sábado, 15 de agosto de 2020

Batalha contra o vandalismo

 


Equipes do GDF Presente estiveram pela sexta vez no Deck Sul. Foi a sexta ação no local só neste ano

Deck Sul recebeu higienização caprichada em novo mutirão do programa | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Governo do Distrito Federal luta contra o vandalismo nas áreas de lazer abertas ao público. Na manhã desta sexta-feira (14), uma equipe de 65 pessoas de vários órgãos do governo, capitaneadas pelo GDF Presente, fez uma grande operação de melhorias no Deck Sul, que fica nas margens do Lago Paranoá. Foi a sexta vez que o programa esteve no espaço apenas neste ano.

“Estamos tentando manter o parque limpo e arrumado, mas precisamos de apoio da população”Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto

A ação começou na quinta-feira (13), com uma ação de despoluição das margens do Lago Paranoá. O Polo Central Adjacente 1 e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retiraram lixo no gramado e na vegetação à beira do lago, resíduos que foram deixados no local pelos próprios frequentadores. Materiais descartáveis, latas de cerveja, de refrigerante e diversos outros tipo de descarte encheram a carroceria de dois caminhões com capacidade de oito toneladas cada um.

Nesta sexta-feira (14) a equipe fez uma grande limpeza no Deck Sul. Recolheram mais lixo e lavaram banheiros, quadras de esporte, as áreas dos sombreiros e a parada de ônibus do local, bem como pintaram bancos e mesas e higienizaram o parquinho. Os meios-fios receberam pintura e funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) fizeram roçagem nos gramados e podaram árvores em todo o espaço.

Toneladas de entulho foram retiradas das margens do Paranoá | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) instalou novas placas, substitui outras e sinalizou estruturas do estacionamento. A equipe do GDF Presente lavou as placas de sinalização das redondezas e, com apoio da Vigilância Ambiental, fez uma inspeção no parque, aplicou inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV) pesado – popularmente conhecido como fumacê – e fez a desratização do ambiente.

“A limpeza das placas de sinalização é um cuidado simples, que tem um resultado tão significativo”, destacou o coordenador do Polo Central Adjacente 1, Alexandro César de Oliveira.

Hevelyn de Freitas: “Vi que não estamos esquecidos” | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

A ação foi solicitada pela Administração do Plano Piloto. A administradora Ilka Teodoro diz que, apesar de ser constantemente depredado, manter o espaço de lazer em bom estado é uma das prioridades do GDF. “Estamos tentando manter o parque limpo e arrumado, mas precisamos de apoio da população”, afirmou.

Os frequentadores do Deck Sul e os colaboradores do GDF Presente receberam mudas de ipê. Hevelyn de Freitas Pereira, 38 anos, foi uma delas e diz ter ficado até mais motivada quando viu a equipe do GDF no local. “Vi que não estamos esquecidos”, afirmou.

140 toneladasde entulho foram retiradas do Guará desde segunda (10)

Moradora do Guará, ela faz caminhadas no Deck Sul diariamente, desde o começo da pandemia do coronavírus. “É um lugar maravilhoso. Gosto daqui porque tem muita natureza, tem vista para o lago. O governo tem que insistir da manutenção”, pediu.

Elogios no Park Way

Quem também recebeu elogios foi a Administração do Park Way, que nesta semana recebeu um mutirão do Polo Central Adjacente 2 e de funcionários de outras duas administrações: de Núcleo Bandeirante e de Candangolândia. “Conseguimos atender praticamente todas as demandas que estavam registradas na ouvidoria”, disse o administrador do Park Way, Maurício Tomaz da Silva.

Sinalização de estruturas do estacionamento coube ao Detran-DF | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Desde segunda-feira (10) foram recolhidas, em trabalho diário, cerca de 250 toneladas de lixo, galhos de árvore e inservíveis. A retirada foi feita nas quadras 3, 7, 8, 18 a 26, 28 e 29. As 12 paradas de ônibus e oito pontos de encontro comunitário (PECs) foram lavados, todos os jardins da cidade foram regados e árvores de várias quadras foram podadas.

Cerca de 180 faixas de propaganda irregular foram retiradas das ruas e aproximadamente 100 toneladas de massa asfáltica foram usadas para tapar os buracos nas quadras 3, 10, 16 e 18. “Chegamos bem próximos da meta de buraco zero. A cidade ficou ainda mais bonita”, acrescenta Maurício.

