segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Disparidade nos regimes de custas dificulta acesso à Justiça para os mais pobres, diz o ministro Villas Bôas Cueva

 


​"A grande disparidade nos regimes de custas, taxas e despesas processuais tem efeitos regressivos, que oneram desproporcionalmente os mais vulneráveis, dificultando o acesso à Justiça."

A afirmação foi feita pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Villas Bôas Cueva ao falar sobre o anteprojeto de lei complementar apresentado no último dia 3 pelo Grupo de Trabalho Custas (GT), instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em maio de 2019, com o objetivo de sugerir políticas judiciárias e propostas de melhoria para os regimes de custas, taxas e despesas judiciais.

Segundo o magistrado, que atuou como coordenador do GT Custas, "o anteprojeto busca estabelecer balizas gerais mais claras para a cobrança das custas, em adequado equilíbrio entre a necessidade de se preservar o acesso à Justiça e o uso racional do aparato judicial".

No mesmo sentido, ao receber a proposta, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, ressaltou que a falta de padrões para a cobrança nas unidades federativas, com a adoção de diversos regimes – como ocorre atualmente –, gera "distorções de valores e políticas regressivas que terminam por onerar as classes mais baixas".

Preservação da auto​​nomia

Na solenidade por videoconferência em que o anteprojeto foi apresentado, membros do GT demonstraram que é possível estabelecer uma legislação nacional sobre o tema e concomitantemente preservar a autonomia dos entes federativos, centrando-se a proposta em uniformizar os momentos e os critérios para a cobrança das custas e ficando a fixação dos valores para as leis específicas, de acordo com os parâmetros da lei geral.

"A divisão das custas em diversas etapas, por sua vez, visa proporcionar momentos de reflexão para que as partes possam avaliar se desejam prosseguir com o processo, evitando a falácia dos custos afundados ou irrecuperáveis (chamados de sunk costs, em inglês)", salientou Villas Bôas Cueva.

Pe​​​culiaridades

Outro fator considerado pelo grupo ao elaborar a proposta foi o respeito às peculiaridades dos diversos ramos da Justiça. O anteprojeto separa em diferentes artigos o regime aplicável de acordo com a natureza do processo, além de estabelecer regras gerais para o custeio e o incentivo à conciliação e à mediação.

O conselheiro do CNJ e integrante do GT Henrique Ávila ponderou que o modelo de cobrança de custas estabelecido na proposta – ao levar em consideração as peculiaridades existentes nas relações em cada ramo da Justiça e definir os momentos e destinatários do pagamento das custas – evita que o Estado seja financiador de toda e qualquer causa, e também que, em um processo criminal, o réu pague as custas apenas ao final do processo, se for condenado.

"Não dá para tratar um processo cível, em que se discute um contrato, por exemplo, como uma causa criminal, em que a pessoa é acusada de um crime. Do mesmo jeito é a Justiça do Trabalho, que lida com questões eminentemente sociais", declarou.

Compos​​ição

Em relação aos institutos da conciliação e mediação, o conselheiro destacou a possibilidade de descontos nas custas para aqueles que tentam conciliar antes de ajuizar a demanda. Ao se estabelecer uma divisão mais adequada das custas – acrescentou –, é possível promover "momentos de reflexão" para que as partes possam pensar se efetivamente vão seguir no litígio ou se um acordo não seria o mais apropriado.

O ministro Villas Bôas Cueva também salientou o esforço da proposta em evitar a judicialização excessiva e recordou que "o artigo 10 do anteprojeto autoriza a criação de políticas especiais de incentivo ao uso dos métodos autocompositivos de resolução de conflitos, por meio do estabelecimento de custas adicionais ou diferenciadas, sem prejuízo da possibilidade de concessão da gratuidade da Justiça".

Audiência p​ública

O GT contou com subsídios de um diagnóstico feito pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ e de audiência pública realizada em dezembro de 2019, com o objetivo de ouvir representantes de tribunais, associações de magistrados e de advogados, da Defensoria Pública, do Ministério Público e da academia.

O diagnóstico do Departamento de Pesquisas Judiciárias apontou discrepância na sistemática e falta de clareza nos critérios para as custas entre as unidades da federação.

A respeito da audiência pública, Villas Bôas Cueva afirmou que "foi uma excelente oportunidade para compreender os anseios e as percepções dos diversos segmentos do Judiciário e dos operadores do direito em geral quanto aos melhores caminhos para a prestação jurisdicional no país, bem como para colher críticas e sugestões, que muito contribuíram para o aperfeiçoamento do anteprojeto".

Outro membro do GT que falou sobre o encontro foi o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Cláudio Mascarenhas Brandão, o qual salientou que a audiência foi muito importante para a construção da proposta final apresentada ao presidente do CNJ, pois "qualificou o debate e trouxe para a discussão diferentes perspectivas de verificação do mesmo fenômeno. As contribuições e os diferentes pontos de vistas enriqueceram o processo".   

