sábado, 15 de agosto de 2020

Sonhos e esperança para a terceira idade

 


Espaço dedicado ao acolhimento de idosos, sob administração da Sedes, aposta em oficinas motivadoras que inspiram personagens à margem da sociedade

Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília
Formado por servidores da Assistência Social, o corpo técnico da Unai de Taguatinga é dividido em áreas administrativas e profissionais da saúde, como psicólogos e agentes sociais. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília

Aos 69 anos, seu Antônio Bernardo Abreu tem energia de sobra. Mineiro da região da Boa Vista, já fez de tudo na vida. De corretagem de banco a pedreiro, passando por ajudante de padaria, entre outras coisas. Diligente, agora ele dedica o tempo que tem na criação de pisantes de quintal e vasos de cimento, tudo dentro do projeto Jardim da Motivação, da Unidade de Acolhimento aos Idosos em Taguatinga (Unai). Subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o espaço tem como objetivo motivar a convivência e socialização entre pessoas da terceira idade, em total situação de vulnerabilidade, por meio de diversas oficinas criativas.

“Muitos dos nossos acolhidos chegam vítimas do abandono familiar. Em alguns casos, passaram até pela rua, sofrendo maus-tratos. Buscamos minimizar essa sensação de esquecimento, oferecendo, com as oficinas, momentos de distração e de diversão, uma forma de inclusão social”, diz a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “São atividades que estimulam a criatividade dos acolhidos, ajudando-os a sair da rotina, reduzindo as chances de desenvolver algumas doenças, como a depressão”, pondera.

Não duvide da eficiência dos trabalhos manuais realizados na entidade social. Um dos mais divertidos dos 25 senhores que fazem parte do projeto, o pernambucano Nivaldo José do Nascimento, 60 anos, é pura animação. Artesão, carregador de cana em cima de jegue, puxador de boi e… andarilho, ele diz que as oficinas ajudam-no a passar o tempo. E não só isso. “É mais uma coisa que aprendemos”, garante, literalmente, com a mão na massa. Isso porque, pelo menos três dias por semana, ele é voluntário na fabricação de vasos de cimentos. “Não sou de ficar parado, gosto de me sentir útil”, comenta.

Para a psicóloga da instituição, Keila Oliveira, os trabalhos da oficina educativa da Unai ajudam não apenas na recuperação da autoestima e amor próprio dos idosos, lembrando que eles têm direito a um local de qualidade para ficar, como, também, no desenvolvimento das atividades cognitivas como concentração, memória, raciocínio e imaginação.

“São trabalhos que os levam a perceber sua capacidade funcional, fazendo com que se sintam bem na organização de sentimentos e emoções”, destaca. “Muitos são pessoas que não se perdoam por determinados erros que cometeram na vida, foram pais negligentes”, salienta a educadora e gerente do espaço, Ariana Siqueira.

Ninho de conforto

Os serviços de acolhimento oferecidos pela Sedes abarcam diversos atores da sociedade em situações críticas no seu dia a dia. São adolescentes, mulheres, famílias e idosos que, por vários motivos, estavam em situações de penúria, alguns desabrigados ou alojados em moradias provisórias e até migrantes de lugares como Haiti, Venezuela, Bolívia e Índia. Eles encontram, no local, uma espécie de ninho de conforto provisório para recomeçar a vida.

Podem fazer parte do acolhimento, idosos homens com 60 anos ou mais, abrigados por três meses ou o tempo necessário, dependendo dos problemas de saúde que tiverem ou pendências com a Justiça. Ali, além de teto e materiais básicos de saúde, os acolhidos ganham cinco refeições por dias – café, almoço, dois lanches, janta -, e momentos de lazer por meio das oficinas.

“Não podemos colocar essas pessoas vulneráveis na rua, eles ficam aqui até voltar para um lugar onde possam recomeçar a vida por meio de pessoas ligadas à Igreja, amigos ou familiares”, explica Ariana. “Aliás, a grande razão de ser do nosso trabalho é ajudar esses idosos a refazer seus vínculos familiares, promover um novo começo para eles por meio de alguma rede de apoio, onde possam seguir a vida, sem depender da ajuda do Estado para sempre”, conclui.

