terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Em 2020, DF superou número de transplantes de fígado realizados em 2019

SAÚDE DF

Mesmo com a pandemia de Covid-19, procedimentos em pacientes que precisavam de órgãos continuaram ocorrendo

O procedimento de número 100 ocorreu na madrugada da última quarta-feira (30) | Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Em um ano cercado de incertezas e dificuldades ocasionadas pela pandemia de Covid-19, o Distrito Federal conseguiu superar, em 2020, o número de transplantes de fígado realizados em 2019. Ao todo, foram feitos cem procedimentos no ano passado, frente aos 92 realizados no período anterior. O procedimento de número 100 ocorreu na madrugada da última quarta-feira (30), quando a equipe do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) concluiu com sucesso mais um transplante hepático.

A diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Camila Vieira Hirata Almeida, disse ser necessário reconhecer a importância desse marco. Segundo ela, as complicações impostas pela Covid-19 exigiram novos protocolos, o que aumentou os desafios a serem encarados pelos profissionais que atuam na área de doação de órgãos e pelas equipes de transplante. “O teste de Covid em todos os doadores, novas rotinas e os cuidados na cirurgia de captação. Tudo passou por transformação”, comentou. “E mesmo assim, conseguimos chegar a esse número que nos orgulha bastante”.

Depois da realização do transplante número 100, o Cadastro Técnico Único – conhecido popularmente como lista de espera – conta com dez pacientes aguardando pelo procedimento no DF. “Essa fila poderia ser menor. Hoje ainda temos uma taxa de recusa familiar pela doação alta”, informou Camila. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a média nacional de recusa, em 2019, foi de 40%. Já no DF, essa média foi de 38%.

O teste de Covid-19 em todos os doadores, novas rotinas e os cuidados na cirurgia de captação. Tudo passou por transformação. E, mesmo assim, conseguimos chegar a esse número, que nos orgulha bastanteCamila Vieira Hirata Almeida, diretora da Central Estadual de Transplantes do DF

Por outro lado, Camila Hirata chama atenção para os ótimos resultados obtidos pelos profissionais que trabalham na conscientização da importância da doação de órgãos. “Acredito que esse bom desempenho seja resultado do trabalho de uma equipe extremamente dedicada, qualificada e comprometida”, afirma. “É preciso que a cultura da doação esteja cada vez mais presente em nossa sociedade. Sem doadores não há transplante. E para que a doação e o transplante possam acontecer é necessário que a família seja acolhida e tenha todas as informações e os esclarecimentos necessários. É uma decisão importante em momento muito difícil”, relata.

André Watanabe, médico: “O empenho das equipes em irem captar órgãos em outros estados é fantástico” | Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Mais equipes em ação

Em 2019, existiam apenas duas equipes credenciadas para a realização da cirurgia. Nesse ano, outras duas equipes foram cadastradas, aumentando a capacidade de atendimento pelo SUS DF. Responsável pelo procedimento de sucesso ocorrido em 30 de dezembro, o médico André Watanabe chamou atenção para o esforço das equipes em fazer a captação dos órgãos. “O empenho das equipes em irem captar órgãos em outros estados é fantástico”, mencionou. “E como estamos no centro do país, nossa logística nos permite captar em todas as unidades da Federação com a mesma eficiência”, afirmou.


• 21 transplantes de coração

Transplantes realizados no DF entre 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2020:

• 100 transplantes de fígado
• 221 transplantes de córnea
• 79 transplantes de rim
• 99 transplantes de medula óssea

Cadastro Técnico Único (lista de espera) no DF:

• Coração: 17
• Córnea: 389
• Fígado: 10
• Rim: 512
*O Cadastro Técnico Único é nacional

Agradecimento ao gesto de amor

Em setembro, em comemoração à campanha Setembro Verde, a equipe da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal foi até algumas famílias de doadores de órgãos no DF para levar um presente especial pelo grande gesto de amor. Juntamente com uma almofada em formato de coração, um livreto foi entregue contendo algumas histórias de quem recebeu um órgão e teve a vida renovada com um transplante. A ação, em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, percorreu todo o DF para levar alegria àqueles que disseram “sim” à transformação de uma vida.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Ação no Lago Sul e no Plano recolhe 66 toneladas de lixo em um dia

 


Serviços ocorrem na EPDB, QI 23, Park Deck Sul, Setor de Embaixadas e Vila Planalto.

