sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Avaí supera Brasil de Pelotas e segue sonhando com acesso à Série A

 


Vinícius Leite marcou o gol da vitória dos catarinenses fora de casa

Publicado em 08/01/2021 - 18:52 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

O Avaí levou a melhor fora de casa contra o Brasil de Pelotas, com vitória de 1 a 0 no Estádio Bento Freitas, em jogo válido pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o triunfo na cidade de Pelotas (RS), o time catarinense afastou qualquer risco de queda e anda tem probabilidade matemática de sonhar com o acesso à elite do futebol nacional.

Com os três pontos do triunfo, o Avaí chegou aos 47 e reduziu a distância para o G-4. Provisoriamente - a rodada só termina amanhã (9) à noite - ocupam a 7ª posição na tabela, a apenas cinco pontos separam os catarinenses dos primeiros quatro colocados na classificação geral. O Brasil de Pelotas segue , por enquanto, na 10ª  colocação, com 44 pontos.

Antes do duelo, ambas as equipes somavam 44 pontos,  separadas apenas por critérios de desempate. Os catarinenses estavam em 9º lugar, e os gaúchos, em 10º. Um detalhe que fez diferença no jogo foi a escalação do Avaí. Sem vencer há três jogos e preocupado com os 41 gols sofridos em 32 jogos, o técnico avaiano Claudinei Oliveira optou por escalar o time no esquema 3-5-2, com Alemão, Alan Costa e Betão na zaga. E o time praticamente não foi ameaçado na etapa inicial, e inclusive teve as melhores chances de abrir o placar.  

Aos dez minutos, Valdívia cruzou, o zagueiro gaúcho Héverton tirou e a bola caiu nos pés do centroavante Getúlio, que perdeu excelente oportunidade de balançar a rede.  Aos 16, o Avaí assustou de novo. Valdívia cobrou outro escanteio e o atacante Ronaldo mandou de cabeça para fora. Aos 37 minutos, foi a vez do volante catarinense Pedro Castro arriscar. Mesmo chutando fraco, a conclusão da entrada da área levou muito perigo ao gol do Rafael Martins. A única chance do Xavante foi aos 40 minutos. O goleiro Glédson, do Avaí ,não alcançou a bola e, depois de uma troca de passes, pintou a chance para o lateral-direito Felipe Albuquerque finalizar. O chute foi forte, mas para fora. 

O segundo tempo não foi muito diferente. Logo aos cinco minutos, o Avaí criou e perdeu outra chance: outra cabeçada de Ronaldo. Na sequência, o Brasil de Pelotas chegou com força. Novamente, o lateral-direito Felipe Albuquerque mandou forte, mas para fora. Aos 12, veio a expulsão. O meia Rafael Vinícius deu uma entrada forte no volante Ralf, do Avaí, e recebeu o cartão vermelho.

Aí, parecia que era só questão de tempo para sair o gol. Ele até que demorou um pouco, mas veio. Aos 38 minutos, o atacante Rômulo bateu forte depois de receber do lateral Edílson. No rebote do goleiro gaúcho, Vinícius Leite finalizou no ângulo e  marcou o único gol da partida.

Os dois times voltam a campo na próxima semana. O Xavante recebe o Juventude na terça-feira (12). O Leão da Ilha recebe o Vitória na quarta (13).

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

No Dia do Fotógrafo, relembre imagens marcantes da Agência Brasil

 


Em mais de 30 anos, agência registrou momentos históricos

Publicado em 08/01/2021 - 18:46 Por Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Considerada uma das maiores invenções da modernidade, a fotografia está por todos os lados. Mãe do cinema, a arte de capturar momentos está intimamente ligada aos registros mais memoráveis da humanidade - a chegada à Lua, o início e o fim de guerras, a documentação de toda fauna e flora conhecida do planeta.

Hoje, 8 de janeiro – Dia Nacional do Fotógrafo –, 195 anos após o primeiro registro fotográfico, a fotografia está presente em todos os lugares, ao alcance de todas as pessoas. Ela impulsiona as redes sociais, eterniza momentos especiais do cotidiano e está presente em todos os espaços, com centenas de milhões de cliques feitos ao dia.

