Rio de Janeiro/RJ - A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã (6/8), a Operação Dardanários, com a finalidade de desarticular conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas, especialmente na área da saúde.
Policiais federais dão cumprimento a 6 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, nas cidades de Petrópolis/RJ, São Paulo/SP, São José do Rio Preto/SP, Goiânia/GO e Brasília/DF. Os mandados judicias foram expedidos pela 07ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A operação é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS, deflagradas pela PF, em conjunto com o Ministério Público Federal.
Os presos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da justiça.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
cs.srrj@dpf.gov.br | www.pf.gov.br
(21) 2203-4404 / 4405 / 4406 / 4407
*** O nome da operação faz referência aos agentes de “negócios”, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas.
Página tem tabelas das principais competições do mundo
Publicado em 08/08/2020 - 09:00 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo
Fernando Terres CBF direitos reservados
A Agência Brasil passou a oferecer aos aficionados por esportes mais uma ferramenta para acompanharem seus campeonatos favoritos. Desde a última sexta-feira (7) é possível ter acesso às tabelas de classificação de 61 campeonatos de futebol ao redor do mundo, além de informações de torneios de outras três modalidades (automobilismo, surfe e e-sports).
A ideia é oferecer, em tempo real, dados de classificação das principais competições esportivas realizadas ao redor do mundo.
Para isto, as tabelas de classificação de torneios serão atualizadas de forma automática, no momento em que as federações forem colocando os dados nos seus respectivos sites.
Segundo Luis Flávio Rocha, membro da equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e responsável pela elaboração da ferramenta, quando as ligas nacionais de vôlei e de basquete reiniciarem, elas também ficarão acessíveis aos leitores da Agência Brasil.
O programa Pró-Vítima, por exemplo, fez 2.545 atendimentos psicológicos e sociais gratuitos entre janeiro e julho deste ano, no DF
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006. Ela cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde
A Lei Maria da Penha, que completa 14 anos nesta semana, tornou-se um marco histórico do Brasil para a proteção às mulheres. A inovação não foi somente a criação de mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar, mas para oferecer uma rede de apoio às vítimas, envolvendo diversos órgãos do poder público.
No Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) faz parte do grupo de instituições com serviços destinados a acolher quem passou por qualquer tipo de violência. Esse trabalho é feito pelo Pró-Vítima, programa que fez 2.545 atendimentos psicológicos e sociais gratuitos entre janeiro e julho deste ano. Desse total, 123 foram para mulheres vítimas de violência doméstica.
“Temos uma equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais, preparada para cuidar, acolher e orientar cada uma dessas mulheres, que nos procuram em um momento tão difícil”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Depois que a mulher denuncia o agressor e busca ajuda para sair do relacionamento abusivo, nos preocupamos em oferecer as condições necessárias para que elas possam restabelecer seu equilíbrio mental e emocional, e seguir uma nova vida sem violência”, completa.
São muitas histórias que chegam ao programa e a maioria tem em comum o relato de violência doméstica. Foi para superar as sequelas deixadas por um relacionamento abusivo, por exemplo, que a veterinária Camila dos Santos Fernandes, 26 anos, buscou o Pró-Vítima.
“Nunca imaginei que sofreria uma violência. O Pró-Vítima foi um lugar de apoio, com pessoas que se preocupam comigo. A gente chega destruída com a situação, mas encontrei uma rede de apoio social e psicológico. Eu me senti acolhida e fortalecida. Isso me deu forças e uma base para suportar o que estou passando”, diz Camila, emocionada ao lembrar das sessões de terapia individual e em grupo oferecidas pelo programa.
A vítima de violência pode buscar os núcleos de atendimento do Pró-Vítima de forma espontânea ou ser encaminhada por instituições e/ou autoridades públicas, assim como por amigos, parentes ou pessoas da comunidade. O programa conta com seis núcleos de atendimento, localizados em Brasília, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Paranoá, para atender às vítimas de violência.