Lixo

No Guará, o Polo Central e a administração regional acabaram com um lixão irregular na QE 18, embaixo da linha de transmissão de energia de Furnas. A área é uma das diversas que são usadas pela população, há anos, para o descarte inadequado de entulho, galhos de árvore e inservíveis, o que gera demandas da comunidade e exige pelo menos duas limpezas por mês.

Na quarta-feira (12), toneladas de entulho foram retiradas do local. O GDF Presente já recolheu 140 toneladas de entulho na cidade desde segunda-feira (10).

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Cobertores e cestas básicas para 180 famílias do Recanto das Emas

 


Comitê de Emergência Covid-19 atua para amenizar o sofrimento da população vulnerável em tempo de pandemia

Criado pelo Governo do Distrito Federal por meio do Grupo de Trabalho Social, o Comitê de Emergência Covid-19  distribuiu cestas básicas e cobertores para 180 famílias do Recanto das Emas em situação de vulnerabilidade. Também foram entregues 700 itens de combate ao frio doados pelo Comitê do Voluntariado da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Para a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, é necessário criar uma corrente do bem e dar esperança e dignidade para os que mais precisam. “A união de esforços garantiu que as famílias beneficiadas possam se alimentar e se aquecer”, comentou. O trabalho contínuo do Comitê de Emergência Covid-19 é fundamental para que entregas como essa sejam realizadas, explicou Anucha Soares, coordenadora do GT-Social do Comitê. “Aqueles que queiram realizar doações poderão enviar um e-mail para doacoescovid@economia.df.gov.br ou deixá-las na sede da Defesa Civil que fica no SIA Trecho 6 Lotes 25/35 Edifício Excellence Business Center”.

Agasalhos e alimentos para moradores carentes do Recanto das Emas| Foto: Divulgação

Parceira da Campanha do Agasalho Solidário 2020, a CLDF  criou uma campanha que contou com a participação dos servidores da Câmara, dos aprovados no último concurso e dos servidores do BRB. Rafaela Abrantes, coordenadora do comitê, falou sobre os cuidados adotados.“As doações foram entregues em bom estado, higienizadas e embaladas em plástico transparente para evitar contaminação”.

Campanha do Agasalho Solidário 2020

A Campanha do Agasalho Solidário 2020, iniciativa da primeira-dama do DF, Mayara Rocha, arrecadou mais de 10 mil itens de combate ao frio e se consolidou como campanha integrada. As administrações regionais e os batalhões da Polícia Militar funcionaram como pontos de arrecadação.

*Com informações da Subchefia de Políticas Sociais e Primeira Infância

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Setorização de redes de água chega a Taguatinga Sul

 


Obras serão na segunda-feira (17) e deixarão algumas regiões sem abastecimento

Na próxima segunda-feira (17), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) avançará nas obras de setorização das redes de água de Taguatinga. Para isso, o fornecimento de água será interrompido, temporariamente, em alguns pontos da cidade.

Entre 8h e 22h ficarão sem água o Setor Hoteleiro, as C6, C8 e C12 e as QSA 1 a 25, a Área Especial 12, as CSA 1 a 3 e o Setor D Sul, dos lotes 1 ao 8. Também serão afetadas as CSB 1 a 9, as QSB  1 a 10, a Área Especial 1 a 4, a QSC 1 a 28, a Área Especial 1 a 10 e a CSC 1 a 12, além do Parque Saburo Onoyama, do Hospital São Vicente de Paulo e das chácaras 25 a 28 (A e B) da QSC 19.

A Caesb pede a compreensão da população e recomenda o uso racional da água até a volta dos serviços. Segundo a companhia, é melhor que as pessoas evitem ações como lavar roupas e carros ou regar o jardim.

Ainda de acordo com a Caesb, todo imóvel deve contar com reserva de volume mínimo correspondente ao consumo médio diário, de acordo com o artigo 50 da Resolução nº 14, de 27 de outubro de 2011, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).

A norma estabelece as condições da prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Distrito Federal. Com essa reserva, os usuários são menos afetados com a interrupção no fornecimento de água.

