sábado, 22 de agosto de 2020

Cuidado redobrado para as mulheres

 


Você não está só: Secretaria dedicada às causas específicas delas cria mais serviços de atendimento e acolhimento

A Organização Mundial da Saúde crava: as mulheres estão ainda mais vulneráveis e suscetíveis a situações de violência durante o período de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. Por esse motivo, garantir o atendimento e acolhimento às vítimas tornou-se ainda mais importante. 

A Secretaria da Mulher do Distrito Federal não só mantêm disponíveis todos os serviços de assistência à mulher, desde o início da pandemia, como intensificou as ações de conscientização e criou mais canais de atendimento. 

Como determinado pelo governador Ibaneis Rocha, em 18 de março de 2020, a assistência social foi considerada serviço essencial – e, portanto, os atendimentos não foram suspensos, apenas adotaram medidas de segurança no combate ao coronavírus. 

Por exemplo: os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam) estão abertos e funcionam de segunda a sexta-feira, em horário especial, de 10h às 16h30, com atendimento feito de modo adaptado às novas regras de distanciamento social. 

Já os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) oferecem atendimento remoto, e, em casos de urgência, os servidores podem acessar as dependências das sedes do MPDFT e TJDFT para realização de atendimentos individuais presenciais das vítimas, familiares e autores da agressão.

A Casa Abrigo, que ampara mulheres em situação de risco de morte, está funcionando normalmente. As vítimas de violência familiar e doméstica chegam até lá por meio de um encaminhamento da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), após denúncias.

Além de manter os canais de atendimento já existentes, a SMDF, durante essa fase, em que foi preciso se manter em casa, lançou a campanha Mulher, você não está só. A ideia é facilitar ainda mais o acesso das mulheres aos canais de atendimento da Secretaria. 

Agora, são dois novos meios de contato para quem quiser denunciar o agressor: o número do Whatsapp (61) 99145-0635 e por este e-mail. E disponíveis durante 24 horas. As mulheres podem pedir ajuda a qualquer momento, para serem orientadas por especialistas e encaminhadas para os programas de assistência da SMDF.

Com informações da Secretaria da Mulher/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

Capacitação de servidores para atender famílias vulneráveis

 


Parceria entre Sedes e Fiocruz Brasília treina profissionais da assistência social em webinário sobre trabalho social com pessoas sob risco

Um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social | Foto: Sedes-DF

Criar ferramentas teórico-metodológicas e fazer uma reflexão de forma colaborativa para a melhoria da atuação dos servidores do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esse é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, em parceria com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e trabalhadores da Assistência Social. O projeto é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF).

Com base nas contribuições dos servidores, em especial aqueles que trabalham na ponta atendendo o público nas unidades socioassistenciais, a PesquisAR Suas tem o objetivo de desenvolver e validar instrumentos de identificação de vulnerabilidades e riscos das famílias atendidas pela Política Nacional de Assistência Social.

“O que nós tínhamos muito claro em relação a metodologia é que nós queríamos que fosse um processo de construção colaborativa, com a participação dos trabalhadores e a partir das experiências deles. O que é essencial é essa visão de o trabalhador trazer algo que é genuíno e único dele nessa discussão, que é permeada por um processo de educação permanente”, destaca a especialista em Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e pesquisadora do grupo PesquisAR SUAS.

Daiana Brito participou do webinário Trabalho Social com Famílias: olhares, reflexões e construções colaborativas, transmitido pelo canal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília no Youtube, que apresentou nesta sexta-feira (21) uma das fases da pesquisa que trata da revisão da literatura sobre trabalho social com famílias.

Além da especialista em Assistência Social da Sedes, participaram do webinário a coordenadora do estudo Anna Pontes, que mediou o debate, e a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Políticas Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Regina Célia Mioto.

Segundo Daiana Brito, um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social. “É a compreensão do próprio trabalho social com famílias, de onde ele surgiu, como ele se consolidou, sabendo esse histórico, nos faz ficar atentos e agir de forma a uma leitura crítica. A gente se apropria disso para entender o que foi bom e o que não foi. As questões conceituais tem que ser trazidas para a prática”, reitera.