GDF Presente segue levando mais limpeza e organização, nos primeiros dias do novo ano, para todas as cidades do DF. Ao longo de mais de 19 quilômetros em linha reta pela Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), as equipes do programa e da Administração Regional do Lago Sul irão limpar, durante a semana, as bocas de lobo instaladas entre as Quadras Internas (QI) e Quadras do Lago (QL) 1 a 28.

GDF Presente retira, principalmente, material orgânico das bocas de lobo do Lago Sul |Foto: Divulgação / GDF Presente

Nesta segunda (4), 14 estruturas foram asseadas, sendo recolhidas seis toneladas de lixo entre orgânicos e recicláveis. “É um trabalho intenso, que demanda tempo e disposição, mas muito importante, principalmente para esse período de chuvas. Estamos agora fazendo do lado da pista, que liga a 1 à 28; depois, iremos limpar as bocas de lobo no sentido inverso também”, explica o coordenador substituto do Polo Central Adjacente I, Lúcio dos Santos Barbosa.

Outro serviço de asseio realizado nesta segunda (4), foi o recolhimento de cinco toneladas de entulho descartadas em uma área imprópria da QI 23. O trabalho foi fruto de uma notificação via ouvidoria do GDF. E não parou por aí. Também foi retirado entulho do Pontão Sul.

O administrador regional do Lago Sul, Rubens Santoro Neto, afirma que a presença do GDF Presente é de vital importância para otimizar os trabalhos constantes que são realizados na região. “Periodicamente fazemos operações de recolhimento de lixo, principalmente verde. Infelizmente, ainda existem os recalcitrantes em cumprir o que a legislação determina, então temos que atuar. O GDF Presente nos ajuda nessa questão dando um boom de limpeza e organização, com isso mantemos a região sempre bem conservada”, ressalta.

Além da limpeza urbana, as equipes do Polo Central Adjacente I também irão realizar, a partir desta terça (5), uma operação tapa-buracos em diversos pontos do Lago Sul, começando pela EPDB e passando por locais como o estacionamento do Parque Deck Sul.

Limpeza intensificada

No Plano Piloto, os trabalhos do GDF Presente também representam manutenção da limpeza urbana, como ocorreu ao longo do Setor de Embaixadas Sul, próximo à avenida L4 Sul: 92 bocas de lobo foram limpas pelas equipes, das quais foram recolhidas apenas sete toneladas de lixo, em sua maioria de fonte orgânica (folhas e pedaços de árvore).

Material despejado irregularmente é recolhido da Vila Planalto | Foto: Divulgação/ GDF Presente

Já na Vila Planalto, os caminhões e pás carregadeiras do programa foram utilizados para recolher aproximadamente 48 toneladas de entulhos e inservíveis despejados irregularmente em um terreno.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Operação Faroeste: MPF denuncia organização criminosa com participação de desembargadora do TJ/BA

 



Lígia Cunha, os filhos e três advogados foram denunciados em esquema envolvendo pagamentos de R$ 950 mil de propina

#pracegover Arte com fundo azul claro. Em preto no centro está escrito denúncia

Arte: Secom/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou na noite desse sábado (2), a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA) Lígia Maria Ramos Cunha, seus filhos Arthur e Rui Barata, além de outros três advogados. O grupo deve responder por organização criminosa. A denúncia é a sexta apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde a deflagração da Operação Faroeste, em 2019. 

