segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Mais 29 mil doses de vacina contra Covid-19 chegam ao Pará para a Região Metropolitana

 


O governador Helder Barbalho comunicou que o lote da CoronaVac/SinoVac será distribuído prioritariamente para o avanço da imunização dos profissionais de Saúde

25/01/2021 16h38 - Atualizada hoje 17h24
Por Ronan Frias (COHAB)

Helder acompanha o descarregamento de mais de 29 mil doses de vacina contra a Covid-19 para municípios da Região MetropolitanaFoto: Jader Paes / Agência ParáO Governo do Pará recebeu hoje (25) o segundo lote de vacinas contra a Covid-19 produzida pelo instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No total 29 mil doses da CoronaVac/SinoVac chegaram ao estado trazidas de Guarulhos (SP). O governador Helder acompanhou o descarregamento da carga e informou que a remessa deve ser distribuída entre os municípios da Região Metropolitana de Belém.

"Nós vamos priorizar a capital e as demais cidades da região metropolitana para prosseguir a imunização dos profissionais de Saúde, seja nas estruturas municipais como também na rede regional de atendimento na linha de frente do Covid-19. Até o momento, com a entrega do primeiro lote, temos 63% de cobertura dos profissionais de Saúde. Agora temos a possibilidade de incremento de 13 mil profissionais que podem ser vacinados. Com isso, nossa expectativa é chegar a 70% dos profissionais de saúde", afirmou Helder.

O chefe do poder executivo paraense também explicou que o Pará aguarda a confirmação das próximas entregas. "Nós estamos na expectativa de receber o cronograma com as novas entregas dos imunizantes já aprovados pela Anvisa. Assim, vamos prosseguir na logística de entrega para os outros públicos, correspondentes às doses que estão chegando'', frisou.

Nova remessa prosseguirá a imunização de profissionais de Saúde, nas estruturas municipais e rede estadual de atendimento da CovidFoto: Jader Paes / Agência ParáAinda durante a chegada das vacinas, Helder reforçou que vem dialogando com os municípios. "Hoje em reunião com os prefeitos nós tratamos sobre a distribuição de doses e também tratamos sobre os estágio epidemiológico na região metropolitana e debatemos medidas restritivas. A expectativa é que até o final do dia de hoje as áreas técnicas municipais e estaduais apresentem sugestões que possam ser apresentadas aos prefeitos, para o governador e para a sociedade. O intuito é preventivo, de conter a circulação de pessoas e aumentar as restrições com o objetivo de proteger a população e para não deixar acontecer no nosso Estado o que aconteceu no Amazonas", pontuou Helder Barbalho.

Questionado sobre a situação no oeste do Estado, o governador respondeu que amanhã deve ir, novamente à região. "Faremos a distribuição de cilindros de oxigênio para a Calha Norte, além disso, vistoriando a implantação de um hospital de Campanha no município de Santarém para atender a região e também debater a consolidação de um laboratório que esteja produzindo pesquisas necessárias de identificação viral em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Estado".

O lote entregue nesta segunda-feira, chegou 7 dias após o recebimento da primeira remessa do mesmo imunizante. No último dia 18 foram encaminhadas aos paraenses 173 mil doses da Sinovac que já foram entregues aos 144 municípios do Pará. 48.680 foram disponibilizadas à população indígena.

Os imunizantes também foram direcionados aos profissionais da Saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento do avanço da Covid-19, conforme previsto no Plano Paraense de Vacinação Contra a Covid-19.

Ampla opção de imunizante

A SinoVac não é a única vacina liberada para uso emergencial pela ANVISA que foi recebida pelo Pará. Ontem (24) pela primeira vez, a vacina produzida pela Oxford/AstraZeneca contra o novo Coronavírus chegou ao território paraense. A carga com 49 mil doses dos imunizantes foi destinada com prioridade para os 10 municípios da Calha Norte, que estão na divisa com o estado do Amazonas. Nessas cidades a imunização se estende às pessoas acima de 80 anos, faixa considerada mais suscetível ao vírus e que podem precisar de serviços médicos como internações e de leitos de UTI.

Segunda Dose

A orientação repassada pelo instituto Butantã é que a Sinovac seja aplicada em duas doses, com diferença de 14 a 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação do imunizante. Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela Oxford/AstraZeneca, afirma que a segunda dose da vacina deve ser tomada num intervalo de até 12 semanas. 

FASES 

O plano desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) prevê que a campanha de vacinação ocorrerá, simultaneamente, em todos os 144 municípios do Pará, e os grupos serão cumulativos no decorrer das etapas definidas. Conheça as fases previstas.

1ª Fase: trabalhadores de Saúde; pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência e indígenas aldeados. 

2ª Fase: profissionais da Segurança Pública na ativa; idosos de 60 a 79 anos de idade; idosos a partir de 80 anos e povos e comunidades tradicionais quilombolas. 

