terça-feira, 25 de agosto de 2020

Acolhimento da população em situação de rua no Setor Comercial Sul

 


Esforço conjunto de 15 órgãos ocupou a região central de Brasília para atender cerca de 150 pessoas com exames de saúde e assistência social

| Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, nesta terça-feira (25), o atendimento à população de rua no Setor Comercial Sul (SCS). Uma ação organizada em parceria com 15 órgãos ofereceu serviços como exames de saúde, assistência social e emissão de documentos a cerca de 150 pessoas em situação de vulnerabilidade (veja mais no vídeo abaixo).

“Essa ação integrada das secretarias é fundamental, porque sozinhos não teríamos resultado”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

São diversas as ações oferecidas para essa população carente. Cadastro único para receber benefícios sociais do GDF (CadÚnico); abordagem social feita por equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes); atendimento psicossocial para mulheres com direitos violados, no “Ônibus da Mulher”; emissão gratuita de carteira identidade e CPF; e encaminhamento às vagas de emprego e emissão de carteiras de trabalho são alguns exemplos dos serviços prestados.

Assista ao vídeo:

Nascida em Brasília, Elaine Santos, 24 anos, abandonou a família em Samambaia e está no local há dois anos. Hoje ela aguardava pacientemente para tirar a carteira de identidade perdida em suas andanças. Elaine foi atendida na unidade móvel do Instituto de Identificação da Polícia Civil e agora vai reaver o documento.

“Sem documento a gente não é nada, né? Vim primeiro tirar o RG para depois tentar os benefícios do governo, pois não tenho nenhum. Vou fazer o cadastro único e, depois, tentar uma vaga de trabalho. Muito boa essa ajuda do governo, porque estou meio perdida aqui no Setor [Comercial Sul]”, admite.

| Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Já o baiano Márcio Alencar, 42, deixou Salvador para buscar uma oportunidade em Brasília. Passou pelo Instituto Inclusão, um abrigo em São Sebastião e, agora, montou uma “cabana” no SCS. Ao falar com a Agência Brasília, ele fazia inscrição no programa Morar Bem, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), e também providenciou hoje sua carteira de trabalho com os servidores da Secretaria do Trabalho (Setrab).

“Já tenho o benefício do GDF, de cerca de R$ 100, mas quero trabalhar. Sair da situação de pobreza extrema e recuperar minha dignidade. Isso significa trabalhar. Existe um preconceito contra a gente que está na rua, mas vou buscar minha vaga”, garantiu.

Forças somadas

A ação conta com as secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde, da Mulher, de Justiça e Cidadania (Sejus), de Segurança Pública (SSP) e de Trabalho, além da Codhab, da Companhia Energética de Brasília (CEB), da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), da Defensoria Pública, das polícias Militar e Civil, da Defesa Civil, do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF).

Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, o esforço de todos os órgãos visa diminuir os riscos por que passam essas pessoas. “Vamos fazer um trabalho para resgatar a autoestima deles e para que possam ter oportunidades de escolha, de saberem que têm, sim, direitos e que o Estado está ali para fazer com que ele supere essa situação de risco social”, destaca.

Coordenador do serviço de abordagem social da Sedes, André Santoro explica que a ação integrada permanecerá no SCS por duas semanas. Mas, o acompanhamento diário permanece nos próximos meses. Em dois dias, servidores da Sedes já inscreveram 25 pessoas no Cadastro Único do GDF.

“Instalamos a Cidade da Segurança Pública, com uma série de serviços. Nosso objetivo é atuar preventivamente, mostrando para empresários e frequentadores que o SCS é um local seguro. Em 2020, por exemplo, não foi registrado homicídio no local”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública

A Sejus, por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas, orienta os usuários de droga que desejam fazer tratamento. Atualmente, há 12 comunidades terapêuticas que acolhem aos que se submetem à intervenção voluntária. A Secretaria de Saúde contribui com o atendimento diário dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), além de equipes do projeto Consultórios de Rua três vezes por semana.

“Estamos aqui para garantir dignidade e direitos humanos para essa população do Setor Comercial. Oferecer uma oportunidade nas comunidades terapêuticas para aqueles que precisam e querem se livrar do uso de drogas. Nos importamos com eles e oferecemos a oportunidade para mudarem de vida”, explica a chefe da Sejus, Marcela Passamani.

| Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Mais segurança

Para o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, a atuação integrada mostra que o governo está presente na revitalização de um espaço histórico da capital. “Instalamos a Cidade da Segurança Pública, com uma série de serviços. Nosso objetivo é atuar preventivamente, mostrando para empresários e frequentadores que o SCS é um local seguro. Em 2020, por exemplo, não foi registrado homicídio no local”, enfatiza Torres.