Formado por servidores públicos da Assistência Social, o corpo técnico da Unidade de Acolhimento aos Idosos de Taguatinga é dividido em áreas administrativas e profissionais da saúde, como psicólogos e agentes sociais que trabalham em regime de plantão, ou seja, 24h por dia, além de educadores, entre elas Karla Cíntia Lourenço, desde 2009 trabalhando com a população em situação de rua no DF.

“Quando fui fazer o concurso, na hora de preencher as áreas específicas, ao invés de colocar artes, risquei educação de rua, e passei”, conta. “Daí, fiz parte de uma equipe muito massa de abordagem que ajudou a criar o Centro POP de Taguatinga”, lembra, referindo-se ao Centro de Referência para a População em Situação de Rua, em Taguatinga Norte, ao lado da Unidade de Atendimentos aos Idosos (Unai).

Com o tempo, a vontade de Karla trabalhar atividades artísticas nas ações sociais da Unidade se transformou em projetos lúdicos de grande eficiência terapêutica. “A arte tem esse poder, usando essa metodologia a gente acaba despertando o lado mais humano das pessoas”, avalia. “Uso muito no meu trabalho essa questão da poética para trabalhar o lado mais humano dessas pessoas, projetos focados na superação do indivíduo. É um trabalho muito gratificante”, conta.

Tem funcionado. Sobretudo porque o método ajudou a despertar nos idosos habilidades que muitos desconheciam ter, como é o caso do ex-garimpeiro paranaense Cícero do Nascimento, 65 anos, que aprendeu a fazer lindos pisantes de pedra usados, inclusive, no próprio espaço.

“É uma distração gostosa, já fui pedreiro, trabalhei muito em obra, mas isso não sabia fazer não”, confessa ele, há sete meses no DF. “Essas pessoas estão aqui não porque elas querem, não é uma motivação, mais um último recurso e a nossa missão é fazê-las encontrar uma nova perspectiva para o futuro”, observa a gerente Ariana.

 

O grande desafio da equipe de Unidade de Acolhimentos aos Idosos de Taguatinga é consolidar de vez o Jardim da Motivação, criando um amplo espaço de convivência na área externa da Unai, onde, além da realização de oficinas artísticas, serão feitos plantios de mudas nativas do cerrado para jardim.

Aliás, os cidadãos podem doar insumos e materiais para essas atividades, como mudas de plantas, pedras de jardim, areia fina, cimento, regadores e mangueiras de borracha, além de equipamentos como pá, enxada, espátulas e colher de pedreiro, entre outras ferramentas necessárias para a criação de um jardim. Interessados devem entrar em contato com a Unidade.

“Quando cheguei aqui fiquei encantado com essa área verde ao lado do Parque (Ecológico do Cortado), que é preservada, um lugar com energia boa e nascente brotando água do chão em plena seca”, recorda Karla. “A ideia é fazer oficinas na área externa da Unidade explorando a temática do jardim, com plantio, placas com mensagens positivas, casinhas de passarinho e abelha jataí. Temos a preocupação de recuperar esse espaço que faz parte do cerrado”, planeja.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Apoio no combate ao coronavirus para famílias de Ceilândia e do Itapoã

 


Em dois dias quase 4 mil sabontes foram doados

 Dando continuidade às ações de combate à pandemia da Covid-19, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) doou cerca de 4 mil sabonetes entre quarta e sexta-feira (14) para famílias de crianças e adolescentes de Ceilândia e do Itapoã atendidos no Golfinho, um projeto social da Companhia. Cada família beneficiada recebeu 12 unidades de sabonetes. Essa é a segunda rodada de doações que a Caesb faz nas cidades.

Além de famílias de Ceilândia, do Itapoã e do Paranoá, a Caesb doou, nos últimos meses, sabonetes para o Instituto Solidário de Ceilândia, para o Lar dos Velhinhos e para o instituto El Shadai. A iniciativa da Companhia faz parte de uma ação solidária lançada pela Empresa em 5 de maio deste ano com o intuito de durar um mês e meta inicial de arrecadar 20 mil unidades de sabonetes e barras de sabão. A Empresa atingiu o objetivo inicial e decidiu continuar arrecadando e distribuindo os itens às famílias carentes até o fim da pandemia do novo coronavírus.