GT C​ustas

A composição do grupo de trabalho foi determinada na Portaria CNJ 71/2019 e levou em consideração a diversidade de agentes públicos e privados que lidam com o tema no dia a dia dos tribunais. Por isso, fizeram parte do GT Custas representantes tanto do setor público –magistratura estadual e federal, tribunais superiores e Defensoria Pública – quanto do setor privado – advogados e demais especialistas.

Com informações da comunicação social do CNJ

stj

Terceira Seção admite aumento de pena para homicídio contra adolescente maior de 14 anos

 STJ

Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), adotando posição que já era seguida pela Quinta Turma, decidiu que, na hipótese de homicídio cometido contra pessoa entre 14 e 18 anos, a pena pode ser aumentada em razão da pouca idade da vítima.

Segundo o relator do processo, ministro Sebastião Reis Júnior, o caso foi levado à seção por causa de divergência entre as turmas de direito penal do STJ: para a Quinta Turma, a idade da vítima adolescente pode ser usada para fundamentar a avaliação negativa das consequências do crime (artigo 59 do Código Penal) e, assim, aumentar a pena-base do homicídio; a Sexta Turma entendia que esse fundamento não era válido.

O relator afirmou que, em princípio, o homicídio contra adolescente ou criança é tão reprovável quanto aquele cometido contra um adulto, pois ambos vulneram o objeto tutelado pela norma jurídica – a vida.

"Não há como ignorar, no entanto, o fato de que o homicídio perpetrado conta a vítima jovem ceifa uma vida repleta de possibilidades e perspectivas, que não guardam identidade ou semelhança com aquelas verificadas na vida adulta", fundamentou o ministro ao defender a idoneidade do agravamento da pena-base com base na idade da vítima.

Tragédia cr​​escente

Sebastião Reis Júnior disse que também é preciso levar em conta as consequências do homicídio de um adolescente em sua família, a qual sofrerá por um crime que subverte a ordem natural da vida.

Ele destacou o crescente número de homicídios desse tipo no Brasil e a necessidade de uma resposta à altura por parte do Estado. Dados da Unicef – citados pelo ministro em seu voto – revelam que 191 mil pessoas de dez a 19 anos foram assassinadas no Brasil entre 1996 e 2017.

Para o ministro, embora o legislador tenha previsto no parágrafo 4º do artigo 121 do Código Penal o aumento de pena para homicídio doloso praticado contra menor de 14 ou maior de 60 anos, nada impede que o magistrado, ao se deparar com um caso em que a vítima tinha entre 14 e 18 anos, aumente a pena na primeira fase da dosimetria, pois o crime praticado contra adolescente tem consequências mais graves.

"Entendo que deve prevalecer a orientação firmada na Quinta Turma desta corte, no sentido de que a tenra idade da vítima é elemento concreto e transborda aqueles inerentes ao crime de homicídio, sendo apto, pois, a justificar o agravamento da pena-base, mediante valoração negativa das consequências do crime" – concluiu o ministro, ressalvando apenas que esse entendimento não pode ser aplicado nas situações em que incidir a causa de aumento prevista no parágrafo 4º do artigo 121 do Código Penal, pois acarretaria duplicidade.

stj
Esta notícia refere-se ao(s) processo(s):REsp 1851435

domingo, 16 de agosto de 2020

Forças de Segurança do Tocantins recebem novos armamentos da Secretaria Nacional de Segurança Pública

 


15/08/2020 - Andressa Santos/Governo do Tocantins

O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Cristiano Barbosa Sampaio, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras, estiveram em Brasília, na tarde dessa sexta-feira, 14, para participar da cerimônia de entrega dos novos armamentos cedidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Os novos equipamentos são resultado do Termo de Acordo de Cooperação Federativa celebrado entre a União e o Estado para reforçar o combate à criminalidade no Tocantins.

O Acordo nº 47/2017 tem por objetivo a execução de atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública no País e, neste sentido, a Secretaria Nacional de Segurança Pública disponibilizou para os 26 estados e mais o Distrito Federal 1.660 carabinas cal.5,56mm. O armamento faz parte do legado referente aos anos de 2018 e 2019 do efetivo mobilizado pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública (DFNSP).

Para as Forças de Segurança do Tocantins, foram distribuídos 1 Fuzil Multi-Calibre .308 Win destinado à Polícia Militar (PMTO); 5 fuzis M-15 Multi-Calibre .223, destinado à Companhia Independente de Operações Especiais da PMTO; 68 carabinas calibre 5,56mm que serão distribuídas à Polícia Civil e à Polícia Militar do Estado.

De acordo com o secretário Nacional de Segurança Pública, Renato Paim, as entregas fazem parte de um esforço conjunto entre os estados e a União, por meio do princípio de Cooperação Federativa. “São equipamentos que, de acordo com a Lei n° 13.675 de 2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), contribuem para o fortalecimento dos agentes de segurança pública que atuam nos estados. Nós não podemos falar de avanços na segurança pública sem citar os representantes estaduais, os maiores responsáveis pela redução dos índices criminais”, destacou.

