domingo, 26 de julho de 2020

Hospital Universitário de Brasília finaliza reforma e ampliação de subestações de energia


HUB


Investimento foi de R$ 16,8 milhões da Ebserh. A nova estrutura garantirá o fornecimento ininterrupto de energia
Publicado em 24/07/2020 19h03
Hospital Universitário de Brasília finaliza reforma e ampliação de subestações de energia
São aproximadamente mil metros quadrados de novas construções. - Foto: Ebserh
Odobro da capacidade elétrica, mais qualidade e segurança na distribuição de energia, cobertura de geradores em todas as áreas e sistemas automatizados. Esses são os principais ganhos da obra de ampliação e modernização das subestações do Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília (HUB). Na prática, essas melhorias representam o funcionamento confiável de todos os equipamentos médico-hospitalares, computadores, sistemas, iluminação e qualquer serviço que dependa de energia para funcionar. O resultado é a melhoria da assistência ofertada ao paciente e do ambiente de trabalho aos colaboradores.
O valor do investimento foi de R$ 16,8 milhões, por meio do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), rede a qual o HUB integra. São aproximadamente mil metros quadrados de novas construções, formadas por uma subestação central, duas subestações menores e uma cabine de medição, responsável pela seleção e proteção do circuito de energia. Outras duas subestações foram reformadas, e uma outra, atualizada.
“Tornamos realidade algo que é essencial para a infraestrutura. A obra poderá oferecer condições seguras tanto para o profissional, como para os alunos e os pacientes. É uma missão que está sendo cumprida”, avaliou o presidente da Ebserh, Oswaldo Ferreira. “Este talvez seja um marco na história do HUB, que estava chegando em um ponto crítico em relação à instalação de novos equipamentos for falta de estrutura”, disse o diretor vice-presidente da empresa, Eduardo Vieira. “Essa é a concretização de um desafio assumido em outubro de 2019, que representa a sustentabilidade energética para o HUB e que só foi possível pela parceria com a Ebserh e a UnB e o apoio dos técnicos do hospital”, afirmou a superintendente do HUB, Elza Noronha.

Melhorias

A subestação central é a maior estrutura construída. Localizada em frente à Unidade de Oncologia (Unacon), a área fica no subsolo e abriga 3 subestações, 4 novos geradores, mais de 200 disjuntores e 4 reservatórios de óleo diesel, que mantêm o funcionamento de todo o sistema de distribuição de energia. A capacidade é de 12 mil litros de combustível, o que garante a alimentação de todo o hospital por sete dias sem precisar de reabastecimento. Em cima da subestação central será criada uma praça de convivência para uso de pacientes e colaboradores.
A capacidade elétrica do hospital dobrou, passando de 1,5 mil kVA para 3 mil kVA. Essa ampliação permitirá aumentar serviços e instalar mais equipamentos, como aparelhos de ar-condicionado, o que não era possível anteriormente. Devido à implantação de quatro novos geradores para emergências, a nova estrutura também garantirá o fornecimento ininterrupto de energia em todo o HUB, mesmo se houver falta ou queda da energia fornecida pela Companhia Energética de Brasília (CEB). A manutenção será feita preventivamente, com identificação e resolução de problemas de forma antecipada.
A obra começou em agosto de 2019 e depende da aprovação final do projeto de energização pela CEB para entrar em funcionamento.