“Ter o cuidado de olhar para essa família sem estigmatiza-la, sem criar um padrão de família que seja meu, a partir da minha experiência. Essa é uma questão que está presente em vários pontos da nossa atuação e serve de reflexão”, pontua. “Se o trabalhador não reconhecer suas próprias vulnerabilidades, a relação de poder estabelecida entre ele e o usuário também pode não ser reconhecida e a desigualdade que existe negada”, complementa a servidora da Sedes.

“É uma pesquisa que parte de um revisão bibliográfica grande. O que a gente traz para essa pesquisa é o olhar do trabalhador porque é o trabalhador que está lá com a família fazendo atendimento. O trabalhador do SUAS é o foco, o que a nós queremos é qualificar esse trabalho. Essa é a razão desse webinário. Depois dessa etapa, a pesquisa continua, nós não temos resultados, a gente está mostrando de onde estamos partindo, estamos trocando de fase”, explica a coordenadora da pesquisa, Anna Pontes.

Para a pesquisadora Regina Célia Mioto é importante fazer essas reflexões sobre o trabalho para enfrentar os desafios e dificuldades a que os profissionais estão expostos, em especial os que compõem o Sistema Único de Assistência Social. “Essa pesquisa na forma como ela está sendo construída e projetada é muito bem-vinda e nos traz esperanças de dias melhores”, destaca Regina.

 

* Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Suspensos os prazos de validade de concursos públicos

 


Processos de seleção vigentes – para 29 cargos, em 158 especialidades e de 10 órgãos do GDF – serão paralisados enquanto durar estado de calamidade

Estão suspensos os prazos de validade dos concursos públicos homologados e vigentes da Administração Pública direta e indireta do Distrito Federal enquanto durar o Estado de Calamidade Pública. Atualmente, estão vigentes concursos para 29 cargos, em 158 especialidades, de dez órgãos do GDF.

A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) nesta sexta-feira (21) e está prevista na Lei Nº 6.662/2020, de autoria do Poder Executivo, e aprovada pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) em 11 de agosto. Nesta sexta (21), ela foi sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. 


O texto estabelece que

– Ficam excepcionalmente suspensos os prazos de validade dos concursos públicos homologados e em vigência na data da publicação do Decreto nº 40.475/2020.

– Os prazos suspensos voltam a correr no primeiro dia útil após 31 de dezembro de 2021, em observância à Lei Complementar Federal nº q73/2020.

– A suspensão desses prazos não impede a nomeação de aprovados para reposições decorrentes de vacâncias de cargos públicos efetivos.

– As nomeações que vierem a ocorrer durante o período de suspensão não impedem a prorrogação da validade do concurso.


Caberá a cada órgão promover a atualização dos editais de concursos públicos já homologados sob sua responsabilidade. A Lei entra em vigor nesta sexta-feira (21), mas os efeitos contam a partir da decretação do estado de calamidade pública no DF, desde 26 de junho deste ano. 

Direitos resguardados
A lei tem como objetivo resguardar os direitos dos candidatos aprovados. O texto também visa evitar prejuízos à administração com a realização de novos certames. Além disso, com a suspensão dos prazos por meio de lei, haverá maior segurança jurídica, evitando a judicialização de demandas sobre o tema. 

O Decreto nº 40.572/2020 já havia suspendido, por tempo indeterminado, a posse e o exercício de aprovados, com exceção dos profissionais necessários para atuar no enfrentamento da pandemia de covid-19. 

A medida também foi adotada pelo governo federal por meio da Lei Complementar nº 173, com a suspensão dos “prazos de validade dos concursos públicos homologados na data da publicação do Decreto Legislativo nº 6 de 20 de março de 2020, em todo o território nacional, até o término da vigência do estado de calamidade pública estabelecido pela União”. 

