sexta-feira, 14 de agosto de 2020

“Diálogo e investimentos para melhorar educação pública”

 


Secretário de Educação contabiliza reformas de escolas, fala das visitas às regionais e comenta sobre o cronograma de retorno às aulas presenciais

Há dois meses no comando de uma das mais importantes pastas do Governo do Distrito Federal, o secretário de Educação, Leandro Cruz, percorre com frequência as regionais de ensino para verificar quais as demandas da comunidade escolar. Isso permite a ampliação do diálogo – que, para ele, é fundamental para compreender e superar as necessidades que a educação pública precisa em busca de mais qualidade. Em entrevista à Agência Brasília, o gestor contabiliza mais de R$ 87 milhões em investimentos diretos para reforma de escolas de 33 regiões administrativas. “Com isto, 204 unidades já foram reformadas ou passam por melhorias”, detalha. Segundo Cruz, além da recuperação das instalações, o governo investe na construção de novas unidades e ainda em recursos para viabilizar as aulas remotas, como a compra de equipamentos de proteção individual relacionados à Covid. Quanto a temas mais imediatos, como o cronograma para a retomada das atividades presenciais nas salas de aula, ele garante: está mantido. No entanto, alerta: “Só retomaremos as aulas presenciais se tivermos todas as condições de segurança de saúde e controle da curva da pandemia”.

Como está o andamento das obras para melhorar a infraestrutura das escolas?
São muitos os investimentos. Só no segundo semestre, já são R$ 59 milhões do PDAF, o programa de descentralização administrativa e financeira – incluindo recursos da Secretaria e emendas parlamentares. Além disso, para este ano, nosso contrato de manutenção das escolas chega a R$ 28 milhões. Com isso, 204 unidades já foram reformadas ou estão passando por melhorias. E isso é de grande importância para as escolas, que não precisam ficar em total dependência da Secretaria. É um dinheiro que pode ser usado para reformas de redes elétrica e hidráulica, pintura, coberturas, pisos, reparos e compra de equipamentos – além de material pedagógico, equipamentos de proteção individual relacionados à Covid-19, por exemplo.

E as obras deste ano?
É um dos compromissos assumidos pelo governador Ibaneis Rocha com a Educação. A nossa pasta já entregou à comunidade 6 Cepis, os centros de educação da primeira infância, em Samambaia, Ceilândia e Lago Norte. Ainda no primeiro semestre, inauguramos a Escola Classe Juscelino Kubitschek, em Ceilândia, e já está concluída a obra do CEPI Parque dos Ipês, em São Sebastião. Estamos concluindo a Escola Técnica de Brazlândia. Em 45 dias, vamos entregar o Centro de Ensino Fundamental 01, da Vila Planalto. Para o primeiro semestre de 2021, temos previsão de conclusão das obras do Cepi no Pôr do Sol e da reconstrução da Escola Classe 52, de Taguatinga.

Há mais licitações em andamento?
Estamos com sete em processo: para a construção das escolas técnicas de Santa Maria e do Paranoá; para três Cepis, no Recanto das Emas, Vila Telebrasília e Planaltina. Também estão em licitação as reconstruções da EC 59, de Ceilândia, e do Caic Carlos Castelo Branco, no Gama. Também esamos em fase de ajustes finais para licitarmos a construção de mais 13 Cepis e quatro escolas. Além disto, vamos reformar o Centro de Ensino Médio (CEM) 10 de Ceilândia e a reconstruir as escolas classe 410 e 415, de Samambaia.

Como está o relacionamento da Secretaria com os gestores escolares?
Estou finalizando uma rodada importante de reuniões virtuais com os gestores de todas as regionais de ensino. Assumi a Secretaria há pouco e fiz questão de conhecer todos – e de ouvir suas demandas. Pude apresentar nossos planos e dar esclarecimentos. É uma experiência extraordinária, porque quem sabe o que realmente acontece na escola é quem está dentro dela, no dia a dia. E é preciso dar atenção a cada um. A realidade de uma regional não é a mesma da outra. Até escolas próximas geograficamente podem ter perfis diferentes.

Foto: Secretaria de Educação/DF

Mesmo durante esse período, está sendo possível ir às escolas, ver suas realidades de perto?
Sim. Começamos este trabalho e pretendemos percorrer todas as regionais. Vamos conversar com os coordenadores, gestores e professores. Já visitamos escolas de Brazlândia e de Santa Maria, nas áreas rural e urbana. É outra experiência incrível. Vimos de perto exemplos de engajamento, o esforço que escolas e professores fazem para que as coisas deem certo. Foi também uma oportunidade de ver a boa aplicação dos recursos públicos do PDAF.

