domingo, 9 de agosto de 2020

 

DATA ESPECIAL

Dia dos Pais: a paixão pelo agro que passa de geração em geração

Conheça a história de quatro famílias que aliaram o conhecimento dos mais experientes com a inovação e tecnologia trazidas pelos mais jovens

Por Canal Rural


Dia dos Pais no campo pode ser sinônimo de sucessão rural. A continuidade da profissão, para muitos, é uma missão: a de produzir alimentos e uma infinidade de outros produtos.

Levantamento  da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo aponta que a média de idade dos produtores rurais paulistas é elevada, por isso a permanência dos jovens na atividade é um fator de extrema importância para a manutenção do segmento, que gera riquezas, renda e emprego, além de garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental.

A seguir, conheça algumas histórias de pais e filhos que aliaram o conhecimento dos mais experientes com a inovação e tecnologia trazidas pelos mais jovens, mantendo tradição familiar e renovação no agronegócio!

Família Marques

família marques dia dos pais

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

No sítio Santa Maria, localizado no município de Adamantina, a família Marques cultiva, em 12 hectares, frutas e pimenta dedo-de-moça. A casa avarandada e adornada com cadeiras convidativas ao descanso, mostra que ali têm pessoas que adoram a vida no campo.

“Há alguns anos, tínhamos apenas café e milho e não estava dando para sobreviver. Eu morria de medo de ter que morar na cidade, pois esse sítio vem desde o meu bisavô, que veio de Portugal no início do século passado. Foi nessa hora que o técnico da Casa da Agricultura nos incentivou a mudar de atividade adotar novas tecnologias. Foi uma grande mudança começar a cultivar frutas e pimenta; mas também uma benção, que incrementou nossa renda e melhorou nossa qualidade de vida”, comenta Waldomiro Ferreira Marques, 69, contabilizando as conquistas que incluem reforma na casa, construção de um barracão, aquisição de um trator e implementos, bem como de mais uma área, onde foi colocado um pequeno rebanho de gado de corte. “É para fazer uma poupança”, conta sorridente.

Mas o prêmio maior, segundo seu Waldomiro, é ter os dois filhos, José Carlos e Fernando, de 32 e 30 anos, respectivamente, trabalhando lado a lado. “Com eles, tenho a garantia de que a família Marques terá continuidade nessa que é uma das profissões mais gratificantes do mundo, apesar de todas as dificuldades”.

A fala é endossada por José Carlos e Fernando. “Eu e meu irmão nascemos no sítio e desde pequenos aprendemos a amar a terra, com o exemplo dos meus pais. Nunca quisemos nos mudar e ter outra profissão, mas entendemos que precisávamos contar com a experiência do meu pai, agregando novos conhecimentos, tecnologia e canais de comercialização. Com o aumento da rentabilidade, pudemos nos manter nessa atividade que amamos e nos proporciona uma qualidade de vida que não teríamos na cidade. O Fernando já se casou, mora em uma cidade próxima, mas vem todo dia para trabalhar conosco. Para nós, é uma felicidade trabalhar com meu pai, estamos já na quarta geração da nossa família”, conta José Carlos.

Família Ribeiro

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Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

Com uma história de sucesso escrita com muito trabalho, o empreendedor rural Vicente Antônio Ribeiro encontrou na caprinocultura a sua principal atividade profissional. Mas o começo dessa história foi um pouco diferente das de outros produtores.

“A caprinocultura entrou na vida da minha família pela porta da necessidade, pois meus filhos mais novos tiveram alergia ao leite de vaca e descobrimos que o de cabra era uma alternativa. E realmente foram ‘mágicos’ os benefícios trazidos. Nessa experiência, percebi que existia um grande potencial e um mercado pujante para o leite de cabra, com grandes oportunidades nos setores da genética e do melhoramento animal”, conta Vicente, que investiu na área de genética leiteira, se tornando, após alguns anos de trabalho, um dos principais nomes na caprinocultura do Brasil, inclusive exportando a genética de seu rebanho.

Em 2018, Vicente viu uma oportunidade para a aquisição de um laticínio na cidade de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. A compra da propriedade e da agroindústria coincidiu com o término da faculdade de gastronomia do filho Mateus Maldanis Ribeiro, que até então acompanhava a atividade do pai, como observador.