Governo Federal 

Primeira etapa das obras de saneamento em Floriano (PI) são entregues


SANEAMENTO


Ministro do Desenvolvimento Regional inaugurou obra que deve beneficiar pelo menos 50 mil pessoas
Publicado em 24/07/2020 18h49
Primeira etapa das obras de saneamento em Floriano (PI) são entregues
Ainda em Floriano, o ministro repassou as chaves de unidades do residencial Alto da Cruz para famílias de baixa renda - Foto: Ministério do Desenvolvimento Regional
Aprimeira etapa de um novo Sistema de Esgotamento Sanitário, em Floriano (PI) foi inaugurado nesta sexta-feira (24) pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. A obra recebeu R$ 47,7 milhões da União e vai dar melhores condições de vida a pelo menos 50 mil pessoas.
A obra está sendo tocada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O ministro do Desenvolvimento Regional destacou o trabalho da cidade na preservação do Rio Parnaíba. “É um rio que traz, vida que traz agricultura e que traz água para beber para as pessoas ele não pode continuar sendo o palco do despejo do esgoto que não é tratado no leito do rio. Então, o que está acontecendo aqui em Floriano, deve ser replicado em outras cidades", disse.
A segunda etapa dessa obra já foi autorizada e vai receber um investimento federal de R$38,2 milhões. Outra entrega importante, desta sexta-feira, é o Sistema de Galerias para Drenagem Pluvial. O valor da obra, que inclui ainda o prolongamento de uma avenida, chega a R$ 13,5 milhões da União.
O ministro explicou que as obras seguem uma determinação do presidente Jair Bolsonaro. “É a orientação que estamos recebendo do Presidente da República, de olhar com muito carinho para o Nordeste brasileiro”, afirmou.

Investimentos em Saneamento

Essa semana também foram anunciados investimentos na área de saneamento em outras regiões do Brasil. Os estados de Ceará, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe receberam do Ministério do Desenvolvimento Regional um total de R$ 3 milhões para fortalecer as ações de saneamento básico.
Os seis estados vão usar o dinheiro para abastecimento de água, oferta de esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais. Em Quixeramobim (CE), por exemplo, o dinheiro será aplicado na instalação de um novo ponto de captação de águas. O município vai receber a maior parcela desses recursos, R$ 1,1 milhão. Já Mossoró (RN) recebeu R$ 755,8 mil para serviços de implantação de um sistema de esgotamento sanitário.
Só esse ano já foram repassados pelo Orçamento Geral da União (OGU) mais de R$ 330 milhões para obras de saneamento básico em todo o Brasil.

Outros investimentos em Floriano (PI)

Além dos investimentos em saneamento básico, também houve avanço na área habitacional em Floriano. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, repassou as chaves de unidades do residencial Alto da Cruz para famílias de baixa renda, que recebem até R$ 1,8 mil por mês. O residencial com 499 casas vai abrigar duas mil pessoas. Para isso o governo investiu R$ 28,4 milhões.
De acordo com o ministério, só neste ano, foram transferidos mais de R$ 1 bilhão do orçamento da União para garantir a execução do programa federal de habitação popular.
O ministro comentou sobre as entregas realizadas em Floriano: “Obras importantes de saneamento, esgotamento sanitário, obra de infraestrutura e obra de habitação. São obras que dignificam a sociedade, melhoram a vida da população”.
Governo Federal 

Novo Marco Legal do Saneamento Básico é objeto de ação do PDT



O partido sustenta, entre outros argumentos, que as novas regras contrariam o princípio da universalização do serviço público.
24/07/2020 18h21 - Atualizado há
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a validade de dispositivos do Novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020). A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6492 foi distribuída ao ministro Luiz Fux.
Universalização
Segundo o partido, as novas regras induzem as empresas privadas de saneamento e de fornecimento de água a participar de concorrências apenas em municípios superavitários, deixando os deficitários sob a responsabilidade exclusiva dos municípios e dos estados. Como consequência dessa metodologia, os municípios que não têm viabilidade econômico-financeira para custear os serviços terão a prestação comprometida, atingindo direitos fundamentais e penalizando a população mais pobre. Isso, ao lado da possibilidade de criação de um monopólio do setor privado nos serviços essenciais de acesso à água e ao esgotamento sanitário, contraria o princípio da universalização do serviço público.
“Contramão do mundo”
O PDT argumenta, ainda, que o novo marco viola a autonomia federativa, ao condicionar o apoio da União aos municípios à subserviência destes a seus dispositivos, entre eles o que determina a elaboração obrigatória de formas de prestação regionalizada, e conferir à Agencia Nacional das Águas (ANA) a competência para criar normas de caráter regulamentador, que seria autoridade dos municípios. Na avaliação do partido, o Brasil esta indo “na contramão do mundo”, onde 884 municípios em mais de 35 países reestatizaram seus serviços de saneamento de 2000 a 2017.
SP/AS//CF
Foto: Pedro França/Agência Senado

