domingo, 10 de janeiro de 2021

Enem mais acessível: medidas tornam prova mais inclusiva

 INCLUSÃO


A cada ano, o Inep investe em novas iniciativas para garantir condições a todos os participantes de fazer a prova
Publicado em 08/01/2021 18h52
Enem mais acessível: medidas tornam prova mais inclusiva

Provas em braile e em Libras são algumas opções de acessibilidade. - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Aespera está perto do fim. Neste mês de janeiro cerca de 6 milhões de estudantes farão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desse número, 52.598 inscritos solicitaram algum tipo de atendimento especializado. A cada ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) investe em novas modalidades de testes adaptados para garantir condições para todos os que desejam se inscrever.

É o caso de Philippe de Freitas, de 20 anos. Ele tem deficiência intelectual e é a segunda vez que o estudante fará a prova do Enem. Ele conta que, na primeira vez, conseguiu fazer quase tudo sozinho, mas precisou de ajuda para preencher o gabarito. “Todas as provas que eu faço, faço com foco e determinação”, explicou o estudante, que pretende se formar em Educação Física.

Com a ajuda especializada oferecida pelo Enem, ele pode fazer a prova em condições mais favoráveis e contar com auxílio para interpretar o gabarito. Além de sala diferente dos demais participantes.

E essa acessibilidade dá mais confiança para os estudantes e também para os familiares deles. José Fernando de Freitas, o pai do Philippe, por exemplo, tem certeza que, desta vez, o filho garantirá a tão sonhada vaga na universidade.

Mais recursos

O aumento nos recursos de acessibilidade busca democratizar a prova. Mas o conteúdo permanece o mesmo. A coordenadora-geral de Desenvolvimento da Aplicação do Inep, Andréia Gonçalves, explicou que todos os anos o Governo busca garantir mais acessibilidade aos estudantes que fazem as provas.

“Se comparar o Enem de 2012 com o Enem 2020, a quantidade e a qualidade de oferta de recursos de acessibilidade avançaram muito. Recebo muitos pedidos de universidades para conversar sobre o edital e a oferta de recursos. O Enem é um dos vestibulares que oferecem mais acessibilidade”, afirmou.

Acessibilidade

A coordenadora do Inep contou que, a cada ano, o Governo busca novas iniciativas para promover a inclusão. O atendimento especializado deve ser solicitado na inscrição e é voltado para pessoas com deficiência auditiva, surdez, cegueira, baixa visão, deficiência física, pessoas com surdocegueira, discalculia, autismo, visão monocular, deficiência intelectual (mental), dislexia e déficit de atenção.

Gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), idosos e pessoas em classe hospitalar também podem solicitar atendimento especializado para adaptações no tempo de prova e local de aplicação do exame.

“Este ano, entre as mudanças que teve, a disponibilização de um novo recurso, que é leitor de tela. Portanto, cegueira, baixa visão, visão monocular ou surdocegueira puderam optar por leitor de tela”, destacou Andréia.

Também são oferecidas condições diferentes das de uma sala de aula regular, além de provas em braile e auxílio para leitura e transcrição e tradutor-intérprete em Língua Brasileira de Sinais (Libras). O suporte faz parte da Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep.

O Enem conta ainda com a Plataforma Videoprova em Libras. Esse método permite que estudantes surdos e deficientes auditivos estudem para a prova numa interface parecida com a qual eles encontrarão no dia do exame. Além disso, todo o material do Enem, desde os editais, passando por cartilhas até a prova, são produzidos também em Braile.

Outros serviços de acessibilidade:

Auxílio ledor: serviço especializado de leitura da prova para pessoas com deficiência visual, deficiência intelectual, autismo, déficit de atenção ou dislexia;

Auxílio para transcrição: serviço especializado de preenchimento das provas objetivas e discursivas para participantes impossibilitados de escrever ou de preencher o Cartão de Resposta;

Guia-intérprete: profissional especializado em formas de comunicação e técnicas de guia, tradução e interpretação para mediar a interação entre as pessoas com surdocegueira, a prova e os demais envolvidos na aplicação do Exame;

Mobiliário acessível: São disponibilizadas mesas e cadeiras sem braços, mesas para cadeira de rodas e apoios para perna;

Sala de fácil acesso: local de prova com acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida;

