segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Procuradores de PE podem receber honorários de sucumbência

 


A parcela foi julgada constitucional, desde que a soma com os subsídios não ultrapasse o teto.

10/08/2020 15h24 - Atualizado há

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional o recebimento de honorários de sucumbência pelos procuradores do Estado de Pernambuco, desde que a soma com os subsídios mensais não ultrapasse o teto previsto no artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal que equivale ao subsídio mensal de ministro do STF. A decisão foi tomada na sessão virtual do Plenário finalizada em 4/8, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6163, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Lei estadual 15.711/2016 de Pernambuco.

Outras 20 ações semelhantes foram ajuizadas pela PGR contra leis estaduais e distrital que permitem o recebimento de honorários de sucumbência por advogados públicos. O argumento comum é que o recebimento da parcela, na prática, representa pagamento extra por serviço já remunerado, pois a atuação em causas judiciais faz parte das atribuições dos procuradores dos estados e do DF.

Compatibilidade

Prevaleceu no julgamento o voto divergente do ministro Edson Fachin de que o recebimento dos honorários, próprios do ofício da advocacia, é compatível com o regime jurídico de direito público a que estão submetidos os procuradores dos estados. Segundo ele, o STF já assentou, no julgamento das ADIs 6165, 6178, 6181 e 6197, que os procuradores estaduais, enquanto advogados públicos, têm direito aos honorários sucumbenciais, por exercerem função inerentemente relacionada à natureza e à qualidade dos serviços efetivamente prestados.

Fachin observou que isso se ampara no princípio da eficiência, previsto no artigo 37 da Constituição Federal, no artigo 22 do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), que reconhece e estende esse direito aos advogados públicos, e no Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), na parte que dispõe sobre honorários advocatícios nos feitos judiciais que envolvam a Fazenda Pública. Segundo o ministro, é inegável o caráter salarial e retributivo dessas parcelas, recebíveis por serviços prestados de maneira eficiente no exercício da função pública. Por isso, na sua avaliação, devem obediência ao teto remuneratório.

Por maioria, a ação foi julgada parcialmente procedente para reconhecer o direito aos honorários. Porém, em interpretação conforme a Constituição Federal, deve ser respeitado o teto remuneratório constitucional.

Competência da União

Ficou vencido o relator, ministro Marco Aurélio, que entende que a lei estadual invadiu a esfera legislativa da União ao disciplinar tema atinente ao Direito Processual. Segundo o relator, essa competência está reservada ao Código de Processo Civil, que estabelece os critérios e percentuais de fixação dos honorários.

AR/AS//CF

Leia mais:

26/6/2019 - Normas de 20 estados e do DF sobre pagamento de honorários a procuradores são objeto de ações no STF

STF vai decidir se auxílio-acompanhante pode ser estendido a toda espécie de aposentadoria

 


De acordo com a lei, o benefício é concedido apenas aos aposentados por invalidez que necessitem de assistência permanente de terceiros.

10/08/2020 16h01 - Atualizado há

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a extensão do benefício previdenciário do auxílio-acompanhante a todas espécies de aposentadoria do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é constitucional. De acordo com a Lei dos Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/1991), esse valor adicional de 25% é pago exclusivamente aos aposentados por invalidez que necessitem de assistência permanente de terceiros. A discussão é objeto do Recurso Extraordinário (RE) 1221446, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual (Tema 1095). 

Benefício assistencial

O recurso extraordinário foi interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que assegurou a extensão do benefício a todos os aposentados, com fundamento nos princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia e na garantia dos direitos sociais. De acordo com o STJ, o adicional tem caráter assistencial, pois o fato gerador (a necessidade de assistência permanente de outra pessoa) pode estar presente no momento do requerimento administrativo da aposentadoria por invalidez ou ser posterior e ter ou não relação com a moléstia que deu causa à concessão do benefício originário.

Má aplicação da isonomia

No RE, o INSS argumenta “má aplicação”, pelo STJ, dos princípios da isonomia e da dignidade humana. Segundo a autarquia, o aposentado por invalidez se depara com a incapacidade quando está trabalhando, o que faz com que seus planos e projetos sofram mudança drástica e imprevista, enquanto, nos demais casos, a invalidez ocorre após a aposentadoria. “Por este motivo é que, em nome da isonomia, para nivelar situações desiguais, o adicional de 25% se restringe ao benefício de aposentadoria por invalidez”, sustenta.

