor foi realizada em março de 2020. 

Floripes alerta as mulheres a realizarem os exames de rotina, especialmente, o preventivo, pois é um exame simples e rápido para a prevenção do câncer de colo de útero. “Eu senti que algo de errado estava acontecendo comigo. O sangramento era tão intenso que precisei usar até fralda geriátrica. É uma questão de observação, de conhecer o seu corpo, as mudanças, dores e sensações diferentes”, afirma. 

*Com informações de Viviane Nogueira.

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