Já a secretária da Mulher, Ericka Filipelli, destaca que a situação de rua deixa as mulheres mais vulneráveis e essa é a oportunidade de identificar as dificuldades enfrentadas por elas. “Temos uma quantidade significativa de mulheres de rua no Setor Comercial. Vamos acolhê-las e fazer o atendimento psicossocial. A ideia é fazer o encaminhamento ao Ceam [Centro Especializado de Atendimento à Mulher] da 102 Sul, onde elas podem receber apoio e conhecer melhor seus direitos”, destaca.

Atualmente, o DF tem cerca de 1,8 mil pessoas em situação de rua, 321 das quais na área central de Brasília: 267 homens, 44 mulheres e 10 idosos estão espalhados por 202 Sul e Norte, setores Comercial Sul (SCS) e de Diversões Sul (SDS), Rodoviária do Plano Piloto, Torre de TV, Esplanada dos Ministérios e arredores do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Governador se reúne com representantes do Movimento Empreender Piauí

 


Na oportunidade, o gestor e os empresários puderam trocar ideias e aproximar a entidade do setor público.

O governador Wellington Dias se reuniu, nessa segunda-feira (24), com representantes do Movimento Empreender Piauí (Move), no escritório da residência oficial. Na oportunidade, o gestor e os empresários puderam trocar ideias e aproximar a entidade do setor público, inclusive foram convidados para terem representantes no Comitê Pro Piauí e também no Comitê de Aplicação dos Recursos da Educação, onde devem sugerir os cursos prioritários para qualificação profissional na rede estadual de educação, em cada região, do ponto de vista da demanda das empresas, integrados com as Câmaras Setoriais.

De acordo com o empresário João Vicente Claudino, o Move está em funcionamento há três anos e tem como principal objetivo gerar essa interlocução entre os empresários e o setor público, estadual e também municipais. “Com a união entre esses setores, é possível criar um ambiente de investimento e empreendedorismo para que o Estado se desenvolva ainda mais rápido”, explicou o empresário.

João Vicente destacou que o encontro com o governador foi uma troca de ideias, onde foram tratados diversos temas entre eles a burocracia pública. Para o empresário, além de mais incentivos, há a necessidade de correção de alguma coisas pelo poder público, que facilite a dinâmica de quem quer investir e empreender no Piauí. “Diminuir a luta eterna contra a burocracia pública (que não é só no Piauí). Não é só a montagem de estrutura e incentivo, às vezes, pequenas coisas que entravam e retardam acabam gerando o “custo Brasil” e desmotivando o empreendedor”, comentou Claudino.

Os empresários saíram satisfeitos do encontro e o governador Wellington Dias também prometeu inseri-los nas discussões sobre os cartórios que devem ter a participação do Tribunal de Justiça, OAB/PI e Ministério Público, entre outros órgãos.

“O objetivo é diminuir a burocracia e dar maior eficácia envolvendo os três poderes. Na pauta também solicitaram que possamos garantir maiores oportunidades para as micro, pequenas e médias empresas nessa relação com os investidores e principais investimentos de forma direta, como em PPPs e com o setor público. Eu acho que são pautas muito positivas e vamos trabalhar pelo Piauí”, finalizou Wellington.


Repórter: Tamyres Rebeca

Governo do Piauí 

Maternidade Dona Evangelina Rosa tem queda no número de óbitos neonatais

 


A redução foi de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado.


A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) apresentou uma redução no número de óbitos neonatais nos primeiros seis meses de 2020. A queda foi de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A média ficou em 17 óbitos (a cada mil nascidos vivos) por mês, e já vinha apresentando redução desde 2016, quando foram registrados 30,25 óbitos. Essa desaceleração se manteve nos anos de 2017, 2018 e 2019.

“No que diz respeito à taxa de mortalidade infantil, que indica a relação entre o número de óbitos infantis e o número de nascidos vivos, caiu de 39 em 2019 para 38,2, por mil nascidos vivos em 2020, visto que o número de nascidos vivos também caiu. Contudo, os dados do primeiro semestre (janeiro a junho) de 2020 revelam uma queda de 24,5 % dos óbitos infantis em relação ao mesmo período de 2019, passando de 136 óbitos infantis em 2019 para 105 óbitos em 2020”, explica o diretor clínico da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Marcos Bittencourt.