Impacto

Em manifestação no Plenário Virtual pela existência de repercussão geral, o relator do recurso, ministro Luiz Fux, verificou que a matéria, além de natureza constitucional, transcende os limites individuais da causa, em razão da interpretação extensiva conferida pelo STJ ao artigo 45 da Lei 8.213/1991 para permitir a concessão do auxílio a qualquer tipo de aposentadoria pelo RGPS. O ministro também destacou o impacto em outros casos, pois a questão envolve um número elevado de segurados potencialmente alcançados pela decisão do STJ.

O ministro observou que a Primeira Turma do STF, no julgamento de Agravo Interno na Petição (Pet) 8002, também de sua relatoria, decidiu suspender nacionalmente todos os processos que tratem da matéria, para que seja apreciada pelo Plenário.

PR/CR//CF

Leia mais:

12/3/2019 - 1ª Turma suspende trâmite de processos sobre extensão de adicional de 25% a aposentados

 

PSB contesta impactos ambientais da Lei da Liberdade Econômica

10/08/2020 17h05 - Atualizado há

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6528) contra dispositivos da Lei 13.874/2019, que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e estabeleceu garantias de livre mercado. A ação foi distribuída, por prevenção, ao ministro Ricardo Lewandowski, relator de outras três ações (ADIs 6156, 6184 e 6217) que questionam a Medida Provisória (MP) 881/2019, convertida na Lei 13.874/2019.

Segundo o partido, o artigo 3º, inciso IX, da chamada Lei de Liberdade Econômica estabelece que, transcorrido o prazo máximo definido e apresentados os elementos necessários, será concedida aprovação tácita do pedido de liberação da atividade econômica, mesmo no caso de haver impacto socioambiental. Para o PSB, a aprovação tácita, em matéria de direito ambiental, viola os princípios do desenvolvimento sustentável, da preservação do meio ambiente e da proibição do retrocesso em direitos fundamentais socioambientais, entre outros.

A legenda sustenta que a Constituição veda práticas que coloquem em risco a fauna e a flora e prioriza ações preventivas contra danos ambientais, inclusive quando houver incertezas científicas sobre a perda de diversidade biológica. A aprovação tácita de atos de órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Cultural Palmares, segundo a sigla, também viola a proteção conferida aos povos e terras indígenas e aos demais povos e comunidades tradicionais, pois admite que o Estado emita atos administrativos que afetem essas comunidades sem a prévia avaliação do órgão competente e sem ouvir os afetados.

SP/CR//CF

Leia mais:

15/8/2019 - STF recebe mais uma ação contra MP da Liberdade Econômica

18/06/2019 – Partido questiona medida provisória que institui declaração de direitos de liberdade econômica

Processo relacionado: ADI 6528

STF

PGR questiona normas estaduais sobre foro por prerrogativa de função

 


10/08/2020 19h01 - Atualizado há

O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) 17 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contra dispositivos de Constituições estaduais que atribuem foro por prerrogativa de função a autoridades que não são listadas na Constituição Federal, como defensores públicos, delegados, procuradores, auditores militares, presidentes de entidades estaduais e reitores.

Aras argumenta que a Constituição estabelece o foro especial para presidente e o vice-presidente da República, deputados federais e senadores, ministros do STF, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU), procurador-geral da República, ministros de Estado, advogado-geral da União, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, chefes de missão diplomática de caráter permanente, governadores, magistrados, conselheiros dos Tribunais de Contas, membros do Ministério Público e prefeitos. Essas autoridades são a referência para que as constituições estaduais indiquem os seus equivalentes.

Segundo o procurador-geral, os estados não podem inovar nessa área, pois a União tem a competência exclusiva para legislar sobre Direito Processual. A seu ver, as constituições estaduais, ao prever o foro por prerrogativa de função a ocupantes de cargos que não constam da Constituição Federal, violam o princípio da isonomia, pois atribuem tratamento desigual, pois todos os servidores públicos, quando não qualificados como agentes políticos, são processados e julgados no primeiro grau de jurisdição.