Confenen questiona lei de Juiz de Fora (MG) que prevê redução de mensalidades escolares



24/07/2020 18h50 - Atualizado há
Mais uma lei que permite a redução de mensalidades escolares foi questionada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 720, a entidade contesta a constitucionalidade da Lei municipal 14.043/2020, de Juiz de Fora (MG), que prevê a redução proporcional das mensalidades dos estabelecimentos de ensino da rede privada durante o período de suspensão das aulas pelo plano municipal de contingência em razão do novo coronavírus.
Segundo a norma questionada, as escolas de educação infantil e de ensino fundamental da rede privada devem reduzir as mensalidades em, no mínimo, 30% enquanto durar a suspensão das aulas no município. Para a Confenen, a lei interfere de forma desproporcional na atividade econômica desenvolvida pelos estabelecimentos privados de ensino de Juiz de Fora.
Outro argumento da confederação é a incompetência do município para legislar sobre matéria de Direito Civil, contratos e consumo, em desrespeito ao pacto federativo. Entre outros pontos, sustenta violação aos princípios da livre inciativa e da liberdade de empresa (artigo 170 e 209 da Constituição Federal). O ministro Ricardo Lewandowski é o relator da ação.
EC/AS//CF
Leia mais:

Confira os destaques da TV Justiça para o fim de semana



24/07/2020 19h00 - Atualizado há
Sexta (24)
20h30 - IluminurasO repórter especial e colunista da Folha de São Paulo Igor Gielow lança seu livro "Ariana: Entre terroristas e espiões, ele busca descobrir o mistério por trás de um nome desconhecido”. A obra retrata um pouco da sua experiência na cobertura de conflitos, da geopolítica e de assuntos militares.
Reapresentações: 25/7, às 21h30; 26/7, às 22h30; 27/07, às 11h; 28/7, às 22h; 29/7, às 10h e 22h; e 30/7, às 21h.
21h - Repórter Justiça
O programa desta semana vai mostrar que, apesar das inovações na área da educação, a crise sanitária escancarou um problema latente em muitos países do mundo: a desigualdade social. Você vai ver como professores têm se virado para dar aulas de qualidade aos alunos e as dificuldades enfrentadas por estudantes de escolas públicas e privadas do país.
Reapresentações: 25/7, às 4h e às 20h30; 26/7, às 18h30; 27/7, às 20h30; 28/7, às 9h30 e às 21h; 29/7, às 13h30; e 30/7, às 12h.
Sábado (25)
13h30 - Meio Ambiente por InteiroConfira como queimadas usadas como técnica agrícola podem virar incêndios incontroláveis e o que se pode fazer para reduzir essa prática.
Reapresentações: 14/6, às 11h; 15/6, às 12h; 16/6, às 13h30; 17/6, às 12h; 18/6, às 12h30; e 19/6, às 18h.
Domingo (26)
21h30 - RefrãoNo Refrão desta semana, os convidados são integrantes do MPB4, um dos quartetos mais afinados e aplaudidos da Música Popular Brasileira (MPB). O grupo passou por várias formações nos mais de 50 anos de carreira, e os integrantes relatam sua trajetória.
Reapresentações: 27/7, às 12h; 28/7, às 13h30; 29/7, às 6h30; 31/7, às 13h30; e 1º/8, às 18h30.