De vítimas de violência a empreendedoras
Além do apoio social e psicológico, a Sejus garante às atendidas pelo Pró-Vítima ações para conquistarem autonomia financeira. Com o projeto “Banco de Talentos”, oferece locais para venda de seus produtos e cursos de qualificação na área de empreendedorismo e gestão de negócios. Com a pandemia da Covid-19, as feiras de exposição estão suspensas, mas a Sejus aproveita esse período para ampliar ainda mais as opções de cursos on-line em parceria com o Sebrae-DF, Senac e Senai.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006. Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, ela cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ao longo desse período passou por diversas alterações.
Este ano, por exemplo, foi incluída na Maria da Penha a determinação que os agressores de mulheres possam ser obrigados a frequentar centros de reeducação, além de receber acompanhamento psicossocial. Outra mudança foi a obrigação do autor de violência doméstica a ressarcir governo pelas despesas com atendimento das vítimas.
Violência contra a mulher
O Ligue 180 registrou um total de 1,3 milhão de atendimentos telefônicos em 2019. Desse número, 6,5% foram denúncias. Já 47,91%, foram solicitações de informações sobre a rede de proteção e direitos das mulheres. Os outros 45,59% foram manifestações como elogios, sugestões e reclamações ou trotes.
A maioria dos casos denunciados no Ligue 180 é de mulheres pardas, solteiras e entre 25 e 35 anos. As violências mais recorrentes são violência doméstica, tentativa de feminicídio e ameaça. Geralmente os agressores são companheiros, ex-companheiros e cônjuges.
Canais de denúncia
Disque 100 Ligue 180 156 – Opção 6
Se precisar de apoio, entre em contato com os núcleos do Pró-Vítima:
Ceilândia: 99245-5207 (assistente social Joana) Guará: 99276-3453 (assistente social Katia Dupim) Taguatinga: 99108-1274 (assistente social Ana Luzia) Planaltina: 99276-5279 (assistente social Maria Isabel) Paranoá: 99288-5585 (psicóloga Luana) Sede: 99960-1892 (assistente social Eliane)
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
Varicela é contagiosa e se manifesta com maior frequência em crianças
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
A Secretaria de Saúde alerta a população para manter a caderneta de vacinação em dia e se proteger de várias doenças. Uma delas é a catapora, transmitida pelo vírus Varicella-Zoster. Ela se manifesta com maior frequência durante o fim do inverno e o início da primavera. Somente em 2020, foram notificados 96 casos da doença no Distrito Federal. Contagiosa, mas geralmente benigna, acomete com maior frequência as crianças e sua sazonalidade se estende até meados de setembro.
De acordo com a enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes, tanto para catapora como para as demais doenças, o mais importante é manter a caderneta de vacinação atualizada.“As salas de vacinas estão funcionando normalmente. Por isso, as pessoas devem procurar as salas para atualizar a situação vacinal. Principalmente com a retomada das atividades, em que muitas doenças podem voltar a circular, caso as pessoas não estejam adequadamente vacinadas”, afirma.
As salas de vacina estão abertas diariamente para atender o público, em todas as Regiões Administrativas.
A vacina contra catapora segue o seguinte esquema: 1ª dose aos 15 meses de idade (tríplice viral + varicela monovalente, ou tetra viral, quando disponível) e a 2ª dose é varicela monovalente, aos quatro anos de idade.
As crianças podem receber a vacina varicela monovalente até os seis anos, 11 meses e 29 dias (menores de 7 anos de idade). Toda criança até seis anos, 11 meses e 29 dias deve ter duas doses de vacina com o componente varicela.
Características
A principal característica clínica da doença são lesões na pele de diversas formas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de coceira. Em crianças, normalmente é autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, os sintomas vêm com mais intensidade.
“A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha na pele ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias”, informa Marília Higino, médica e responsável pela área técnica das Doenças Exantemáticas da Secretaria de Saúde.
Contudo, indiretamente, a catapora (varicela) pode ser transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. Raramente, a doença é passada por contato com lesões de pele.
O período de incubação do vírus causador da catapora é de quatro a 16 dias. A transmissão se dá entre um a dois dias antes do aparecimento das lesões de pele e até seis dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas.
Para evitar o contágio, é necessário restringir a criança ou adulto com catapora de locais públicos até que todas as lesões de pele estejam cicatrizadas. O que acontece, em média, em um período de duas semanas. “Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam estar contaminados, devem passar por higienização rigorosa”, ressalta Higino.