As ações ajuizadas são as seguintes: ADIs 6501 (Pará), 6502 (Pernambuco); 6504 (Piauí); 6505 (Rio de Janeiro); 6506 (Mato Grosso); 6507 (Mato Grosso do Sul); 6508 (Rondônia); 6509 (Maranhão); 6510 (Minas Gerais); 6511 (Roraima); 6512 (Goiás); 6513 (Bahia); 6514 (Ceará); 6515 (Amazonas); 6516 (Alagoas); 6517 (São Paulo); e 6518 (Acre).

Os ministros Celso de Mello, relator das ADIs 6505, 6506, 6507 e 6509, e Edson Fachin, relator das ADIs 6512 e 6513, adotaram o rito previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999, que autoriza o julgamento da ação diretamente pelo Plenário, sem a necessidade de análise prévia do pedido de liminar.

RP/CR//CF

STF

Ibaneis reforça projetos especiais da governadoria

 


Empossado nesta segunda-feira (10), Marcelo Lavocat Galvão agora chefia assessoria ligada ao gabinete do governador

O advogado Marcelo Lavocat Galvão tomou posse nesta segunda-feira (10) como chefe da Assessoria de Projetos Especiais do gabinete do governador Ibaneis Rocha. Membro decano do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o procurador cedido ao Governo do Distrito Federal trabalhará lado a lado com o chefe do Executivo.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Marcelo Galvão foi Procurador-Geral do DF entre os anos de 2009 a 2011. É formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e possui mestrado e doutorado em Direito Tributário pela Universidade de São Paulo (USP). Ele compôs a equipe jurídica durante o governo de transição e, agora, assume o cargo do advogado Gustavo Rocha, atual chefe da Casa Civil.

“Ficarei à disposição do governador para realizar consultorias. Vou fazer ponte com o Poder Judiciário e Procuradoria-Geral do DF, sem interferir na competência de cada uma delas”, afirma Galvão. Ele usará as experiências jurídica e de governo para assessorar pessoalmente as ações da gestão.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Covid-19: fila de resultados pendentes zerada e 80 mil testes liberados

 


Força-tarefa de servidores conduzida pelo Laboratório Central no fim de semana foi essencial para o desempenho

Com foco e em tempo recorde, 35 profissionais zeraram a fila de pendências | Foto: Agência Saúde

Graças à força-tarefa promovida por servidores durante este fim de semana, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) conseguiu zerar a fila de 3,8 mil exames RT-PCR pendentes de resultado para detectar casos suspeitos da Covid-19. Mais do que isso, os esforços levaram o laboratório a atingir a marca de 80 mil testes liberados desde o início da pandemia, em março, até esta segunda-feira (10).

A equipe é formada por aproximadamente 50 servidores, que possibilitam ao Lacen funcionar 24 horas por dia, durante toda a semana. Mas, desde sexta-feira (7), em torno de 35 profissionais se comprometeram exclusivamente a zerar a fila.

“Somente ontem [9] foram quase 2 mil exames liberados. Vários servidores se disponibilizaram a vir no fim de semana, fora de suas escalas e independentemente de carga horária contratual, com esse objetivo de zerar essas amostras represadas”, afirmou o gerente de Biologia Médica do Lacen-DF, Fabiano Costa.

Equipe de Biologia Molecular realizou diagnósticos e desenvolveu técnica que possibilita aumentar média diária de exames RT-PCR | Foto: Agência Saúde

Com os profissionais a postos, todos os equipamentos do Lacen-DF para testes ficaram direcionados no fim de semana para entregar os resultados dos exames de coronavírus pendentes. Assim, ao longo de três dias, quase 5 mil amostras foram liberadas.

“Seria impossível atingir a marca de 80 mil exames se não fosse essa força-tarefa e a dedicação dos servidores”, agradeceu o gerente.

Novo protocolo

Além disso, o Lacen-DF também desenvolveu e aprimorou um novo protocolo de extração interno, para dar respostas mais céleres aos casos suspeitos de Covid-19. Tudo isso graças à equipe de Biologia Molecular, que, além de realizar o diagnóstico, desenvolveu a técnica que possibilitou aumentar a média diária de exames RT-PCR.