Para o Comandante-Geral da PMTO, a cooperação com o Ministério da Justiça é fundamental para a Segurança Pública não só do Tocantins mas de todo País. “Ter policiais militares tocantinenses servindo à Força Nacional de Segurança é crescimento para todos, pois agrega conhecimento e experiência aos nossos militares quanto estes também trazem para a Força Nacional as expertises adquiridas em nossa instituição. O legado recebido hoje aprimorará ainda mais as ações realizadas para a segurança do cidadão tocantinense.”

Termo de Acordo de Cooperação Federativa

Desde dezembro de 2019, os estados e o Distrito Federal estão recebendo os equipamentos. As unidades federativas são responsáveis pela manifestação do interesse por cada material. Ao todo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública já investiu, neste ano, mais de R$ 10 milhões na compra de 2.521 equipamentos e armamentos. O legado é uma contrapartida da União aos estados pela cessão de policiais civis e militares, bombeiros e peritos para ações desenvolvidas no País por meio da Força Nacional de Segurança Pública.

(Com informações do Ministério da Justiça)

 

Edição: Caroline Spricigo


Governo do Tocantins

Assentamentos rurais de Porto Nacional, Ipueiras e Santa Rosa são atendidos com cestas básicas pelo Governo do Tocantins

 


15/08/2020 - Brener Nunes/Governo do Tocantins 

Cerca de 420 famílias de Porto Nacional, Ipueiras e Santa Rosa do Tocantins receberam, nessa sexta-feira, 14, cestas básicas entregues pelo Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins). A iniciativa é uma determinação do governador do Estado, Mauro Carlesse, para suprir a necessidade de alimentos das famílias nesse momento de pandemia provocada pelo novo Coronavírus.

Ao todo, 13 assentamentos que tiveram sua renda reduzida em decorrência das medidas de distanciamento social adotadas para diminuir os impactos da pandemia foram visitados pelas equipes que realizam a missão com apoio da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas). 

Beneficiados 

Zilda Souza mora com a neta e com o marido no assentamento. “Agradeço muito ao Governador por ter lembrado de nós no assentamento. Moro aqui há 12 anos com meu marido, criei meus filhos e, agora, estou criando minha neta também. Meu esposo está desempregado e eu cuido da casa. Então, essa cesta chegou em uma boa hora”.

A dona de casa Lenilda Vieira cuida sozinha da família enquanto o marido trabalha na Ilha do Bananal e  agradeceu pela visita das equipes do Governo do Tocantins. “Quero agradecer por essa cesta que chegou até a minha casa. Aqui no assentamento está difícil as coisas. Moramos oito pessoas aqui, e agora, com minha neta, somos nove”. 

O senhor João Gomes Marinheiro recebeu a equipe do Governo com música e poesia. Cantor, poeta e compositor, ele também agradeceu pela ação. “Governador Mauro Carlesse quero dizer algo: O Brasil é muito grande e tem muitas necessidades. Desejo ao senhor felicidade, que Deus lhe dê sensibilidade para terminar seu mandato e que continue sendo apoiado. Obrigada por mandar esses rapazes aqui com estas cestas. Nós precisamos disso”.

Transparência e controle

Os processos referentes às aquisições e aos contratos realizados no contexto da Covid-19 estão disponíveis no Portal da Transparência pelo endereço www.transparencia.to.gov.br. Para consultar, acesse na página principal a aba azul - Consulta Contratos Emergenciais -, e a aba verde - Gráficos dos Empenhos e Pagamentos -, e informe-se sobre todos os trâmites.

É importante ressaltar que compras diretas, ou seja, sem licitação, estão autorizadas pela Lei Federal n° 13.979/2020 – de enfrentamento à Covid-19, somente para atender a situação emergencial provocada pela pandemia.

Legislação federal e estadual referente a este contexto está disponível para consulta no site da Controladoria-Geral do Estado (CGE-TO) pelo link https://www.cge.to.gov.br/legislacao/legislacao-aplicada-a-covid-19/ .

 

Edição: Caroline Spricigo

 

 

Governador Mauro Carlesse decreta luto pelos 500 tocantinenses mortos pela Covid-19

 


14/08/2020 - Vania Machado/Governo do Tocantins

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, decretou luto oficial de três dias pelos 500 tocantinenses mortos pela Covid-19. O Decreto será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), edição desta sexta-feira, 14.

"É declarado luto oficial em todo o Estado, por três dias, a partir de hoje [14], em sinal de profundo pesar pelo falecimento de vítimas da Covid-19, doença pandêmica que, nesta data, inscreve-se na história do Tocantins, em dolorosa lacuna, perfazendo um total de 500 óbitos", expressa o texto do Decreto.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, 14, o Tocantins alcançou a triste marca de 35.403 casos confirmados da doença que vitimou 500 tocantinenses. Do total de casos, 21.896 pessoas já se recuperaram e outros 13.007 correspondem a casos ativos, dos quais 324 encontram-se hospitalizados, sendo 187 em leitos clínicos e 137 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19.

“Que notícia triste, saber que perdemos 500 vidas para esta doença. Pais, mães, filhos, amigos, pessoas importantes para seus familiares e para sua comunidade, com muito ainda a contribuir para o Tocantins. Mas, infelizmente, não estão mais entre nós. Só nos resta lamentar, profundamente, e pedir a Deus que conforte cada familiar”, afirma o governador Mauro Carlesse.