Confira alguns trabalhos de fotógrafos da Agência Brasil:

Na Agência Brasil, o trabalho de fotografia supera 30 anos de atividades. Entre registros históricos da política nacional e momentos marcantes da vida da sociedade brasileira, o núcleo de fotografia da agência acumula diversos prêmios e conta com uma ampla equipe de profissionais reconhecidos, entre eles estava Gervásio Batista, ícone do fotojornalismo brasileiro falecido em 2019. É um dos maiores acervos públicos de fotos sem restrição de uso do Brasil, com mais de 138 mil imagens digitais e centenas de milhares em processo de arquivamento.

Agência Brasil 30 Anos - Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins
Agência Brasil 30 Anos - Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“A fotografia, na essência, é realidade. No caso do fotojornalismo, como é praticado na Agência Brasil, passamos a informação [fotográfica] da forma mais isenta possível para o nosso público. A fotografia é usada de várias maneiras e também pode ser usada para desinformar. Temos todo cuidado para trabalhar sempre o momento sem edição, sem alteração, para reportar para o nosso público”, afirma Marcelo Camargo, fotógrafo da Agência Brasil.

Entre as coberturas de destaque de Marcelo, que integra a Coordenação de Fotografia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) desde 2012, estão os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em 2015. “Tive contato com povos e culturas do mundo inteiro - de indígenas da Finlândia a povos da Mongólia. Esse trabalho foi muito especial”, relata.

Agência Brasil 30 Anos - Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins
Agência Brasil 30 Anos - Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paixão pela fotografia

Profissionais ou amadores, os fotógrafos têm em comum o amor e o respeito pelas cores, formas e movimentos que são capturados em um milésimo de segundo.

Wanezza Soares da Silva se tornou fotógrafa em poucas horas. Durante a comemoração de Natal de 1995, em visita à casa do irmão, que é fotojornalista, viu-se em meio a uma das maiores rebeliões em um presídio próximo, no interior de São Paulo. Resolveu auxiliar o trabalho de registrar o acontecimento.

“Foi uma adrenalina total. Eu queimei os primeiros filmes, obviamente. Ele me ensinou o básico e ia me ajudando. Logo peguei o jeito. Nunca tinha tido experiência com computadores e fiquei responsável por transmitir as lâminas das fotos para a sede do jornal. Eu adorei aquela adrenalina toda”, relata com entusiasmo.

Após a oportunidade informal de ajudar o irmão, Wanezza foi chamada para assumir uma vaga de uma auxiliar de fotografia. Dedicada e talentosa, logo foi chamada para ocupar posições fixas em grandes jornais do estado. Entre mudanças de veículos e experiências em publicidade e jornalismo, Wanezza se viu apaixonada pelo mundo da fotografia e imersa em uma profissão por acaso.

“A fotografia mudou o ruma da minha vida. Eu queria ser professora! De repente, com esse contato que começou em uma visita à casa do meu irmão, tudo mudou”, relata. 

“Eu tinha uma pastinha em que eu guardava os recortes de fotos de jornal de grandes nomes. Foi algo que começou sem pensar, eu nunca pensei se conseguiria ter alguma renda com aquela paixão. Eu simplesmente pensei que queria viver disso”, disse Wanezza.

Fotografia no Brasil

O protótipo do que viria a ser a primeira câmera fotográfica se chamava daguerreótipo. O aparelho foi inventado por Louis Jacques Mandé Daguérre, que propôs uma apresentação pública da câmera para a Academia de Ciências da França em 19 de agosto de 1839 - data que marca o Dia Mundial da Fotografia.

No Brasil, a fotografia foi introduzida pelo monge Louis Comptè, que trouxe um exemplar do daguerreótipo como presente para D. Pedro II, que mais tarde seria conhecido como “o 1º fotógrafo brasileiro”. Desde então, a fotografia brasileira ganhou visibilidade no cenário mundial e continua a conquistar corações.