Neste protocolo, determinado volume do reagente de extração é pipetado (levado de um recipiente a outro) em placa de PCR, seguido da adição da amostra. Essa placa passa por uma etapa de variação de temperatura em termobloco e gelo, depois submetida à RT-PCR.

Essa técnica permite um resultado mais rápido e com menor custo. Surgiu devido à alta demanda por testes para diagnosticar a Covid-19 e a dificuldade mundial em adquirir os kits para extração automatizada de ácidos nucleicos, que é etapa inicial do processo de detecção molecular do vírus Sars-CoV-2, essencial em exames do tipo RT-PCR.

 

* Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA 

CEB troca luminárias em Samambaia e Gama

 


Manutenção vai melhorar visibilidade para motoristas e pedestres

A Companhia Energética de Brasília – CEB está executando duas ações de manutenção de luminárias em Samambaia e no Gama, na última semana. Ao todo, foram substituídas 420 luminárias de vapor de sódio antigas e danificadas por outras em melhores condições, com o intuito de aprimorar a visão dos motoristas e pedestres que trafegam nos locais.

No Gama, a manutenção das 285 luminárias se dá nas principais vias e ruas do Setor de Indústria. Em Samambaia, 135 luminárias da Avenida Central terão melhorias. As duas ações foram demandadas pelas equipes da CEB, após inspeções diárias, onde se constatou que a iluminação poderia ser aprimorada.

O presidente da CEB, Edison Garcia, reforça que a Companhia atua para que todo o parque de iluminação pública do Distrito Federal seja modernizado e eficientizado. “Essa ação de manutenção realizada em Samambaia e Gama já permite que a área fique mais iluminada, e, futuramente, nossa intenção é substituir todas essas lâmpadas por modelos de LED”, comentou.

Garcia ressalta que, a pedido do governador Ibaneis Rocha, a CEB vem estruturando um plano de ação em iluminação pública para que até 2022, todas as luminárias sejam substituídas por modelos de LED. “Sabemos da importância dessa demanda para os brasilienses. A luz é um instrumento de cidadania e permite que a população se sinta mais segura”, concluiu Edison Garcia.

*Com informações da CEB

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Obras da Caesb beneficiarão cerca de 433 mil moradores de Ceilândia

 


Por isso, fornecimento de água será interrompido entre 8h e 22h desta terça-feira (11)

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) realizará obras do projeto de setorização das redes de abastecimento de água de Ceilândia. O objetivo é contribuir para a redução das perdas de água tratada. O sistema vai beneficiar cerca de 433 mil habitantes.

O projeto de setorização conta com a instalação de trechos de rede de água, macromedidores e válvulas redutoras de pressão. Esses equipamentos permitirão o controle e a distância da operação do sistema, adequando a pressão na rede e identificando possíveis vazamentos de forma virtual. A operação automatizada diminuirá as perdas na rede de água.

Haverá, ainda, a substituição de redes, proporcionando melhoria na qualidade da água que chega aos usuários. A obra contempla 25 setores de medição e controle, além da construção de 39 quilômetros de redes de distribuição de água para setorização. A Caesb fará, também, a substituição de 77 quilômetros de rede.

O investimento é de R$ 21.773.406,46, recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Para que todo este trabalho seja feito, será necessário interromper o fornecimento de água, entre 8h e 22h, em algumas regiões de Ceilândia, nesta terça-feira (11). Serão afetadas as quadras pares das QNM 2 a 26, as EQNM 2/4, 4/6, 6/8, 8/10, 20/22, 22/24 e 24/26, além da CNM 2, das quadras ímpares da QNN 1 a 25 e EQNN 1/3, 3/5, 5/7, 7/9, 21/23 e 23/25.

Também ficarão temporariamente sem água as quadras da QNO 1 a 19, EQNO 1/3, 2/4, 3/5, 4/6, 5/7, 6/8, 7/9, 8/10, 9/11, 10/12, 11/13, 12/14,13/15, 14/16, 15/17, 17/19 e QNP 17. O desligamento ainda afetará a QNN 39, a EQNM 2/4, a 24ª Delegacia de Polícia Civil (EQNO 10/12) e as unidades básicas de Saúde 11 e 7, no Setor O.