Manter a vigilância é importante
Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o contato com alguém que esteja com a doença. As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo, se espalham e se transformam em pequenas vesículas cheias de um líquido claro. Em poucos dias o líquido escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.
“Aos primeiros sintomas é necessário procurar um serviço de saúde para que um profissional possa orientar o tratamento e avaliar a gravidade da doença”, recomenda a médica.
Complicações
As principais complicações da catapora, nos casos severos ou tratados inadequadamente, são:
• encefalite; • pneumonia; • infecções na pele e ouvido.
A encefalite é uma inflamação aguda no sistema nervoso central, que provoca a inflamação do cérebro. Se não for tratada, pode ser fatal. Afeta principalmente bebês, crianças e adultos com o sistema imunológico comprometido.
Tratamento
No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão.
“Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. Para evitar que isso aconteça, as unhas devem ser bem cortadas”, explica Marília Higino.
O tratamento específico da catapora (varicela) é realizado por meio da administração do antiviral, que é indicado para pessoas com risco de agravamento.
Medidas
As principais medidas de prevenção e controle da catapora (varicela) são:
• vacinação; • lavar as mãos após tocar nas lesões; • isolamento: crianças com varicela não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões terem evoluído para crostas; • crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção vesicular; • pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta; • desinfecção: concorrente dos objetos contaminados com secreções nasofaríngeas; • imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.
Governo já investiu mais de R$ 1,5 milhão para dar mais conforto aos pedestres. Na Asa Sul, novas obras empregam mais 40 trabalhadores
ARY FILGUEIRA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON
As cidades do DF apresentam um aspecto bem atraente com as novas calçadas. Mais largas e espessas, estão por toda parte e têm agradado à população, como na 306 Sul. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília
Na busca por qualidade de vida para os pedestres, o Governo do Distrito Federal investiu mais de R$ 1,5 milhão em calçadas. Foram, pelo menos, 166 mil metros de caminhos pavimentados para garantir conforto e segurança à população de diversas regiões administrativas, apenas uma parte dos contratos em vigência para esse tipo de serviço.
“Nossa maior preocupação é construir calçadas acessíveis, mais espaçosas e de alta qualidade, garantindo a durabilidade e elevando a segurança que a população precisa”, afirma o diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Lemos.
Responsável pela execução dos serviços, o engenheiro pondera que as calçadas reforçam o sentimento de cidadania. “O GDF entende que são ações que garantem a dignidade das pessoas, porque asseguram o direito de ir e vir, principalmente no caso das crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida”, explica.
Do Gama a Planaltina. De São Sebastião a Brazlândia. As cidades do Distrito Federal apresentam um aspecto bem atraente com as novas calçadas. Mais largas e espessas, estão por toda parte e têm agradado à população.
As novas calçadas seguem um padrão criado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Seja no Plano Piloto ou no Itapoã, a largura tem de ser a mesma: dois metros. Assim como a espessura: entre seis e oito centímetros. Todas com padrão ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Na 306 Sul (Asa Sul), por exemplo, a Divisão de Obras da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) está construindo 4,5 mil metros quadrados de calçadas. O investimento no local é de R$ 600 mil. Mais: além de conforto, a obra tem gerado 40 empregos diretos e indiretos.
A construção das calçadas é uma demanda dos moradores da região e está catalogada num processo-mãe na Novacap juntamente com outras demandas de prefeitos, conselhos comunitários e moradores para a região.
“Fizemos um levantamento de tudo o que precisa ser feito no Plano Piloto em termos de obras. Aí, alimentamos esse processo-mãe que fica na Novacap. À medida que entra verba, a gente vai atendendo as demandas mais antigas. Nesse caso da 306 Sul, foi emenda do deputado Robério Negreiros e ele escolheu a quadra”, explica a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro.
O novo modelo de calçada tem praticamente o dobro do tamanho do anterior. Além disso, é mais larga. É o que percebeu a moradora do Riacho Fundo Rose Silva, 31 anos, quando passava por um calçada recém-construída da 306 Sul. “Ficou ótima. Antes era ruim de andar porque estava toda irregular e era bem fininha”, comparou ela, que trabalha numa loja na 106 Sul.