3ª Fase: pessoas com comorbidades (doenças como diabetes, hipertensão e obesidade);

4ª Fase: trabalhadores da Educação; Forças Armadas; funcionários do sistema penitenciário; população privada de liberdade e pessoas com deficiência permanente severa.

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Hospital Geral de Tailândia abre vaga para Técnico em Enfermagem

 


25/01/2021 16h46 - Atualizada hoje 19h04
Por Cleyton Rogério (HGT-Tailândia)

Foto: ASCOM / HGTO Hospital Geral de Tailândia, na mesorregião do nordeste paraense, está realizando processo seletivo para Técnico em Enfermagem, preferencialmente, para Pessoas com Deficiência (PcD).

Os interessados devem deixar seus currículos no setor de Departamento de Pessoal (DP), no período de 26 a 28 de janeiro, das 9h às 16h. Os currículos passarão por triagem que seguirá critérios do setor de Recursos Humanos (RH) para a vaga ofertada.

Com a seleção efetivada, os candidatos que tiveram seus currículos aprovados nessa fase serão contatados pelo DP do hospital, que informará local, dia e hora da realização das provas e entrevistas.

Os documentos necessários para a participação no processo seletivo são: cópia do diploma ou conclusão do curso, cópia da carteira do Conselho Regional de Enfermagem (Coren)/PA, extrato de débitos do referido Conselho, cópia do currículo e experiência desejável acima de um  ano.

Outros conhecimentos técnicos específicos: português e redação; uso de software para editoração de textos; operação de sistemas de comunicação por meios eletrônicos; digitação; além de boa capacidade de comunicação, organização do trabalho, atendimento a públicos diversos, comunicação interna e externa, iniciativa e discernimento para buscar informações e tomar providências inerentes ao cumprimento de suas atribuições.

Estrutura - Com 51 leitos, o HGT dispõe de assistência de média complexidade garantida por uma equipe multidisciplinar que oferece as especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia/Traumatologia, Radiologia, Anestesiologia e Cardiologia.

Serviço: O HGT é um órgão do governo do estado que está localizado na Av. Florianópolis, s/n, Bairro Novo, Tailândia. Mais informações pelo fone (91) 3752-3121. 

AGÊNCIA PARÁ 

Hospital Público de Castelo dos Sonhos reabre com atendimento em Urgência e Emergência

 


Com regime de porta aberta, o Hospital atende de imediato pacientes nas áreas de Clínica Médica e Pediatria

25/01/2021 16h53 - Atualizada hoje 19h31
Por Governo do Pará (SECOM)

O Hospital Público Geral de Castelo dos Sonhos “José Trevian Sobrinho” (HGCS), no Oeste do Pará, foi reaberto na manhã desta segunda-feira (25), em regime de porta aberta (sem necessidade de encaminhamento), 24 horas por dia. Castelo dos Sonhos é distrito de Altamira.

“O Hospital Geral de Castelo dos sonhos tem uma missão muito importante: atender de porta aberta toda a população da região com atendimento de Urgência e Emergência em Clínica Médica e Pediatria”, informou o secretário adjunto de gestão administrativa Ariel Barros, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Contando com 20 leitos, o HGCS atenderá à cerca de 20 mil pessoas, incluindo moradores do distrito de Cachoeira da Serra e das aldeias indígenas do entorno. Em uma próxima etapa, o Hospital irá oferecer atendimento nas áreas de Ortopedia, Ginecologia e Obstetrícia e Clínica Cirúrgica.

Desde sua entrega pelo governo do Estado, em 17 de julho de 2020, a unidade funcionou para atendimento exclusivo de pacientes de Covid-19 durante alguns meses, atendendo os moradores de Castelo dos Sonhos, e de outras localidades da região.

O Hospital tem perfil de baixa e média complexidade, e facilita o acesso à saúde para a população de localidades às margens das rodovias BR-230 (Transamazônica) e BR-163 (Santarém-Cuiabá). (Texto: Melina Marcelino - Ascom/Sespa).

AGÊNCIA PARÁ 

Governo do Estado amplia oferta de leitos para o oeste do Pará

 


25/01/2021 16h55 - Atualizada hoje 19h00
Por Governo do Pará (SECOM)

Foto: Marco Santos / Ag. ParáPara dar suporte aos municípios do Oeste do Pará, que enfrentam uma segunda onda de casos de Covid-19, o Governo do Estado ampliou o número de leitos exclusivos para pacientes com a doença. Santarém já conta com 44 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI); em Itaituba há 60 leitos de UTI, e em Juruti também foram instalados 10 leitos de UTI.