Reserva de volume mínimo

A Caesb informa que todo imóvel deve contar com reserva de volume mínimo correspondente ao consumo médio diário, de acordo com o artigo 50 da Resolução nº 14 da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), de 27 de outubro de 2011.

A medida estabelece as condições da prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Distrito Federal. Com essa reserva, os usuários são menos afetados com a interrupção no fornecimento de água.

Em caso de dúvidas, a população poderá entrar em contato pelo telefone 115.

*Com informações da Caesb

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Hora e vez de renovar as “casinhas coloridas”

 


Equipamentos culturais do Núcleo Bandeirante passam por revitalização, com reformas do Museu Vivo da Memória Candanga e do Auditório Garcia Neto

Foto: Lúcio Bernardo Jr. | Agência Brasília
Museu Vivo da Memória Candanga passa por ampla reforma, com pintura, recolhimento de lixo e outras melhorias. Foto: Lúcio Bernardo Jr. | Agência Brasília

Para início de conversa… aquelas casinhas coloridas no sentido Núcleo Bandeirante, localizadas no final da Epia Sul, não são de moradores de uma pacata vila, ao contrário do que muita gente pensa. Terceiro espaço a ser construído pela Novacap no Distrito Federal em meados dos anos 1950, o local abrigou, até em 1974, a primeira área médica do DF.

O conjunto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, foi um daqueles estabelecimentos de madeiras criados para dar suporte à construção da nova capital. Atendia tanto os operários acidentados nas obras, e eram muitos, quanto os moradores pioneiros que aqui chegaram. Hoje, até para quem é nascido e mora em Brasília, o bucólico lugar passa despercebido como o Museu Vivo da Memória Candanga.

“Trata-se de um conjunto arquitetônico a céu aberto, talvez o único do DF”, diz, Eliane Falcão, gestora do lugar. “Faz parte do patrimônio cultural tombado da nossa cidade”, reforça, orgulhosa.

O complexo, com exatos 1.265 metros quadrados, abrigava enfermaria, centro cirúrgico e parte administrativa, além de moradas para médicos e funcionários, mais do que nunca, precisa estar, constantemente, passando por manutenções, reparos e conservação. É o que está fazendo a atuação gestão, com o suporte da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e parceiros. “Foi uma das primeiras coisas que fiz quando assumi”, conta Eliane Falcão. “Tiramos cinco caminhões de lixo”, lembra.

Foto: Lúcio Bernardo Jr. | Agência Brasília
A Novacap fez podas de árvores, roçagem do amplo ambiente e recapeamento de um trecho do asfalto de uma das pistas que dá acesso ao complexo. Foto: Lúcio Bernardo Jr. | Agência Brasília

Mais recentemente, as reformas foram pontuais, porém necessárias. Assim, durante a pandemia, em que as visitas estão interrompidas, a Novacap fez podas de árvores, roçagem do amplo ambiente e recapeamento de um trecho do asfalto de uma das pistas que dá acesso ao complexo.

Demarcações do estacionamento e construção de novo quebra-mola foram realizados com a ajuda do Detran-DF. Numa parceria com as administrações regionais da Candangolândia e Núcleo Bandeirante, janelas quebradas foram trocadas aos montes. Numa das casas coloridas, a amarela, que abriga uma das oficinas do Projeto Saber Fazer, e o pequeno, mas cativante auditório, os problemas de infiltrações que causam goteiras, foram sanados. A novidade foram as instalações de seis postes no estacionamento e na saída do Museu.

“Não tenho palavras para descrever a ajuda dessas parcerias”, comenta Eliane. “O GDF Presente, por exemplo, tem ajudado demais”, agradece.

“Eu vi o Renato Russo”

Era o final dos anos 1970. Enquanto Johnny Rotten, o “Joãozinho Podre”, tocava o terror em toda a Inglaterra, à frente da banda Sex Pistols, do outro lado do Oceano Atlântico, em plena febre do punk rock, bandas de Brasília, que seriam pioneiras de movimento musical para lá de contestatório, incendiavam todo o Distrito Federal com guitarras altas e letras de protestos.

Um dos palcos que recebeu tanto a Plebe Rude, quanto a Aborto Elétrico (futura Legião Urbana), foi o teto do Auditório Garcia Neto. Era no teto do espaço, então transformado em tablado de concreto, que o som corria solto.