Sala para amamentação: locais reservados para a acomodação de crianças em fase de amamentação; e

Sala especial: sala destinada a acolher participantes em condições que recomendem a separação dos demais, como em caso de doenças infectocontagiosas;

Novidades de 2020 em acessibilidade:

• Participantes com cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular poderão solicitar recurso para uso de leitor de tela;

• Três guias-intérpretes farão atendimento ao participante surdocego;

• Tempo adicional de 60 minutos para participantes lactantes que solicitarem atendimento especializado no sistema de inscrição, desde que comprovem a necessidade, conforme previsto em edital, e levem o lactente e o acompanhante no dia da aplicação;

• Participantes autistas e surdocegos terão banca especial para correção das provas; e

• O participante que escrever a redação em braile terá as provas corrigidas no Sistema Braile.

Atendimento especializado:

• Autismo: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

• Baixa visão: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, prova ampliada ou superampliada, sala de fácil acesso, leitor de tela;

• Cegueira: tempo adicional, prova em braile, auxílio para leitura, sala de fácil acesso, leitor de tela;

• Déficit de atenção: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

• Deficiência física: tempo adicional, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, mesa para cadeira de rodas, apoio para perna e pés, auxílio para leitura;

• Deficiência intelectual: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso;

• Deficiência auditiva: tempo adicional, tradutor-intérprete de Libras, videoprova em Libras, leitura labial;

• Discalculia: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

• Dislexia: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

• Gestante: sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, apoio para pernas e pés;

• Idoso: sala de fácil acesso;

• Lactante: sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, apoio para pernas e pés. É obrigatório levar um responsável para cuidar da criança;

• Surdez: tempo adicional, tradutor-intérprete de Libras, videoprova em Libras, leitura labial;

• Surdocegueira: tempo adicional, guia-intérprete, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada, leitor de tela; e

• Visão monocular: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada, sala de fácil acesso, leitor de tela.

Enem 2020

As provas do Enem 2020 ocorrerão nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021, na versão impressa e, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021, na versão digital. As duas versões somam 5.783.357 inscritos no exame.


Governo Federal 

Brasil e Japão assinam acordo de cooperação em tecnologias para grafeno e nióbio

 

INTERNACIONAL


A iniciativa é resultado de tratativas iniciadas pelo Presidente Jair Bolsonaro
Publicado em 08/01/2021 18h01 Atualizado em 08/01/2021 18h13
Brasil e Japão assinam acordo de cooperação em tecnologias para grafeno e nióbio

O objetivo é aprofundar o entendimento mútuo para explorar a cooperação na cadeia de valor de produtos que usam nióbio ou grafeno. - Foto: Daniel Marques / ASCOM MCTI

Brasil e Japão assinaram, nesta sexta-feira (8), o Memorando de Cooperação entre os governos no Campo de Tecnologias Relacionadas à Produção e ao Uso de Nióbio e Grafeno. O objetivo do documento bilateral é aprofundar o entendimento mútuo para explorar a cooperação na cadeia de valor de produtos que usam nióbio ou grafeno e propiciar uma cooperação mais estruturada no futuro, incluindo potenciais projetos conjuntos.

A iniciativa é resultado de tratativas iniciadas pelo Presidente Jair Bolsonaro, que em 2019 manifestou interesse na cooperação ao então primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante o Fórum Econômico de Davos; e de reunião entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes e o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada em 2019. Assinaram o memorando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi.

“O acordo é fundamental porque o Japão é um país que tem alta tecnologia e nos une a ele na procura de explorar as capacidades do nióbio e do grafeno”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Leonidas Medeiros. “Esses materiais são produtos do futuro, que vão alcançar toda a cadeia produtiva dos países, na parte industrial e no uso da tecnologia.”

Durante o encontro, promovido no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), foram firmados também acordos de cooperação entre os dois países nas áreas de biodiversidade, desenvolvimento de sensores e plataforma de agricultura de precisão em apoio à agricultura sustentável brasileira e uso de tecnologias avançadas de radar de abertura sintética e uso de inteligência artificial para o combate ao desmatamento ilegal.