Entre os doadores dos itens de higiene pessoal estão os próprios empregados e aposentados da Caesb, associados da Caesb Esportiva e Social (Caeso), equipes do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) e da Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (Secom), militares das Forças Armadas, as empresárias Heloísa Helena e Pollyana Prudente, a Drogaria Brasil, o servidor do TJDFT, Michael Xavier, a Mirante Incorporações – que iniciou a campanha doando 2 mil sabonetes, o Shopping DF Plaza, a Rede D’Or, que doou 3,6 mil sabonetes, psicólogos e neurocientistas da HeartBrain, o Instituto Plástica Oclusal- IPO Palmieri, a ótica Audrey Brants, o grupo de motociclistas Loucos do Cerrado, além de advogados de Brasília e pessoas anônimas da comunidade que estão deixando suas doações nos pontos de coleta.

Os itens de higiene pessoal continuam sendo recebidos nas portarias das unidades Sede e SIA da Caesb, na sede do Biotic e na ótica Audrey Brants, na Asa Sul.

Projeto Golfinho
Desenvolvido pela Caesb há 18 anos, o Projeto Golfinho tem como principal objetivo a construção da cidadania de crianças em situações de vulnerabilidade, tanto financeira quanto emocional, por meio do esporte e de apoio pedagógico para atividades escolares. Os alunos frequentam o projeto duas vezes por semana no turno contrário ao da escola. Neste período, eles têm aula de natação, futebol, participam de jogos lúdicos e recebem apoio pedagógico para atividades escolares, além de aprenderem sobre educação ambiental. Os participantes também recebem lanche e um kit com touca, sunga ou maiô, toalha, prancha, espaguete e bolsa para as aulas de natação.

Atualmente, o Projeto atende crianças e adolescentes de 6 a 16 anos nas regiões de Ceilândia, Itapoã e Paranoá. Os participantes de Ceilândia realizam suas atividades no núcleo daquela cidade. Já os alunos do Itapoã e Paranoá permanecem no Itapoã até os 10 anos. O transporte é fornecido pela Caesb para que os participantes possam chegar aos núcleos. Ao completarem 14 anos, os adolescentes são encaminhados para o projeto Empregado Aprendiz e podem trabalhar na Caesb ou em outros órgãos do governo.

*Com informações da Caesb

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Paranoá vai ganhar terminal automatizado dos Correios

 


Quase 100 mil moradores serão beneficiados com a medida, que permitirá coleta de encomendas na própria cidade

Equipamento requer senhas digitais para que cada morador possa retirar os produtos pessoalmente e com segurança | Foto: Divulgação

Paranoá está prestes a receber projeto inovador dos Correios. A cidade não tem uma agência da empresa e, por isso, moradores precisam se deslocar até o Centro de Distribuição Domiciliar do Lago Norte para recolher encomendas. Para resolver o problema, a administração regional abrigará Terminais Automatizados de Encomendas (TAE) com funcionamento sob demanda.

Quase 100 mil moradores devem ser impactados com a iniciativa adotada após provocação da Administração Regional do Paranoá. Os Terminais Automatizados de Encomendas são compostos por gavetas de múltiplas dimensões de forma a viabilizar a entrega e a postagem de objetos com tamanhos diversos.

“Estamos sem uma agência há muito tempo. Temos que pegar ônibus, gastar dinheiro, ir até o Lago Norte. É ruim para todo mundo”Antônia Maciel, dona de casa

As estruturas são modulares, de forma que permita a adequação do tamanho dos terminais à demanda por compartimentos em cada localidade. Eles também são chamados de lockers (cadeados, em tradução livre) e funcionam sob demanda, com senhas digitais para que cada morador possa retirar os produtos pessoalmente e com segurança.

Segundo os Correios, dez lockers serão implantados no Distrito Federal até o primeiro semestre de 2021. Em fase de avaliação pela empresa, o Paranoá é uma das áreas já visitadas e que contou com a adesão da administração regional. O objetivo é disponibilizar uma alternativa de distribuição de encomendas por meio de terminais automatizados, nos quais os objetos são retirados diretamente pelos clientes.