Edição: Juliana Andrade


Por Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Presidente do Inep explica como será a primeira edição do Enem digital

 


Provas ocorrerão em 31 de janeiro e 7 de fevereiro

Publicado em 08/01/2021 - 06:50 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma versão digital. A prova será aplicada de forma piloto para 96 mil candidatos em 99 municípios. Assim como no Enem impresso, os participantes terão que ir até o local de prova e, embora o exame seja feito pelo computador, os candidatos deverão levar caneta esferográfica da cor preta porque a redação será feita no papel.

Para esclarecer como será essa prova, a Agência Brasil conversou com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. 

“Houve, no passado, tentativas [de fazer o Enem digital], mas foram descontinuadas. A decisão de fazer o Enem digital neste ano foi tomada em 2019. Estamos conseguindo agora tirar o teste do papel, literalmente. Estamos muito animados com o Enem digital”, disse Lopes.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, apresenta detalhes da força-tarefa aplicada para avaliação do resultado do Enem
Presidente do Inep, Alexandre Lopes, conversou com a Agência Brasil sobre a nova modalidade do exame - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O exame será um pontapé inicial para mudanças no Enem. A intenção do Inep é que o exame se torne totalmente digital até 2026. As discussões e os testes para que isso seja possível ocorrem desde 2016

O Enem digital será aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, após o Enem impresso, que será nos dias 17 e 24 de janeiro. As provas serão realizadas em laboratórios de informática de escolas e universidades que já foram previamente testados pelo Inep. Ao todo, serão cerca de 4 mil laboratórios, com cerca de 20 computadores cada. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os estudantes não conseguirão, portanto, acessar a internet ou documentos do computador. 

Apesar de ser feita em tela, os participantes deverão levar, como no Enem impresso, caneta esferográfica de tubo transparente da cor preta. A prova de redação será escrita a mão. Os estudantes também receberão folhas de rascunho para fazer os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza. Eles não terão, no entanto, folhas de resposta. Os itens devem ser marcados pelo computador. 

"A gente procurou, nesse momento, simular no ambiente digital o que acontece no papel. Então, o aluno vai poder, por exemplo, ir na questão mais à frente, pode voltar. No final, ele vai marcar e quando der o sinal que finalizou a prova, o sistema trava o preenchimento do gabarito. Aí pronto, não vai mais poder mexer e a prova vai vir direto para o Inep”, explica o presidente. 

Os horários do Enem digital serão os mesmos do Enem impresso. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. A prova começa a ser aplicada às 13h30. No primeiro dia, os participantes, assim como no exame em papel, fazem as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, a prova vai até as 19h. No segundo dia, os candidatos têm até as 18h30 para resolver questões de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

Além dos aplicadores, nas salas de prova, os candidatos contarão com a assistência de um técnico em informática. “Se tiver algum problema no computador, o técnico pode tentar resolver imediatamente naquele computador. Se não puder, ele vai logar numa outra máquina, teremos máquinas reserva. Se não conseguir mesmo assim, se tiver problema ou se demorar demais para resolver, aí esse aluno vai poder participar da reaplicação da prova em papel”, explica Lopes.

Da mesma forma que os estudantes que farão o Enem impresso apenas poderão sair com a prova meia hora antes do fim da aplicação, também os estudantes que fizerem o Enem digital, só poderão sair com a folha de rascunho 30 minutos antes do fim da aplicação. Eles podem anotar as respostas ali, para posteriormente conferir o gabarito oficial, que deverá ser divulgado para essa versão do exame até o dia 10 de fevereiro. 

As questões da prova serão diferentes das do Enem impresso. No entanto, como a prova utiliza o sistema de correção baseado na chamada teoria de resposta ao item (TRI), as provas terão o mesmo nível de dificuldade e os estudantes poderão concorrer juntos às mesmas vagas em programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudos em instituições privadas. 