A frente de investigação apura crimes como a participação de magistrados para beneficiar interessados em decisões como as que permitiram a regularização indevida de terras na região oeste do estado. Em contrapartida, os agentes públicos recebiam propinas milionárias.
No caso específico, detalhado na petição enviada ao relator do caso no STJ, o ministro Og Fernandes, os envolvidos são acusados de receber R$ 950 mil em vantagens indevidas em um esquema que incluiu decisões da desembargadora Lígia Cunha em quatro processos ( 0000862-53.2013.8.05.0081, 8020020-31.2018.8.05.0000, 8008430-23.2019.8.05.0000 e 8016374-13.2018.8.05.0000). Em três deles, a magistrada, que está presa preventivamente desde o dia 14 de dezembro, era a relatora.

Na denúncia, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo detalha a participação de cada um dos integrantes do esquema com base em provas obtidas durante as investigações preliminares. Parte dessas provas teve como ponto de partida informações e documentos entregues por Júlio César Cavalcanti Ferreira, que firmou acordo de colaboração premiada com o MPF.

Júlio Cesar contou aos investigadores como funcionava o esquema que, conforme relatou, teve início em agosto de 2015, com a promoção de Lígia Ramos para o cargo de desembargadora. A atuação criminosa do grupo persistiu até dezembro de 2020, mesmo com as sucessivas fases da Operação Faroeste. A denúncia menciona provas de que a magistrada atuou para obstruir as investigações, determinando, por exemplo, que uma assessora destruísse provas dos crimes. Além da desembargadora, dos filhos e de Júlio César, foram denunciados Diego Freitas Ribeiro e Sérgio Celso Nunes Santos.

De acordo com a petição, quando atuava como assessor no TJ, Júlio César foi procurado por Diego para que fizesse a prospecção de casos que poderiam ser negociados pelo grupo. Pelo trabalho, o então servidor recebia, em 2016, entre R$ 5 mil e R$10 mil. “Posteriormente, percebendo a lucratividade da missão, sua extensa rede de contatos no segundo grau de jurisdição e anseio de ficar rico, como seus comparsas, Júlio César coloca, no ano de 2018, sua própria banca de advocacia, ganhando, a partir de então, percentual sobre o valor da propina pactuada”, destaca um dos trechos do documento.

Dados da Unidade de Inteligência Financeira (UIF) elevaram movimentação de R$ 24,5 milhões (R$ 24.526.558,00) por Júlio César no período investigado. Em apenas um dos episódios casos relatados pelo colaborador, teria sido acertado o pagamento de R$ 400 mil em propina. Nesse caso, Júlio César ficou com R$ 100 mil e os outros R$ 300 mil foram repassados aos filhos da desembargadora que, em contrapartida deveria “acompanhar o referido julgamento e traficar influência junto aos respectivos julgadores”, garantindo o provimento de um recurso de interesse dos integrantes do grupo.

Ainda em relação às provas da existência e do alcance da organização criminosa, a denúncia menciona intensa troca de ligações telefônicas entre os envolvidos, sobretudo em datas próximas ou posteriores às decisões tomadas pela desembargadora bem como relacionadas aos dias em que foram feitas transferências financeiras ou repasse de dinheiro em espécie. Apenas do telefone de Rui Barata (filho da desembargadora) foram identificadas 106 ligações pra os demais investigados no período entre outubro e dezembro de 2018. Para o MPF, essas constatações deixam claro a estabilidade da atuação criminosa.

Pedidos - Na denúncia, o MPF requer que os seis envolvidos sejam condenados por organização criminosa, conforme previsão da Lei 12.850 e que, em caso de condenação, seja decretada a perda da função pública, no caso dos que têm essa condição. Também foi pedido para que os envolvidos paguem, de forma solidária, indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 950 mil.

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Protocolos são monitorados nos restaurantes comunitários

 


Uma série de medidas de segurança foi adotada nas 14 unidades para evitar a disseminação do coronavírus no retorno do atendimento presencial

Frequentador assíduo, João voltou a se alimentar dentro do restaurante | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Depois de dez meses, João Alvacir voltou a almoçar no Restaurante Comunitário de Ceilândia. Morador da cidade, o homem de 61 anos é frequentador assíduo do local. Em função da pandemia da Covid-19, o hábito de sentar nos mesões para comer ficou suspenso, mas uma série de medidas de segurança foi adotada nas 14 unidades para evitar a disseminação do coronavírus no retorno do atendimento presencial nesta segunda-feira (4). O GDF acompanha e cobra o cumprimento dos protocolos.