Pedido

Diante deste cenário, o Chefe do Executivo reforça o pedido à população, principalmente aos jovens, para que mantenha o distanciamento social e respeite as medidas preventivas adotadas pelas gestões Estadual e municipais. “Mais uma vez, eu peço aos jovens que usem máscara, não façam aglomerações e respeitem as leis. Eu sei que o jovem tem a vontade de sair, de curtir, mas o momento é muito complicado. O novo Coronavírus está aí no Brasil inteiro e, no nosso caso, aumentando a quantidade de pessoas contaminadas. Enquanto não tivermos uma vacina ou um remédio que cure de fato ou nos proteja, ninguém está livre de se contaminar”, ressalta.

O governador Mauro Carlesse destaca ainda os investimentos feitos para enfrentamento e combate à Covid-19. “Temos investido em hospitais, mão de obra, premiando os servidores que atuam na linha de frente, ajudando as prefeituras como Araguaína, onde já enviamos os respiradores; Palmas também está precisando e vamos enviar para ajudar a população da Capital; como Gurupi, Augustinópolis, em toda a rede do Estado, estamos investindo para combater o novo Coronavírus. No entanto, é preciso que todos colaborem, porque nossa rede pública está atingindo uma quantidade que, daqui mais um pouco, já não vai poder atender alguém que possa precisar”, afirma.

As medidas de higiene e proteção individual também são lembradas pelo gestor. “Se puder, fique em casa. Se não tiver como ficar em casa, ao sair às ruas se proteja; lave as mãos com frequência, use álcool em gel, desinfecte seu ambiente de trabalho, mantenha o distanciamento das pessoas, e por favor, use máscara. Quando retornar para casa, se higienize o quanto antes, coloque a roupa para lavar e tome um banho, para depois curtir a família. Proteja-se e cuide dos seus”, alerta.

 

Edição: Lenna Borges

Revisão Textual: Marynne Juliate



Governador Mauro Carlesse recebe imóveis da União para construção das sedes da PM e dos Bombeiros de Porto Nacional

 


14/08/2020 - Jarbas Coutinho/Governo do Tocantins

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse; e o superintendente do Patrimônio da União no Tocantins, Lúcio Silva Alfenas, assinaram nesta sexta-feira, 14, no Gabinete do Governador, Contrato de Cessão de Uso Gratuito de imóveis em Porto Nacional. Os imóveis serão destinados para a construção das sedes do 5° Batalhão de Polícia Militar do Estado do Tocantins e da 5ª Companhia de Bombeiros Militar do Tocantins (5ª CIA/BBM).

Os dois imóveis foram cedidos pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, da Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia e estão localizadas no anel viário, Setor Aeroporto, em Porto Nacional. O imóvel destinado aos Bombeiros conta com uma área de 17.343,07 m². Já o imóvel da Polícia Militar (PM) conta com área de 25.580,85 m².

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins, coronel Reginaldo Leandro Silva, frisou que a cessão desse imóvel certamente vai viabilizar a construção da sede da 5ª Companhia de Bombeiros Militar do Tocantins de Porto Nacional. “O primeiro passo foi dado com a concretização dessa cessão de uso, já temos o projeto e agora vamos buscar recursos para viabilizá-lo”, destacou.

O coronel Jefferson Nunes Alecrim, subchefe do Estado-Maior da PM, que representou o comandante-geral da Polícia Militar, Jaizon Veras, ressaltou que o imóvel será utilizado para construção da sede do 5° Batalhão da Polícia Militar de Porto Nacional e o próximo passo será elaborar o projeto.

O superintendente Lúcio Silva Alfenas reforçou o compromisso de regularização fundiária das áreas públicas federais no Estado e a parceria com o Governo do Tocantins. Além disso, aproveitou para elogiar o ousado programa de regularização fundiária colocado em prática pelo governador Mauro Carlesse no Estado, que prevê a convalidação de 80 mil títulos paroquiais. “Reforço o nosso compromisso de regularização de área da União no Estado e lembramos que muitos desses imóveis estão ociosos. Somos parceiros e o Governo do Tocantins está de parabéns pelo programa colocado em prática”, frisou.

Por sua vez, o governador Mauro Carlesse agradeceu pelo desprendimento do superintendente em agilizar os trâmites para cessão dos imóveis e destacou a importância dos programas de regularização fundiária. “O que queremos é isso, estreitar o relacionamento com os organismos do Governo Federal para colocarmos em prática programas que promovam o crescimento do Estado. Entendemos que o Governo Federal precisa destinar essas áreas ociosas para a iniciativa privada. Não podemos deixar de atender o investidor por falta de área para implantar o seu negócio, gerar emprego e renda para o povo”, pontuou.

A solenidade contou também com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal; e do vice-governador Wanderlei Barbosa.