“A comunidade vai poder utilizar do serviço na própria cidade, com proximidade, comodidade e segurança de poder pegar encomendas em qualquer dia da semana. É uma solução que promove conveniência para todos”, aponta o administrador regional, Sérgio Damaceno.

Perto de casa

Moradora do Paranoá há quase 30 anos, a dona de casa Antônia Maciel, 53, comemora a iniciativa. “Vai ajudar bastante nossa situação porque é um transtorno ter que se deslocar”, comemora.

“Estamos sem uma agência há muito tempo, então não chegam nossas encomendas. Temos que pegar ônibus, gastar dinheiro, ir até o Lago Norte. É ruim para todo mundo”, acrescenta Antônia.

Atualmente moradora do Paranoá Parque, ela conta que chega a desistir de fazer compras por causa do problema. Com a destinação do espaço na administração regional, ela poderá pegar os itens em deslocamento a pé.

“Vi que vamos receber mensagem com código, e é só buscar e ir embora. Achei muito interessante e seguro”, avalia.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Carreata comemora o primeiro aniversário do Sol Nascente/Pôr do Sol

 


Coleta de lixo na porta de casa, asfalto e rede de esgoto são algumas das conquistas da RA

No lugar de palmas, buzina. O bolo, tradicional em festas de aniversário, foi entregue pela janela do carro, sem aglomerações. Dessa forma, os moradores do Sol Nascente/ Pôr do Sol comemoraram o primeiro ano da 32ª Região Administrativa do Distrito Federal, criada em 14 de agosto de 2019, data em que o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei que transformou a ocupação em cidade.

Logo cedo os moradores se reuniram no estacionamento da Fundação Bradesco, em Ceilândia, e saíram em carreata pelas ruas da cidade. Primeiro passaram pelo Pôr do Sol e depois pelo Sol Nascente. Pelo menos 50 carros de passeio, caminhonetes e caminhões participaram do comboio. Quem não seguia os veículos, fotografava das calçadas ou acenava da porta de casa. Nas janelas dos carros, várias faixas felicitavam a RA.

Comemoração em forma de carreata para evitar aglomerações | Foto: Acácio Pinheiro

No final do trajeto, motoristas e passageiros receberam um pedaço de bolo, doado pela própria comunidade. “Temos uma população com costumes diferentes. A maioria desse povo veio de cidades do interior do país. Gostam de andar na rua, se abraçar e festejar”, afirma o administrador do Sol Nascente/Pôr do Sol, José Goudim Carneiro. “Era para ser uma festa diferente, muito mais animada. Mas foi a maneira que encontramos de comemorar em época de pandemia. Não podíamos deixar a data passar em branco”, completa.

Motivos para comemorar não faltam. Praticamente todas as ruas no caminho da carreata estavam asfaltadas, bem diferente do cenário do local predominante no passado, com ruas de terra intransitáveis, cheias de lama, poeira e buracos. “Eu ainda não tenho asfalto na porta de casa.Mas já temos esgoto e a administração está sempre passando a máquina na rua”, conta a empresária Ivete Lima Bandeira, 48 anos, moradora do trecho 3 do Sol Nascente há 16 anos. “Muita coisa mudou.”

Acostumados a viver em uma invasão que já ostentou o título de 2ª maior favela do Brasil, os moradores hoje exibem, orgulhosos, na porta de casa, placas de endereço. As chácaras do Pôr do Sol viraram quadras do Setor Habitacional Pôr do Sol (SHPS). Os endereços no Sol Nascente também foram organizados por meio da sigla SHSN, Setor Habitacional Sol Nascente. Agora, as casas têm coleta de lixo na porta.

Bolo de aniversário pela janela do carro alegrou a manhã dos moradores | Foto: Acácio Pinheiro

Para José Goudim, os moradores ganharam dignidade com a criação da RA 32. “Esse povo aqui já sofreu demais. Por mais de 20 anos foram de certa forma largados, sem equipamentos públicos e nenhuma infraestrutura”, diz. “Moro aqui há 12 anos. A cidade mudou muito nesse ano e estamos muito felizes com as melhorias que estão chegando”, afirma Joseane da Silva Santos, 38 anos, também moradora do Sol Nascente.