“Em Itaituba iniciamos o ano com 10 leitos de UTI, aumentamos para 30 leitos e agora chegamos a 60 leitos no Hospital Regional do Tapajós. No Hospital Regional do Baixo Amazonas, que fica em Santarém, iniciamos o ano com 10 leitos de UTI para pacientes com covid e hoje estamos com 44 leitos de UTI adulto, 4 leitos de UTI pediátrica e 3 leitos de UTI Neonatal. E no Hospital 9 de Abril, em Juruti, instalamos 10 leitos de UTI, todos para dar suporte à população da região Oeste”, informa o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Sipriano Ferraz.

A região ainda conta com 54 leitos clínicos em Itaituba,  a ampliação de oito para 20 leitos clínicos no Hospital do Baixo Amazonas, em Santarém, e 15 leitos em Juruti .

Hospital de Campanha de Santarém

O Governo do Pará, em parceria com a Prefeitura Municipal, decidiu reabrir o Hospital de Campanha em Santarém, na região Oeste, para enfrentar o aumento de casos da Covid-19 nos municípios do Baixo
Amazonas. A previsão é que o Hospital comece a funcionar em dez dias, oferecendo 60 leitos clínicos.

“Está sendo prevista a abertura de 60 leitos clínicos em Santarém, uma parceria entre Estado e município. Se for necessário, ainda há a possibilidade de abrir mais 40 leitos de UTI em Itaituba para atender
a população do oeste do Pará”, garante o secretário adjunto de gestão administrativa da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Ariel Barros.

O Hospital de Campanha de Santarém vai funcionar na creche Centro Municipal de Educação Infantil Paulo Freire.

Texto: Melina Marcelino

AGÊNCIA PARÁ 

Policiamento nos rios é reforçado com a primeira base flutuante de segurança pública

 


Ordem de Serviço foi assinada nesta segunda-feira (25) pelo governador Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado

25/01/2021 17h02 - Atualizada hoje 17h11
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Mais um avanço na segurança pública é alcançado com a assinatura da Ordem de Serviço, que possibilitará a construção da primeira base integrada flutuante da segurança pública "Antônio Lemos". A base ficará na margem direita do rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, município de Breves, controlando grande parte do fluxo oriundo dos estados do Pará, Amapá e Amazonas, distante 170 milhas náuticas (314 km) da cidade de Belém.

A OS foi assinada pelo governador do Pará, Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, nesta segunda-feira, 25. A obra iniciará nos próximos dias e a conclusão tem previsão de oito meses.

Com investimento de R$ 5,5 milhões de recursos estaduais, a obra possibilitará a ampliação da fiscalização pelos órgãos públicos na malha fluvial do Pará, especialmente em uma área considerada estratégica para a segurança pública, por estar localizada em um corredor histórico de transporte de drogas, contrabando, pirataria e crimes ambientais.

Além das forças de segurança, o espaço reunirá, ainda, setores de fiscalização da Fazenda, Meio Ambiente, Receita e Justiça Federal, que poderão atuar de forma integrada. 

“Esta é uma estratégia importantíssima para termos uma base fluvial nesta região do Estado, que certamente é uma das áreas em que há o maior fluxo de todas as embarcações com passageiros, na região do oeste do Estado, com destino ao Marajó, Região Metropolitana e também ao Estado do Amapá".

"A estratégia de montar esta base fluvial, que terá a presença da Polícia Militar, Polícia Civil, além de diversos órgãos de segurança vinculados ao Governo Federal, Polícia Federal e apoio aos órgãos vinculados a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda do Estado. São diversos órgãos juntos, trabalhando de forma integrada para fiscalizar a região, coibir delitos e avançar na presença do Estado para diminuir a violência e aumentar a segurança para a nossa população. Se Deus quiser, ainda em 2021, estaremos inaugurando, o que será a primeira unidade integrada fluvial do Estado do Pará”, afirmou o governador.

O padrão da base flutuante prevê quatro níveis, sendo eles compostos por porão, dois convés e tijupá. O porão vai abrigar dois geradores para alimentação de energia, sistema de tratamento de esgoto sanitário, tanques de óleo diesel e espaço para armazenamento de carga. Já o convés principal conta com recepção, sala de atendimento, banheiros, cela temporária masculina e feminina, seis salas de escritório com capacidade para 23 pessoas e sala para reunião. O espaço vai contar com área de apoio em terra, que terá estrutura de trapiche metálico modular, poço artesiano, canil e heliponto. 

No convés superior, ficará a copa, refeitório, espaço de convivência, banheiros e dormitórios para 25 pessoas. Na tijupá, irão ficar os painéis fotovoltáicos, aparelhos flutuantes, condensadores, caixa d'água e mirante inferior e superior. Cada estrutura será adaptada para realidade do local que será instalada, podendo contar com uma infraestrutura terrestre de apoio.

“É, sem dúvida, um grande avanço na segurança pública, especialmente pelas características que possui o estado do Pará, que é cercado por rios. Com a instalação da base deveremos alcançar não somente a diminuição da criminalidade nos rios, mas também impedir que objetos oriundos de contrabando ou drogas, por exemplo, cheguem até as cidades paraenses vindos de outros Estados”, frisou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado.