 

Edição: Lenna Borges

Revisão Textual: Marynne Juliate



Edição especial do Preamar Cabano celebra a Adesão do Pará

 


16/08/2020 07h01 - Atualizada hoje 09h32
Por Josie Soeiro (SECULT)

Foto: Mario Quadros / SECULTFoi sob os olhares curiosos dos moradores da comunidade da Vila São Francisco Xavier, em Barcarena, que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), celebrou a Adesão do Pará com uma edição especial do Preamar Cabano. A programação contou com a exposição "Vozes da Cabanagem" e a exibição da videoinstalação "Revolução Cabana", no salão paroquial da Igreja de São Francisco Xavier, onde estão os restos mortais de um dos principais líderes da Cabanagem: o Cônego Batista Campos.

Segundo pesquisas e documentos históricos, a Adesão do Pará está diretamente ligada à Cabanagem, movimento popular que tomou Belém em 1835. "Essa data é muito importante para a história do Pará, porque é o dia em que a Província do Grão-Pará aceitou fazer parte do império do Brasil. Popularmente, a gente conhece como o dia da Adesão à independência, mas o que a maioria das pessoas não sabe é que essa data também é extremamente importante para a Cabanagem. As pessoas geralmente não costumam ligar as datas históricas, mas os fatos que se sucedem após 15 de agosto vão culminar na Cabanagem, em 1835", explica o historiador e diretor do Arquivo Público do Pará, Leonardo Torii.

Foto: Mario Quadros / SECULTA exposição trouxe documentos históricos de Barcarena sobre a Cabanagem, como a  cópia da Ata de Adesão e vários documentos relacionados às datas históricas. 

"Nosso intuito é sempre aproximar as pessoas da história da região, não só de Barcarena, mas do Pará, Belém e suas adjacências. Percebemos que comumente, a maioria das pessoas não conhece a trajetória do seu povo e de sua região. Com a mostra conseguimos refletir sobre o que foi o dia 15 de agosto, qual seu impacto, ligação com a Cabanagem e de que forma isso vai definir muito a história de Barcarena", destaca Leonardo Torii.

Foto: Mario Quadros / SECULTPara moradores da comunidade, como Ailton do Espírito Santo, a iniciativa da Secult cumpriu seu objetivo e concorda com o diretor do Arquivo Público. "A programação foi muito bonita e também cheia de informações importantes. Muitos de nós, moradores daqui, desconhecemos nossa história e ver os painéis, observar os documentos, e assistir à animação na noite de hoje chega até a nós emocionar, de saber que nossa comunidade tem uma história rica e importante, que a gente nem faz ideia. Que venham mais e mais eventos como este", destaca o visitante. 

O pároco, padre Milton Trindade, também elogiou a iniciativa. "Nossa Paróquia se sente muito agraciada em receber essa exposição que celebra a Adesão do Pará aqui na vila São Francisco, palco de articulação do movimento cabano. Essa iniciativa da Secult proporciona à comidade o resgate de sua própria história e motivar o nosso povo a lutar poe direitos, dignidade e justiça, assim como os cabanos. Acredito também que este seja só o início de outras parcerias que possam envolver nossa comunidade no resgate da memória", destaca o padre. 

A exposição "Vozes da Cabanagem" segue aberta, no Salão Paroquial da Igreja de São Francisco Xavier até o  21 de agosto, no horário de 17h às 19h. A entrada é gratuita.

agência pará 

Pará sobe para a 10ª posição no ranking de isolamento social

 


16/08/2020 11h30 - Atualizada hoje 15h19
Por Aline Saavedra (SEGUP)

O Pará esteve no 10º lugar no ranking brasileiro de isolamento social no sábado  (15), com a taxa de 40,38% de pessoas se mantendo em casa para evitar a proliferação do novo coronavírus. Os dados foram divulgados neste domingo (16), pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParaO Secretário de segurança pública e Defesa Social do Pará Ualame Machado informa que o Pará vive um momento de transição, mas que os cuidados devem permanecer. "Com a reabertura das atividades, é natural que as pessoas saiam mais de casa, porém ao sair os cuidados de higiene devem ser mantidos, como o uso da máscara e a higienização das mãos com álcool em gel", lembrou. 

MUNICÍPIOS

De acordo com o levantamento, ao analisar as cidades paraenses, os três melhores índices de isolamento foram nos municípios de Nova Esperança do Piriá (65%), Cumaru do Norte (63,3%) e São João da Ponta (59,3%).  Já as cidades que mais desobedeceram a recomendação de ficar em casa, registrando um baixo índice de isolamento, foram Goianésia do Pará ( 28,2%), Curuá (30,4%) e Colares (30,4%). 

Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 41.56% e 40,1%.

Em Belém, incluindo os distritos, os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa foram: Castanheira (57,5%), Jurunas (55,9%) e Pratinha (55,6%).  Já os piores foram: Maracacuera (29,5%), Águas Boas (30,2%) e Aurá (31,7%).

Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados nos bairros Centro (48,4%), Curuçambá (46,8%) e Cidade Nova VIII (46,6%). Os piores foram: Heliolândia (29,5%), Guanabara (29,8%) e Providência (32,8%). 