Uma nova cidade

O ano de 2020 foi um ano de entregas para os cerca de 90 mil moradores da cidade. Entre elas, a Escola Classe JK, no Trecho 1 do Sol Nascente, para atender mais de 900 alunos dos ensinos infantil e fundamental. Ali, também teve melhorias nos arredores, com a construção de uma passarela para pedestres com estrutura metálica que dá acesso ao colégio.

Na habitação, foram distribuídas 400 chaves no Empreendimento Imobiliário Parque do Sol. Agora, as redes de esgoto estão em construção no Trecho 3 do Sol Nascente e em ampliação no Pôr do Sol. A chamada Rua do Forte deve começar a ser duplicada em breve e o projeto da Avenida do Sol que prevê a construção de uma avenida de aproximadamente 7,8 quilômetros que vai cruzar a cidade – está em andamento.

Além das obras de infraestrutura e dos serviços de manutenção da cidade, como limpeza e recolhimentos de lixo e entulho, pintura de meio-fios e reparos de buracos na rua, a RA também vai ganhar um Restaurante Comunitário, um terminal rodoviário e uma creche pública, que tem mais de 50% de conclusão.


Tornado atinge meio-oeste de Santa Catarina e destrói granjas; veja fotos e vídeos

 

TEMPORAL


Defesa Civil do estado confirma que houve ainda outro tornado no estado, com epicentro a 100 km do primeiro



Um tornado que atingiu o meio-oeste de Santa Catarina nesta sexta-feira, 14, causou grande prejuízo a produtores de suínos e aves da região. O micro-integrador de suínos Marcos Spricigo relata que granjas foram completamente destruídas em municípios da região. como Treze Tílias, Água Doce, Tangará, Pinheiro Preto e Ibicaré.



“Ainda estamos tentando reunir equipes para recolher os animais, pois houve granjas em que as instalações caíram, produtores que ficaram sem casa. Os animais estão desalojados, debaixo de escombros, sem água nem comida desde ontem [sexta-feira], disse Sprigio.



Ao menos dois de seus integrados foram severamente afetados: Mário Concatto, de Treze Tílias, e Hélio Padilha, de Água Doce. Dois mil suínos desses dois produtores estão desalojados.



Caminhoneiro gravou vídeo mostrando a grande quantidade de granizo que caiu na tarde desta sexta-feira, próximo do entroncamento entre os municípios de Água Doce, Herciliópolis e Macieira:

Dois tornados

O monitoramento meteorológico da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC) confirmou o registro de dois tornados no estado: um tendo como epicentro o município de Água Doce; o segundo, em Irineópolis, a 100 km de distância. O órgão registrou granizo, chuva forte e rajadas intensas de vento, principalmente nas regiões do extremo oeste, oeste e meio-oeste do estado. Os municípios mais afetados durante a tarde foram Vargem Bonita, Catanduvas, Água Doce, Tangará e Ibicaré, onde rajadas de vento provocaram destelhamento e destruição de edificações.

Veja vídeo de produtor do município de Água Boa:

De acordo com a Defesa Civil, 700 casas foram destelhadas em Água Doce, e 25 totalmente destruídas. No município 11 pessoas foram feridas, sendo duas de forma mais grave. Em Ibicaré foram registrados danos em três comunidades de interior, duas igrejas e dois pavilhões. Em Tangará, estima-se que 90% das casas e empresas foram atingidas, e cinco pessoas ficaram feridas. Já em Vargem Bonita os primeiros números apontam 1.300 casas com os telhados danificados, 30 pessoas estão desabrigadas e 20 desalojadas.