A lei federal impede os estados e municípios de aumentar as despesas com pessoal até dezembro de 2021. No entanto, autoriza a nomeação de servidores para reposição de vacância, evitando, dessa forma, a descontinuidade da prestação dos serviços públicos.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Ciclistas ganham infraestrutura em 400 km de trilhas no DF

 


Projeto Caminhos do Planalto Central vai atender também caminhantes, com conexões a dois trechos de Goiás

Pelo menos 80 quilômetros do trecho composto por três arcos de trilhas já receberam sinalização rústica e infraestrutura | Foto: Arquivo pessoal

Se o fluxo de ciclistas nas ruas do Distrito Federal aumenta e demanda investimentos públicos em infraestrutura e logística, o de bicicletas em áreas rurais segue o mesmo destino. O interesse em descobrir novos trajetos e desbravar o interior do Quadradinho sobre duas rodas nos finais de semana ganha um reforço com a estruturação de pelo menos 400 quilômetros de trilhas ligando a Floresta Nacional de Brasília, no Noroeste do DF, à Pedra Fundamental da capital, em Planaltina (veja mais na ilustração abaixo).

“Preservando o ecossistema, estaremos abrindo novos caminhos para a geração de oportunidades de emprego e renda às comunidades locais que hoje vivem isoladas, no meio do nada, e poderão desenvolver pequenos negócios”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Lançado por grupos da iniciativa privada ligados a trilheiros e ciclistas, o projeto Caminhos do Planalto Central tem o suporte do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de órgãos e secretarias, e coloca o DF na rede brasileira de trilhas de longo curso. A proposta, além de criar alternativas de lazer para os ciclistas e caminhantes fora dos centros urbanos, pretende fomentar o turismo e, consequentemente, a economia das famílias que vivem nas áreas urbanas arrodeadas por essas veredas.

Pelo menos 80 quilômetros do trecho composto por três arcos de trilhas – em percursos distintos que se ligam a duas trilhas do estado de Goiás – já receberam sinalização rústica e infraestrutura para quem for percorrê-lo a pé ou de bicicleta. Três alças compõem os Caminhos do Planalto Central: o Arco do Cafuringa, com 131 quilômetros de extensão; o Arco Trilha União, com 80 quilômetros; e o Arco Brasília, com 85 quilômetros.

Caminho de Cora

O ponto de partida vai fazer conexão com uma trilha de Goiás já estruturada e sinalizada: o Caminho de Cora, que liga a Floresta Nacional de Brasília a Goiás Velho, cidade da poetisa Cora Coralina. Já o ponto final de Planaltina ligará os três caminhos do DF à Chapada dos Veadeiros por meio do Caminho dos Veadeiros. Juntos, Distrito Federal e Goiás somarão 1,8 mil quilômetros de trilhas interligadas.

1,8 mil kmé a projeção de trilhas de interligação entre DF e Goiás

“Preservando o ecossistema, estaremos abrindo novos caminhos para a geração de oportunidades de emprego e renda às comunidades locais que hoje vivem isoladas, no meio do nada, e poderão desenvolver pequenos negócios”, prevê a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

Além do turismo, compõem a representação do GDF as secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura, além do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Os trechos passam por diversas áreas de preservação ambiental (APAs), como o Parque Nacional de Brasília, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio).

Turismo de aventura

Os Caminhos do Planalto Central têm o objetivo de oferecer trilhas para lazer ou prática de esportes de aventura, como as que já estão disponíveis em outras partes do mundo. “Assim como tem na Espanha o caminho de Santiago de Compostela, ou as trilhas incas, em Machu Picchu, no Peru, nós começaremos a ter o acesso a rotas com infraestrutura adequada a esse tipo de atividade”, compara o geólogo e assessor especial da Secretaria de Meio Ambiente, Edgar Fagundes.

O símbolo do projeto é a pegada de uma botina em que a imagem da Torre de TV Digital é impressa na sola. Todos os três trechos passam por áreas de proteção ambiental.

Márcio Bittencourt: “Propriedades particulares estão abrindo suas porteiras para que possamos passar” | Foto: Arquivo pessoal

Aos 52 anos, o militar da reserva Márcio Bittencourt percorre trilhas de diferentes pontos do Distrito Federal há 15 anos. Ele é um dos voluntários que ajudaram a mapear os trechos oficialmente traçados e que em fase de estruturação pelo GDF.

Experiente em cortar o DF em cima de uma bicicleta, ele já sente as mudanças que a oportunidade de estruturação dos Caminhos do Planalto Central vai trazer. “A principal delas é a divulgação das unidades de conservação. Propriedades particulares estão abrindo suas porteiras para que possamos passar, o que proporciona uma integração maior e mais saudável com as comunidades rurais.”