Serviço: O percentual de isolamento dos 144 municípios paraenses e o monitoramento completo estão disponíveis em um espaço exclusivo sobre os índices no site da Segup.

agência pará 

ParáPaz conclui Ação Cidadania realizando cerca de 1,5mil atendimentos

 


16/08/2020 12h55 - Atualizada hoje 15h18
Por Nathalia Mota (PARAPAZ)

Foto: Ana Paula Lima / ParáPaz.A retomada do programa Ação Cidadania foi concluída com um saldo positivo, somando mais de 1,5 mil atendimentos gratuitos no município de Aurora do Pará, nordeste do Estado. A ação, promovida pelo governo do Estado, por meio da Fundação ParáPaz, aconteceu na sexta e sábado (14 e 15), na Escola Estadual Hildeberto Reis, de 8h às 15h. A procura pela carteira de identidade foi o serviço mais buscado, pois é o principal documento de identificação do país, além de ser necessário para solicitação de outros documentos. 

A dona de casa Maria Darliene Silva (29) chegou ao local com o objetivo de tirar a certidão de nascimento do filho de dois meses, mas como não possuía documento com foto não poderia registrar o bebê. “Quando cheguei aqui fui orientada a tirar minha identidade primeiro pra depois dar entrada no registro dele no cartório, porque desde que ele nasceu já fui lá mais de três vezes e mandam eu voltar pra casa sem nada. Pedi muito a Deus para colocar alguém na minha vida para me ajudar porque eu ia para um lado e ia para o outro e mesmo assim não conseguia resolver. Aqui me atenderam muito bem, me explicaram e disseram que quando eu aparecer no cartório de novo com a minha identidade vou conseguir registrar meu filho”, comemorou.

Foto: Ana Paula Lima / ParáPaz.“Retomamos nossas atividades com todos os cuidados por conta da pandemia do Covid-19. Tivemos o cuidado em manter o distanciamento social, álcool gel nas mãos na entrada e uso de máscara obrigatório. Nossa maior demanda foi a procura por carteira de identidade e logo depois pelos serviços de saúde. Tivemos um bom retorno e a cidade nos recebeu muito bem”, avaliou o coordenador da Ação Cidadania, Nilson Lima, da ParáPaz.

Ação Cidadania - O programa oferece à população serviços nas áreas da saúde, cidadania, emprego e renda, suprindo carências existentes na maioria dos municípios e conta com a adesão de diversos órgãos estaduais, que se tornaram parceiros com papel fundamental nas ações, que já chegaram a mais de 60 mil atendimentos, percorrendo 21 municípios. Os órgãos presentes nesta ação, foram: Secretaria de Saúde (Sespa), Polícia Civil, Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Prodepa, Defensoria Pública, e Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

Foto: Ana Paula Lima / ParáPaz.

Serviço - No próximo final de semana, nos dias 21 e 22, o município a receber a ação integrada é Marabá, sudeste do Estado. Os serviços serão ofertados na Escola Municipal Maria das Neves, na Vila de Santa Fé, na estrada do Rio Preto, distante 70 quilômetros de Marabá. 

agência pará 

Estado afirma que sentença judicial viola direitos processuais básicos

 


16/08/2020 16h42
Por Barbara Brilhante (PGE)

O Governo do Pará, por meio da sua Procuradoria-Geral (PGE), interpôs recurso de apelação requerendo a anulação da sentença emitida pelo juiz federal Henrique Jorge Dantas da Cruz, que suspendeu os contratos realizados entre Estado e médicos cubanos, além de brasileiros formados no exterior. A decisão foi emitida após Ação Civil Pública ajuizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em 22 de maio deste ano, pedindo que os profissionais parassem de atuar em todo o território paraense.

De acordo com a PGE, em nenhum dos momentos processuais, até que a sentença fosse emitida no dia 17 de julho, o juízo ordenou a citação do Estado do Pará como réu na ação, violando garantias básicas previstas pelo Código de Processo Civil, como as do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

“Há um erro claro no procedimento, por isso entendemos que a sentença é nula. O certo seria que o juiz mandasse citar o Estado para que apresentássemos defesa, de acordo com o que determina o juízo de admissibilidade, previsto no código”, explicou a procuradora-geral adjunta do Contencioso, Ana Carolina Paúl Peracchi.

A decisão também teria ignorado a petição protocolada pela Procuradoria no dia 27 de maio, de forma espontânea, requerendo a citação do Estado na ação e a realização urgente de audiência virtual. Pedido este que foi reiterado, um dia depois, pelo Ministério Público Federal (MPF), sendo a audiência igualmente solicitada.

Na ação, o CFM requer que “seja determinado que o réu se abstenha de contratar profissionais, sejam brasileiros ou estrangeiros, formados em faculdades estrangeiras, inclusive ex-participantes do Programa Mais Médicos, os quais não possuam diploma revalidado e que não estejam regularmente inscritos em CRM”, indicando o ato como sendo um potencial risco à saúde da população.

Prazos cumpridos – Ainda de acordo com a procuradora, apesar da manifestação espontânea, solicitando que o Estado do Pará fosse citado formalmente na causa para que, legalmente, pudesse integrar a relação jurídica processual, a sentença foi proferida no dia 17 de julho em favor do CFM, determinando a suspensão dos contratos e impossibilitando qualquer participação por parte do governo estadual.