Em caso de dúvidas, a população pode entrar em contato pelo telefone 115.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Caravana de São João circula no DF espalhando forró e empregando artistas

 


Projeto apoiado pelo Governo do Distrito Federal transforma a realidade de músicos e gera 300 empregos durante a pandemia

| Foto: Joel Rodrigues, Agência Brasília

O forró de Luiz Gonzaga, tocado sobre um pau de arara na região administrativa de São Sebastião, anunciava que a festa reinventada e sem aglomeração estava pronta para começar. Na carroceria decorada do caminhão guiado por uma kombi azul e branca, os forrozeiros do Trio Xodó davam ritmo à Caravana de São João, projeto apoiado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) que tem levado cultura de graça a milhares de moradores de 24 regiões administrativas e gerado emprego a centenas de artistas do DF (veja mais no vídeo abaixo).

“É uma iniciativa maravilhosa, pois leva música e distrai quem está ansioso em casa nessa quarentena”Renata Barbosa, técnica de enfermagem

A ação é capitaneada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa que, durante a pandemia do novo coronavírus, acelerou o trâmite para o empenho de termos de fomentos inscritos na lei de incentivo à cultura. Com isso, garantiu o trabalho de artistas impedidos de se apresentar diante do cancelamento das quadrilhas e festas juninas nos meses de junho e julho. 

Pelo menos 300 artistas – entre músicos, cantores e dançarinos – foram contratados para a Caravana de São João, além de mais de 100 trabalhadores envolvidos no suporte como seguranças, brigadistas, técnicos de som e iluminação. Foram gerados 300 empregos, ao todo, entre os quais 250 diretos e 50 indiretos.

“Trata-se de um projeto que mostra a importância dos recursos executados pelo GDF nesse delicado período de pandemia. Foram mais de R$ 22 milhões de termos de fomento e de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), gerando centenas de empregos diretos e indiretos”, comemora o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues.

| Foto: Joel Rodrigues, Agência Brasília

Programação

Entre 24 de julho e 22 de agosto, 61 atrações locais passarão por 24 regiões administrativas (RAs), num total de 71 apresentações. Trios e bandas de forró, duplas sertanejas, duplas de repentistas e de emboladores de coco, além de bandas de reggae e de MPB, formam a programação. Todos estavam incluídos em projetos culturais aprovados pelo GDF antes da limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus e precisaram se reinventar.

Assista ao vídeo:

Tudo isso estimulando a geração de renda em uma das classes mais afetadas pela falta de trabalho neste período de suspensão de atividades. “A Secretaria de Cultura e Economia Criativa está readequando todos os projetos aprovados para que a cadeia produtiva não pare. Além de promover o desenvolvimento social ao levar arte a mais de um milhão de pessoas sem que elas precisem sair de casa ou do trabalho”, afirma a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Mirella Ximenes.

Música e conscientização

Como em toda quadrilha que se preze, o mestre de cerimônias do forró itinerante mandava recados a quem estava nas calçadas. “Use a máscara, se higienize e vamos vencer essa pandemia”. No trajeto acompanhado pela equipe da Agência Brasília, o pau de arara com os forrozeiros circulou na avenida Comercial de São Sebastião no final da tarde de quinta-feira (13). As apresentações diurnas passam em frente aos comércios, enquanto as noturnas são direcionadas às áreas residenciais.

250empregos diretos foram gerados pela Caravana de São João

Na parada de ônibus à caminho do hospital onde trabalha, a técnica em enfermagem Renata Barbosa, de 26 anos, sacou o celular para gravar os músicos. “É uma iniciativa maravilhosa, pois leva música e distrai quem está ansioso em casa nessa quarentena”. Um pouco mais à frente, a atendente de uma loja de conveniência Cris Dayane, também de 26 anos, gostou do que viu. “Mesmo que rapidinho, descontrai e nos dá a oportunidade de conhecer coisas novas em um momento em que as festas e os shows estão proibidos”.

O retorno dos moradores por onde passa a Caravana de São João tem deixado o produtor cultural Arkson Rangel emocionado. Para ele, a proposta de promover as atrações sobre o caminhão, com ritmos e características do Nordeste, foi gerar oportunidades de emprego aos artistas que estavam parados. “A Secretaria de Cultura nos deu todo o suporte, nos orientando como proceder entre uma atração e outra, sem comprometer a segurança das pessoas envolvidas. Mas a receptividade do público, essa sim, nos mostra que o trabalho é ainda mais recompensador”, conclui.