“Quando terminei o meu curso, meu pai adquiriu o laticínio, então foi a oportunidade para começarmos a trabalhar juntos. Passei a gerenciar o empreendimento e meu pai continuou como responsável pela criação e produção dos animais. Tem sido um arranjo excelente, com aprendizado constante e um amor que só aumenta pela atividade rural”, diz Mateus.

Para o pai, trabalhar com o filho tem sido motivo de felicidade. “A aquisição do laticínio mostrou o acerto com a atividade. Eu acredito muito na caprinocultura como negócio rentável e próspero no Brasil. A extração de leite, a transformação em queijo e derivados, além de um trabalho prazeroso, é realmente interessante e atrativo do ponto de vista econômico. E claro, quando a gente vê o filho envolvido, seguindo seus passos, levando o negócio adiante, trazendo novas ideias e visões da atividade, bem como buscando ocupar espaços que ainda não ocupamos, é uma sensação maravilhosa, que me deixa muito feliz”, salienta Vicente.

Família Simonetti

família simonetti dia dos pais

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

“Em nossa veia acho que corre suco de laranja e não sangue!”. Essa frase dita com um sorriso bem-humorado pelo citricultor Antonio Carlos Simonetti, 42, demonstra que a atividade agrícola é o elo entre a família, que já está na quarta geração de produtores rurais. ”

A história da minha família está ligada à citricultura. Meu bisavô começou a formar mudas de citros em pequenas áreas em Limeira, depois foi expandindo para outras cidades da região. Desde o início, que remonta a muitas décadas passadas, falo com orgulho que sou agricultor, pois hoje toda a minha família continua na atividade rural, com a missão de produzir com qualidade, colocando a marca Simonetti como sinônimo de bons frutos”, diz o produtor que trabalha nas propriedades que hoje estão concentradas em Aguaí (SP) e em Minas Gerais, onde a família cultiva, além de laranja e tangerina, também abacate.

Do pai, Luís Carlos, 66, e do avô Antônio (já falecido), o produtor quer passar para os filhos João Pedro, 15, e Letícia, 12, o mesmo amor pela terra e pela atividade. “Meus filhos estudam, mas nos finais de semana sempre me acompanham. No sítio e na empresa o trabalho é bem dividido, entre o meu pai, que se dedica à abertura, implantação dos pomares e parte estrutural da propriedade; eu, que cuido da comercialização; e minhas duas irmãs, Daniele e Fabiana, que cursaram Agronomia e cuidam da parte fitossanitária, das estufas e da área administrativa”, conta Antonio.

Com esse exemplo de trabalho em família,Antonio passa para o filho o valor e o amor à profissão de produtor rural. “Enfatizo sempre que devemos aprender com nossos pais, valorizando a experiência que vem de geração em geração, aperfeiçoando e agregando novas tecnologias ao modo de trabalho, com dedicação e amor, para que possamos ter produtividade e renda para nos manter na atividade, que é apaixonante, apesar de todos problemas”, fala Antonio Carlos.

Família Melo

família melo

Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo

Vindo de uma família de agricultores, Eliseu Aires de Melo, 60, diretor da CDRS Regional Avaré, revela que ao pensar em uma formação acadêmica, levou em consideração o histórico familiar, por isso a Agronomia foi a primeira escolha. “Cresci no sítio do meu pai, que era um pequeno agricultor. Quando minha família decidiu ir para a cidade, optei por cursar Engenharia Agronômica para continuar próximo do campo”, explica o engenheiro agrônomo, que exerce a profissão há 36 anos.

O ofício do pai despertou no filho, André Campos de Melo, 29, o interesse pela agricultura, que o fez decidir pela mesma formação. “Por meio do meu trabalho na CDRS, promovi dezenas de Dias de Campo, visitas técnicas e, muitas vezes, meu filho me acompanhava. Acho que isso estimulou a vontade dele em cursar Engenharia Agronômica”, fala Eliseu, com aquele sorriso de satisfação, de um pai que vê o filho seguindo seus passos.