A partir da sentença, o Estado teria até 09 de setembro para apelação. No último dia 05, a PGE interpôs recurso requerendo que a sentença seja anulada e que o processo retorne ao juízo para que o Estado seja, por fim, citado. Porém, até o presente momento, o pedido de efeito suspensivo não foi apreciado.

Contratos – Atualmente, segundo a Procuradoria, há 471 médicos cubanos e brasileiros formados no exterior atuando no Estado do Pará. Destes, 203 estão trabalhando no combate ao novo coronavírus em 104 municípios paraenses, e 134 desempenham suas funções em UPAs da Região Metropolitana de Belém, nos Hospitais de Campanha do Hangar e de Marabá, além do Hospital Regional de Castanhal e nas ações itinerantes da Policlínica.

“Muitos desses profissionais são médicos intensivistas com anos de experiência, que passaram a atuar na linha de frente, atendendo pacientes em estado grave em diversos municípios do Estado. Sem esses médicos, a população paraense não estaria adequadamente assistida, mesmo que hoje tenhamos mais de 9 mil médicos inscritos no CRM/PA”, complementou o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.

Ainda de acordo com o procurador, o CRM foi procurado por duas vezes seguidas pelo Estado para que pudesse indicar médicos aptos ao atendimento dos pacientes da Covid-19, antes de partir para as demais contratações, mas em nenhuma delas houve resposta.

Legalidade – A PGE reitera que todas as contratações estão baseadas no Parecer nº SN/2020-PGE, lavrado com base na Lei Complementar Estadual nº 131, de 16 de abril de 2020, que trata sobre a contratação temporária, necessária ao enfrentamento da pandemia no Pará.

“O parecer dá a sustentação jurídica necessária para que as contratações sejam absolutamente legais. Reconhecemos o trabalho desses profissionais. Aguardamos agora a apreciação do recurso pela justiça, para tomarmos as medidas cabíveis”, concluiu Ricardo Sefer.

Reunião – No último sábado (15), uma comissão de médicos estrangeiros foi recebida por gestores da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), da Casa Civil, do Programa TerPaz e da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectet), para esclarecer sobre a suspensão dos contratos e a ACP movida pelo Conselho Federal de Medicina.

Na ocasião, a Sespa informou aos participantes que o Estado já recorreu da decisão e aguarda a apreciação do efeito suspensivo. E que, no momento, cumprirá a sentença de forma gradual, para que os atendimentos não sejam interrompidos, mantendo assistência médica onde esses profissionais atuam.

Os médicos foram comunicados de que, por meio da Sectet, o Governo do Pará já organiza o programa de revalidação de diploma dos médicos estrangeiros, com o objetivo de fornecer a mão de obra destes profissionais em todos os municípios paraenses.

agência pará 

Novo Repartimento terá mais de R$ 4 milhões para construção de pontes e manutenção de vicinais

 


16/08/2020 16h47 - Atualizada hoje 18h38
Por Kátia Aguiar (SETRAN)

Foto: Ascom / SetranO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), firmou convênio com a prefeitura de Novo Repartimento, no sul do Estado, para destinar mais de R$ 4 milhões para construção de pontes de concreto e recuperação de vicinais naquele município. Ao todo serão destinados R$ 2.001.728,20 para construção de seis pontes de concreto e R$ 2.088.901,08 para recuperação das estradas vicinais, a primeira a que interliga o Distrito de Maracajá à Vila de Brasil Novo, e a outra  que vai da Vicinal 45 à Vila  Carajás.

Segundo o prefeito de Novo Repartimento Deusivaldo Pimental, mais conhecido como “Amizade”, o município possui mais de seis mil quilômetros de estradas vicinais, mais de 50 projetos de assentamentos, e o recurso será investido em duas pontes na cidade e quatro na zona rural. “As vias que serão beneficiadas interligam vilas, distritos e projetos de assentamento, com os benefícios que chegam para população, seja pela Setran ou por outras secretarias do governo, tornando possível incrementar nossa produção e garantir o escoamento das áreas onde são produzidas”, destacou.

A base da economia de Novo Repartimento é a agropecuária, o município tem o terceiro maior rebanho do Estado do Pará e é o segundo maior produtor de cacau. 

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Previna-se contra o HPV e evite chances de contrair câncer

SAÚDE DF

Vacina que imuniza contra essa infecção sexualmente transmissível, disponível nas UBSs, protege contra quatro tipos de vírus

Câncer de colo de útero: um tumor frequente, mas perfeitamente evitável |  ICB - Instituto de Câncer de Brasília
FOTO: REPRODUÇÃO

O papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) é uma infecção sexualmente transmissível extremamente comum e pode provocar desde verrugas genitais até neoplasias, como câncer no colo do útero, no pênis e na laringe. Estudos sugerem que entre 50% a 60% da população terá contato em algum momento da vida com este vírus. Por isso, a melhor forma de prevenção contra o vírus é a vacina, disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal.