Minerais estratégicos e cooperação

Em outubro de 2016, Brasil e Japão assinaram Memorando de Cooperação para a Promoção de Investimentos e Cooperação Econômica no Setor de Infraestrutura. Desde então, os governos de ambos os países vêm manifestando interesse mútuo em ampliar o investimento japonês no Brasil, incluindo os minerais raros ou estratégicos, como o grafeno e o nióbio.

Em julho de 2020, foi aberta chamada pública para apoiar empreendimentos tecnológicos à base de grafeno, destinando aproximadamente R$ 1,5 milhão para apoiar propostas de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação que visem a gerar empreendimentos e soluções de base tecnológica, tendo como principal objeto o grafeno.

Já o nióbio é considerado um mineral estratégico para o país. O Brasil é o maior produtor mundial desse material, responsável por aproximadamente 86% da produção, e tem o Japão como um dos principais importadores da liga ferronióbio (9,6% do exportado pelo Brasil).


Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações


Governo Federal 

Política de preços mínimos para extrativistas tem mudanças em 2021

 AGRICULTURA


As novas regras atingem os 17 produtos da sociobiodiversidade contemplados na política
Publicado em 08/01/2021 17h08
Política de preços mínimos para extrativistas tem mudanças em 2021

Açaí é um dos 17 produtos extrativistas que fazem parte da Política de Preços Mínimo - Foto: Banco de imagens

Os extrativistas iniciam o ano de 2021 com novas regras na Política de Garantia de Preços Mínimos para os produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), como açaí, que vem das florestas.

A política oferece subvenção quando o produtor comprova a venda no mercado por um valor abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal. Ela é um instrumento para diminuir as variações na renda do produtor e assegurar a remuneração. As novas regras estão na Portaria Interministerial n° 8, de 30 de dezembro de 2020, de autoria dos ministérios da Agricultura e da Economia. (portaria - https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-interministerial-n-8-de-30-de-dezembro-de-2020-297207446)

“Essas mudanças visam dar mais transparência, mais controle e maior credibilidade à política que é operacionalizada pela Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] com a supervisão do Ministério da Agricultura”, explicou o gerente de Agricultura Familiar e Sociobiodiversidade da Conab, Ênio Carlos.

Novas regras para os pedidos de subvenção

Uma das mudanças é que os extrativistas deverão seguir novas regras para os pedidos de subvenção dos 17 produtos da sociobiodiversidade contemplados na política. A partir deste ano, a documentação referente à safra anterior deverá ser enviada à Conab até o dia 28 de fevereiro do ano subsequente.

No caso de vendas feitas entre agricultores familiares extrativistas e para parentes de primeiro grau fica proibido o pagamento de subvenção. Outra novidade é que para o cumprimento dos limites estabelecidos por produto, região e ano, a Conab passará a considerar a data de emissão da nota fiscal.

E passa a ser suspenso o pagamento da subvenção ao extrativista quando o volume total negociado na microrregião ultrapassar a produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na publicação Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura. O pagamento poderá ser retomado após vistoria da Conab para verificar a regularidade das operações.

Mais recursos para os extrativistas

O valor do limite de orçamento da política para 2020 também foi alterado pela portaria interministerial. Foram liberados mais R$ 5 milhões para pagamento de subvenções aos extrativistas, somando R$ 30 milhões. O recurso extra permitirá o pagamento a 2.258 famílias que protocolaram pedido de subvenção no ano passado.

“Eles vão receber a subvenção agora em janeiro, fevereiro, no primeiro trimestre de 2021, em operações referentes ao ano de 2020. Serão beneficiados 13 estados, entre eles, Maranhão, Piauí, Acre, Paraíba e Minas Gerais”, detalhou Ênio Carlos.

Em 2020, os produtos mais apoiados pela Política de Garantia de Preços Mínimos para os produtos da Sociobiodiversidade, considerando o valor pago, foram babaçu, pequi, pinhão e açaí.

A política pode ser acessada pelos produtores individualmente ou organizados em associações e cooperativas.

Produtos da Sociobiodiversidade

Os 17 produtos extrativistas que fazem parte da Política de Preços Mínimos são: açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha extrativa, buriti, cacau extrativo, castanha do Brasil, carnaúba, juçara, macaúba, mangaba, murumuru, pequi, piaçava, pinhão e umbu.