“Comer aqui é melhor, ainda está quentinha. A comida é gostosa, baratinha, ajuda muito a gente, mas tem que ter segurança para ninguém ficar doente”, afirma João Alvacir, desempregado há quatro anos. Ele aproveita os cardápios ao custo de R$ 1 há quase duas décadas. Desde março, só podia pegar marmitas e levar para casa. Agora, além de almoçar no buffet do restaurante, também pode carregar porções. Isso porque a prática de distribuir as refeições será mantida para quem preferir – em número ilimitado.

Estamos no caminho certo, seguindo os protocolos de segurança e nutricionais, e agregando na vida das pessoasNoemi Carvalho, gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes

Todos os 14 restaurantes comunitários precisaram passar por adequação. As quatro empresas prestadoras de serviço receberam uma lista de medidas a serem adotadas e tiveram um mês para garantir a segurança de funcionários e usuários. Entre os protocolos, constam a fixação de pedidos para que os usuários coloquem as máscaras assim que terminarem de comer, a aferição de temperatura, o bloqueio de assentos de forma intercaladas, a instalação de totens de álcool gel e a sinalização no chão para manter o distanciamento.

Medidas de distanciamento foram adotadas para evitar a disseminação do coronavírus |Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Secretária Executiva da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Ana Paula Marra acompanhou o primeiro dia de retomada de refeições presenciais na unidade de Ceilândia, e cobrou o cumprimento das medidas de prevenção. As empresas prestadoras de serviço que não estiverem em conformidade com as exigências serão notificadas formalmente e podem ser punidas.

“Tem pessoas que não têm onde comer. A reabertura vem para que quem precisa possa sentar e fazer sua refeição tranquilamente. Estamos trabalhando para cumprir todas as medidas de segurança para que ninguém tenha sequer que pegar a colher que o outro vai servir. A partir de hoje, é possível levar marmita para casa ou comer no local, sendo servido às pessoas que trabalham em cada unidade.”, explica a gestora.

23 milNo ano atípico em função da pandemia de Covid-19. o número de refeições subiu: de 21 mil refeições diárias servidas em 2019 para os mais de 23 mil no ano passado

De acordo com a gerente do Restaurante Comunitário de Ceilândia Larissa Gildino, os funcionários tiveram treinamento para reforçar os cuidados nessa nova fase de atuação durante a pandemia de Covid-19, já que passam a ter mais contato com a população. No local, grande parte das 2,2 mil refeições diárias são servidas para idosos, que compõem o grupo de risco da doença.

“Estamos no caminho certo, seguindo os protocolos de segurança e nutricionais, e agregando na vida das pessoas”, valoriza a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, a nutricionista Noemi Carvalho. Ela lembra que as refeições são servidas a mais de 20 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo a população em situação de rua que tem direito à refeição gratuita.

“Muitas dessas pessoas só têm alimento aqui. Todo mês as unidades recebem lista atualizada com nomes de beneficiários inscritos no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] ou Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social]”

A gerente do restaurante de Ceilândia, Larissa Gildino, explica que os funcionários foram treinados para esta nova fase de atendimento | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Desde 21 de março de 2020, a área para a alimentação dos restaurantes permaneceu fechada e o público continuou sendo atendido, mas com aquisição de marmitas ilimitadas para serem consumidas em casa. No ano atípico em função da pandemia de Covid-19. o número de refeições subiu: de 21 mil refeições diárias servidas em 2019 para os mais de 23 mil no ano passado. No acumulado, passou de 6.5 milhões para mais de sete milhões.