“A vacina protege contra quatro tipos do vírus, dois de baixo risco e dois de alto risco. Os de baixo risco são encontrados em 90% dos condilomas genitais, também conhecidas como verrugas genitais. Já os de alto risco, a vacina protege contra os subtipos de HPV responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero”, informa Indara Queiroz, referência técnica distrital (RTD) em Ginecologia Oncológica da Secretaria de Saúde.

A especialista reforça a necessidade de a população procurar as salas de vacina das UBSs mais próximas de suas residências para aumentar a prevenção contra o HPV. O público-alvo da imunização são meninas entre nove e 14 anos de idade e meninos de 11 a 14 anos, que devem receber duas doses, com intervalo de seis meses. Contudo, a cobertura vacinal dessa parcela da população tem se mostrado baixa nos últimos anos.

De 2013 a 2019, 47,8% das meninas nessa faixa etária residentes do Distrito Federal receberam duas doses da vacina contra HPV. Entre os meninos, a porcentagem foi ainda mais baixa. No período entre 2017 e 2019, dos meninos residentes do DF com idade entre 11 e 14 anos, apenas 28,4% receberam as duas doses necessárias.

Movimento anti-vacina
Indara Queiroz reconhece que o Distrito Federal foi pioneiro na vacinação anti-HPV, antes mesmo da introdução dela no calendário nacional de imunização pelo Ministério da Saúde. Mas, lembra ela, um dos principais fatores para a baixa cobertura vacinal tem sido que os adolescentes, público-alvo da vacina contra HPV, não procuraram as unidades de saúde habitualmente. Além disso, o movimento mundial anti-vacina nos últimos anos prejudicou não apenas campanhas relacionadas ao HPV, como também de outras doenças.

“Em 2017, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, lançou a campanha de vacinação nas escolas. Entretanto, muitos pais foram contra a vacinação, e estas campanhas foram gradualmente suspensas. A vacina também é ofertada na rede privada, porém a custos muitas vezes inacessíveis, ressaltando a importância da oferta em rede pública”, alerta a especialista.

O preservativo protege parcialmente. A melhor forma de prevenção continua sendo a vacinaIndara Queiroz, referência técnica da Secretaria de Saúde

Apesar de o preservativo ser outra opção para proteger contra doença sexualmente transmissível, Indara Queiroz ressalta que esse método é relativamente eficaz contra o HPV. “Ele protege parcialmente, pois alguns condilomas podem ser transmitidos com o contato de partes genitais as quais o preservativo não alcança, como a base do pênis ou a vulva. Então, a melhor forma de prevenção continua sendo a vacina”, reforça.

Muitas pessoas com HPV não desenvolvem qualquer sintoma, mas ainda podem infectar outros indivíduos pelo contato sexual. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que apenas 5% das pessoas infectadas desenvolverão alguma forma de manifestação da doença, que pode ser clínica ou subclínica (não visível a olho nu).

Os sinais clínicos podem incluir verrugas nos órgãos genitais ou na pele circundante, além do câncer no colo do útero, no pênis, na laringe e no ânus. E as subclínicas são diagnosticadas apenas por exames específicos.

Exames
A melhor forma de saber se uma pessoa tem HPV é por meio de exames clínicos regulares que incluem observação da presença das verrugas e exames de rastreamento como o Papanicolau, disponível em todas as unidades básicas de saúde.

Outros exames específicos – como a colposcopia e peniscopia – são realizados a partir da identificação das lesões previamente mencionadas. Eles também encontram-se disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações da Secretaria de Saúde/DF

Em 24h, 1.848 novos casos e 23 mortes no DF

  • DF
  • Covid-19: veja o total de casos confirmados em Petrolina e região em 7 de  maio | Petrolina e Região | G1
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  • Depois de cinco meses desde o registro do primeiro caso de coronavírus no DF, a Secretaria de Saúde contabiliza, ao todo, 135.014 pessoas que contraíram o vírus na capital federal. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.848 novos casos da doença, e 23 pacientes perderam a vida.

    O DF chega a um total de 1.958 óbitos em decorrência da doença, sendo que 169 das vítimas moravam em outros estados. Das 23 mortes confirmadas no mais recente boletim da secretaria, divulgado ontem às 18h, a maioria dos infectados morava em Ceilândia (6). Quatro residiam em Santa Maria, três em Taguatinga e no Gama, dois no Guará e os demais em Águas Claras, Brazlândia e Plano Piloto. Os óbitos aconteceram entre 20 de junho e 14 de agosto.

    Ceilândia permanece sendo a região administrativa com o maior número de contaminados e de mortes. São 16.808 e 372, respectivamente. A cidade também apresenta a mais alta taxa de letalidade — 2,2% —, junto a Recanto das Emas e Santa Maria. A taxa do DF é de 1,5%.

    Recuperados

    O delegado se junta aos 1.193 profissionais da segurança pública que contraíram o vírus. Também atuando na linha de frente do combate à pandemia, outros 4.808 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem foram contaminados.


    FONTE: CORREIO BRAZILIENSE