AGÊNCIA BRASÍLIA

Grafiteiros mostrarão seu talento no projeto “Planaltina Arte Urbana”

 


Em homenagem aos 161 anos da cidade, artistas vão colorir Complexo Cultural, numa iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Foto: Divulgação / Secretaria de Cultura
Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento”. Foto: Divulgação / Secretaria de Cultura

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) lançou edital de chamamento público que vai selecionar 15 grafiteiros para trabalhar no “Planaltina Arte Urbana”. Com intervenção artística marcada para os dias 1 a 4 de outubro, no Complexo Cultural de Planaltina (CCP), o certame é fruto da celebração de 161 anos da Região Administrativa mais antiga do Distrito Federal, completados nessa quinta-feira (19).

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, considera que o projeto é uma grande oportunidade de impulsionar o interesse e dar visibilidade à arte urbana. “Planaltina é um dos territórios culturais mais criativos do Distrito Federal. A ação no Complexo Cultural de Planaltina contribuirá para o fomento à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente na cidade”, completou.

Com o tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”, a ação consiste em desenvolver um painel de grafite na parede externa do Complexo Cultural de Planaltina, localizada na entrada principal, em frente à Avenida Uberdan Cardoso. As inscrições estão abertas até o próximo dia 31.

Poderão participar do edital os grafiteiros em pessoa jurídica ou física, que moram no Distrito Federal ou Entorno, que comprovarem, mediante portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros.  Com o investimento total de R$ 22.500,00, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística em uma área de até 18,4 m² (8m de altura X 2,3m de largura) e receberá um cachê no valor de R$ 1.500.

Protocolos de segurança

Diante do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Os artistas receberão os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança para os presentes, bem como deverão efetuar revezamento entre o grupo de grafiteiros, de modo a garantir o distanciamento social.

A iniciativa da Secec compõe uma série de ações para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo para o segmento de arte urbana. O evento também contribui para o fortalecimento da Política de Valorização do Grafite no Distrito Federal e Entorno. O painel grafitado no CCP deverá obedecer ao contexto histórico de Planaltina, aos pontos turísticos e às festividades locais. Além disso, os artistas urbanos deverão expressar, por meio da arte, a valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade centenária.

Um dos elementos da cultura hip-hop, o grafite é expressão forte em muros e fachadas de Planaltina, tornando-se grandes painéis de arte e contestação ao ar livre. Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali, confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento, saber que somos uma parte desse legado histórico é muito inspirador”. A designer, artista plástica, tatuadora e grafiteira lidera o segundo maior grupo de arte urbana na cidade, além de apreciar e praticar outras expressões artísticas, como música, dança, cultura popular e artes cênicas.

Iasmin tem uma relação de afeto com o Complexo Cultural de Planaltina. Emocionou-se com a Mostra de Cinema de Brasília, que contou com vários filmes feitos por mulheres, realizada em 2019. “Espero que o acesso ao Complexo pelos artistas da cidade seja cada vez mais fácil, e aguardo ansiosa a possibilidade de, quem sabe, colorir a fachada com nossos grafites”, disse.

Por meio do grafite, Kali conta que uma das propostas de seu trabalho é promover a representação feminina na arte e na mídia. “Grafito a mulher fora do padrão de beleza, a mulher cansada, a mulher não sensualizada, visando à desconstrução da ideia de que ela deva seguir um padrão e incentivando meninas e mulheres a seguirem sua verdadeira vocação e interesses”, enfatizou a artista.

Cultura hip-hop

O grafiteiro Luiz Fábio de Andrade, conhecido como Pena Pride, conta que o  envolvimento com a cultura começou ainda na infância, quando conheceu o gênero musical “black music”, por meio dos discos. A paixão pelo grafite começou em 1994, com as ilustrações das capas dos LPs, que ouvia. Ali, começou a pintar roupas e exercer a criatividade.

