Anúncio foi do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar
O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu que terá uma pronta até o fim do ano, embora geralmente demore anos para desenvolvê-las e testá-las com segurança e efetividade (Foto: Francesco Carta fotografo via Getty Images)
O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, disse, nesta segunda-feira (10), que qualquer vacina norte-americana ou tratamento para a covid-19 seriam compartilhados com o restante do mundo, assim que as necessidades dos Estados Unidos forem atendidas.
Há mais de 200 candidatos à vacina da covid-19 em desenvolvimento ao redor do mundo, incluindo mais de 20 na fase em que são testadas em humanos. O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu que terá uma pronta até o fim do ano, embora geralmente demore anos para desenvolvê-las e testá-las com segurança e efetividade.
“Nossa primeira prioridade, claro, é desenvolver e produzir quantidade suficiente de vacinas e tratamentos seguros e efetivos, aprovados pela FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA) para uso nos Estados Unidos”, disse Azar a repórteres durante visita a Taiwan.
“Mas esperamos ter a capacidade de, assim que essas necessidades forem atendidas, que esses produtos estejam disponíveis na comunidade mundial, de acordo com distribuições justas e equitativas, sobre as quais faríamos consultas na comunidade internacional.”
Ele não avançou mais que isso sobre esse tema em seus comentários.
Azar também disse que a decisão dos Estados Unidos de deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS) não significará menos envolvimento de seu país na saúde pública global.
“Os Estados Unidos sempre foram e continuarão sendo o maior financiador de saúde pública no mundo”, acrescentou.
“Após nossa saída da OMS, trabalharemos com outros na comunidade mundial para encontrar os veículos apropriados para continuar apoiando, de maneira multilateral e bilateral, a saúde pública global, como os EUA fizeram no passado.”
Se você acredita que o perigo dos contágios está apenas nos eventos de massa, pode ser que os gráficos abaixo mudem a sua opinião
(Foto: Reprodução/BBC)
Até onde pode chegar o contágio provocado pelo novo coronavírus?
Depois de vários meses de pandemia de covid-19 já descobrimos que um dos fatores que mais disseminam o vírus é a concentração de pessoas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas recomendações no final de maio em relação a eventos com multidões, sugerindo que, por exemplo, eles sejam realizados ao ar livre, com distanciamento social e com escalonamento nos horários de chegada e saída das pessoas.
Vários países que seguem as recomendações da OMS, no entanto, mantêm restrições ainda mais rigorosas sobre reuniões de pessoas.
Mas se você acredita que o perigo dos contágios está apenas nos eventos de massa, pode ser que os gráficos abaixo mudem a sua opinião.
(Foto: Reprodução/BBC)
Um caso analisado Esse gráfico pertence a um caso analisado pelo Departamento de Saúde do Condado de Catawba, na Carolina do Norte, no começo de julho.
Dezenas de pessoas participaram de uma reunião familiar.
Fontes da autoridade de saúde local disseram à BBC News Mundo que não divulgaram detalhes específicos sobre esse caso para "preservar a privacidade dos indivíduos".
As pessoas no encontro não usaram máscara e nem respeitaram o distanciamento social.
O resultado do encontro familiar foi que 14 pessoas testaram positivo para covid-19.
No entanto, antes de saberem que estavam contaminados e sem mostrar sintomas da doença, as pessoas continuaram com sua vida cotidiana normal, por exemplo, indo trabalhar ou passeando na praia com outras famílias.Isso provocou uma cadeia de contágio que terminou com a contaminação por covid-19 de 41 indivíduos de nove famílias diferentes e em oito locais de trabalho distintos, detalham as autoridades do Condado de Catawba.
(Foto: Reprodução/BBC)
Entre os contaminados estão 31 adultos, seis crianças e quatro idosos.
O Departamento de Saúde de Catawba informou que 14 pessoas se contaminaram na primeira fase, ou seja, na reunião familiar. Outros 18 se contaminaram na segunda fase, que inclui colegas de trabalho e pacientes em um centro hospitalar. Oito foram contaminados em uma terceira etapa, e uma pessoa em uma quarta etapa.
Uma das crianças, de nove anos, transmitiu a doença a dois de seus avós, que viraram pacientes de alto risco por conta de suas idades.
Todos estes contágios aconteceram em um período de 16 dias.