AGÊNCIA PARÁ 

Policiamento nos rios é reforçado com a primeira base flutuante de segurança pública

 


Ordem de Serviço foi assinada nesta segunda-feira (25) pelo governador Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado

25/01/2021 17h02 - Atualizada hoje 17h11
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Mais um avanço na segurança pública é alcançado com a assinatura da Ordem de Serviço, que possibilitará a construção da primeira base integrada flutuante da segurança pública "Antônio Lemos". A base ficará na margem direita do rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, município de Breves, controlando grande parte do fluxo oriundo dos estados do Pará, Amapá e Amazonas, distante 170 milhas náuticas (314 km) da cidade de Belém.

A OS foi assinada pelo governador do Pará, Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, nesta segunda-feira, 25. A obra iniciará nos próximos dias e a conclusão tem previsão de oito meses.

Com investimento de R$ 5,5 milhões de recursos estaduais, a obra possibilitará a ampliação da fiscalização pelos órgãos públicos na malha fluvial do Pará, especialmente em uma área considerada estratégica para a segurança pública, por estar localizada em um corredor histórico de transporte de drogas, contrabando, pirataria e crimes ambientais.

Além das forças de segurança, o espaço reunirá, ainda, setores de fiscalização da Fazenda, Meio Ambiente, Receita e Justiça Federal, que poderão atuar de forma integrada. 

“Esta é uma estratégia importantíssima para termos uma base fluvial nesta região do Estado, que certamente é uma das áreas em que há o maior fluxo de todas as embarcações com passageiros, na região do oeste do Estado, com destino ao Marajó, Região Metropolitana e também ao Estado do Amapá".

"A estratégia de montar esta base fluvial, que terá a presença da Polícia Militar, Polícia Civil, além de diversos órgãos de segurança vinculados ao Governo Federal, Polícia Federal e apoio aos órgãos vinculados a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda do Estado. São diversos órgãos juntos, trabalhando de forma integrada para fiscalizar a região, coibir delitos e avançar na presença do Estado para diminuir a violência e aumentar a segurança para a nossa população. Se Deus quiser, ainda em 2021, estaremos inaugurando, o que será a primeira unidade integrada fluvial do Estado do Pará”, afirmou o governador.

O padrão da base flutuante prevê quatro níveis, sendo eles compostos por porão, dois convés e tijupá. O porão vai abrigar dois geradores para alimentação de energia, sistema de tratamento de esgoto sanitário, tanques de óleo diesel e espaço para armazenamento de carga. Já o convés principal conta com recepção, sala de atendimento, banheiros, cela temporária masculina e feminina, seis salas de escritório com capacidade para 23 pessoas e sala para reunião. O espaço vai contar com área de apoio em terra, que terá estrutura de trapiche metálico modular, poço artesiano, canil e heliponto. 

No convés superior, ficará a copa, refeitório, espaço de convivência, banheiros e dormitórios para 25 pessoas. Na tijupá, irão ficar os painéis fotovoltáicos, aparelhos flutuantes, condensadores, caixa d'água e mirante inferior e superior. Cada estrutura será adaptada para realidade do local que será instalada, podendo contar com uma infraestrutura terrestre de apoio.

“É, sem dúvida, um grande avanço na segurança pública, especialmente pelas características que possui o estado do Pará, que é cercado por rios. Com a instalação da base deveremos alcançar não somente a diminuição da criminalidade nos rios, mas também impedir que objetos oriundos de contrabando ou drogas, por exemplo, cheguem até as cidades paraenses vindos de outros Estados”, frisou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado.

AGÊNCIA PARÁ 


Policiamento nos rios é reforçado com a primeira base flutuante de segurança pública

 


Ordem de Serviço foi assinada nesta segunda-feira (25) pelo governador Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado

25/01/2021 17h02 - Atualizada hoje 17h11
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Mais um avanço na segurança pública é alcançado com a assinatura da Ordem de Serviço, que possibilitará a construção da primeira base integrada flutuante da segurança pública "Antônio Lemos". A base ficará na margem direita do rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, município de Breves, controlando grande parte do fluxo oriundo dos estados do Pará, Amapá e Amazonas, distante 170 milhas náuticas (314 km) da cidade de Belém.

A OS foi assinada pelo governador do Pará, Helder Barbalho e o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, nesta segunda-feira, 25. A obra iniciará nos próximos dias e a conclusão tem previsão de oito meses.

Com investimento de R$ 5,5 milhões de recursos estaduais, a obra possibilitará a ampliação da fiscalização pelos órgãos públicos na malha fluvial do Pará, especialmente em uma área considerada estratégica para a segurança pública, por estar localizada em um corredor histórico de transporte de drogas, contrabando, pirataria e crimes ambientais.