STF

Cana: sistema permite antecipar em 4 anos adoção de nova variedade


VEJA COMO FUNCIONA


Segundo o IAC, que desenvolveu a técnica, além de acelerar ganhos de produtividade gerados pela troca de cultivares, ela dá mais autonomia ao produtor
cana-de-açúcar

Foto: Paulo Lanzetta
O produtor de cana-de-açúcar pode antecipar em quatro anos a adoção de uma nova variedade graças ao sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, associado ao sistema de meiosi (veja abaixo a definição). Com isso, a produtividade do canavial aumenta 20% em relação à variedade antiga.

Segundo a pasta, além de ampliar a produtividade, as variedades novas, normalmente, têm maiores taxas de multiplicação, o que dilui o custo da muda. Esses novos materiais promovem outros ganhos, decorrentes da combinação entre MPB e meiosi. “Por exemplo, o canavicultor pode se limitar a comprar mudas pré-brotadas para plantar apenas cerca de 8% da área de seu canavial. Esses 8% de área irão produzir, em seis meses, as mudas suficientes para instalar o canavial total”, informa.
Segundo o pesquisador do IAC, Marcos Landell, quando o canavicultor não dispunha dessas tecnologias, ele se via obrigado a comprar as mudas das usinas, que têm realidades diferentes e, portanto, muitas vezes, fazem escolhas distintas daquelas que melhor atendem ao produtor de cana.
A associação MPB + meiosi possibilita aumentar em cerca de 700 vezes a taxa de multiplicação de uma nova variedade de cana-de-açúcar, em um período de mais ou menos nove meses. “Isso é uma taxa de multiplicação fabulosa”, diz Landell, ao lembrar que, no passado, quando predominava o plantio manual, a taxa era de um para dez, isto é, com um hectare de material biológico eram feitos dez hectares de plantio. “Com o advento da mecanização, esse desempenho tornou-se mais crítico, passando a ser de um para quatro, ou seja, para realizar o plantio de quatro hectares passou a ser necessário um hectare de viveiro de mudas”, comenta.
Conforme o especialista, o sistema MPB, por si só, aumenta a taxa de multiplicação da cana. Com dez mil MPBs, é possível plantar um hectare de cana. “Existem variedades na atualidade, que possuem até 20 mil gemas em uma tonelada de colmos, possibilitando a produção de mais de 15 mil MPBs. Teoricamente, o que se gasta em plantio mecânico é perto de 13-14 toneladas por hectare. Hoje, com uma tonelada, isto é, 13 vezes menos, consegue-se produzir MPB para plantar o mesmo hectare”, explica.

O que é meiosi?

A meiosi é o método intercalar de plantio, em que se planta uma linha de cana e deixa um espaço para até 15 linhas, que serão plantadas dentro dos próximos seis meses. Esses novos plantios serão feitos no espaço intercalado, a partir de mudas geradas pelas primeiras linhas instaladas. O método foi desenvolvido pelo pesquisador José Emílio Barcelos, durante doutorado realizado na Unesp Jaboticabal, no meio da década de 1980.

Popularizando o MPB

Depois de lançar o sistema MPB, a equipe do Programa Cana IAC também começou a ministrar treinamentos sobre esse tema. Cerca de 800 pessoas já foram capacitadas. Algumas dessas começaram a fazer mudas pré-brotadas em sua propriedade e, assim, quebraram um ciclo de muito tempo, que era caracterizado pela dependência do produtor em relação à usina produtora de muda. “Porém, a muda que a usina produz é dentro das convicções e das condições dela; o produtor, por ter área menor, pode fazer um manejo mais cuidadoso”, diz Landell.
A partir do momento que o canavicultor passou a fazer sua própria muda, ele começou a procurar novas variedades do IAC, do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa). Esses novos materiais passaram a ser instalados através do sistema MPB + meiosi e seus canaviais deram um salto de produtividade.
“Nos cursos de MPB realizados pelo IAC são ensinados também o conceito de terceiro eixo, enfatiza-se aspectos de nutrição e proteção de plantas, identificação de pragas”, diz Landell, ao explicar que esse contexto ofereceu ao produtor informações que asseguraram uma oportunidade de produtividade muito maior do que no método convencional.
O líder do Programa Cana IAC menciona o exemplo do produtor Renato Trevizoli, que obtinha cerca de 90 toneladas, na média de cinco cortes e, em 2019, ele alcançou 122 toneladas, na média. “Isso é muito significativo e este ano ele deve aumentar um pouco mais”, acredita Landell.
por;canal rural 

China quer testagem em massa em frigoríficos do Brasil para não haver contaminação em carnes


COVID-19

China quer testagem em massa em frigoríficos do Brasil para não ...