André, que atualmente trabalha em uma usina de cana-de-açúcar, concorda: “Ver a dedicação e acompanhar o trabalho do meu pai de perto, me fez ver o quanto a agropecuária é uma atividade incrível e como os produtores rurais e os empreendedores do agro necessitam de apoio técnico. Então, a minha opção pela Agronomia foi coerente com a minha experiência de vida com o meu pai e a história do meu avô que foi produtor!”.

por;canal rural 

Vai vender o milho? Veja o que pode mexer com os preços na semana

 


No Brasil, os preços estão surpreendendo até o momento, mesmo com avanço da colheita. Os portos registraram negócios a R$ 54,50 por saca


Por Agência Safras


Colheita de milho em lavoura


Foto: Governo de Minas Gerais

O analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado, preparou um relatório com dicas do que está influenciando os mercados externo e interno de milho. Atenção, pois são fatores que podem mexer com os preços nos próximos dias!

  • Inicialmente, não há nenhum problema grave para o mercado internacional de milho;
  • Os preços na China, que eram a discussão recente, começam a ceder e não têm influência na Bolsa de Chicago;
  • Estimativas bastante otimistas para a produtividade nos Estados Unidos. Na próxima quarta-feira, 12, o Departamento de Agricultura do país (USDA) atualiza seu quadro de oferta e demanda. A expectativa é de produtividade projetada acima de 180 bushels por acre;
  • Uma produção maior pode levar a um estoque acima dos já altos 67 milhões de toneladas previstos para o próximo ano comercial;
  • Os EUA precisam de exportações maiores para sustentar preços acima dos US$ 3/bushel na Bolsa de Chicago no segundo semestre. Assim, os norte-americanos terão que acelerar seus embarques, competindo com Brasil, Argentina e Ucrânia;
  • China não é referência importante neste momento para o escoamento da produção dos EUA;
  • Mercado interno surpreende com preços em alta em plena colheita. Semana com negócios em R$ 54/54.50 para agosto e setembro nos portos;
  • Os embarques na exportação são bons mas não se traduzem em um fator para tal agressividade de preços e prêmios nos portos. Esse movimento tem a ver com o erro de originação das tradings, que estão descobertas com embarques de curto prazo;
  • Produtores colhem, cumprem contratos e retraem nas vendas do restante da segunda safra;
  • Consumidores internos avançam em compras com receios de oferta mais discreta nos próximos meses;
  • Um conjunto de fatos com notícias distorcidas ajuda a manter o produtor retraído nas vendas e preços firmes;
  • Com corte na área de verão do milho, o risco de que este quadro de abastecimento siga ajustado até julho de 2021;
  • Não há nada de novo nas exportações de milho, com meta de 35 milhões de toneladas no ano e sem participação de compras por parte da China;
  • Perdas de produtividade na safrinha do Paraná, do Mato Grosso e em São Paulo vão se confirmando.

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Confira a tendência para o mercado da soja na semana que vem

 

TENDÊNCIA


O USDA deve atualizar sua projeção para a safra dos Estados Unidos na quarta-feira, 12. Dependendo dos números, Chicago pode cair


grãos soja


Foto: Roberto Kazuhiko Zito/Embrapa Soja

A consultoria Safras & Mercado preparou um relatório especial com os principais pontos que podem influenciar os preços da soja na Bolsa de Chicago e, consequentemente, no Brasil. Além da pandemia de Covid-19, que segue no radar do mercado, players também estão de olho nos números da temporada americana e nas tensões entre Estados e China, que podem influenciar a demanda asiática pela produção norte-americana.

Confira uma análise detalhada desses e de outros pontos feita pelo consultor Luiz Fernando Roque.

  • Os últimos dias trouxeram um sentimento um pouco mais positivo com relação à pandemia. Embora o número de casos continue crescendo nos EUA, o temor de uma possível segunda onda da doença ao redor do mundo começa a diminuir;
  • Além disso, os dados econômicos das principais potências já começam a demonstrar uma certa recuperação para a economia mundial, indicando que o pior, aparentemente, já passou;
  • O clima continua sendo positivo para o desenvolvimento da nova safra de soja norte-americana. Ao longo de julho, as condições das lavouras melhoraram muito, e as previsões não apontam para um clima desfavorável nas próximas semanas;
  • Diante da melhora nas condições das lavouras, o relatório do USDA de agosto, que será divulgado no próximo dia 12, deve trazer aumento na estimativa de produção norte-americana;
  • Tal fato pesa sobre Chicago, impedindo o rompimento da linha de US$ 9 nas primeiras posições. A safra dos EUA poderá se aproximar de 115 milhões de toneladas;
  • Nos últimos dias, também pesou negativamente sobre Chicago a diminuição nos registros semanais de vendas dos EUA para exportação. A China, embora permaneça comprando soja norte-americana, ainda não elevou de forma relevante suas compras;
  • Os chineses ainda mantêm parte de sua demanda voltada para a soja brasileira. Apesar disso, com o esgotamento dos estoques no Brasil, a tendência é vermos as compras chinesas de soja dos EUA crescendo nas próximas semanas. Isso pode impedir o teste de patamares ainda mais baixos em Chicago, embora o momento seja de pressão negativa.
  • Fechando o quadro negativo para Chicago, nos últimos dias tivemos um aumento das tensões políticas e comerciais entre EUA e China, o que volta a colocar em xeque o cumprimento do acordo comercial assinado em janeiro.
  • Por Agência Safras