“Eu era moleque e vi o Renato Russo tocar aqui, na época do Aborto Elétrico”, lembra, como se fosse hoje, Ricardo Dantas, atual chefe da Administração Regional do Núcleo Bandeirante. “O Auditório Garcia Neto é um lugar muito querido da comunidade porque é o centro de todos os acontecimentos locais. Na minha época, tudo o que você imaginar, quando falava em Núcleo Bandeirante, podia vir para cá, e até hoje é assim”, emenda.

Biblioteca Vó Philomena

Debilitado, o espaço cativo da cidade, localizado próximo à administração regional, passa agora por ampla revitalização em todas as suas estruturas. Tudo graças a uma emenda parlamentar e ajuda sistemática do GDF. E não só o auditório, mas, também, a Biblioteca Vó Philomena, que fica atrás da administração, há muito tempo precisava de reparos. O valor total das duas obras é de R$ 400 mil.

“São lugares muito requisitados pela comunidade e propícios para reuniões de várias naturezas, e que estavam sucateados”, explica o administrador regional Adalberto Carvalho. “Agora tudo vai mudar, graças ao apoio do nosso governador Ibaneis”, destaca o gestor.

Homenageando o pioneiro Garcia Neto, um dos moradores da cidade que lutou bastante para a fixação do Núcleo Bandeirante como região administrativa, o local, de forma arredondada, terá todo o teto impermeabilizado. As paredes internas serão pintadas e passagem de acesso, revitalizada. “O teto tinha muita infiltração, por isso a impermeabilização. E as laterais vão ganhar pastilhamento azul”, detalha Dantas.

Já a reforma da Biblioteca Vó Philomena – assim chamada em homenagem a uma pioneira que tinha uma creche ainda existente na cidade e que gostava de cuidar de crianças – será mais complexa, dada a gravidade da degradação do prédio. A cobertura será toda substituída por telhas termoacústicas.

O local irá ganhar, também, duas saídas de emergências, novas luminárias e renovação das esquadrias que, todas enferrujadas, serão recuperadas e pintadas. No interior, as obras já começaram na última semana, com pedreiros reformando banheiros, parte elétricas e pintando paredes. “É quase uma reconstrução, o local não passava por reforma há muito tempo”, observa o arquiteto responsável pelos trabalhos de revitalização, Cássio Aviani.

Se tudo der certo, as reformas do Auditório Garcia Neto ficaram concluídas no final de setembro. E as obras da Biblioteca Vó Philomena, até o fim do ano. “Foram grandes conquistas para a nossa comunidade”, festeja o administrador regional Adalberto.   

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Peste suína africana: 210 novos surtos foram notificados no mundo em 13 dias

 

CENÁRIO MUNDIAL


De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, surtos novos ou em andamento foram registrados em 25 países

Por Estadão Conteúdo


Granja de suínos


Foto: Canal Rural

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou que 210 novos surtos de peste suína africana foram notificados no mundo entre os dias 24 de julho e 6 de agosto, ante 441 novos casos verificados no levantamento anterior. Já o número total de surtos em andamento subiu de 7.030 para 7.176, sendo 3.589 na Romênia e 1.472 no Vietnã.

De acordo com a OIE, surtos novos ou em andamento foram registrados em 25 países. Na Europa, Bulgária, Hungria, Letônia, Polônia, Moldávia, Romênia, Rússia, Sérvia e Ucrânia ainda apresentam a incidência da doença. Na Ásia, China, Índia, Indonésia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Laos, Mianmar, Papua Nova Guiné, Filipinas, Rússia, Timor Leste e Vietnã têm casos em andamento.

Já na África, Namíbia, Nigéria, África do Sul e Zâmbia reportam a presença do vírus. No período de cobertura do levantamento, foram notificadas perdas de 2.728 animais, número bem inferior ao reportado no boletim anterior, de 13.071 animais eliminados.

A maior parte desse número foi observada na África, com abate sanitário de 2 336 animais, sobretudo na Zâmbia, onde 2.336 animais foram perdidos. Na Europa, a Romênia registrou perdas de 234 animais, seguida da Rússia, com 107, e Ucrânia, com 14.

por;cana rural