Manoel Ferreira, 42 anos, também aprovou a nova passagem na 306 Sul. No caso dele, usa a calçada para passear de bicicleta. “Ficou cem por cento Muito bom mesmo. O governo está de parabéns”, atestou.
Ali perto, na 508 Sul, as calçadas prontas facilitaram a vida dos pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS). Principalmente, para aqueles que andam com um pouco de dificuldade. Como é o caso de seu Elias Nunes, 85 anos. “Muito bom essa rampinha para a gente passar”, disse, ao se referir do ponto de acessibilidade, com os meios-fios rebaixados.
Exuberantes equipamentos culturais localizados nas regiões administrativas também ganham atenção especial do GDF
LÚCIO FLÁVIO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON
A Agência Brasília publica uma série de matérias que mostram ações do Governo do Distrito Federal em relação à reforma e manutenção dos espaços culturais. Na sexta-feira (7), o destaque foi para os monumentos culturais do Plano Piloto. Neste sábado (8), apresentamos as reformas no Catetinho e nos complexos culturais de Planaltina e Samambaia.
No Catetinho, placas externas de educação ambiental foram instaladas próximas ao estacionamento, pela trilha ecológica e do lado de uma famosa nascente. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília
Ele foi a primeira construção com traços modernistas da cidade. Para o poeta Nicolas Behr, mato-grossense de alma candanga, o espaço é filho do cateto, não se sabe se com a hipotenusa, mas, de nome Catetinho, entrou para história de Brasília como o marco da construção da saga que foi o surgimento da nova capital. E mais: “É um lugar estratégico no DF, com acesso à água nascente e um pôr do sol lindo”, observa Behr. “Sempre que passo por ali, indo para o Gama ou Valparaíso, fico pensando como aquele lugar é bonito”, constata, deslumbrado.
Não há como se encantar. Construído em apenas dez dias, após amigos do presidente Juscelino Kubitschek ficarem indignados em ver o chefe da nação dormindo numa barraca do exército, enquanto visitava os canteiros de obras, um dos museus mais peculiares do País tem relevância histórica inenarrável. É um patrimônio cultural como poucos. E a preservação, cuidado, zelo e manutenção de toda sua estrutura, mais do que indiscutível. É o que está fazendo nessa gestão, de forma sistemática e carinhosa, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), com a ajuda de órgãos parceiros.
“O lugar tem uma importância inquestionável, é um dos símbolos da transferência da capital”, chama a atenção Artani Grangeiro Pedrosa, no comando há um ano e, desde 2017, servidora do agradável ambiente. “São equipamentos que fazem parte da história da nossa cidade, alguns tombados e que precisam ser zelados. Essa é a nossa preocupação”, enfatiza o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues.
As novidades por lá são muitas e estão em duas fases. A que estão em execução, a que já foram realizadas e as que ainda não saíram do papel. Mas vão sair. Há algumas vitórias, mesmo que no âmbito virtual, como as tratativas para o Acordo de Cooperação Técnica com o Brasília Country Club, parceria que visa a interligação de ações entre Museu do Catetinho e Museu Casa Velha Fazenda Gama, um pedaço dos primórdios do DF.
“Foi uma das grandes conquistas que tivemos, esse acesso permite que os visitantes percorram um circuito histórico, era uma ligação histórica que foi resgatada”, diz, exultante Artani, formada em Biblioteconomia, com especialização em cultura patrimonial e museografia. “O novo acesso pelo Country diminuiu consideravelmente a distância do museu para a comunidade e visitantes”, observa.
Sinfonia da Alvorada
Na prática, placas externas de educação ambiental foram instaladas próximas ao estacionamento, pela trilha ecológica e do lado da famosa nascente onde um dia JK tomou a água de beber que deu origem à canção homônima que se tornou o primeiro registro musical na capital. O ano? 1959…
Seus autores dispensam apresentação. “Essa história é muito emblemática na gênese da cidade, o Tom e o Vinícius passaram um tempo lá para compor a Sinfonia da Alvorada”, contextualiza Nicolas Behr. “Essas sinalizações são importantes porque dão ênfase de que estamos dentro de uma área de proteção ambiental”, explica a gestora Artani.