A taxa de Mortalidade Infantil também apresentou uma redução de 21,4%. Em 2019, foram contabilizados 39,2 (ao mês). Já, este ano, os números ficaram 30,8, no período de janeiro a junho. A diminuição do número de mortes, após o nascimento, é uma das estratégias do Plano de Prevenção à Mortalidade Materna e na Infância, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), que tem como meta reduzir os óbitos neonatais em 15%, até 2023.

Maternidade Evangelina Rosa


“O objetivo é chegar 2023 com 21% a mortalidade materna, 15% a mortalidade infantil neonatal (crianças até 28 dias de vida) e 7,5% a mortalidade infantil de crianças até cinco anos de idade. E estamos logrando êxito com os números apresentados pela Maternidade Dona Evangelina Rosa, que conseguiu uma queda nos últimos três anos, e pretendemos nos próximos trabalhar para atingir nossa meta de 15%”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

Essa diminuição também está atrelada ao processo de restruturação física que a maternidade vem passando, de qualificação dos profissionais de saúde, fortalecimento do pré-natal na Atenção Básica e à interiorização dos cuidados aos recém-nascidos, que são desenvolvidos nas cidades de Parnaíba, Floriano e Piripiri.

“Várias ações que estão sendo trabalhadas pela Sesapi, desde cursos de capacitação para neonatal, foco na qualificação dos profissionais da saúde, como é o caso do projeto QualiNeo, em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz; o atendimento de qualidade que agora também são oferecidos em maternidades do interior, que foi fortalecido pelo Governo do Estado, o que também contribui para a melhoria do trabalho dentro da Maternidade Dona Evangelina Rosa”, pontua a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé.

Maternidade Evangelina Rosa

O Plano de Prevenção à Mortalidade Materna e na Infância da Sesapi pretende melhorar os indicadores que não só no Piauí como no Brasil estão muito acima do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável. O intuito é chegar a 2023 com os números de mortalidade materna em 56,5 óbitos; infantil neonatal em 9,35 e a infantil (até 5 anos), de 16,04 casos ao mês.

Repórter: Amanda Dourado

Governo do Piauí 


Em mais uma decisão, Justiça do DF mantém Colégio COC do Sudoeste fechado

 DF

TJDFT afirma que falta de Habite-se configura risco à integridade física de estudantes e funcionários


Fachada do COC SudoesteCOC SUDOESTE/DIVULGAÇÃO

Em mais uma decisão, a Justiça do Distrito Federal voltou a proibir o retorno das atividades presenciais no Colégio COC do Sudoeste. A decisão é da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF.

Segundo o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), a instituição particular de ensino não expediu, até essa segunda-feira (24/8), o Habite-se – ato administrativo que autoriza o início da utilização de construções e edificações.

O autor da ação civil pública é o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). À Justiça, os promotores alegaram que a falta de regularização coloca em risco a integridade física dos estudantes e colaboradores.

O MPDFT também lembrou que, durante a construção do prédio, um muro de contenção desmoronou e teme que o mesmo ocorra com a escola ocupada.

Vale lembrar que as aulas na rede particular de ensino estão suspensas desde 11 de março em função da pandemia do novo coronavírus. Após audiência de conciliação, entidades educacionais aprovaram um calendário para retorno das atividades presenciais já a partir de 21 de setembro.

Em sua defesa, o COC Sudoeste afirmou que fiscais “não encontraram irregularidades após a conclusão das vistorias”. Além disso, o colégio afirma que um laudo do Corpo de Bombeiros, a autorização da Administração Regional do Sudoeste e a vistoria da Defesa Civil “tornam a obra concluída e vistoriada para fins de funcionamento”.

Ao analisar o mérito, o TJDFT ressaltou que, sem o Habite-se, a edificação é considerada “inconclusa e ainda inapta ao uso seguro”. Dessa forma, manteve a escola particular fechada até que a instituição esteja regularizada.

Em caso de descumprimento, o colégio será multado em R$ 500 por dia, limitada ao valor de R$ 50 mil.


Benedito Rosa: ‘Soja e milho continuam protagonistas com mercado externo firme’

 

CONAB

Benedito Rosa: 'Soja e milho continuam protagonistas com mercado ...Bolsonaro veta 14 trechos da lei de auxílio a agricultores; entenda

Comentarista fala sobre o balanço divulgado nesta terça pela Conab sobre o volume de produção de 15 grãos no Brasil


O Brasil pode colher 278, 7 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, aumento de 8% em relação ao último ciclo. Esse volume representa a produção de 15 grãos, sendo que milho, soja, algodão, arroz e feijão participam com 95% do total.

Esses dados fazem parte das Perspectivas para a Agropecuária Safra 2020/21 – Edição Grãos, divulgadas nesta terça-feira, 25, pela companhia, onde a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou da abertura. 