Mesmo admitindo que risco em produtos congelados ou embalagens é muito baixo, autoridade chinesa afirma que não serão aceitas exportações de plantas com funcionários com suspeita de contaminação

A China quer risco zero de contaminação por Covid-19 nas exportações brasileiras de carnes e pede testagem em massa nos frigoríficos, informou a embaixada do Brasil em Pequim ao Itamaraty, em documento obtido pelo Canal Rural. Desde o fim de junho, o país asiático tem suspendido frigoríficos brasileiros e de outros países que tenham apresentado casos da doença entre funcionários.
O pedido teria sido feito durante videoconferência no sábado, 18, pelo diretor-geral do Bureau de Segurança dos Alimentos Importados e Exportados da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC, na sigla em inglês). Na mesma ocasião, foi comunicada a retirada da suspensão de embarques de um frigorífico brasileiro.
De acordo com a embaixada, a autoridade chinesa reconhece que o risco de contaminação em alimentos congelados ou embalagens é muito baixo, conforme diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Porém, solicitou que o lado brasileiro “adote medidas que convençam a GACC de que não haverá risco de contaminação dos alimentos brasileiros”. Segundo o diretor geral, os chineses não aceitarão a continuidade de exportações de plantas que mantenham em atividade funcionários com suspeita de contaminação.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, disse que não irá se manifestar sobre medidas de protocolo solicitadas pela autoridade chinesa, pois elas ainda precisam ser negociadas. A pasta era contra adoção de testagem em massa no momento da edição da portaria 19, que regulamenta as medidas de prevenção em frigoríficos, e por enquanto ainda não há novidades de atualização da posição em relação a essa questão.
Em nota enviada ao Canal Rural, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que “não comentará sobre documentos oficiais não endereçados a ela. Ao mesmo tempo, a entidade reafirma a sua confiança na liderança do Ministério da Agricultura, na demonstração da qualidade e da sanidade dos produtos exportados.”
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud acredita que as medidas pedidas pela China são totalmente desproporcionais considerando a relação comercial dos país. Ele lembra que os Estados Unidos também têm um problema grande com a pandemia, mas não têm sido tão afetados por suspensões de plantas.
Por fim, Daoud acha que o governo deveria se posicionar de medida diplomática para mostrar a capacidade do setor de carnes em relação à sanidade da produção.

Veja a íntegra do documento:

Segue abaixo, para conhecimento, informação recebida da Embaixada do Brasil em Pequim:
Em videoconferência, em 18/07, o diretor-geral do Bureau de Segurança dos Alimentos Importados e Exportados da Administração-Geral de Aduanas da China (“General Administration of Customs of the PRC” – GACC) comunicou a retirada da suspensão às exportações de um estabelecimento brasileiro e indicou que espera que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adote medidas com vistas a garantir “risco zero” de contaminação das exportações brasileiras de produtos cárneos por Covid-19.
2. Após analisar os relatórios fornecidos pelo lado brasileiro, a GACC decidiu retirar a suspensão ao frigorífico registrado sob o SIF 3941 a partir de 17/07. Outros cinco estabelecimentos permanecem suspensos: SIFs 922, 2015, 1661, 3975 e 60, dos quais apenas o 922 também é caso de autossuspensão. Indagado por que apenas o SIF 3941 foi autorizado a retomar as exportações, o DG explicou que, no entendimento dos chineses, as medidas adotadas por aquela planta asseguraram não haver novos casos de contaminação entre funcionários.
3. Posteriormente à reunião, foi anunciada a retirada da suspensão de um estabelecimento argentino (que havia declarado autossuspensão) e um alemão (suspenso pela GACC).
4. Sobre os critérios seguidos para a suspensão de estabelecimentos, a autoridade chinesa reconheceu que as diretrizes da FAO e da OMS consideram que o risco de transmissão em alimentos congelados ou embalagens é muito baixo, mas afirmou que há estudos que apontam para conclusões distintas. Enfatizou que, neste momento, precisa assegurar “risco zero” de transmissão. Por isso, solicitou que o lado brasileiro “adote medidas que convençam a GACC de que não haverá risco de contaminação dos alimentos brasileiros”. De acordo com o DG, os chineses não aceitarão a continuidade de exportações de plantas que mantenham em atividade funcionários com suspeita de contaminação. Com vistas a preservar a confiança mútua, sugeriu que o Mapa aplique as suspensões nos frigoríficos em que haja suspeita de contaminação de funcionários, o que, na sua opinião, tornaria o processo de retomada das exportações mais simples.
5. As autoridades brasileiras solicitam ser informadas sobre os critérios para a aplicação e a retirada da suspensão. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa encaminhou carta com proposta de medidas a serem adotadas, mas ainda não obteve resposta. O lado brasileiro indagou se os mesmos critérios aplicados ao Brasil estão sendo exigidos de outros países, a exemplo dos Estados Unidos, que tiveram até o momento apenas uma planta suspensa, apesar de registrar número maior de casos e de estabelecimentos habilitados.
6. Após alegar que os exportadores norte-americanos estão recebendo o mesmo tratamento que os brasileiros, o DG reiterou que a GACC espera que as autoridades brasileiras apliquem as medidas necessárias para garantir o “risco zero”. Para a GACC, estabelecimentos com um ou dois casos identificados não precisam necessariamente ser suspensos, mas devem adotar medidas para garantir que nenhuma pessoa com contaminação comprovada ou suspeita continue trabalhando. Como exemplo, mencionou frigorífico não especificado que, após identificar um caso de contaminação, passou a testar diariamente 20% de seus funcionários, além de realizar exames de ácido nucleico em seus produtos. Nesse caso, a GACC entendeu não ser necessário suspender a planta.
7. As autoridades sanitárias chinesas estão sob grande pressão para assegurar “risco zero” de novas contaminações por meio de alimentos importados. É nesse contexto que se insere a expectativa da GACC de que o lado brasileiro adote medidas extraordinárias de combate à Covid-19.
8. O Mapa já apresentou, em versão traduzida para o chinês, dois documentos com descrição das iniciativas que vêm sendo adotadas pelo lado brasileiro:
(a) Portaria Conjunta n. 19 (18/06/2020), que estabelece as medidas a serem observadas visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e laticínios; e
(b) carta do secretário de Defesa Agropecuária do Mapa com descrição das medidas adotadas em frigoríficos exportadores para a China.
9. A GACC mencionou como positivas as seguintes medidas que poderiam ser incluídas em protocolo a ser adotado para estabelecimentos que identificarem casos de Covid-19 entre funcionários:
– submeter à quarentena o funcionário com suspeita de contaminação e todos aqueles que com ele tiverem mantido contato direto;
– realização de testes em todos os funcionários do estabelecimento, possivelmente de forma periódica, para assegurar a não ocorrência de novas contaminações;
– suspensão temporária das atividades para desinfecção do estabelecimento;
– realização de teste de ácido nucleico para detecção do vírus em amostras dos produtos a serem exportados para a China.
Atenciosamente,
Divisão de Promoção do Agronegócio-II (DPA-II)
Departamento de Promoção do Agronegócio (DPAGRO)
Ministério das Relações Exteriores (MRE)
Por Paola Cuenca e Felipe Leon