De acordo com a Conab, a política tem como objetivo auxiliar na proteção ao meio ambiente, contribuindo com a redução do desmatamento, e valorizando a população local que utiliza os recursos da floresta de forma sustentável

Governo Federal 

Governo investe na qualificação de pescadores e desenvolvimento de agroindústrias

 NORDESTE


No total, serão investidos R$ 1,3 milhão nas duas ações
Publicado em 08/01/2021 16h57
Governo investe na qualificação de pescadores e desenvolvimento de agroindústrias

Para apoiar os pescadores, está prevista a estruturação de um Centro de Tecnologia, Pesquisa e Inovação de Pescado Sustentável - Foto: MDR

Desenvolver a cadeia produtiva da piscicultura no Ceará e implantar tecnologias de produção de biogás para fortalecer agroindústrias de médio e pequeno porte em quatro estados. Esses são os objetivos de dois projetos que estão sendo executados pelo Governo Federal por meio de parceria entre a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), instituição vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa). No total, serão investidos R$ 1,3 milhão nas duas ações.

Para apoiar os pescadores, em Maranguape (CE), está prevista a estruturação de um Centro de Tecnologia, Pesquisa e Inovação de Pescado Sustentável. No local, será executado um programa de qualificação técnica permanente para pescadores, piscicultores, jovens e produtores rurais. A iniciativa tem vigência até novembro de 2022 e receberá cerca de R$ 830 mil. A meta é beneficiar 220 pequenos criadores de peixes.

“Quando a estrutura estiver pronta e formos capacitados, vai haver mais chances de geração de renda para as famílias da região, pois as nossas mulheres e filhos poderão trabalhar no beneficiamento dos peixes”, afirmou o presidente da colônia de pescadores de Maranguape, José Flávio da Silva

A ação, que também terá o apoio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), inclui a elaboração de diagnósticos, mobilização de beneficiários, estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira do Centro de Tecnologia e, por fim, a implantação do programa. A expectativa é que o projeto possa ser replicado, capacitando pescadores e piscicultores locais, para que eles possam ser absorvidos por empresas ou possam empreender, gerando desenvolvimento regional.

“Quando a estrutura estiver pronta e formos capacitados, vai haver mais chances de geração de renda para as famílias da região, pois as nossas mulheres e filhos poderão trabalhar no beneficiamento dos peixes”, afirmou o presidente da colônia de pescadores de Maranguape, José Flávio da Silva.

Biogás

O outro projeto tem o objetivo de ampliar o fornecimento de tecnologias para integração produtiva na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Para isso, serão implantadas seis unidades pilotos de produção de biogás, adaptadas para empreendimentos agroindustriais de médio e pequeno porte. O repasse será de R$ 550 mil e o projeto terá também dois anos de vigência.

A parceria possibilitará o acesso a tecnologias de melhorias de processo a partir da reutilização dos resíduos gerados nos processos produtivos, contribuindo para minimizar custos operacionais. As unidades são sistemas que integram o aproveitamento de biomassa para a produção de biogás e para a geração de energia solar fotovoltaica, tornando o sistema autossuficiente para geração, purificação e compressão de biogás.

A energia gerada pelo módulo fotovoltaico poderá ser utilizada também para o funcionamento de equipamentos necessários às atividades produtivas da propriedade onde o sistema for instalado.


Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional

Produção industrial cresce 1,2% em novembro de 2020

 ECONOMIA


É o sétimo mês de alta do setor, eliminando perdas acumuladas em razão da Covid-19
Publicado em 08/01/2021 15h27
Produção industrial cresce 1,2% em novembro de 2020

A influência positiva mais relevante foi do setor de veículos automotores - Foto: Agência Brasil

Aprodução industrial brasileira cresceu 1,2% em novembro de 2020 na comparação com o mês de outubro, na série com ajuste sazonal. É o sétimo mês de alta consecutiva do setor, que acumulou crescimento de 40,7%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Vale destacar que esse ganho acumulado de 40,7% elimina a perda de 27,1% registrada no período março a abril de 2020. Essa perda é totalmente relacionada ao aprofundamento das paralisações que ocorreram nesse período em diversas plantas industriais por conta do movimento de isolamento social em função da Covid-19”, explicou o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo.

Quando comparado com novembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria avançou 2,8%. No acumulado do ano, a indústria tem perda de 5,5%.