Pandemia

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Edição: Denise Griesinger


Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Fiocruz: distribuição de vacinas pode ser um dia após desembarque

 


A chegada das doses será no aeroporto internacional do Rio de Janeiro

Publicado em 08/01/2021 - 16:17 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê que as vacinas AstraZeneca/Oxford importadas da Índia poderão ser distribuídas no dia seguinte de seu desembarque no Brasil. Em nota divulgada hoje (8), a fundação informou que a chegada das doses será no aeroporto internacional do Rio de Janeiro (RIOGaleão), em data que será confirmada em breve.

"As vacinas prontas chegarão pelo aeroporto RIOGaleão, no Rio de Janeiro, e seguirão, no mesmo dia, para a Fiocruz para rotulagem. No dia seguinte, a partir de Bio-Manguinhos, na Fiocruz, as vacinas poderão seguir diretamente para a distribuição, que está sob responsabilidade do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A data certa para a chegada dessas vacinas será confirmada em breve", informou a Fiocruz em nota.

A importação das doses produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia, é uma estratégia adicional da Fiocruz para antecipar o início da vacinação. 

Para que as vacinas importadas da Índia possam ser aplicadas antes do registro definitivo do imunizante no país, a Fiocruz pediu nesta sexta-feira (8) a autorização de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fundação continua a trabalhar para o registro definitivo, cujo pedido deve ser concluído em 15 de janeiro.

Na nota divulgada hoje pela Fiocruz, a presidente da fundação, Nísia Trindade, comemora o pedido de uso emergencial como um passo importante no enfrentamento da pandemia. 

“Este é um momento histórico para a Fiocruz. A submissão desse pedido de autorização para uso emergencial da nossa vacina covid-19, desenvolvida em parceria com a unidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, é um passo importante para que possamos ter acessível, no Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma vacina eficaz e segura para o Sistema Único de Saúde. Num momento de tantas dificuldades, em que lamentamos a perda de tantas vidas no Brasil e no mundo, 2021 se inicia com a esperança de termos um caminho, ainda a ser trilhado, de superação dessa crise"

A meta da Anvisa é concluir a análise do pedido de uso emergencial em 10 dias. Caso a agência solicite informações adicionais aos desenvolvedores da vacina, o prazo para de ser contado até que os dados sejam informados.

Em entrevista coletiva concedida ontem (7), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estimou que, caso a autorização seja concedida a tempo, a vacinação contra covid-19 pode começar em 20 de janeiro, com as vacinas AstraZeneca/Oxford e Coronavac.

Segundo a Fiocruz, a vacina desenvolvida em parceria com os britânicos tem 73% de eficácia com apenas uma dose, e evita hospitalizações em 100% dos casos, protegendo a pessoa vacinada dos sintomas graves da doença. Além disso, a vacina é capaz de induzir a produção de anticorpos em 98% das pessoas após a primeira dose e, em 99% delas, após a segunda dose.

Milhões de doses

O acordo de transferência de tecnologia que permite a produção da vacina AstraZeneca/Oxford na Fiocruz prevê que a fundação receberá em meados deste mês o ingrediente farmacêutico ativo importado para produzir as primeiras doses. 

O primeiro lote de um milhão de doses deve ser entregue ao Ministério da Saúde até 12 de fevereiro, mês em que a produção deve ganhar escala, e a entrega deve chegar a 700 mil doses por dia por volta do dia 22. Com o incremento da produção, a Fiocruz prevê produzir 50 milhões de doses da vacina até abril e 100,4 milhões até julho. 

A partir do segundo semestre, a produção se tornará totalmente nacional, com a incorporação da tecnologia para produzir o IFA no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). Com isso, a previsão é que, até o final do ano, mais 110 milhões de doses sejam entregues ao Programa Nacional de Imunizações.

Edição: Fernando Fraga



Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Eleições 2020: governo fiscaliza candidatos que recebem Bolsa Família

 


Norma também se aplica a beneficiários que doaram recursos a campanhas

Publicado em 08/01/2021 - 12:57 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Cidadania publicou hoje (8) no Diário Oficial da União instrução normativa com as regras que devem ser aplicadas pelos gestores municipais do Bolsa Família para fiscalizar os beneficiários do programa que tenham doado recursos para candidatos ou prestado serviços às campanhas eleitorais e apresentem patrimônio incompatível com as regras do programa.