Daoud: Compradores do Brasil podem estar usando a pandemia para baixar os preços

 

COVID-19


Comentarista faz uma análise de declarações feitas por China e Filipinas sobre uma possível transmissão de Covid-19 via alimentos

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta sexta-feira, 14, que não foi notificado por autoridades das Filipinas sobre a suposta suspensão temporária de compras de carne de frango. Foi noticiado pela imprensa internacional que o país teria tomado essa decisão após a China alegar ter encontrado vestígios do novo coronavírus em asas de frango que foram importadas do Brasil.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também informou não ter sido avisada oficialmente, mas diz que, caso seja confirmado, apoiará o governo na “apresentação dos esclarecimentos, já que se trataria de uma decisão sem fundamentação técnico-científica e pendente de esclarecimentos e demonstrações”.

A entidade destaca que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para o comentarista Miguel Daoud, a pandemia pode estar sendo usada por esses países como estratégia para forçar uma queda de preços nos produtos. “A China está passando por problemas seríssimos na produção de alimentos, como a seca e a peste suína. Isso justifica a demanda por alimento no momento em que o mundo está em recessão, gerando alta nos preços e preocupa esses países que se aproveitam a questão da pandemia para tentar baixar os preços”, disse.

Segundo Daoud, chegou a hora do governo brasileiro se posicionar, principalmente sobre essa questão das Filipinas, que não tem, segundo ele, nenhum fundamento científico. “Amanhã virão outros países com esse comportamento e é por isso que o Brasil precisa se posicionar. Somos um país que investe em sanidade e temos muita capacidade nisso”, completou.

POR; CANAL RURAL 

Morre vice-presidente da Aprosoja Piauí, Mikhail Laginski

 

LUTO


Natural do Paraná, ele tinha 36 anos, era engenheiro agrônomo e produtor de soja na região piauiense da Baixa Grande do Ribeiro


Mikhail Laginski , vice-presidente da Aprosoja Piauí


Foto: divulgação

Faleceu neste sábado, 15, o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí, Mikhail Laginski, aos 36 anos. Nascido em Cascavel, no Paraná, Laginski era engenheiro agrônomo e produtor de soja na região da Baixa Grande do Ribeiro, a cerca de 600 quilômetros da capital do Piauí. Deixa esposa e uma filha.

De acordo com informação fornecida pela a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospital em Teresina (PI), desde 26 de julho, onde recebia tratamentos contra Covid-19.

Por Canal Rural

Governo acionará OMC contra decisão das Filipinas de suspender importação de frango

 

COMÉRCIO INTERNACIONAL


Tereza Cristina disse que país já havia demonstrado preocupação em proteger avicultores e que tomou a decisão sem ter provas de que houve contaminação

Por Estadão Conteúdo


carnes, carne de frango


Foto: Paola Cuenca/Canal Rural

O governo brasileiro acionará a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o governo das Filipinas depois de o país barrar a importação do frango do Brasil. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que as Filipinas já haviam demonstrado preocupação em proteger seus produtores de frango e que tomou a decisão sem ter provas de que houve contaminação.

“O Brasil vai reagir. Não podemos misturar uma situação comercial com uma notícia que não tem confirmação. Um assunto comercial não se mistura com a pandemia”, afirmou a ministra.

Na quinta-feira, o governo da cidade chinesa de Shenzhen disse que uma amostra de asas de frango congeladas importada do Brasil teve teste positivo para o coronavírus, mas ainda não apresentou detalhes.

O ministério já enviou ao Itamaraty um pedido para que faça gestões junto ao governo filipino e à OMC sobre o assunto. Além disso, a embaixadora das Filipinas no Brasil foi chamada a se explicar junto à pasta, o que, na linguagem diplomática, é considerado um constrangimento.

A avaliação no governo brasileiro é de que os filipinos estão se aproveitando da pandemia para aumentar o protecionismo. Apesar de não representarem um destino importante para os produtos brasileiros, a reação do Brasil será forte para “estancar a sangria” e evitar que os filipinos sejam seguidos por outros países.

Junto à OMC, o Brasil deve ainda apresentar uma Preocupação Comercial Específica em relação ao caso, que é uma espécie de reclamação contra um país que não esteja cumprindo as regras de comércio do organismo multilateral.

“Já prevíamos o aumento do protecionismo, e espero que não [haja um efeito cascata]. Só sei te dizer que, se as coisas forem pelo método científico, o Brasil está fazendo o seu trabalho”, completou Tereza Cristina.