O mercado do milho também é influenciado pelo câmbio e pelas carnes, e o aumento de área com esse grão é estimado em 7%, chegando a 19,78 milhões de hectares nas três safras – em 2019/2020, a primeira safra produziu 23% do total, a segunda contribuiu com 74% e a incipiente terceira safra, com 3%. A produtividade média pode melhorar 3%, segundo a Conab, indo para 5.709 quilos por hectares.

O mercado do milho também é influenciado pelo câmbio e pelas carnes, e o aumento de área com esse grão é estimado em 7%, chegando a 19,78 milhões de hectares nas três safras – em 2019/2020, a primeira safra produziu 23% do total, a segunda contribuiu com 74% e a incipiente terceira safra, com 3%. A produtividade média pode melhorar 3%, segundo a Conab, indo para 5.709 quilos por hectares.

Para o ex-presidente da Conab e comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa, soja e milho devem continuar sendo o destaque entre os grãos nas próximas temporadas. “Para a cultura de grãos, não há alternativa para o mundo em relação à proteína vegetal para garantir a produção de proteína animal. Tem que ser soja e milho e quem tem esse produtos para vender são Brasil, EUA, Argentina, Paraguai e Austrália. É por isso que as consultorias confirmam que teremos uma nova sofra recordista para comemorar em termos de renda, emprego e bem estar da nossa população”, comentou.

por;canal rural 

Gafanhotos: Ministério da Agricultura discute inovações e estratégias no manejo

 

WEBINAR

Gafanhotos: Ministério da Agricultura discute inovações e ...Gafanhotos: Ministério da Agricultura discute inovações e ...

Debate com participação da Embrapa e da FAO será transmitido na próxima quinta-feira, às 14h, na redes sociais do Mapa


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realiza na próxima quinta-feira, 27, às 14h, o webinar internacional “Inovações e Estratégias no Manejo de Gafanhotos”. A transmissão será feita pelos canais do Mapa no YouTube e no Facebook , em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Centre for Agricultural Bioscience International (CABI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O debate contará com a participação do diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, da diretora de Controle Biológico de Ervas Daninhas do CABI, Hariet Hinz, e do representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala.

Moderado pela auditora fiscal federal agropecuária Juliana Alexandre, o bate-papo traz como convidados o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Marcos de Faria, que irá falar sobre os avanços da pesquisa com agentes de controle biológico no Brasil. Também participa a principal cientista do CABI, Belinda Luke, que irá compartilhar um caso de sucesso no uso de agentes de controle biológico no controle de gafanhotos na África.

Monitoramento

O Mapa informa que tem realizado ações de prevenção fitossanitária diante da formação de nuvens de gafanhotos, que tem causado impacto devastador principalmente nas lavouras da Argentina. Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), as nuvens de gafanhotos estão concentradas no norte do país, e a área de risco está longe da fronteira com o Brasil.

Ainda assim, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa permanece em alerta, com ações de prevenção e vigilância.

Além das nuvens de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata, a Argentina sofre com o aumento da população de Tropidacris collaris, vulgarmente chamados de “tucura”. Por essa razão, o país vizinho recentemente declarou emergência fitossanitária também para essa espécie de gafanhotos, que é endêmica e tem importância econômica na América do Sul por atacar frutíferas.

A espécie ocorre no Brasil, mas, diferentemente do que acontece na Argentina, não tem apresentado aumento populacional ou dispersão significativa, além de não serem considerados gafanhotos migratórios, por não formarem nuvens.

por;canal rural 

Tabaco: 76% dos produtores utilizam sistemas de conservação de solo

 

BOAS PRÁTICAS

Avança utilização de práticas conservacionistas entre produtores ...

Para diminuir a erosão e aumentar a produtividade, produtores estão adotando técnicas que recuperam o solo


Na região Sul, 76% dos produtores de tabaco utilizam  sistemas de conservação de solo. Em 2010, eram apenas 34%. A cada safra, as técnicas vêm despertando interesse de mais produtores, já que reduzem o risco de erosão.

Pedro Inácio produz tabaco em Santa Rosa do Sul, em Santa Catarina. Ele conta que o investimento no plantio direto, com cobertura verde e manejo correto do solo trouxeram ótimos resultados para a produção. “Temos uma lavoura de 150 mil pés de fumo. Hoje, 90% já no sistema plantio direto, com uma braquiária ruziziensis. Nós temos aqui a intenção de falar de algumas práticas conservacionistas, que nós temos nesta propriedade. Em primeiro lugar, partindo disso que está bem visível, que é a cobertura de solo com a braquiária e contando aí com alguns produtos, auxiliando no controle de algumas doenças”, disse.