Entre as punições que podem ser aplicadas está a suspensão ou o cancelamento do benefício para quem doou mais de meio salário mínimo per capita mensal para campanhas eleitorais ou que apareça como prestador de serviços para candidatos e partidos.

A fiscalização também vai ser feita nos casos de beneficiários do Bolsa Família que foram candidatos e declararam patrimônio incompatível com a condição de pobreza ou pobreza extrema.

Para descobrir o quantitativo de pessoas que se encaixa no perfil, o governo vai levar em conta as informações obtidas a partir do cruzamento da base do Cadastro Único de novembro de 2020 e da folha de pagamentos de dezembro de 2020.

Também serão analisados os resultados dos cruzamentos de dados realizados pelo Tribunal de Contas da União e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes aos doadores de campanha eleitoral e aos prestadores de serviços para campanha eleitoral nas eleições 2020, assim como as bases de dados com as declarações de bens dos candidatos que participaram do pleito.

Em novembro, um levantamento similar feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que mais de 31 mil pessoas que estão no Bolsa Família ou receberam o auxílio emergencial estavam entre os sócios de fornecedores de campanha nessas eleições. Além disso, mais de 65 mil pessoas inscritas em programas sociais, como o Bolsa Família, fizeram doações eleitorais que somam mais de R$ 54 milhões.

Benefício cancelado ou suspenso

De acordo com a instrução normativa, terão o benefício cancelado a partir de janeiro de 2021, as famílias que tenham integrante identificado como doador de recursos financeiros a campanhas em montante per capita mensal igual ou superior a dois salários mínimos; e as famílias que tenham integrante identificado como prestador de serviços para campanhas eleitorais cujos valores mensais pagos sejam, em montante per capita, igual ou superior a dois salários mínimos.

Já as famílias que tiverem integrante identificado como doador de recursos financeiros a campanhas eleitorais em montante per capita mensal superior a meio salário mínimo e inferior a dois salários mínimos ou que tenham integrante identificado como prestador de serviços para campanhas eleitorais cujos valores mensais pagos seja, em montante per capita, superior a meio salário mínimo e inferior a dois salários mínimos, terão o benefício bloqueado em fevereiro para averiguação da situação.

Nesse caso, para desbloquear o benefício, a família terá que realizar nova atualização cadastral e manter o perfil de permanência no Bolsa Família. Se a atualização cadastral não for realizada até o dia 14 de maio de 2021, o benefício será cancelado a partir do mês de junho.

“A reversão de cancelamento poderá ser realizada apenas dentro do período de seis meses, contados da data de cancelamento do benefício, após o qual as famílias só poderão retornar ao PBF [Programa Bolsa Família] mediante novo processo de habilitação e seleção”, diz a normativa.

No caso das famílias que tiverem integrantes identificados como candidatos eleitos nas eleições de 2020, o benefício do Bolsa Família será cancelado a partir de janeiro de 2021. A reversão do cancelamento do benefício poderá ser efetuada apenas pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, desde que o responsável pela família afirme que o candidato eleito não faz parte da composição familiar, excluindo-o de seu cadastro, ou que não tomou posse do cargo ou que a família tenha realizado a atualização cadastral e mantenha o perfil de permanência no Programa Bolsa Família. Caso o candidato tenha tomado posse o cancelamento do benefício é irreversível.

Edição: Denise Griesinger


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac

 


Solicitação foi feita pelo Instituto Butantan

Publicado em 08/01/2021 - 11:53 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu hoje (8) o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina CoronaVac. A solicitação foi feita pelo Instituto Butantan, que conduz os estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa Sinovac no Brasil.

De acordo com a agência reguladora, a triagem dos documentos presentes na solicitação e da proposta de uso emergencial que o laboratório pretende fazer já foi iniciada. A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até dez dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório.

“As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de dez dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica”, informou a agência.