A entrega das marmitas vai continuar ilimitada, mesmo com o retorno do serviço de buffet. Aos 82 anos, o aposentado Alcides Alexandrino da Silva diz que continuará buscando as refeições. Ele costuma levar o suficiente para mais de um dia. “Eu gosto demais da comida daqui, nunca tive o que reclamar. Com essa doença [a Covid-19], uso máscara, álcool e prefiro comer em casa”, conta.

Serviço

As 14 unidades funcionam de segunda a sábado para o almoço, das 11h às 14h. Também servem café da manhã os restaurantes do Sol Nascente/Pôr do Sol (das 7h às 9h), do Paranoá (das 7h às 8h30) e de Brazlândia (das 6h30 às 8h30).


 AGÊNCIA BRASÍLIA

Até R$ 2 mil de salário nas Agências do Trabalhador

 


São 448 oportunidades nas áreas de saúde, comércio e obras

Nesta terça, 30 vagas estão abertas para atendente de central de telemarketing, reservadas a pessoas com deficiência | Foto: Divulgação

As agências do trabalhador do DF estão com 448 vagas abertas para esta terça-feira (5). Quase 30% delas estão reservadas para pessoas com deficiência: 100 para consultor de vendas, 30 para atendente central de telemarketing e uma para vendedor de comércio varejista. Os salários variam entre R$ 1.096 e R $ 1.250.

Oito profissões oferecem 10 ou mais vagas, com salários entre R$ 20 por dia e R$ 1.700,38 mensais, mais benefícios. São 20 oportunidades para atendente de telemarketing, 20 para auxiliar de cozinha, 18 para consultor de vendas, 16 para pedreiros, 10 para pintor, 20 para representante comercial autônomo, 11 para técnico de enfermagem e 91 para vendedores internos, porta a porta e pracistas.

O melhor salário do dia é de R$ 2 mil, oferecidos em três profissões, todas elas com exigência de nível fundamental de escolaridade. Há uma vaga para instalador de insufilm, uma para mecânico de automóvel e 20 para serralheiros.

Três profissionais pouco procurados na agência do trabalhador estão com oportunidades de contratação nesta terça-feira, com uma vaga para cada: assistente de cobrança, auxiliar de cobrança e bombeiro civil. Os salários são, respectivamente, de R$ 1,3 mil, R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil, mais benefícios.

Para se candidatar a qualquer uma das vagas, basta ir a uma das agências do trabalhador, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.

Confira aqui as vagas disponíveis.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Em 2020, DF superou número de transplantes de fígado realizados em 2019

 


Mesmo com a pandemia de Covid-19, procedimentos em pacientes que precisavam de órgãos continuaram ocorrendo

O procedimento de número 100 ocorreu na madrugada da última quarta-feira (30) | Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Em um ano cercado de incertezas e dificuldades ocasionadas pela pandemia de Covid-19, o Distrito Federal conseguiu superar, em 2020, o número de transplantes de fígado realizados em 2019. Ao todo, foram feitos cem procedimentos no ano passado, frente aos 92 realizados no período anterior. O procedimento de número 100 ocorreu na madrugada da última quarta-feira (30), quando a equipe do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) concluiu com sucesso mais um transplante hepático.

A diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Camila Vieira Hirata Almeida, disse ser necessário reconhecer a importância desse marco. Segundo ela, as complicações impostas pela Covid-19 exigiram novos protocolos, o que aumentou os desafios a serem encarados pelos profissionais que atuam na área de doação de órgãos e pelas equipes de transplante. “O teste de Covid em todos os doadores, novas rotinas e os cuidados na cirurgia de captação. Tudo passou por transformação”, comentou. “E mesmo assim, conseguimos chegar a esse número que nos orgulha bastante”.

Depois da realização do transplante número 100, o Cadastro Técnico Único – conhecido popularmente como lista de espera – conta com dez pacientes aguardando pelo procedimento no DF. “Essa fila poderia ser menor. Hoje ainda temos uma taxa de recusa familiar pela doação alta”, informou Camila. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a média nacional de recusa, em 2019, foi de 40%. Já no DF, essa média foi de 38%.