Atividades que puxaram a alta

O avanço de 1,2% da atividade industrial em novembro de 2020 alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados.

“Para o mês de novembro permanece uma característica que já vem sendo observada desde maio, ou seja, uma predominância de resultados positivos em que todas as categorias econômicas avançam a produção e a maior parte das atividades assinalam taxas positivas”, explicou André Macedo.

As quatro grandes categorias são bens de capital, bens intermediários, bens de consumo e indústria geral. As que tiveram as maiores taxas positivas foram bens de capital (7,4%) e bens de consumo duráveis (6,2%), influenciadas principalmente pelo comportamento positivo da atividade de veículos automotores.

A influência positiva mais relevante foi do setor de veículos automotores, reboque e carrocerias, com crescimento de 11,1% em novembro de 2020 frente a outubro. Esse setor acumulou alta de 1.203,2% em sete meses consecutivos de crescimento na produção. Também tiveram destaque a indústria de impressão e reprodução de gravações (42,9%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), produtos químicos (5,9%) e máquinas e equipamentos (4,1%) e outros equipamentos de transporte (12,8%).

Doações de leite humano em 2020 superam ano anterior, mesmo com a pandemia

 


Foram 17.976 litros recolhidos, o que corresponde a 5,7% a mais que em 2019, quando 17.003 litros foram doados

Foto: Divulgação/SSP
Os militares utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para coletar o material | Foto: Divulgação/SSP

As doações de leite materno em 2020 superaram o total recolhido em 2019. Mesmo diante da pandemia, a coleta do material continuou a ser feita pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Foram 17.976 litros de leite, o que corresponde a 5,7% a mais que em 2019, quando 17.003 foram doados. O serviço, essencial para abastecimento dos dez bancos de leite e dos dois postos de coleta da rede pública de saúde, passou por modificação nas escalas de trabalho e adaptações para atender demandas seguindo as normas de segurança sanitária.

“A permanência do serviço era imprescindível para a continuidade dos cuidados com os recém-nascidos. Adaptamos nossa rotina e reduzimos o recolhimento para dois dias. Nenhuma doadora ficou sem entregar o leite, pois direcionamos toda a demanda da semana para ser recolhida em menor tempo, ou seja, aumentamos o número de visitas diárias. Importante ressaltar que contamos com o apoio dos servidores da Secretaria de Saúde na coleta”, explicou o comandante do Grupamento de Proteção Civil e Projetos Sociais do CBMDF, tenente- coronel Sinfrônio Lopes.

Aos poucos, os militares retomaram a rotina de recolhimento, que atualmente é feita de segunda a quinta-feira, como explica Lopes. “Entregamos todo o material coletado até quinta-feira para que na sexta-feira o leite seja pasteurizado, pois o processamento feito na semana seguinte ao recolhimento pode ocasionar na perda da validade do produto”, conta.

Proteção

Os militares utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para coletar o material. “Eles utilizam máscara e luvas, além de álcool nas mãos e no material de transporte do leite. Ainda assim, os bombeiros reduziram ao máximo o contato da equipe com as doadoras. Felizmente não houve relato de nenhuma infecção tanto dos militares como das mães devido a coleta”, afirma.

Parceria

Há mais de 30 anos o CBMDF e a Secretaria de Saúde fazem esse trabalho em conjunto. “Já são quase 32 anos de parceria, que é de extrema importância para o Banco de Leite Humano do DF. A confiança e compromisso do Corpo de Bombeiros são fatores importantes e resultam em vidas salvas. Somos muito gratos a cada doadora, funcionário do Banco de Leite Humano, aos bombeiros militares e aos amigos que compartilharam essa corrente do bem. Esperamos que 2021 seja repleto de doações”, comemorou a coordenadora dos Bancos de Leite Humano do DF, Miriam Santos.