E quanto ao reforço de pessoal?
A Secretaria permanece empenhada na melhoria da qualidade do ensino no Distrito Federal, conforme orientado pelo governador Ibaneis Rocha. Neste mês, demos posse a 800 professores. Eles serão fundamentais para garantir o fortalecimento do ensino público, gratuito, democrático e de qualidade para todos. Gostaria de registrar também o meu agradecimento a cada professor e a cada professora, gestores e gestoras, demais servidores e servidoras, que estão lá na ponta, em contato direto com nossos estudantes, engajados e empenhados em levar a eles o melhor conteúdo, da melhor maneira possível, neste momento.

Como está o projeto do Novo Ensino Médio no contexto de suspensão das aulas?
É uma das principais ações pedagógicas da Secretaria de Educação em 2020. É uma proposta inovadora, focada nos anseios dos estudantes que, até então, viam o Ensino Médio apenas como uma etapa para chegar ao ensino superior. No Distrito Federal, implementamos o projeto em 12 escolas piloto. A organização é semestral e a matrícula por componente curricular.

A Secretaria, além do ensino regular, também promove um trabalho reconhecido na área de idiomas…
Sim, em nossos centros interescolares de línguas. Hoje, são 50 mil estudantes, em 17 CILs, contemplando todas as regionais de ensino. É um sistema de muito êxito, onde os estudantes têm a opção de inglês, espanhol, francês, japonês e alemão, no contra-turno, e que também beneficia a comunidade, que fica com as vagas remanescentes. No dia 6, entregamos as novas instalações do CIL de Planaltina, que vai aumentar a capacidade de atendimento dos atuais 700 estudantes para 3.500 vagas.

Como está sendo o desafio de manter o ano letivo neste momento de pandemia?
Nosso compromisso, em primeiro lugar, é preservar vidas. Venho acompanhando a curva da pandemia e tenho um painel sobre isto no meu gabinete, que está sempre atualizado. Este acompanhamento vai prosseguir, conforme os estudantes forem retornando às atividades, para verificar o comportamento da pandemia no Distrito Federal diante do aumento da circulação de pessoas. É um momento desafiador, complexo, causado por uma pandemia inesperada, que exige uma série de adaptações. O órgão está fazendo tudo para que sejam minimizados os impactos disso no ano letivo. A Secretaria está empenhada em garantir que o conteúdo pedagógico chegue a todos os estudantes da rede pública. Estamos atentos também ao possível prejuízo no aprendizado de nossos estudantes por causa da pandemia. Vamos acompanhar o desempenho deles e providenciar o reforço escolar, caso seja necessário.

Qual a sua avaliação do ensino remoto?
Positiva. Desde 13 de julho, as atividades pela plataforma Google Sala de Aula passaram a contar presença. Temos 470 mil estudantes e 72 mil profissionais da educação cadastrados na plataforma. De lá até dia 12 de agosto já tivemos 3.913.290 acessos de estudantes e 708.116 de professores. Diante das circunstâncias, por ser algo totalmente novo no País inteiro, que precisou ser planejado e implementado rapidamente, é um resultado muito bom. Em breve, estudantes e professores que tiverem um dispositivo com chip ativo terão o gasto com internet para acesso à plataforma pago pela Secretaria de Educação. Já publicamos o edital de chamamento público para que as operadoras de internet móvel se cadastrem. Assim que o cadastramento ocorrer, o serviço poderá ser disponibilizado.

O cronograma de retomada das aulas presenciais está mantido?
Até agora, sim. Mas só retomaremos as aulas presenciais se tivermos todas as condições de segurança de saúde e controle da curva da pandemia. Nenhuma decisão será tomada de forma que coloque em risco a saúde de estudantes, de professores, dos demais servidores que atuam nas escolas e das pessoas que precisam ir às unidades de ensino, como os pais e responsáveis. A retomada, que será gradual, está programada para iniciar dia 31 de agosto, com a Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. A cada semana voltará um grupo de estudantes. A Educação Infantil, por exemplo, voltará apenas em 28 de setembro. Tudo foi planejado com base em critérios científicos. Haverá protocolos rigorosos, como distanciamento mínimo, fornecimento de álcool em gel, uso de máscaras de proteção facial e aferição de temperatura, entre outros. Já foi feita a desinfecção e a higienização em quase 100% das escolas, em parceria com o programa Sanear DF, que vai seguir até o fim do ano letivo. Todos os gestores, professores e servidores que atuam nas escolas passarão pela testagem da covid-19 antes do retorno presencial.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Vendas de máquinas agrícolas crescem 6,2% de janeiro a junho no Brasil

 

MERCADO

Venda de máquinas agrícolas sobe quase 65% em janeiro frente a 2018

De acordo com Pedro Estevão da Abimaq, se no fim do ano as vendas forem 5% maiores que 2019, isso resultaria em um crescimento de 22% nos últimos 4 anos

As receitas com vendas de máquinas de janeiro a junho deste ano cresceu 6,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e atingiu R$ 8,221 bilhões. Nos primeiros 6 meses de 2019, as vendas foram de R$ 7,719 bilhões. De acordo com as expectativas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas deste ano devem ser 5% superiores em relação ao ano passado.

Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, comentou a respeito do aumento das vendas e sobre o impacto da pandemia no setor.

“Neste ano vimos um recorde para a produção de grãos e exportações. Estes fatores são positivos e atraem novos investidores. Se as vendas de máquinas agrícolas forem 5% maiores do que 2019, isso resultaria em um crescimento real de 22% nos últimos 4 anos. Assim como o agronegócio, as vendas de máquinas seguem no mesmo ritmo de crescimento”, diz Estevão.

O principal “motor” para essa alta nas vendas, de acordo com o Estevão, é o aumento da capitalização dos produtores brasileiros, que a partir da boa rentabilidade, investe em novas máquinas que por sua vez oferecem uma maior produtividade ao profissional e fortalece agronegócio brasileiro.

Segundo Estevão, os cancelamentos das feiras por conta da pandemia da Covid-19 não afetou as vendas de máquinas agrícolas. “As feiras são interessantes as fábricas e ao agricultor para fazer um planejamento das compras, e nessa questão, elas fizeram falta neste ano, mas por um outro lado, as vendas não foram afetadas”.

No entanto, Pedro ressalva que novos investimentos devem ser feitos para o ano que vem por conta do pouco tempo para contratar e treinar trabalhadores, e acredita que o crescimento do setor incentiva as produções. “Qualquer investimento neste momento, deve ser projetado para o próximo ano. Nos últimos 4 anos, há um aumento nas vendas, são crescimentos consistentes que fazem com que as fábricas aumentem a produção de forma gradual e suficiente para atender o mercado”, finaliza Estevão.

por;canal rural 

Milho tem maior preço em 4 meses e se aproxima de recorde; veja a tendência

 

CEREAL EM ALTA

Milho tem maior preço em 4 meses e se aproxima de recorde; veja a tendência

Segundo analista, dólar perto de R$ 5,40 e oferta escassa motivam a valorização do produto. Ritmo de exportações definirá o restante do ano


O preço do milho em Campinas (SP) bateu R$ 60 por saca nesta quinta-feira, 13, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Esse é o maior valor registrado nos últimos quatro meses e muito próximo do recorde de R$ 63 por saca, alcançado em março de 2020.

O analista de mercado da AgRural Fernando Muraro afirma que o primeiro motivo para as altas das cotações do cereal em plena colheita da segunda safra, que já chegou a 80% da produção colhida, é o câmbio. Segundo ele, o dólar ao redor de R$ 5,40 joga os preços para patamares próximos a R$ 60 por saca.

No entanto, conforme explica Muraro, a razão principal da escalada dos preços é o fato de que alguns clientes de médio porte têm encontrado dificuldade de abastecimento, gerando um fluxo de comercialização não tão veloz. Localidades como Paraná e Mato Grosso do Sul, onde os preços estão subindo muito, têm um ritmo mais fraco de comercialização, com os produtores retraídos. “Esse choque de escassez ou falta de liquidez na ponta vendedora com um interesse muito grande do mercado spot faz com que os preços subam”, diz.

Tendência

O analista destaca que a tendência dos preços do milho está em parte atrelada ao comportamento do câmbio, que é bastante difícil de ser previstos. Porém, o que vai ditar o ritmo até o fim do ano são as exportações. Caso o Brasil consiga exportar mais de 32 milhões de toneladas até o fim do ano, as cotações devem seguir em alta, sobretudo pelo apetite do setor de proteína animal, que vai muito bem.

canal rural 

Em Goiás, produtor reduziu 50% o custo de produção com uso de bioinsumos

 

INOVAÇÃO

Em Goiás, produtor reduziu 50% o custo de produção com uso de bioinsumos

Para Rogério Vian, o maior desafio da agricultura brasileira é mostrar ao mundo que o setor preserva o meio ambiente, ao contrário da imagem criada no exterior

Em Mineiros, interior de Goiás, um produtor rural virou exemplo de produção sustentável. Na fazendo, o uso de bioinsumos, que são produtos de origem vegetal, animal ou microbiana, reduziu o custo de produção em 50%. 

Rogério Vian faz parte de uma família gaúcha de agricultores. No final da década os anos 90, com apenas quatro anos de idade, se mudou com os pais para o interior de Goiás. Atualmente, agrônomo formado, administra a propriedade de 990 hectares, onde planta soja, milho, cana e eucalipto, além de preservar 36% da área. O fato de ser vizinho do Parque das Emas, ajudou na opção por uma produção sustentável. 