O governo brasileiro pediu informações às autoridades chinesas sobre os testes e resultados e espera receber as respostas no início da semana que vem. De acordo com a ministra, não houve nenhuma ação efetiva do governo chinês em relação ao frango brasileiro, nem a planta de que partiu a amostra que estaria contaminada teve a importação suspensa.

“É muito precipitado. O Ministério da Agricultura só vai se pronunciar sobre o caso na hora que estiver informações oficiais”, completou.

POR;CANAL RURAL



Com litro de leite de burra valendo até R$ 500, Índia investirá em laticínio

 

INTERNACIONAL


Conhecido há milhares de anos por seus benefícios para a pele, o produto é utilizado como matéria-prima para diversos cosméticos


leite de burra halari


Foto: Escritório Nacional de Recursos Genéticos de Animais

Os benefícios do leite de burra (ou mula) para fins estéticos são conhecidos há milênios. Diz-se que Cleópatra, última rainha do Antigo Egito e uma das mulheres mais conhecidas da história, banhava-se nele para prolongar a juventude, e é bem verdade que o produto tem propriedades antioxidantes, que retardam o envelhecimento da pele.

Porém, diferentemente das vacas, que produzem milhares de litros por ano, as burras dão cerca de 20 litros apenas. Por isso, Cleópatra possuía 700 animais dedicados à produção para seu banho de beleza.

E é a raridade que faz com que o leite de burra valha tanto no mercado. Na Índia, por exemplo, o litro do produto chega a ser comercializado pelo equivalente a R$ 500. A indústria de cosméticos é a principal compradora e utiliza-o para confecção de sabonetes, loções corporais, protetores labiais entre outros.

De olho nessa oportunidade, a Índia anunciou nesta semana que deve inaugurar em breve um laticínio focado em leite de burra, no Centro Nacional de Pesquisa em Equinos (NRCE, na sigla em inglês), em Hisar, no estado de Haryana. A raça halari foi a escolhida para o trabalho, e a organização já encomendou 10 animais, que estão em reprodução neste momento, segundo o canal de notícias Zee News.

Também é alimento

Outro fato interessante é que antes da Segunda Guerra Mundial o leite de burra era usado para substituir o leite materno, por ser bastante parecido (em termos de vitaminas, minerais e ácidos graxos) e não causar alergia em crianças, como acontece com leite de vaca e de búfala. Porém, acabou caindo em desuso, justamente por sua baixa produção.

Atualmente, o queijo mais caro do mundo tem como matéria-prima o leite de burra. Chamado de “pule”, ele é produzido em uma reserva natural na Sérvia. O quilo dessa iguaria é comercializado por mais de US$ 2.000. Fazendo a conversão com o dólar na casa dos R$ 5,30, equivale a impressionantes R$ 10.600.

 POR;CANAL RURAL 

Setor vê ‘jogada comercial’ da China em notícia sobre frango com Covid-19

 

RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Exportadores questionam se haveria razões comerciais e políticas por trás da divulgação da suposta contaminação de produto congelado brasileiro


Por Estadão Conteúdo


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Foto: Paola Cuenca/Canal Rural

O dia seguinte da divulgação de que autoridades municipais de Shenzhen, na China, teriam encontrado traços de coronavírus em uma embalagem de carne de frango importada do Brasil foi marcado por questionamentos do setor exportador brasileiro sobre as razões por trás da divulgação da notícia. Embora a China não deva anunciar embargo à carne do Brasil – seu principal fornecedor de proteína animal -, a divulgação já prejudicou o produto nacional. Segundo fontes, a divulgação pode ter motivos políticos e comerciais.

Mesmo com especialistas de todo mundo insistindo que a chance de transmissão do coronavírus por alimentos é muito remota, as Filipinas teriam anunciado nesta sexta-feira, 14, a suspensão temporária do recebimento de carne de frango do Brasil. O país hoje fornece cerca de 20% de todo o consumo dessa proteína às Filipinas.

À medida que a notícia se espalha, o Brasil corre riscos de mais prejuízos, segundo o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro. Isso porque os principais clientes do frango brasileiro ficam na Ásia e no Oriente Médio. De janeiro a julho de 2020, a exportação do produto somou US$ 4,1 bilhões, alta de 11% em relação ao mesmo período de 2019.