Análise

Para fazer a avaliação, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto com o pedido e também os dados já analisado por meio da Submissão Contínua. A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar e envolve especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção.

Segundo a Anvisa, a equipe responsável pela análise vem atuando de forma integrada, com as ações otimizadas e acompanhadas pela comissão que envolve três diretorias da agência.

Aquisição da vacina

Ontem (7), o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina CoronaVac para este ano.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outros 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pelo ministério pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. O Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%.

Edição: Kleber Sampaio


Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fiocruz pede à Anvisa autorização para uso da vacina de Oxford

 


Meta da Anvisa é fazer análise do uso emergencial em até 10 dias

Publicado em 08/01/2021 - 15:55 Por Heloisa Cristaldo-Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira (8) pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental da vacina de Oxford. A solicitação foi enviada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que conduz os estudos da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca no Brasil.

A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias. O pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia.

De acordo com a agência reguladora, as primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de 10 dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica. 

Para fazer sua avaliação, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto com o pedido e também as informações já analisadas pela Anvisa por meio da Submissão Contínua. A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialista das áreas de registro, monitoramento e inspeção. A equipe vem atuando de forma integrada, com as ações otimizadas e acompanhadas pela comissão que envolve três Diretorias da Agência.  

CoronaVac

Também nesta sexta-feira, a Anvisa recebeu o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental da vacina CoronaVac. A solicitação foi feita pelo Instituto Butantan, que conduz os estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa Sinovac no Brasil.

O prazo para a análise do uso emergencial é o mesmo de 10 dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório.

Aquisição da CoronaVac

Ontem (7), o Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina CoronaVac 100 milhões pelo Butantan para o ano de 2021.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta devido falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Segundo o Instituto Butantan, a eficácia da vacina é de 78%.

Edição: Valéria Aguiar


Por Heloisa Cristaldo-Repórter da Agência Brasil - Brasília

Samambaia reorganiza atendimento territorial de seis UBSs

 


Confira como fica a abrangência de cada unidade básica da RA e conheça as razões da mudança

As unidades básicas de saúde 1, 4, 7, 8, 10 e 12 de Samambaia reorganizaram a territorialização de atendimento à população. Desta forma, os moradores de algumas quadras mudarão a UBS na qual deverão buscar atendimento. A medida, de acordo com a superintendência da Região de Saúde Sudoeste, visa facilitar o acesso dos pacientes reduzindo o deslocamento. A unidade que teve a mudança mais significativa foi a UBS 7, localizada na Quadra 302, que antes atendia 15 quadras e agora atende 19.

São, ao todo, sete equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) que atuam na UBS 7 (antiga clínica da família). Veja como era e como ficou a nova distribuição de território da unidade:

Dentre as mudanças, os moradores das quadras 202 e 204, em Samambaia Norte, não precisarão mais se deslocar para a parte Sul da cidade, que é dividida pela linha do Metrô. Eles já podem procurar atendimento na UBS 1 localizada também em Samambaia Norte, na QR 408 (para aqueles que residem na 202) e na UBS 12, localizada na Quadra 210 (para quem reside na 204).

Todo o processo de mudança ocorreu com a inauguração da Unidade Básica de Saúde 11 de Samambaia

A mudança também engloba quem mora nas quadras 304 e 306, que serão atendidos na UBS 8, que fica na Quadra 314, além de que reside na 502, 504 e 506, que já podem buscar atendimento na UBS 4, localizada na quadra 512.

Quem reside nas quadras 513, 511, 509, 507 e 505 eram atendidos na UBS 4. Agora, é na UBS 7 que eles serão atendidos. A lista das UBSs com o mapa da região encontra-se disponível no site da Secretaria de Saúde. Por ela, é possível verificar a localização de cada unidade. Veja outras mudanças na região:

O superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Wendel Moreira, explica que as alterações nos territórios das cidades são comuns. Desta forma, a territorialização das unidades de saúde também deve se manter atualizada. “Ao ter sido identificada a necessidade de revisão dos limites territoriais de Samambaia, uma vez que o território é dinâmico, é imprescindível conhecê-lo. Inclusive para avaliar a necessidade de rever os limites periodicamente, pois a população aumenta, os fluxos se modificam, terrenos baldios tornam-se prédios etc.”, afirmou.