Governo federal ajuda no combate a incêndios no Pantanal


FOGO


Equipes do Ministério do Meio Ambiente e das Forças Armadas começam a operar neste sábado, 25; aeronaves serão usadas para tentar controlar focos em áreas fechadas

helicóptero dos bombeiros incêndio

Foto: Ministério da Defesa
Equipes do Ministério do Meio Ambiente e das Forças Armadas começaram a atuar neste sábado, 25, no auxílio ao combate a incêndios no Pantanal, no estado de Mato Grosso do Sul. A iniciativa foi uma resposta a um pedido do governador, Reinaldo Azambuja.
Na sexta, 24, o governante declarou estado de emergência ambiental por 180 dias em razão do alastramento dos fogos. Também foram suspensas as autorizações para queimadas controladas no estado. Segundo o governo estadual, os maiores focos de calor são ao longo do Rio Pantanal, próximo às cidades de Corumbá e Ladário.
Reinaldo Azambuja solicitou apoio operacional nas ações de combate ao fogo, incluindo um helicóptero do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e veículos aéreos do Exército para transporte dos brigadistas.
Os representantes do governo federal se juntam às equipes locais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
O Exército informou por meio de nota que estabeleceu um Centro de Coordenação no município de Ladário. Foram disponibilizados um helicóptero e um avião. As aeronaves contribuem tanto para despejar águas nos focos de queimada quanto para transportar brigadistas a locais mais difíceis.

Por Agência Brasil

Milho: mercado interno tenta se alinhar a preços do porto; veja tendência


PRÓXIMA SEMANA


De acordo com a consultoria Safras, em Santos (SP) e Paranaguá (PR), a saca está cotada a R$ 51/R$ 52. Analista diz o que pode elevar ou baixar as cotações

Por Agência Safras

milho embrapa

Foto: Renata Silva/Embrapa Rondônia
O mercado do milho fechou a sexta-feira passada com preços firmes. Nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), a saca de 60 quilos estava avaliada em R$ 51/R$ 52. Para os próximos dias, segundo a consultoria Safras, o mercado interno deve tentar se alinhar às cotações nos portos.
O analista Paulo Molinari preparou um material especial com dicas do que pode determinar a direção das cotações nesta semana. Confira:

Bolsa de Chicago

  • Mercado internacional sem fortes novidades para o milho;
  • Atenção aos dados de avaliação de produtividade para o milho no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 10 de agosto. Mesmo que ocorra algum corte de produtividade, o que seria normal pelo clima de julho, o estoque de 67 milhões de é alto e sua leve queda não mudaria o horizonte de preços;
  • O movimento de mercado da China é normal. O governo vende estoques para atender à sua demanda interna. Seus estoques são altos e demoram mais para atender à demanda. A opção pode ser importar. Nada além disso;
  • Trigo com colheitas boas na Ucrânia e Rússia esfriam preços;
  • Colheita de milho nos EUA em setembro deve manter o grão oscilando entre US$ 3,20/3,45 nesta safra 2020;
  • Exportações apenas normais nos EUA;

Brasil

  • Os preços no mercado interno tentam se alinhar aos níveis de porto;
  • Procura para os embarques de outubro e novembro em Mato Grosso avançam oferecendo um bom sinal de exportação para o período. Contudo, demandas em Santos e Paranaguá seguem concentradas em agosto e setembro;
  • Colheitas vão avançando em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo e se intensificarão nesta virada de mês;
  • Muitos contratos a cumprir e postura do produtor em reter mais milho neste ano do que vender na colheita amarram a oferta e sustentam preços regionais. Entretanto, a grande maioria está engessada nos preços de porto;
  • Alinhamento de embarques em julho programado em 5,4 milhões de toneladas. Agosto, até o momento, 3 milhões de toneladas. Isso mantém o tradicional bom embarque no trimestre julho/agosto/setembro. A dúvida é realmente entre outubro e janeiro;
  • Volatilidade do câmbio vai influenciando os preços dos portos.
Por Agência Safras