Além das forças de segurança, o espaço reunirá, ainda, setores de fiscalização da Fazenda, Meio Ambiente, Receita e Justiça Federal, que poderão atuar de forma integrada. 

“Esta é uma estratégia importantíssima para termos uma base fluvial nesta região do Estado, que certamente é uma das áreas em que há o maior fluxo de todas as embarcações com passageiros, na região do oeste do Estado, com destino ao Marajó, Região Metropolitana e também ao Estado do Amapá".

"A estratégia de montar esta base fluvial, que terá a presença da Polícia Militar, Polícia Civil, além de diversos órgãos de segurança vinculados ao Governo Federal, Polícia Federal e apoio aos órgãos vinculados a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda do Estado. São diversos órgãos juntos, trabalhando de forma integrada para fiscalizar a região, coibir delitos e avançar na presença do Estado para diminuir a violência e aumentar a segurança para a nossa população. Se Deus quiser, ainda em 2021, estaremos inaugurando, o que será a primeira unidade integrada fluvial do Estado do Pará”, afirmou o governador.

O padrão da base flutuante prevê quatro níveis, sendo eles compostos por porão, dois convés e tijupá. O porão vai abrigar dois geradores para alimentação de energia, sistema de tratamento de esgoto sanitário, tanques de óleo diesel e espaço para armazenamento de carga. Já o convés principal conta com recepção, sala de atendimento, banheiros, cela temporária masculina e feminina, seis salas de escritório com capacidade para 23 pessoas e sala para reunião. O espaço vai contar com área de apoio em terra, que terá estrutura de trapiche metálico modular, poço artesiano, canil e heliponto. 

No convés superior, ficará a copa, refeitório, espaço de convivência, banheiros e dormitórios para 25 pessoas. Na tijupá, irão ficar os painéis fotovoltáicos, aparelhos flutuantes, condensadores, caixa d'água e mirante inferior e superior. Cada estrutura será adaptada para realidade do local que será instalada, podendo contar com uma infraestrutura terrestre de apoio.

“É, sem dúvida, um grande avanço na segurança pública, especialmente pelas características que possui o estado do Pará, que é cercado por rios. Com a instalação da base deveremos alcançar não somente a diminuição da criminalidade nos rios, mas também impedir que objetos oriundos de contrabando ou drogas, por exemplo, cheguem até as cidades paraenses vindos de outros Estados”, frisou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado.

AGÊNCIA PARÁ 

Polícia Civil prende três membros de facção criminosa durante a segunda fase da 'Operação Cabeças'

 


25/01/2021 18h30 - Atualizada hoje 18h38
Por Roberta Meireles (PC)

A Polícia Civil do Pará enviou 16 Policiais Civis para os Estados de Minas Gerais e Santa Catarina, onde foi deflagrada a operação "Cabeças II", na manhã desta segunda-feira (25). A ação teve como principal objetivo cumprir mandados de prisão de membros de facção criminosa de âmbito nacional, que organizavam e comandavam crimes no Pará. 

Foto: DivulgaçãoApós quatro meses de investigação por meio do sistema de inteligência da PC, os investigados foram localizados. 

A ação foi realizada de forma integrada com as polícias civis dos demais estados. Sendo que, os agentes da PC foram divididos em quatro equipes com quatro policiais cada, sendo que oito foram enviados para Minas Gerais e oito para Santa Catarina. Até o momento, as prisões dos membros foram realizadas em Florianópolis e Criciúma, no Estado de Santa Catarina, e Uberlândia, em Minas Gerais. Todos são conselheiros finais da Facção Criminosa. Eles serão trazidos para o Estado do Pará e, posteriormente, transferidos para uma unidade prisional Federal.

Participaram da Operação, policiais civis do Núcleo de Inteligência Policial, Coordenadoria de Operações Especiais, Diretoria de Policia Especializada, Divisão de Homicidios e Delegacia de Repressão a Crimes Organizados.

AGÊNCIA PARÁ 

Iterpa apresenta Programa de Ações de Regularização em Brasília

 


25/01/2021 18h39 - Atualizada hoje 20h55
Por Bruna Brabo (SECOM)

O governo do Pará apresentou, nesta segunda-feira (25), em Brasília, um novo modelo de gestão que vem sendo adotado pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa) para o ordenamento territorial e regularização fundiária no Estado Pará e para a Amazônia Legal. O modelo valoriza e engloba ações que possam conciliar desenvolvimento econômico, ambiental e social. 

Foto: DivulgaçãoA apresentação foi realizada pelo presidente do ITERPA, Bruno Kono, pela Diretora de Desenvolvimento Agrário e Fundiária, Mariceli Moura e pelo Assessor Chefe do ITERPA, Flávio Ricardo Azevedo junto ao General de Brigada Eugênio Pacelli Vieira, chefe de assessoria de comunicação social da vice-presidência e equipe jurídica. Todos foram convidados pelo Conselho da Amazônia, coordenado pelo Governo Federal e presidido pelo Vice-presidente da República, General Hamilton Mourão. 