sábado, 8 de agosto de 2020

CONPORTOS esclarece sobre processo de avalição de risco realizada nos portos brasileiros

 AÇÃO


Medidas de prevenção, mitigação de eventos indesejados e redução de vulnerabilidades portuárias são o foco da atuação da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Visas Navegáveis - CONPORTOS
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Brasília/DF - Os recentes acontecimentos, ocorridos na região portuária de Beirute - Líbano, e amplamente divulgados pela imprensa mundial, expõem a importância de se estabelecer procedimentos de análise de riscos com ênfase em instalações portuárias, traduzidos por meio de um estudo de avaliação de riscos e implementado pelo Plano de Segurança Portuária.

Enquanto as entidades governamentais libanesas não definem as causas exatas da explosão, autoridades daquele país afirmam que havia grande quantidade estocada de nitrato de amônia, material altamente inflamável.

No Brasil, incumbe à Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS) a implantação de uma metodologia para avaliações de segurança de modo a desenvolver planos e procedimentos, a fim de responder às ameaças reais ou potenciais que podem impactar a atividade portuária, definidos pelo Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias (Código ISPS).

Nesse contexto, a Comissão vem desenvolvendo um processo de avaliação de riscos que trata tanto de questões relacionadas a ataques e atentados (SECURITY), quanto àquelas voltadas para incidentes (SAFETY).

A análise de riscos aplicadas ao contexto portuário permite encontrar o ponto de equilíbrio para adoção de medidas de prevenção e mitigação de eventos indesejados, pelo que auxilia processo de redução das vulnerabilidades portuária, ao mesmo tempo em que indica a elaboração de planos de contingência, caso um determinado risco concretize-se.

 

Comunicação Social da PF

PF promove erradicação de mais de 350 mil pés de maconha no Maranhão

 OPERAÇÃO PF


PF deflagra Operação Muçambê III para promover a erradicação de cultivos ilícitos de maconha.
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São Luís/MA - A Polícia Federal deflagrou, no período compreendido entre os dias 27 de julho e 07 de agosto de 2020, uma nova etapa da Operação Muçambê III, objetivando a erradicação de cultivos ilícitos de maconha (Cannabis Sativa).

A ação foi realizada em conjunto com o Centro Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão (CTA/SSP/MA) e contou com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM/SSP/MA), totalizando, aproximadamente, 70 policiais de diferentes forças de segurança pública.

No Maranhão, a operação se concentrou nos limites da Reserva Biológica do Gurupi com a Reserva Indígena do Caru, nos municípios de Buriticupu e Alto Alegre do Pindaré, bem como nos limites da Terra Indígena Alto Turiaçu, nos municípios de Maracaçumé, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão e Cachoeira do Piriá/PA (divisa entre os estados do Maranhão e Pará).

Com a atual fase, foram localizadas e inutilizadas 97 plantações, em uma área de 145 mil metros quadrados, promovendo a erradicação de aproximadamente 350 mil pés de maconha, 60 mil mudas e apreensão de mais de 700 kg da droga pronta para o consumo.

Com a ação policial, deixa de entrar no mercado consumidor aproximadamente 150 toneladas de maconha, representando expressiva diminuição da oferta do entorpecente.

Com o resultado, a Operação Muçambê III tornou-se a maior operação de erradicação de maconha do Estado do Maranhão dos últimos treze anos.

 

 

Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão

Telefone: (98) 31315105

(98) 991286428

 

*Muçambê é um pequeno arbusto da família das Caparidáceas provido de espinhos nos pecíolos das folhas, ocorrendo nas caatingas dos estados do nordeste.

 

Justiça e Segurança

PF