"Situações como esta se tornaram dolorosamente comuns", escreveu Jennifer McCracken, diretora de Saúde Pública do Condado na página oficial,
"Compartilho este exemplo porque espero que possa ajudar nossa comunidade a ver a facilidade com que a covid-19 está se disseminando."
Rastreamento de contatos Este caso inclui contágios confirmados que estão diretamente correlacionados entre si.
Mas "na medida em que nos distanciamentos dos casos originais, há mais oportunidades para que as pessoas entrem em contato com o vírus, mas o que não podemos dizer com certeza onde podem ter surgido outros casos", disse à BBC News Mundo Emily Killian, especialista do Departamento de Saúde Pública de Catawba.
(Foto: Reprodução/BBC)
As autoridades de saúde locais conseguiram reconstruir este caso em detalhes graças a um sistema de rastreamento de contatos implementado na pandemia e com a cooperação dos pacientes envolvidos, que ofereceram informações precisas sobre cada um de seus passos ao longo de 16 anos.
Esses dados foram muito úteis para poder alertar outros familiares e amigos sobre possíveis contágios.
"Ao receber a informação sobre os contatos mais próximos, podemos oferecer uma orientação valiosa e apoio à família, amigos e entes queridos", disse Killian.
Não é a primeira vez que se registram casos de contágio por covid-19 em reuniões familiares.
Caso no mundo
Houve um caso semelhante de um aniversário no Brasil em março, em que o vírus se propagou dentro de uma família, matando três irmãos. Na Argentina, um povoado na Patagônia precisou ser isolado depois que um churrasco de vizinhos terminou com a morte de duas pessoas em decorrência da doença.
Até quarta-feira, 5 de agosto, o Condado de Catawba, cuja população é de 160 mil pessoas, contava com 2 mil casos de covid-19 e 29 mortos.
Cerca de mil toneladas vazaram de um navio japonês. Os moradores tentam recolher parte do óleo com cilindros feitos de cabelos e folhas.
Imagem aérea de vazamento de óleo nas Ilhas Maurício, em 6 de agosto de 2020 — Foto: Stringer/AFP
Os moradores das Ilhas Maurício estão usando cilindros permeáveis de cabelo e folhas para tentar limpar o óleo que vazou de um navio japonês encalhado em uma praia do arquipélago no Oceano Índico. Estima-se que ao menos mil toneladas de óleo vazaram do navio MV Wakashio, de propriedade da Nagashiki Shipping Company e operado pela Mitsui OSK Line. Ele despejou combustível nas águas de cor turquesa do mar na semana passada, depois de atingir um recife próximo da ilha.
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Ilhas Maurício declara emergência ambiental após derramamento de óleo no mar
As Ilhas Maurício declararam estado de emergência. Segundo o grupo ambientalista Greenpeace, essa pode ser uma grande crise ecológica.
Romina Tello, 30, fundadora da agência de ecoturismo Mauritius Conscious, passou o fim de semana ajudando a limpar a lama negra dos manguezais. Ela disse que os mauricianos estavam fazendo os cilindros para flutuar no mar com folhas de cana-de-açúcar, garrafas plásticas e cabelos que as pessoas cortavam voluntariamente. A ideia é que esse material absorva e retenha o óleo, que é viscoso, nas águas.
Voluntários fazem cilindro de folhas secas para tentar recolher o óleo que vazou nas Ilhas Maurício, em 10 de agosto de 2020 — Foto: Reuben Pillay/Reuters
"O cabelo absorve óleo, mas não água, e há uma grande campanha em torno da ilha para conseguir o cabelo", disse Tello.
Vídeos online mostram voluntários costurando folhas e cabelos em redes para flutuar na superfície e encurralar o óleo até que ele possa ser sugado por mangueiras.
Escolas de mergulho, pescadores e outros se juntaram ao esforço de limpeza, com alguns fornecendo sanduíches, pousadas que oferecem acomodação gratuita para voluntários e cabeleireiros que oferecem descontos para aqueles que doam cabelo, disse Tello.
O derramamento de óleo ocorreu perto do Blue Bay Marine Park, conhecido por seus corais e espécies de peixes.
O turismo é um dos principais mercados das Ilhas Maurício.
"Pedimos desculpas profusamente e profundamente pelos grandes problemas que causamos", disse Akihiko Ono, vice-presidente executivo da Mitsui OSK Lines, a repórteres em Tóquio no domingo, prometendo fazer todo o possível para conter o vazamento. Estima-se que pelo menos 1.000 toneladas de óleo tenham vazado, com 500 toneladas recuperadas.