Serviço:

O agendamento para que os bombeiros busquem a doação pode ser feito pelo Disque Saúde 160, opção 4, pelo site Amamenta Brasília ou, ainda, por meio do aplicativo disponível em IOS e Play Store. Para saber o protocolo que deve seguir para fazer a doação, acesse o site da Secretaria de Saúde.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública

AGÊNCIA BRASÍLIA

Quatro das sete UPAs em construção estão com 50% das obras executadas

 

Os trabalhos estão avançados em Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo II e Brazlândia. Investimento é de R$ 35 milhões e gera 1,7 mil empregos

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
As novas unidades têm 1,2 mil metros quadrados – e, quando concluídas, terão capacidade de acolher cerca de 30 mil pessoas por mês (cada uma com cerca de 4,5 mil atendimentos) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Quatro das sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em construção pelo Governo do Distrito Federal (GDF) atingiram metade das obras executadas. Em Ceilândia (53%), no Paranoá (52%), no Riacho Fundo II (48%) e Brazlândia (48%) os trabalhos estão avançados. Também estão sendo erguidas unidades no Gama (36%), em Vicente Pires (22%) e Planaltina (18%).

Estas sete novas unidades vão se juntar às seis em funcionamento atualmente, totalizando 13 na capital. As UPAs em construção contam com investimento de R$ 35 milhões e geram 1,7 mil empregos na capital. Vale lembrar que o DF já dispõe de UPAs localizadas no Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho e São Sebastião. Todas com funcionamento 24h.

As novas unidades têm 1,2 mil metros quadrados – e, quando concluídas, terão capacidade de acolher cerca de 30 mil pessoas por mês (cada uma com cerca de 4,5 mil atendimentos). As UPAs serão administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). Ao todo, o reforço será de 42 leitos de observação, 14 de emergência e sete de isolamento.

As unidades terão área para classificação de risco e primeiro atendimento, consultórios e salas de urgência, de observação e de isolamento. Também haverá uma área destinada a nove poltronas de medicação, reidratação e inalação.

Nas unidades em construção em Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo II e Brazlândia, a obra encontra-se na fase de execução de etapas de arquitetura, urbanismo e instalações especiais, como a de forros e telhados, cercamento, assentamento de pisos e revestimento. Em Vicente Pires e Planaltina, atualmente estão sendo feitas as estruturas de concreto (execução de vigas, pilares e lajes).

“As unidades de Pronto Atendimento são de grande importância para a população das cidades em que se encontram. Elas são parte de um sistema público, gratuito e universal da saúde brasileira. Quando concluídas as novas unidades, o que esperamos fazer ainda no primeiro semestre deste ano, vamos aumentar a capacidade de atendimento à população do Distrito Federal”, afirma o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva.

261.748 pacientespassaram pela classificação de riscos (triagem) das UPAs de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho, entre janeiro e outubro de 2020

Mais atendimentos

Os atendimentos médicos nas seis UPAs em funcionamento aumentaram 78% em relação a 2019. No período entre janeiro e outubro de 2020, foram 366.741 mil atendimentos médicos, contra 206 mil no ano retrasado.

Segundo o DataSUS, sistema que reúne dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 261.748 pacientes passaram pela classificação de riscos (triagem) das UPAs de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho, entre janeiro e outubro de 2020.

O aumento no número de atendimentos, segundo o Iges-DF, é consequência de investimentos em estrutura física, recursos humanos, organização dos fluxos de atendimento e gestão de insumos.

Quando devo procurar uma UPA?

Mas, você sabe quando deve procurar uma UPA? Elas são o caminho para atendimento de urgência e emergência em clínica médica, casos de pressão e febre alta, fraturas e cortes e exames como raio-x, eletrocardiograma e demais procedimentos laboratoriais.

Nesses espaços são ofertados serviços de média e alta complexidade, como se fosse o meio-termo entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais. O que determina a ordem de atendimento na UPA é a gravidade do risco, e não a ordem de chegada.

Embora atendam a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se o paciente para um hospital.

Os casos de urgência são aquelas situações que requerem assistência rápida, a fim de evitar complicações e sofrimento, enquanto a emergência serve para contextos de ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, exigindo-se tratamento médico imediato.

Embora atendam a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se o paciente para um hospital.

Antes de se dirigir a qualquer unidade, o usuário deve saber que é necessário portar um documento com foto para o atendimento. Para o cadastro é recomendável – e em alguns casos obrigatória – a apresentação de comprovante de residência e do Cartão Nacional do SUS. O cartão pode ser obtido na própria unidade de saúde por meio do CPF do paciente.

AGÊNCIA BRASÍLIA