AGÊNCIA BRASÍLIA 

Adeus lama e poeira: bloquetes chegam a mais uma rua da Fercal

 


Administração regional utiliza recursos próprios e economiza quatro vezes mais no calçamento da via do Alto Bela Vista

O dilema da dona de casa Elicleide Batista do Nascimento, de 34 anos, só variava de estação. No inverno, com a seca, a casa era tomada pela poeira da rua sem calçamento. Já no verão, com as chuvas, o problema estava na lama que sujava até o carrinho em que ela levava os filhos para passear. A realidade da moradora se transforma junto a outras de centenas de famílias que passam a contar com calçamento de bloquetes em ruas esburacadas e, até então, de terra batida.

A obra na quadra 15 do Alto Bela Vista foi feita com agilidade. Em uma semana o que era só sujeira foi transformado em limpeza e ordem. Os bloquetes, ou blocos sextavados, foram comprados e instalados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Administração Regional da Fercal, totalizando 142 metros quadrados de calçamento.

Por exigirem apenas a montagem e o pó de pedra para afixação, os bloquetes são de fácil instalação e mais ecológicos. “Sem impermeabilização total do solo, facilitam o retorno das águas das chuvas mais facilmente ao lençol freático”, explica o administrador regional da Fercal, Fernando Gustavo.

Recursos próprios

Os recursos para instalação dos blocos vieram dos caixas da administração regional. Os blocos e os 10 metros cúbicos de pó de pedra foram adquiridos pela administração, assim como os 12 sacos de cimento necessários para a obra.

A administração pretendia abrir um processo licitatório para a construção, calculado R$25.083,66. Porém, resolveu utilizar os próprios recursos e economizar, gastando quatro vezes menos – R$ 6.007,75 – na compra dos materiais. A mão de obra utilizada foi da própria equipe de funcionários. A colaboração externa veio da Companhia da Nova Capital (Novacap), que forneceu 84 metros de meios-fios e o maquinário utilizado no preparo e nivelamento do solo antes da colocação dos blocos.

Mais limpeza

“Eu estou impressionada com a melhoria. Foram muitos anos enfrentando lama e poeira e tendo que sempre lavar tudo antes de entrar em casa”, declara Ericleide Batista. Casada e mãe de duas crianças, ela lembra que o marido Ricardo Portela Ferreira, de 40 anos, chegou a conseguir uns blocos e colocar de improviso na rua, mas que o resultado de agora nem se compara à medida paliativa.

Ricardo é vigilante e comemora o fim da fase de encarar o terreno argiloso e escorregadio dos períodos de chuva na sua rua. “Estamos bastante satisfeitos e gratos. Há seis anos morando aqui, finalmente consigo ver melhorias evidentes na Fercal.”

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Sonhos e esperança para a terceira idade

 


Espaço dedicado ao acolhimento de idosos, sob administração da Sedes, aposta em oficinas motivadoras que inspiram personagens à margem da sociedade

Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília
Formado por servidores da Assistência Social, o corpo técnico da Unai de Taguatinga é dividido em áreas administrativas e profissionais da saúde, como psicólogos e agentes sociais. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília

Aos 69 anos, seu Antônio Bernardo Abreu tem energia de sobra. Mineiro da região da Boa Vista, já fez de tudo na vida. De corretagem de banco a pedreiro, passando por ajudante de padaria, entre outras coisas. Diligente, agora ele dedica o tempo que tem na criação de pisantes de quintal e vasos de cimento, tudo dentro do projeto Jardim da Motivação, da Unidade de Acolhimento aos Idosos em Taguatinga (Unai). Subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o espaço tem como objetivo motivar a convivência e socialização entre pessoas da terceira idade, em total situação de vulnerabilidade, por meio de diversas oficinas criativas.

“Muitos dos nossos acolhidos chegam vítimas do abandono familiar. Em alguns casos, passaram até pela rua, sofrendo maus-tratos. Buscamos minimizar essa sensação de esquecimento, oferecendo, com as oficinas, momentos de distração e de diversão, uma forma de inclusão social”, diz a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “São atividades que estimulam a criatividade dos acolhidos, ajudando-os a sair da rotina, reduzindo as chances de desenvolver algumas doenças, como a depressão”, pondera.

Não duvide da eficiência dos trabalhos manuais realizados na entidade social. Um dos mais divertidos dos 25 senhores que fazem parte do projeto, o pernambucano Nivaldo José do Nascimento, 60 anos, é pura animação. Artesão, carregador de cana em cima de jegue, puxador de boi e… andarilho, ele diz que as oficinas ajudam-no a passar o tempo. E não só isso. “É mais uma coisa que aprendemos”, garante, literalmente, com a mão na massa. Isso porque, pelo menos três dias por semana, ele é voluntário na fabricação de vasos de cimentos. “Não sou de ficar parado, gosto de me sentir útil”, comenta.