O teste de Covid-19 em todos os doadores, novas rotinas e os cuidados na cirurgia de captação. Tudo passou por transformação. E, mesmo assim, conseguimos chegar a esse número, que nos orgulha bastanteCamila Vieira Hirata Almeida, diretora da Central Estadual de Transplantes do DF

Por outro lado, Camila Hirata chama atenção para os ótimos resultados obtidos pelos profissionais que trabalham na conscientização da importância da doação de órgãos. “Acredito que esse bom desempenho seja resultado do trabalho de uma equipe extremamente dedicada, qualificada e comprometida”, afirma. “É preciso que a cultura da doação esteja cada vez mais presente em nossa sociedade. Sem doadores não há transplante. E para que a doação e o transplante possam acontecer é necessário que a família seja acolhida e tenha todas as informações e os esclarecimentos necessários. É uma decisão importante em momento muito difícil”, relata.

André Watanabe, médico: “O empenho das equipes em irem captar órgãos em outros estados é fantástico” | Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

Mais equipes em ação

Em 2019, existiam apenas duas equipes credenciadas para a realização da cirurgia. Nesse ano, outras duas equipes foram cadastradas, aumentando a capacidade de atendimento pelo SUS DF. Responsável pelo procedimento de sucesso ocorrido em 30 de dezembro, o médico André Watanabe chamou atenção para o esforço das equipes em fazer a captação dos órgãos. “O empenho das equipes em irem captar órgãos em outros estados é fantástico”, mencionou. “E como estamos no centro do país, nossa logística nos permite captar em todas as unidades da Federação com a mesma eficiência”, afirmou.

Transplantes realizados no DF entre 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2020:

• 21 transplantes de coração
• 100 transplantes de fígado
• 221 transplantes de córnea
• 79 transplantes de rim
• 99 transplantes de medula óssea

Cadastro Técnico Único (lista de espera) no DF:

• Coração: 17
• Córnea: 389
• Fígado: 10
• Rim: 512
*O Cadastro Técnico Único é nacional

Agradecimento ao gesto de amor

Em setembro, em comemoração à campanha Setembro Verde, a equipe da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal foi até algumas famílias de doadores de órgãos no DF para levar um presente especial pelo grande gesto de amor. Juntamente com uma almofada em formato de coração, um livreto foi entregue contendo algumas histórias de quem recebeu um órgão e teve a vida renovada com um transplante. A ação, em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, percorreu todo o DF para levar alegria àqueles que disseram “sim” à transformação de uma vida.

*Com informações da Secretaria de Saúde


AGÊNCIA BRASÍLIA

Provas de concursos para surdos serão aplicadas em Libras

 


Lei sancionada pelo governador garante direito de igualdade e oportunidade para 25 mil pessoas

Projeções do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para aproximadamente 678 mil pessoas com deficiência no DF em 2020 | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Uma lei sancionada pelo governador Ibaneis Rocha altera a lei geral de concurso público do DF e garante aos surdos a realização da prova na Língua Brasileira de Sinais.

De autoria do deputado distrital Jorge Vianna, a norma inclui um inciso no artigo 8º da Lei nº 4.949, de 15 de outubro de 2012, e dá o direito aos candidatos com problemas de audição a realizarem a prova em Libras.

A medida beneficia cerca de 25 mil pessoas no DF, garantindo igualdade de oportunidades para essa parcela da população entrar no mercado de trabalho. Projeções do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para aproximadamente 678 mil pessoas com deficiência no DF em 2020.

Desse total, 14,4%, ou seja 97.702, são pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 25 mil delas se comunicam por meio da linguagem de sinais.

Ao apresentar o projeto de lei, Jorge Vianna afirmou que seu gabinete recebeu reclamações dos estudantes de Brasília informando que as provas de concursos do DF não levam em conta as necessidades especiais dos deficientes auditivos.

Pela lei, a prova deve ser aplicada por profissional habilitado em Libras de forma presencial ou por meio de videoconferência. “Não é possível traduzir literalmente o conteúdo escrito na Língua Portuguesa para Libras”, afirma o deputado.