O Conselho Nacional Amazônia Legal busca estreitar os laços com os órgãos de vários Estados que compõem a Amazônia. “Começamos com o Iterpa, que tem feito muito em relação à organização territorial. Nós sentimos necessidade de aprofundar esse conhecimento através do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governo do Pará através da regularização fundiária”, destacou o General Eugênio Pacelli Vieira.

Outro ponto destacado na reunião foi restruturação do Iterpa nesses últimos dois anos. Com a capacitação de pessoas, investimento em equipamentos, em desenvolvimento tecnológico e também com mudanças na legislação. 

Sistema de Cadastro e Regularização Fundiária

O Iterpa conta com um sistema de regularização fundiária considerado pioneiro no Brasil. É o Sistema de Cadastro e de Regularização Fundiária (Sicarf), criado para dar transparência e agilidade aos processos que tramitam no órgão, além de possibilitar a criação de um banco de dados que dará um mosaico seguro da ocupação de terras no Estado.

“O Governo do Pará está contribuindo não só para a regularização fundiária em território paraense, mas para ações que envolvem a regularização fundiária na Amazônia Legal, no combate ao desmatamento, é um modelo que já está sendo replicado para outros Estados dessa região”, destacou o Kono.

Amazônia Agora

Um dos pilares desse novo modelo foi baseado de acordo com o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que vem como uma estratégia de integração das instituições executoras que se unem em ações previstas dentro da Força Estadual de Combate ao Desmatamento, do programa Territórios Sustentáveis, do programa Regulariza Pará, além do Fundo da Amazônia Oriental (FAO), mecanismo financeiro privado reconhecido pelo governo do Estado em 2019. 

O PEAA, foi assinado pelo governador Helder Barbalho e publicado no diário oficial no dia 04 de agosto de 2020. 

“O Programa Regulariza Pará é uma ação que vai ao campo e leva oportunidade ao produtor rural de ter a regularização ambiental e fundiária do seu imóvel para que saia da informalidade. Com isto, terá acesso a benefícios como os créditos e assistência técnica que ajudam a reduzir o desmatamento. Dessa forma, as ações de visitas a campo, de georreferenciamento e de  validação dos CAR's, que integram a agenda do Regulariza Pará, são fundamentais para mostrar que o governo do Estado é parceiro nesse processo e tem a disposição para orientar o produtor rural em realizar a sua atividade com sustentabilidade, e melhorar a sua qualidade de vida e da sua família”, ressaltou o titular do Iterpa. 

Parceria União e Estado

A equipe do Governo do Pará apresentou a importância da parceira da União com o Estado através do Conselho da Amazônia para a atuar na articulação para concretização das ações com os órgãos do Governo Federal e as instituições da sociedade civil. 

A parceira viria através da captação de recursos, visando investimentos de pessoas e estruturas; disponibilização do SICARF ao Governo Federal; compartilhamento de base cartográfica e informações e participação das Forças Armadas nas ações de demarcação e georreferenciamento de terras.

agência pará 

Estado garante mais 500 cilindros de oxigênio para municípios da Calha Norte e Tapajós

 


O primeiro carregamento chega a Belém nesta madrugada, e o envio e distribuição serão acompanhados pelo governador Helder Barbalho

25/01/2021 18h49 - Atualizada hoje 19h11
Por Carol Menezes (SECOM)

O Governo do Pará receberá 500 cilindros de oxigênio até a próxima sexta-feira (29), adquiridos da empresa Oeste Gás, que representa a multinacional de produção de fabricação de gases industriais e medicinais White Martins. O primeiro carregamento desembarcará às 3 h da madrugada desta terça-feira (26), no Aeroporto Internacional de Belém, e o restante até o fim da semana. Todos serão encaminhados aos municípios das regiões de Integração Baixo Amazonas e Tapajós, que enfrentam dificuldades para garantir oxigênio aos pacientes de Covid-19 e  em outras condições hospitalares.

O governador Helder Barbalho informou que vai acompanhar o envio dos cilindros para o interior. "Estarei amanhã (terça-feira, 26) no Oeste do Pará, onde faremos a distribuição das unidades de oxigênio para municípios da Calha Norte. Além disso, estarei vistoriando a instalação do Hospital de Campanha no município de Santarém para atender a região, e debatendo a consolidação de um laboratório voltado às pesquisas necessárias de identificação viral, em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e com o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA)", anunciou o chefe do Executivo.

Autossuficiência - De acordo com o secretário adjunto de Saúde Pública, Sipriano Ferraz, a encomenda irá suprir a necessidade de cilindros necessários para o armazenamento do insumo, tão primordial na rede hospitalar. Ele explicou que o Estado é autossuficiente na produção de oxigênio, mas possui poucos tambores para conservação do gás. "Com essa entrega, cilindros não serão mais problema. Enquanto uns estão em utilização, outros seguem para serem reabastecidos, e assim por diante", informou. Os cilindros já poderão ser utilizados logo após a entrega aos hospitais.