Ele mostra a situação das plantas em crescimento. “Observa-se visível a sanidade destas plantas. Observamos também essa cobertura, além dela estar aqui alimentando e aumentando população de macro e microorganismos que vivem no solo, ela também está se transformando em alimento para essa planta. Esses seres vivos fazem esse processo, transformar isso em alimento para essa planta. Com a existência deles aqui, nós melhoramos as condições químicas, física e biológica do solo. Além disso, nós temos as raízes desta braquiária ruziziensis que ela faz uma filtragem no solo. Ela faz uma drenagem muito especial. No plantio convencional, nós tínhamos uma compactação do solo. Em tempo de chuva, ou nós tínhamos alagamento, em algumas partes, ou nós tínhamos um problema sério de cada vez o solo ficar mais compactado. Porém, este ano, nós temos aí um resultado fantástico de uma chuva, de quase 200 milímetros, em menos 48 horas, nós entramos na lavoura normal. Hoje, nós temos um resultado excelente”, explicou.

Já o agricultor Fábio Viante, da cidade de Teixeira Soares, no Paraná, relata que tinha muitos problemas com erosão e baixa produtividade com o fumo. Ele seguiu as recomendações agronômicas e as boas práticas conservacionistas, o que acabou fazendo a diferença na propriedade. “Durante algumas safras, eu tive problema muito sério com erosão nas minhas áreas e também baixa produtividade. Inclusive, tem uma área aqui que, devido à erosão, chegou a deixar até o trator no meio na estrada. Essa área eu já tinha deixado de usar há quatro anos atrás porque estava perdendo muita terra.  Na conversa com o Gerson, nosso orientador na JTI, a gente resolveu fazer trabalhos de melhoria de solo. Fizemos avaliação, descompactação de solo, uso de pé de pato com três pés, correção com calcário, camaleão alto e largo, com curva de nível com dois por cento de caimento. Semeamos aveia por cima e centeio. Eu percebi com estes trabalhos, o meu problema foi resolvido 100%. Agora, eu posso utilizar essa área com tranquilidade sem medo de destruir meu solo. Eu recomendo a todos os produtores que façam este tipo de melhoria, pois, realmente, ajuda muito” disse Viante.

Segundo o assessor técnico do Sinditabaco, nos últimos anos, o produtor vem abandonando progressivamente as práticas tradicionais de preparo e manejo do solo. Um dos motivos é a evolução dos cultivos de cobertura, com a maior diversificação de espécies, como milheto, braquiárias e nabo forrageiro.

“Os benefícios decorrentes do uso de práticas conservacionistas, em comparação às práticas convencionais, pode ser sintetizado nos seguintes aspectos: primeiro, podemos evitar a degradação do solo, controlando a erosão. Outro aspecto é a proteção dos nossos solos, subtropicais e tropicais, precisam ficar permanentemente protegidos, nunca descobertos. Outro aspecto fundamental é a reestruturação do solo, através das raízes de cultivos de cobertura e também são importantíssimo na formação de biomassa e palhada para o plantio direto e cultivo mínimo. Há também uma redução sensível de mão-de-obra evitando-se lavrações, gradagens, cultivações. no caso do plantio direto, cultivo mínimo. E por último, e não menos importante, nós podemos ressaltar que é um avanço tecnológico, perfeitamente alinhado com os princípios fundamentais da sustentabilidade e essa tem sido uma prioridade e uma preocupação permanente da cadeia produtiva do tabaco”, disse o assessor técnico do Sinditabaco e agrônomo Darci José da Silva.

O presidente do Sinditabaco,  Iro Schünke, explica que o uso de boas práticas conservacionistas tem crescido a cada ano, graça ao trabalho das equipes de campo das empresas associadas ao sindicato. “O Brasil é segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco do mundo há mais de 20 anos. E ele conseguiu esse patamar  devido à qualidade e integridade do produto e também devido à produção sustentável. Dentro da sustentabilidade é que estão as ações de responsabilidade social e preservação ambiental. A conservação do solo está inserida neste contexto. Por várias décadas,  os orientadores das empresas, através do sistema integrado, têm levado aos produtores as melhores recomendações. Os produtores têm adotado boas práticas agrícolas que tem feito com que o resultado que temos alcançado na preservação e conservação do solo tem sido cada vez melhor. Isso é muito importante para o produtor também porque com isso ele consegue fazer melhores produções. Ele consegue melhor preservar, inclusive, aumentar a valorização das suas propriedades”, disse.

Por Débora Fabrício, de Porto Alegre (RS)