Atualmente, o exame é dado em português e, apesar de conhecer as palavras mais usuais, os surdos têm dificuldade de compreender a contextualização das questões. “A prova é em português, que tem uma estrutura totalmente diferente da língua brasileira de sinais e não é de domínio dos surdos”, afirma o gerente da Central de Interpretação em Libras (CIL), Alexandre Castro. “Eles conhecem algumas palavras, então deduzem o significado da pergunta”, completa.

Segundo ele, há pesquisas que mostram que mais de 80% dos surdos não entendem bem a língua portuguesa. “Com a prova na sua língua, o surdo vai conseguir provar que ele tem conhecimento. Muita gente desconfia da capacidade dos surdos, dizem que eles não entendem as coisas, mas é porque as informações são dadas em uma língua que ele não domina, que é o português”, explica.

Vianna ressalta que Libras é uma língua autônoma, com estrutura gramatical própria, não é só um conjunto de sinais para as palavras em português. Por isso, durante a tradução para a língua de sinais, ocorre a omissão de verbos de ligação ou pronomes relativos ou oblíquos, alguns pronomes de tratamento, locuções adverbiais e adjetivas. “Isso prejudica esse grupo de pessoas que não terão sua avaliação igualada a outras pessoas sem dificuldade com a língua,” diz o parlamentar.

Para a secretária da Pessoa com Deficiência, Roseane Cavalcante de Freitas Estrela – que prefere ser chamada de Rosinha –, a lei é extremamente importante para garantir a igualdade de oportunidades às pessoas com deficiência que estão concorrendo em um processo seletivo.

“Uma prova em português para quem não fala português diminui a zero as chances dessa pessoa ser bem sucedida. Libras também é uma língua oficial do nosso país,” ressalta. “A prova do português traduzida para Libras e aplicada a uma pessoa que só se comunica em Libras traz essa igualdade de chances”, completa.

Atendimento

Segundo Rosinha, as ações da Secretaria da Pessoa com Deficiência voltadas para os surdos são desenvolvidas através da CIL. “Ao assumirmos a secretaria, reestruturamos a central, aumentamos o número de intérpretes e conseguimos um carro para fazer o transporte dos intérpretes e das pessoas surdas que são atendidas, o que aumentou os atendimentos pois deu mais agilidade aos deslocamentos”, diz.

O trabalho da central de interpretação é promover a comunicação entre prestadores de serviço público e a pessoa surda. Para acessar os serviços, é necessário agendar um horário e se deslocar até a estação do metrô da 112 Sul. De lá, o surdo será acompanhado por um intérprete de Libras que o ajuda a resolver pendências em órgãos do GDF.

“Isso tem sido nossa prioridade. Em 2021 queremos conseguir mais um carro e implementar um novo projeto que se chama Cil on-line, com a mesma prestação de serviço de forma virtual”, diz a secretária.

Enem

O Instituto Nacional de Estudos  e Pesquisas (Inep) mantém um programa chamado Enem em Libras, que garante a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Língua Brasileira dos Sinais desde 2017, por meio de uma vídeoprova, uma iniciativa da Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep direcionada à comunidade surda e deficiente auditiva que tem a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua.

O Enem em Libras garante editais, vídeoprovas, cartilhas e campanhas de comunicação em Libras, tornando o Enem mais acessível. Dessa forma, o Inep reafirma o seu compromisso com a comunidade surda e deficiente auditiva por um futuro melhor por meio da educação.

Em 2018, foi lançada a Plataforma Enem em Libras na qual a vídeoprova pode ser acessada em plataforma similar à adotada na aplicação. Nela, o Inep disponibiliza os vídeos com os enunciados e as opções de respostas, permitindo que deficientes auditivos estudem no mesmo formato em que elas são aplicadas.

Ao ser disponibilizada no portal do Inep, com uma interface parecida com a utilizada na vídeoprova, os participantes surdos podem se preparar melhor. A funcionalidade permite assistir aos vídeos das questões e conferir o gabarito, se o participante desejar.


AGÊNCIA BRASÍLIA