Na última terça-feira (19), o governo do Estado encaminhou caminhões contendo 159 cilindros de oxigênio para Santarém. De lá, eles foram distribuídos para os municípios de Oriximiná (79), Terra Santa (30), Faro (20) e Juruti (30), em caráter preventivo.

Alerta às prefeituras - Hoje, o Pará possui capacidade de produção de oxigênio superior a 58 mil metros cúbicos diários, o que atende à totalidade das demandas dos 144 municípios, inclusive com disponibilidade para apoiar os estados do Amapá e Maranhão. Para garantir essa estabilidade, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) emitiu alerta às secretarias municipais, em especial nas regiões onde houve mudança de bandeiramento, como é o caso do Baixo Amazonas, para que fiquem atentas ao monitoramento e abastecimento dos hospitais, a fim de evitar baixas e falta de um insumo essencial à manutenção da vida.

Com a municipalização da gestão da Saúde, cada prefeitura é responsável pela manutenção de contratos e aquisição do produto para abastecimento local, cabendo à gestão estadual a compra e o abastecimento de oxigênio para hospitais estaduais.

agência pará 

Após consenso, Felipão antecipa saída do Cruzeiro

 


Contrato do treinador terminaria no fim de 2022

Publicado em 25/01/2021 - 15:52 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Cruzeiro, em comum acordo com o treinador Luiz Felipe Scolari, anunciou nesta segunda-feira (25) a rescisão do contrato com o técnico, que terminaria apenas no fim de 2022. Felipão assumiu o comando da Raposa em outubro, após a demissão de Ney Franco, com a missão de reerguer o time na Série B do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o time estava na zona de rebaixamento para a Série C, em  19º lugar. 

Embora não tenha conseguido levar a Raposa de volta de volta à Série A do Brasileiro, Felipão deixa o time na 12ª colocação na tabela. Em nota, o Cruzeiro reconheceu o esforço do técnico, em sua segunda passagem pelo clube.

“Colaborando com o clube em seu momento mais desafiador na história, Scolari e sua comissão técnica cumpriram a importante missão de recuperar o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro da Série", diz o comunicado.

Em 21 partidas no comando da equipe, Felipão somou nove vitórias, oito empates e quatro derrotas.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Decisão do título da Série B fica em aberto, após tropeço da Chape

 


Mesmo sem chances de acesso, Operário vence Verdão do Oeste por 2 a 0

Publicado em 25/01/2021 - 20:00 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Na penúltima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Operário, nono colocado, venceu por 2 a 0 a Chapecoense, que liderava a tabela, mas caiu para a segunda colocação, após a derrota nesta segunda-feira (25). O resultado no estádio Germano Krüeger, em Ponta Grossa (PR), deixou a decisão do título da edição 2020 em aberto.  

O Verdão do Oeste, com 70 pontos, mesmo total do agora líder América-MG - no critério de saldo de gols -, desperdiçou a chance de abrir vantagem no topo da tabela da Série B. Já o Fantasma, mesmo sem chances de subir para a elite do futebol nacional, comemora o desempenho na competição: nesta edição, o time chegou a 54 pontos, acima dos 50 obtidos em 2019, quando terminou a disputa em 10º lugar. 

O esquema 4-2-3-1 da equipe do Fantasma, montado pelo técnico Rodolfo Mehl,  conseguiu neutralizar o poder ofensivo do time catarinense. Com marcação no meio de campo, ficou difícil para a Chape construir as jogadas e chegar com perigo ao gol do Operário. A melhor chance dos visitantes foi aos 14 minutos: Anderson Leite cruzou pela direita, na media para Anderson Leite cabeça, mas a bola passou por cima do gol. 

Aos 20 minutos, o zagueiro Fábio Alemão entrou em campo, e mudou a história do jogo. Ele substituiu o lateral-direito Alex Silva, que sozinho lesionou o tornozelo. E bastou pouco mais de um minuto em campo, para Alemão abrir o placar para o Fantasma, após tabelar com Ricardo Bueno, num chute cruzado certeiro. Foi o primeiro gol do zagueiro, contrato em dezembro, no time de Ponta Grossa ((PR). 

 Depois do gol, não faltaram oportunidades de o Operário ampliar o placar. Aos 26 minutos, Fabiano cruzou pela esquerda, e por pouco Marcelo não fez o segundo de cabeça. Três minutos depois, o próprio Marcelo soltou uma bomba de fora da área, e o goleiro João Ricardo salvou, ao espalmar para fora. 

No segundo tempo, logo aos três minutos de bola rolando, Thomaz partiu no contra-ataque e deu de presente para o camisa 11 Rafael Oller, que a torcida apelidou carinhosamente de “Maradoller”, ampliar para os donos da casa. No minuto seguinte, faltou um triz para Thomas fazer o terceiro do Fantasma: ele recebeu pela direita e sozinho bateu da entrada da área.