Para a psicóloga da instituição, Keila Oliveira, os trabalhos da oficina educativa da Unai ajudam não apenas na recuperação da autoestima e amor próprio dos idosos, lembrando que eles têm direito a um local de qualidade para ficar, como, também, no desenvolvimento das atividades cognitivas como concentração, memória, raciocínio e imaginação.

“São trabalhos que os levam a perceber sua capacidade funcional, fazendo com que se sintam bem na organização de sentimentos e emoções”, destaca. “Muitos são pessoas que não se perdoam por determinados erros que cometeram na vida, foram pais negligentes”, salienta a educadora e gerente do espaço, Ariana Siqueira.

Ninho de conforto

Os serviços de acolhimento oferecidos pela Sedes abarcam diversos atores da sociedade em situações críticas no seu dia a dia. São adolescentes, mulheres, famílias e idosos que, por vários motivos, estavam em situações de penúria, alguns desabrigados ou alojados em moradias provisórias e até migrantes de lugares como Haiti, Venezuela, Bolívia e Índia. Eles encontram, no local, uma espécie de ninho de conforto provisório para recomeçar a vida.

Podem fazer parte do acolhimento, idosos homens com 60 anos ou mais, abrigados por três meses ou o tempo necessário, dependendo dos problemas de saúde que tiverem ou pendências com a Justiça. Ali, além de teto e materiais básicos de saúde, os acolhidos ganham cinco refeições por dias – café, almoço, dois lanches, janta -, e momentos de lazer por meio das oficinas.

“Não podemos colocar essas pessoas vulneráveis na rua, eles ficam aqui até voltar para um lugar onde possam recomeçar a vida por meio de pessoas ligadas à Igreja, amigos ou familiares”, explica Ariana. “Aliás, a grande razão de ser do nosso trabalho é ajudar esses idosos a refazer seus vínculos familiares, promover um novo começo para eles por meio de alguma rede de apoio, onde possam seguir a vida, sem depender da ajuda do Estado para sempre”, conclui.

Formado por servidores públicos da Assistência Social, o corpo técnico da Unidade de Acolhimento aos Idosos de Taguatinga é dividido em áreas administrativas e profissionais da saúde, como psicólogos e agentes sociais que trabalham em regime de plantão, ou seja, 24h por dia, além de educadores, entre elas Karla Cíntia Lourenço, desde 2009 trabalhando com a população em situação de rua no DF.

“Quando fui fazer o concurso, na hora de preencher as áreas específicas, ao invés de colocar artes, risquei educação de rua, e passei”, conta. “Daí, fiz parte de uma equipe muito massa de abordagem que ajudou a criar o Centro POP de Taguatinga”, lembra, referindo-se ao Centro de Referência para a População em Situação de Rua, em Taguatinga Norte, ao lado da Unidade de Atendimentos aos Idosos (Unai).

Com o tempo, a vontade de Karla trabalhar atividades artísticas nas ações sociais da Unidade se transformou em projetos lúdicos de grande eficiência terapêutica. “A arte tem esse poder, usando essa metodologia a gente acaba despertando o lado mais humano das pessoas”, avalia. “Uso muito no meu trabalho essa questão da poética para trabalhar o lado mais humano dessas pessoas, projetos focados na superação do indivíduo. É um trabalho muito gratificante”, conta.

Tem funcionado. Sobretudo porque o método ajudou a despertar nos idosos habilidades que muitos desconheciam ter, como é o caso do ex-garimpeiro paranaense Cícero do Nascimento, 65 anos, que aprendeu a fazer lindos pisantes de pedra usados, inclusive, no próprio espaço.

“É uma distração gostosa, já fui pedreiro, trabalhei muito em obra, mas isso não sabia fazer não”, confessa ele, há sete meses no DF. “Essas pessoas estão aqui não porque elas querem, não é uma motivação, mais um último recurso e a nossa missão é fazê-las encontrar uma nova perspectiva para o futuro”, observa a gerente Ariana.

 

O grande desafio da equipe de Unidade de Acolhimentos aos Idosos de Taguatinga é consolidar de vez o Jardim da Motivação, criando um amplo espaço de convivência na área externa da Unai, onde, além da realização de oficinas artísticas, serão feitos plantios de mudas nativas do cerrado para jardim.