Para Castro, há a chance de o Brasil estar sendo usado pela China para fazer um aceno aos Estados Unidos em um momento difícil da relação entre as duas potências. “A China quis cutucar o Brasil para preservar os Estados Unidos, em um momento difícil da relação. Estão fazendo a política de boa vizinhança, com fundo comercial”, disse. Ele criticou a posição “passiva” do Brasil em relação à China e afirmou que é necessário que o país defenda seus interesses em questões comerciais.

O presidente do conselho da BRF, Pedro Parente, também tocou na questão dos interesses chineses na tarde de quinta-feira, 13, durante evento em São Paulo. Parente disse que, embora o país precise manter “excelentes relações” com seu principal cliente de proteína animal, a notícia sobre o frango brasileiro “tem uma conotação comercial”. “Sabemos é que, por uma questão de reincidência de Covid-19 na China, era necessário encontrar (…) uma desculpa para explicar um fato sem que ele fosse de responsabilidade interna”, frisou o executivo.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na sexta que ainda aguarda mais informações da China sobre o caso – reiterando que a situação ainda não foi confirmada oficialmente. No entanto, o governo pretende mandar um recado forte ao mercado ao reagir à ação das Filipinas.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ressaltou que a barreira filipina ao frango brasileiro não segue nenhum critério técnico ou sanitário – baseia-se apenas na notícia veiculada pela China.

Contaminação

O consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka, lembrou que, por se tratar de um alimento industrializado, é difícil que o frango exportado estivesse contaminado. “A questão da presença do vírus é muito questionável, porque seria preciso que ele se mantivesse viável por 40 dias, considerando o período em que saiu do Brasil até chegar na China. O mais provável é que a presença do vírus tenha se dado pela manipulação do produto lá.”

O que a China avalia não é a presença do vírus, mas material genético do vírus. “Há uma diferença aí. É um rastro, significa que o vírus esteve lá. Pode inclusive ser o material genético de um vírus morto. Mesmo que estivesse vivo, não sei se haveria uma quantidade suficiente para causar uma infecção”, disse.

POR;CANAL RURAL 

Abatedouro clandestino de cavalos é fechado pela polícia em Santa Catarina

 

CRIME


Carne de animais furtados era vendida a um açougue por R$ 7 o quilo; dois homens presos informaram que haveria 30 carcaças enterradas no terreno do local


Por Canal Rural



Foto: Polícia Civil de Santa Catarina/divulgação

A Polícia Civil de Santa Catarina fechou um abatedouro clandestino de cavalos no município de Imaruí, no sul do estado, nesta sexta-feira, 14. Dois homens foram presos e relataram aos agentes que participaram da ação que a carne de cavalo era vendida a um açougue em Tubarão.

Os policiais chegaram ao local após investigações realizadas a respeito de furtos de cavalos na região. Foi descoberto um possível local onde esses animais estariam sendo abatidos e cortados para a venda, situado na localidade de Sítio Novo, na área rural de Imaruí, que passou a ser monitorado.

Os dois homens presos foram flagrados esquartejando um animal que estava içado no local. Foram encontrados dois barris com carnes já selecionadas e restos de animais. Os homens informaram então que não se tratava de um bovino, mas de um cavalo. De acordo com a Polícia Civil catarinense, a carne era vendida ao açougue por R$ 7 o quilo. Foram apreendidos cerca de 450 kg de carne.

Carcaças

Os criminosos disseram que no terreno em torno do abatedouro clandestino haveria cerca de 30 carcaças de cavalos enterradas. Os dois homens foram autuados em flagrante por crime de maus tratos contra animais, em razão de terem abatido dois exemplares em condições precárias; e por crimes contra as relações do consumo, já que mantinham um depósito para a venda de mercadoria em maneira imprópria.

Objetos apreendidos durante ação policial em abatedouro clandestino

Objetos apreendidos durante ação policial em abatedouro clandestino. Foto: Polícia Civil de Santa Catarina

POR;CANAL RURAL