O processo de mudança de território das UBSs foi realizado com a participação de profissionais, usuários, representantes do Conselho de Saúde de Samambaia e líderes comunitários. Agora, Samambaia conta com 13 Unidades Básicas de Saúde, com 59 equipes de Estratégia e Saúde da Família com cobertura populacional de 83%.

O fluxo da população no território foi um dos critérios para a nova organização |Foto: Breno Esaki / Agência Saúde

Para a mudança da territorialização de Samambaia, foi considerado não só o parâmetro populacional do número de pessoas atendidas por uma equipe de ESF, mas principalmente, as condições socioeconômicas que determinam o tamanho da demanda que chegará à unidade de saúde, além dos fluxos da população no território.

UBS 11 de Samambaia

Todo o processo de mudança ocorreu com a inauguração da Unidade Básica de Saúde 11 de Samambaia, ofertando, assim, maior cobertura das equipes de Estratégia de Saúde da Família em toda a região administrativa.

A UBS 11 foi entregue em setembro e conta com quatro equipes de ESF e uma equipe de saúde bucal. A estimativa é que a unidade atenda cerca de 14 mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da inauguração dessa unidade, a Secretaria de Saúde reformou a UBS 1 ampliando a capacidade de atendimento.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Caps da Região Centro-Sul é informatizado

  


Unidade do Riacho Fundo ganha rapidez e qualidade no atendimento aos pacientes de saúde mental

Informatização permite implantar o sistema de registro médico eletrônico | Foto: Divulgação/SES

A Superintendência da Região de Saúde Centro-Sul decidiu informatizar a rede do Centro de Atenção Psicossocial II (Caps II) do Riacho Fundo, com foco em melhorias no atendimento aos pacientes da saúde mental – seu público-alvo.

O processo de informatização do Caps II, lembra o diretor de Assistência Secundária da Região Centro-Sul, Thiago Braga, foi iniciado no ano passado. “A atual gestão concretiza a informatização por meio da instalação de prontuários eletrônicos e links com acesso à internet e intranet na Casa de Passagem e Policlínica do Riacho Fundo I”, esclarece. “O processo de informatização estendeu-se também ao Caps AD, no Guará 2”.

Atualmente, a Região de Saúde Centro-Sul já pode contar com uma unidade do Caps completamente informatizada. “O sigilo médico em relação aos prontuários mantém-se garantido, e a história clínica do paciente pode ser acessada em qualquer unidade da Secretaria de Saúde, caso o paciente precise de internação em hospitais gerais”, detalha o gestor.

Ampliação na rede

De acordo com a diretora substituta de Serviços de Saúde Mental, Natanielle Cardona, essa informatização foi muito bem-avaliada. “Tivemos vários feedbacks positivos, e, apesar de algumas dificuldades iniciais, aumentou-se a produtividade e o acesso, houve maior transparência dos serviços prestados, um equilíbrio maior da distribuição da agenda dos profissionais”, afirma.

Natanielle informa que a Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) e a Coordenação Especial de Tecnologia da Informação (Ctinf) estão trabalhando em conjunto, elaborando diretrizes técnicas tanto da saúde mental quanto da tecnologia da informação para definir os parâmetros e ampliar a implantação do Trakcare  – sistema de registro médico eletrônico de uso mais comprovado no mundo –  em todas as 18 unidades do Caps do DF.

“Os Caps não têm um sistema próprio de informação, como o e-SUS ou prontuários eletrônicos dos hospitais”, explica. “Estamos fazendo uma adequação do que é possível. Queremos trazer a especificidade dos atendimentos dos Caps para dentro do Trak”.  Segundo a gestora, o objetivo do Ministério da Saúde é criar um cadastro único nacional de todos que utilizam o SUS.

Com informações da SES

AGÊNCIA BRASÍLIA