“Hoje a gente aborda basicamente um tripé, mas que hoje já virou mais de três pernas que seria o uso de pó de rocha, então a gente substituiu praticamente todo o adubo químico por estes pós de rocha, a gente usa muito os estercos de gado, peru, de frango. Usamos bastante plantas de cobertura também, braquiária no meio do milho safrinha , a gente inunda o sistema com biológico tanto fungos como bactérias no manejo e também usamos homeopatia. Além disso, utilizamos um pouco de biodinâmica, um pouco de sintropia, a gente traz um pouco de cada agricultura existente para esse modelo que a gente chama de sustentável que é mais regenerativo e que usa o meio ambiente ao nosso favor”, explica ele.

Para Rogério Vian, o maior desafio da agricultura brasileira é mostrar ao mundo que o produtor brasileiro preserva o meio ambiente, ao contrário da imagem que foi criada no exterior.

por;canal rural 

Canal Rural transmite leilões na ExpoGenética 2020 com exclusividade

 

O MELHOR DA PECUÁRIA


Remates serão exibidos a partir desta sexta-feira, até dia 23; também estão na programação lives promovidas pela Associação dos Criadores de Brahman e desfile de touros das grandes centrais de inseminação

O Canal Rural transmite a partir desta sexta-feira, com exclusividade, sete dos 14 leilões oficiais da 13ª ExpoGenética, maior feira de técnica de zebuínos do mundo. Pela primeira vez, o evento acontece em formato virtual e com transmissões pela TV. As exibições na emissora e no aplicativo Lance Rural (disponível na Apple Store e Play Store ) começam nesta sexta-feira e seguem até o dia 23, último dia da feira.

Além dos grandes leilões de melhoramento genético, de touros e fêmeas provadas, também estarão na programação do Canal Rural lives promovidas pela Associação dos Criadores de Brahman, e o desfile de touros das grandes centrais de inseminação do Brasil. Cofira o convite do diretor de Pecuária do Canal Rural, Plínio Queiroz:

Organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a ExpoGenética prevê 20% de crescimento em relação ao evento passado, movimentando mais de R$ 40 milhões de reais.

Veja a agenda de eventos da ExpoGenética:

canal rural 

Jair Bolsonaro tem melhor avaliação desde o início do mandato, diz Datafolha

 

PESQUISA


O levantamento mostrou que 37% dos brasileiros consideram o governo atual como ótimo ou bom, contra 32% mostrados na última pesquisa, realizada em junho



Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou a melhor avaliação desde o início do mandato, em 2018, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 14, pelo instituto de pesquisas Datafolha. 

O levantamento mostrou que 37% dos brasileiros consideram o governo atual como ótimo ou bom, contra 32% mostrados na última pesquisa, realizada em junho deste ano. 

O índice de rejeição também caiu de 44% para 34% daqueles que o consideravam ruim ou péssimo. Já os que consideram a gestão de Jair Bolsonaro como regular, passou de 23% para 27%. 

O levantamento ouviu cerca de 2.065 pessoas por telefone nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

canal rural 

‘Com obras, Custo Brasil vai desabar em cinco anos’ diz ministro

 

LOGÍSTICA


O ministro da Infraestrutura,Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 13, que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola


Por Agência Safras


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Foto: Agência IBGE Notícias

Em live com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 13, que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando “o Custo Brasil vai desabar”.

“A gente precisa responder a esse desafio que o agro nos impõe, para acabar com aquela máxima de que ‘somos eficientes da porteira para dentro e ineficientes da porteira para fora’. Vamos ter que ser eficientes da porteira para fora também. Não temos alternativa, porque vamos cada vez mais sofrer a competição do resto do mundo e temos que melhorar muito nossa logística”, afirmou o ministro. Na live, a ministra Tereza Cristina perguntou ao colega sobre os projetos de infraestrutura.

A ministra Tereza Cristina ressaltou que há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção – da fazenda até o porto – é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto. “Os produtores rurais esperavam por isso, essa transformação da expectativa em realidade”, disse. Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias.

Sobre cabotagem, o ministro disse que a estratégia é reduzir o custo da navegação. “É um absurdo não usarmos esse imenso potencial de costa que o Brasil tem. Vamos usar a navegação de cabotagem para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato”.

Ele explicou o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional. O objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. “A nossa missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo super lento para viabilizar esse acesso portuário”, disse. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões.

Outra meta, de acordo com o ministro da Infraestrutura, é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional. “Vai ser uma grande coluna vertebral ferroviária”, disse, citando ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.

A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do país. “As oportunidades que vão surgir com tudo isso que será feito, o que vai gerar de emprego, de renda para quem vive no interior”.

Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e vai receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento. Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia.

canal rural