Aliás, os cidadãos podem doar insumos e materiais para essas atividades, como mudas de plantas, pedras de jardim, areia fina, cimento, regadores e mangueiras de borracha, além de equipamentos como pá, enxada, espátulas e colher de pedreiro, entre outras ferramentas necessárias para a criação de um jardim. Interessados devem entrar em contato com a Unidade.

“Quando cheguei aqui fiquei encantado com essa área verde ao lado do Parque (Ecológico do Cortado), que é preservada, um lugar com energia boa e nascente brotando água do chão em plena seca”, recorda Karla. “A ideia é fazer oficinas na área externa da Unidade explorando a temática do jardim, com plantio, placas com mensagens positivas, casinhas de passarinho e abelha jataí. Temos a preocupação de recuperar esse espaço que faz parte do cerrado”, planeja.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Apoio no combate ao coronavirus para famílias de Ceilândia e do Itapoã

 


Em dois dias quase 4 mil sabontes foram doados

 Dando continuidade às ações de combate à pandemia da Covid-19, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) doou cerca de 4 mil sabonetes entre quarta e sexta-feira (14) para famílias de crianças e adolescentes de Ceilândia e do Itapoã atendidos no Golfinho, um projeto social da Companhia. Cada família beneficiada recebeu 12 unidades de sabonetes. Essa é a segunda rodada de doações que a Caesb faz nas cidades.

Além de famílias de Ceilândia, do Itapoã e do Paranoá, a Caesb doou, nos últimos meses, sabonetes para o Instituto Solidário de Ceilândia, para o Lar dos Velhinhos e para o instituto El Shadai. A iniciativa da Companhia faz parte de uma ação solidária lançada pela Empresa em 5 de maio deste ano com o intuito de durar um mês e meta inicial de arrecadar 20 mil unidades de sabonetes e barras de sabão. A Empresa atingiu o objetivo inicial e decidiu continuar arrecadando e distribuindo os itens às famílias carentes até o fim da pandemia do novo coronavírus.

Entre os doadores dos itens de higiene pessoal estão os próprios empregados e aposentados da Caesb, associados da Caesb Esportiva e Social (Caeso), equipes do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) e da Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (Secom), militares das Forças Armadas, as empresárias Heloísa Helena e Pollyana Prudente, a Drogaria Brasil, o servidor do TJDFT, Michael Xavier, a Mirante Incorporações – que iniciou a campanha doando 2 mil sabonetes, o Shopping DF Plaza, a Rede D’Or, que doou 3,6 mil sabonetes, psicólogos e neurocientistas da HeartBrain, o Instituto Plástica Oclusal- IPO Palmieri, a ótica Audrey Brants, o grupo de motociclistas Loucos do Cerrado, além de advogados de Brasília e pessoas anônimas da comunidade que estão deixando suas doações nos pontos de coleta.

Os itens de higiene pessoal continuam sendo recebidos nas portarias das unidades Sede e SIA da Caesb, na sede do Biotic e na ótica Audrey Brants, na Asa Sul.

Projeto Golfinho
Desenvolvido pela Caesb há 18 anos, o Projeto Golfinho tem como principal objetivo a construção da cidadania de crianças em situações de vulnerabilidade, tanto financeira quanto emocional, por meio do esporte e de apoio pedagógico para atividades escolares. Os alunos frequentam o projeto duas vezes por semana no turno contrário ao da escola. Neste período, eles têm aula de natação, futebol, participam de jogos lúdicos e recebem apoio pedagógico para atividades escolares, além de aprenderem sobre educação ambiental. Os participantes também recebem lanche e um kit com touca, sunga ou maiô, toalha, prancha, espaguete e bolsa para as aulas de natação.

Atualmente, o Projeto atende crianças e adolescentes de 6 a 16 anos nas regiões de Ceilândia, Itapoã e Paranoá. Os participantes de Ceilândia realizam suas atividades no núcleo daquela cidade. Já os alunos do Itapoã e Paranoá permanecem no Itapoã até os 10 anos. O transporte é fornecido pela Caesb para que os participantes possam chegar aos núcleos. Ao completarem 14 anos, os adolescentes são encaminhados para o projeto Empregado Aprendiz e podem trabalhar na Caesb ou em outros órgãos do governo.

*Com informações da Caesb

AGÊNCIA BRASÍLIA