Influenciado e representado pela cultura hip-hop e toda sua filosofia, em 1999, junto com alguns amigos, o artista fundou o coletivo “Spray Atômico Crew”, com o qual realiza intercâmbios com outros artistas do Brasil. “O grafite me trouxe grandes oportunidades, fiz faculdade de Artes Plásticas, criei minha grife, cujo trabalho com arte-educação e empreendedorismo criativo, que proporcionou a oportunidade de conhecer quase todos os estados do Brasil”.

Um dos artistas premiados no FAC Prêmios Brasília 60, promovido pela Secec, Pena conta que sua história se mistura com a vida cultural de sua cidade. “Acredito que contribuo e vou contribuir muito mais para cultura de Planaltina-DF e de Brasília”, celebra.

Serviço:

Edital de Chamamento Público – Planaltina Arte Urbana – Complexo Cultural Planaltina

Inscrições: até 31 de agosto

Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br

 

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Roteiro mostra a Brasília da diversidade religiosa

 

 

Projeto Ciclo da Paz, da Setur, contempla principais templos da Asa Sul, como o Shin  Budista,  Boa Vontade, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima etc 

Neste sábado (21) a Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal, dando seqüência a ação Agosto de Dom Bosco, lança o segundo roteiro religioso do projeto Ciclo da Paz.  A Rota Sul contempla o Cenáculo Espírito Santo,  Templo Shin  Budista Terra Pura,  Templo da Boa Vontade (foto abaixo), Sede Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Brasil, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e Santuário Dom Bosco.  A Rota já está disponível na plataforma Google Maps e pode ser acessada pelo site da Setur. 

Foto: Agência Brasília/Arquivo

O projeto Ciclo da Paz foi lançado para incentivar o turismo religioso em Brasília. Para a Setur, a modalidade pode contribuir para a retomada da atividade turística no Brasil, principalmente porque roteiros de fé e peregrinação são fortes incentivadores de pequenos negócios e investimentos, movimentando economias locais em setores como indústria, comércio, serviços e artesanato, gerando emprego e renda em todas as regiões do país. 

Para a secretária de Turismo do Governo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, o objetivo do projeto  é unir todas as crenças por meio de um roteiro turístico.  “Desta forma permitimos e incentivamos a valorização dos nossos templos sob a ótica do patrimônio cultural e a experiência da fé em todas as suas manifestações”, destaca.

O turismo religioso movimentou mais de R$ 15 bilhões entre serviços diretos e indiretos prestados no Brasil em 2019. Segundo dados do Ministério do Turismo, foram mais de 18 milhões de viagens domésticas movidas pela fé. 

Templos
O Templo Shin  Budista Terra Pura é dos locais que estão da rota organizada pela Setur.  A história do Templo  começa em 16 de junho de 1958, quando representantes da comunidade budista nipo-brasileira entregaram ao então presidente Juscelino Kubitscheck a solicitação para a cessão de uma área no Plano Piloto para a construção. 

Foto: Setur-DF/Divulgação

Para o Monge Sato, responsável pelo local, o mais importante é que o projeto aproxima, de certa forma, todas as crenças. “Nos sentimos honrados em nos unir à Catedral Metropolitana de Brasília, à Mesquita do Templo Islâmico, à Prainha dos Orixás, ao Santuário Dom Bosco e a outros tantos pontos importantes da região”, destaca. “O Ciclo da Paz vem em momento oportuno para nos lembrarmos da interdependência, inter-religiosidade e interculturalidade e da união necessária para enfrentarmos momentos difíceis”, acrescenta.

O  Santuário Dom Bosco também está rota.  A igreja foi projetada pelo arquiteto Carlos Alberto Naves e é especialmente famosa por seus vitrais, recebendo milhares de turistas por ano.  A criação da igreja foi iniciativa dos Salesianos com parceria do Governo Federal.  

Para o  reitor do templo, padre Jonathan Costa, incentivar o turismo religioso é importante para o desenvolvimento da cidade. “Por meio do turismo também podemos evangelizar”, disse.  “Brasília é um patrimônio cultural, mas também tem seu lado místico que é muito forte. É uma  cidade sonhada, profetizada e por isso não podemos vê-la apenas com o olhar arquitetônico, mas também com o olhar da fé”, acrescentou.

Com informações da Secretaria de Turismo (Setur/DF)

AGÊNCIA BRASÍLIA