Tanto é sério essa preocupação que um acordo firmado com o Museu do Cerrado, da Universidade de Brasília (UnB), irá dar início, no período de chuva, à criação de um espaço revitalizado e reflorestado com plantas nativas. “Essa é uma das missões do Museu do Catetinho, também: a preocupação com a preservação do Cerrado”, destaca.
Localizado no centro de Planaltina, o edifício cultural dispõe de galeria, palco em estilo italiano com estrutura para camarins, além de um anfiteatro para 450 pessoas. Foto: Acácio Pinheiro | Agência Brasília
A imponência cultural de Planaltina
Com uma vida cultural intensa, Planaltina há tempos reivindicava a construção de amplo complexo cultural para a cidade mais antiga do DF, algo que aconteceu em 2018. Pela grandeza do local, a manutenção e reparos são serviços recorrentes. “A importância da revitalização se dá na manutenção da estrutura física do espaço público de cultura, garantindo vida útil do equipamento, além do conforto do público e dos agentes culturais que frequentam o Complexo”, explica Júnior Ribeiro, gerente do complexo cultural local.
Então, mãos às obras. De março para cá, aproveitando a ociosidade do local devido à pandemia do novo coronavírus, revitalizações pontuais foram feitas, assim como de grandes portes. Detalhes que, como destaca o gestor da área, vão fazer diferença. Assim, placas de sinalização foram aplicadas nos banheiros, estacionamento e teatro de arena. Na parede do foyer, antes bem descascada, foi colocado um adesivo contando a história da área, o que deu novo frescor ao saguão.
“Percebemos, também, que as árvores em volta do complexo estavam comprometendo a rede elétrica. Então, acionamos a Administração Regional por meio da Ouvidoria e o problema foi solucionado”, detalha Ribeiro, que destaca a poda e roçagem da grama ao redor do enorme prédio.
Localizado no centro da cidade, quase do lado da sede administrativa do centenário município, o edifício cultural dispõe de galeria, palco em estilo italiano com estrutura para camarins, além de arquibancadas para um anfiteatro com capacidade para 450 pessoas. Dentro, o público pode chegar a 340 almas apreciadoras da arte.
“O complexo deu vida nova a uma cidade que é rica em artistas e atividades culturais”, pontua o professor José Manoel, morador há mais de 40 anos de Planaltina. “Sem falar que é um ótimo ambiente para grandes apresentações, não deixando nada a desejar aos que existem no Plano Piloto”, compara.
No Complexo Cultural de Samambaia, banheiros foram consertados, o piso de madeira da Sala de Dança passou por raspagem, lixamento e aplicação de verniz. E os jardins foram impermeabilizados. Foto: Divulgaçãoi | Secec
Em Samambaia, um jovem equipamento cultural
Com sua imponente forma de tenda, o Complexo Cultural de Samambaia, construído em 2018, é um jovem equipamento cultural que, apesar do pouco tempo, já precisou de manutenções regulares. Situação natural para um lugar com 14 mil metros quadrados. De modo que banheiros masculinos e femininos foram consertados, o lindo piso de madeira da Sala de Dança passou por raspagem, calafetagem, lixamento e aplicação de verniz. E os amplos jardins foram impermeabilizados. A água que se acumulou na laje, após a última chuva, foi toda escoada e as luminárias, reparadas. Grades de segurança foram colocadas na bilheteria e o forro da sala de administração foi consertado.
“O Complexo Cultural Samambaia é um palco que abriga várias manifestações culturais, vai do teatro à música, da dança à poesia. E, portanto, precisa ser preservado”, comenta Élvia Sousa, gerente do ambiente. “Neste sentido, as revitalizações que foram e são realizadas pela Secec são importantes para manter o espaço em pleno funcionamento, contribuindo para que possamos atender a comunidade e preservar esse lugar de cultura lindo e que foi tão sonhado pela população de Samambaia”, agradece.
*Leia neste domingo (9) – A reforma que está sendo feita no Museu de Arte de Brasília (MAB), que está prestes a ser reinaugurado após 13 anos fechado