Sem conseguir furar o bloqueio da marcação, o time da Chape, no esquema 4-3-3 do técnico Umberto Louzer, pouco criou do meio de campo para frente. Até esboçou uma reação nos minutos finais. Os 37, após bela jogada de Matheus Ribeiro pela direita, Evandro desviou de cabeça, mas a bola passou do lado de fora do gol.  Aos 43 minutos, Lucas Tocantins chutou na área, e mais uma vez Evandro arriscou um chute, mas a bola explodiu no zagueiro Ricardo Silva. Os jogadores catarinenses reclamaram de pênalti, em um possível toque de mão, mas a arbitragem assinalou escanteio. Depois da cobrança, a bola sobrou para Perotti, que chutou firme, mas ela foi para fora. 

Na 38ª e última rodada da Série B, a Chape recebe o Confiança, na próxima sexta (29), às 21h30 (horário de Brasília) na Arena Condá, em Chapecó (SC). Também na sexta, no mesmo horário, o Operário visita o encara o Botafogo-SP, no estádio Santa Cruz, na cidade de Ribeirão Preto (SP).

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Brasil tem quase 30 mil novos casos de hanseníase por ano

 


Semana Mundial de Luta contra a doença começa hoje

Publicado em 25/01/2021 - 16:44 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são sintomas de uma doença que tem cura, mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros: a hanseníase.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

Atenção aos sintomas

O presidente da SBD, diz que, mesmo áreas sem manchas, em que a pessoa se queime e não perceba, ou que se machuque e não sinta dor, indicam falta de sensibilidade no local. Isso é provocado por lesões nos nervos causadas pela hanseníase. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O período de incubação da hanseníase, desde o momento em que a pessoa entra em contato com a micróbio até a doença aparecer, vai de dois até dez anos pois a bactéria responsável pelos sintomas se multiplica muito lentamente. Por isso, a doença atinge muitas crianças e jovens. “Quanto mais jovem a pessoa, mais anos ela vai viver e mais chances tem de adoecer”, afirma Gonçalves.

Do total dos 312 mil registros feitos de 2010 até 2019, 30% foram diagnosticados com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade ou ainda deformidades visíveis nas mãos, pés ou olhos, o que compromete o trabalho ou a realização de atividades do dia a dia, alertou o especialista.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a detecção e o tratamento precoces da doença são fundamentais para que o paciente possa se tratar e não apresente sequelas, além de diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com as quais convive.

Incidência e transmissão

Heitor Gonçalves explicou que o maior fator de risco para a hanseníase são condições socioeconômicas de aglomerações. Um exemplo são as deficiências de habitação que fazem com que mais pessoas morem juntas e acabem transmitindo a doença por meio da tosse. A aglomeração no transporte é outro fator. Contribuem ainda o baixo nível educacional e a dificuldade de acesso a sistemas de saúde. Eles dificultam diagnóstico precoce e facilitam a transmissão.

Gonçalves informou que a maior incidência da hanseníase no Brasil está nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país. O vice-presidente da SBD chamou a atenção, entretanto, que, no Rio Grande do Sul, se perdeu a cultura de buscar casos de hanseníase e de se divulgar a doença no estado. Com isso, pacientes chegam nos médicos para diagnóstico já com incapacidade física. “Essa é uma sequela da falsa eliminação”.

Casos de Hanseníase no Brasil.
Casos de Hanseníase no Brasil. - Arte/Agência Brasil

Preconceito

O presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. Segundo Gonçalves, “o bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora”. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse, reiterou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. Essa diferença, contudo, está diminuindo, indicou o vice-presidente da SBD. O que ocorre, “provavelmente, é que o homem ainda se expõe mais que as mulheres”, avaliou. Os homens, além disso, não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Considerando as classes sociais mais desfavorecidas, os homens saem mais do que as mulheres. “Esse talvez seja o motivo”, estimou o dermatologista

Campanha

Gonçalves afirmou que a SBD tem como princípio e missão resgatar seu papel na abordagem das doenças negligenciadas que acometem a pele. A principal delas é a hanseníase. Há também a leishmaniose, sífilis, entre outras.

Em apoio à mobilização do Ministério da Saúde, os dermatologistas brasileiros farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD, descrevendo sinais e sintomas da hanseníase e orientando sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A campanha do Janeiro Roxo, criada no Brasil em 2016, aborda também a necessidade de se combater o estigma e o preconceito contra as pessoas que têm a doença.

O tratamento para a hanseníase é gratuito no país e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, salientou que apesar de ser uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, seu tratamento precoce promove a cura. Segundo enfatizou, a prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, porque isso ajuda a evitar a transmissão e o surgimento de novos casos.

Edição: Claudia Felczak


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro