quinta-feira, 23 de julho de 2020

Mais de 90 condutores são flagrados com excesso de velocidade


Detran inicia fiscalização com radares móveis na PA-391

22/07/2020 19h46 - Atualizada em 22/07/2020 20h28
Por Eduardo Vilaça (DETRAN)
O Departamento de Trânsito do Estado (Detran) flagrou 91 veículos que excederam o limite de velocidade na PA-391, rodovia que liga Belém a Mosqueiro, nesta quarta-feira (22), no primeiro dia de fiscalização na área com o auxílio de radares portáteis. O limite na via é de 80 km/h, mas houve condutor que chegou a 132 km/h. Conhecido como "pistola", o radar consegue registrar a velocidade em que o automóvel se desloca no trecho e faz a captura imagética da placa, gerando autuação mais precisa.
No início do mês de junho, o Detran adotou o uso de três dispositivos móveis de aferição de velocidade para monitorar a extensão da rodovia no trecho entre os kms 1 e 18. Neste mês, a atuação foi expandida para a estrada de Mosqueiro, para inibir infrações de excesso de velocidade entre os condutores que buscam esse destino no veraneio e garantindo, assim, a segurança da população no trecho, minimizando o risco de acidentes graves em decorrência de conduta perigosa. Os radares serão usados nesta rodovia, em princípio, até o fim do mês.
Segundo o coordenador de Operações do Detran, Ivan Feitosa, o excesso de velocidade está entre os seis principais fatores de risco nas rodovias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). "O objetivo da fiscalização é coibir esse tipo de infração, que é determinante para a ocorrência de acidentes", afirma.
"A Coordenadoria de Educação do Detran promove campanhas em vários municípios, especialmente os que têm maior fluxo de pessoas no verão. Mesmo assim, com toda a orientação que damos, ainda vemos muita gente insistindo nesse tipo de imprudência. Nesses casos, a fiscalização precisa entrar em ação. Não é para multar, mas para proteger a população. A prioridade é salvar vidas", concluiu. 
A infração por excesso de velocidade em até 20% acima do limite é considerada média e gera multa no valor de R$ 130,16, bem como adiciona quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor. Exceder a velocidade em mais de 20% e até 50% acima do limite é infração grave, gerando cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23. 
Quando a velocidade é superior à máxima em mais de 50%, a infração é gravíssima, com aplicação de multa, que é multiplicada por três - no valor de R$ 880,41 -, suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão da habilitação.
agência pará 

‘Carretas pela Paz’ fortalece parceria entre o Governo do Pará e a Alcoa



O projeto vai investir em formação profissional para pessoas em situação de vulnerabilidade social

22/07/2020 21h04 - Atualizada em 22/07/2020 22h59
Por Carol Menezes (SECOM)
A empresa Alcoa reafirma o compromisso com o governo do Estado de participar do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), por meio do Projeto “Carretas pela Paz”. Assim que for superada a pandemia de Covid-19, a fabricante de alumínio – sediada no Pará no município de Juruti - doará cinco carretas para a criação de pontos itinerantes de acesso à formação profissional tecnológica, visando à qualificação de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social para o mercado de trabalho, e posterior geração de renda.
Governador Helder Barbalho (c), Otávio Carvalheira, presidente da Alcoa no Brasil (e) e demais gestores na reunião que ratificou a parceriaFoto: Jader Paes / Ag.ParaA iniciativa, anunciada nesta quarta-feira (22) durante reunião de representantes da empresa com o governador Helder Barbalho, está alinhada às premissas de atuação social da Alcoa, por meio do Instituto Alcoa, que trabalha para promover mudanças nas regiões onde a empresa está presente, investindo em projetos de educação e geração de trabalho e renda. O objetivo é trabalhar em parceria com o governo do Estado de forma transparente, e construir uma sólida relação, capaz de promover grandes transformações sociais.
Otávio Carvalheira, presidente da Alcoa no Brasil, afirma que parcerias com o poder público são fundamentais para garantir o bem-estar social. "O Governo do Pará tem feito um esforço exemplar no combate à pandemia, e nós, como empresa cidadã, estamos atuando para garantir nossa contribuição. O governador Helder Barbalho esteve em Juruti e viu nosso trabalho", disse ele, acrescentando que "a Companhia investiu em hospital e agora em aporte para viabilizar o atendimento à população durante a pandemia”. “Nossa operação de crescimento na região segue ativa, e foi tema da segunda parte da conversa com o governador hoje", informou Otávio Carvalheira.
agência pará 

Governo investe em trabalho e educação para incentivar a reinserção social


Seap e Seduc firmam convênio para oferecer trabalho e cursos de capacitação para presos do semiaberto

22/07/2020 21h08 - Atualizada em 22/07/2020 22h21
Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
Aliar educação e trabalho, no caminho da reinserção social de detentos e da melhoria da segurança pública. Esse é o objetivo do convênio firmado nesta quarta-feira (22) pelas secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Diretoria de Reinserção Social (DRS), e de Educação (Seduc). A parceria permitirá a oferta de trabalho para internos custodiados em regime semiaberto. A assinatura contou com a presença dos secretários de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, e de Educação, Elieth da Silva Braga.
Conforme o convênio, 40 custodiados serão contratados para trabalhar na manutenção, pintura, reparos na rede elétrica e limpeza de escolas públicas na Região Metropolitana de Belém. Todos serão remunerados pela Seduc. A iniciativa é uma forma de oferecer trabalho, gerar renda para os internos e melhorar o ambiente escolar para os alunos de escolas públicas, além de contribuir para a ressocialização dos presos. A Seduc também promoverá cursos de capacitação, para que os presos sejam qualificados e acessem o mercado de trabalho após a conquista da liberdade.
Durante o ato de assinatura do convênio foram apresentados projetos executados pela Seap, como o "Conquistando a Liberdade". Neste projeto, os custodiados reformam as escolas e, ao final, conversam com os estudantes sobre a vida no sistema penitenciário. De acordo com o diretor de Reinserção Social, Belchior Machado, a Seap atua com todos os níveis de educação. "Iniciamos o trabalho pela educação básica e formal. Desde a alfabetização até o ensino médio, oportunizamos que pessoas privadas de liberdade tenham novas chances de recomeçar. Desenvolvemos, por meio de diversas parcerias, cursos de capacitação e promovemos projetos que visem, na prática, a execução da reinserção social", ressaltou.
Transformação - A titular da Seduc, Elieth da Silva Braga, destacou a importância da parceria entre os dois órgãos. "A educação transforma. É nisso que acreditamos. É importante conversar com o sistema penitenciário. Vamos unir o que cada Secretaria tem e dialogar para que possamos gerar os bons frutos. A Seap conhece a expertise do sistema e precisamos trabalhar de acordo com o norte de quem entende e já executa ações. Teremos participação efetiva por meio de um trabalho em equipe. Temos muitos cursos profissionalizantes que podem ser importantes para os internos. Quanto mais ampliarmos, mais vidas iremos mudar", afirmou.
Para o secretário Jarbas Vasconcelos, os investimentos educacionais no sistema prisional devem ser permanentes. "O sistema é igual a uma máquina. Fizemos a reforma, está funcionando, mas precisamos fazer a manutenção. Temos a Lei do Fundo Rotativo, que tem um alcance muito alto e foi uma grande conquista. Uma unidade que tem 100 presos trabalhando, por exemplo, arrecada R$ 25 mil por mês. Os presos querem trabalhar e, para isso, querem estudar, fazer cursos. As maiores notas de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no sistema penitenciário do Brasil foram do Pará. Isso é resultado das ações, e a marca do Governo", reiterou o gestor.
agência pará 

Marcos Rogério aplaude aprovação de MP que destina recursos à cultura



Carlos Penna Brescianini | 22/07/2020, 20h34
O senador Marcos Rogério (DEM-RR), que presidiu a sessão do Senado desta terça-feira (22), avaliou como produtiva a aprovação da MP 986/2020, que regulamentou o auxílio emergencial aos profissionais da cultura, definido pela aprovação anterior da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020).
— Muitos profissionais, em razão da pandemia, ficaram sem renda, comprometendo os seus rendimentos, a sua subsistência. O senado votou a MP com prazo e pôde exercer seu papel de casa revisora. A ponto de ter aprovado três emendas, o que levará a matéria de volta à Câmara dos Deputados, dentro do prazo com possibilidade de votação — observou.
Ele declarou que nesse período da pandemia, "o Senado não tem faltado ao Brasil". Matérias importantes têm sido discutidas e votadas, afirmou o parlamentar.
— Temos produzido muito durante esse período da pandemia. Matérias de socorro econômico para as empresas, para as indústrias, para as micro e pequenas empresas e para o trabalhador brasileiro. Num momento como esse, o esforço conjunto das autoridades é fundamental — afirmou.
Marcos Rogério avaliou que não foi possível evitar os impactos imediatos da pandemia, mas têm sido adotadas medidas que têm atenuado e diminuído os efeitos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado aprova MP que regulamenta repasse de verbas para a cultura

Senado aprova MP que regulamenta repasse de verbas para a cultura ...

23/07/2020, 08h38
O Senado aprovou nesta quarta-feira (22) a medida provisória que regulamenta o repasse de recursos do auxílio emergencial para o setor cultural, a chamada Lei Aldir Blanc  (MP 986/2020). O dinheiro para pagar o auxílio emergencial de trabalhadores da cultura já foi repassado da União para os estados e o Distrito Federal e, se não for usado no prazo de 120 dias, terá que ser recolhido aos fundos estaduais ou distrital. Mais informações com a repórter Raquel Teixeira, da Rádio Senado.


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Fonte: Agência Senado

MPs já destinaram R$ 509 bilhões para conter efeitos da pandemia


TJ nega restituição a homem que achou R$ 1 milhão

23/07/2020, 08h50
Desde o início da crise sanitária, 30 medidas provisórias abriram créditos extraordinários para mitigar os efeitos da pandemia do coronavírus, somando R$ 509 bilhões. O Ministério da Cidadania foi o principal destinatário das verbas, com R$ 260 bilhões, já que é responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e por ações de socorro a agricultores familiares. O segundo maior aporte de recursos — R$ 79 bilhões — foi para apoiar estados e municípios em saúde e assistência social e para complementar os fundos de participação ao patamar de 2019, após sofrerem com a queda na arrecadação. A reportagem é de Roberto Fragoso, da Rádio Senado.


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Fonte: Agência Senado

Humberto Costa: aprovação do novo Fundeb na Câmara foi derrota para o governo


Da Rádio Senado | 22/07/2020, 20h22
Em pronunciamento nesta quarta-feira (22), o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o governo de Jair Bolsonaro sofreu uma derrota "acachapante" com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2015, que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O senador lembrou que, no primeiro turno de votação na Câmara, 499 deputados federais votaram a favor dessa proposta e apenas sete apoiaram a posição defendida originalmente pelo governo. No segundo turno, foram 492 votos favoráveis, seis contra e uma abstenção. O texto agora será analisado no Senado.
Humberto Costa destacou que o Fundeb foi criado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um processo no qual, afirmou ele, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad teve importante participação.
— Com a aprovação dessa proposta pela Câmara, a participação da União no financiamento do Fundeb vai dobrar. Vai sair de 10% nos dias de hoje para 23% em 2026, melhorando a condição de mais de 17 milhões de estudantes no nosso país — declarou o parlamentar.
Humberto Costa disse que o governo não queria a aprovação desse texto, e sim que a proposta só valesse a partir de 2022, o que, de acordo com ele, provocaria um "apagão" em 2021 na educação pública brasileira.
O senador também defendeu uma rápida aprovação da matéria pelo Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Comissão mista da reforma tributária volta a se reunir na próxima semana



Da Redação | 22/07/2020, 20h13
A Comissão Mista da Reforma Tributária voltará a se reunir na quinta-feira (30) para discutir as três propostas que já estão no Congresso. O anúncio foi feito pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que preside o colegiado.
— Pretendemos, sem dúvida nenhuma, ainda neste ano aprovar e promulgar uma PEC [proposta de emenda à Constituição] com o novo sistema tributário brasileiro — afirmou.
Além das duas PECs apresentadas pelos deputados (PEC 45/2019) e senadores (PEC 110/2019), o Congresso recebeu na terça-feira (21) a primeira proposta do governo federal sobre o tema. A ideia é que a comissão unifique todas as propostas em um único texto a ser votado pela Câmara e pelo Senado.
Rocha também garantiu que pretende realizar as audiências públicas solicitadas pelos parlamentares antes do início da pandemia de covid-19, que interrompeu os trabalhos da comissão. São 49 requerimentos do tipo, dos quais apenas um foi cumprido até agora. Entre os convidados estão o ministro da Economia, Paulo Guedes, secretários estaduais de Fazenda, procuradores, professores e economistas. As audiências serão feitas remotamente.

Críticas

Durante a sessão deliberativa desta quarta-feira (22), senadores fizeram críticas à proposta inicial do governo, que trata da unificação dos PIS/Pasep e da Cofins em um único imposto — a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — com alíquota de 12%.
O senador Humberto Costa (PT-PE) alertou que a proposta sobrecarrega o setor de serviços, que já está comprometido em função da pandemia. Por outro lado, o setor financeiro, segundo ele, continua livre de reformas.
— O povo está pagando uma conta pesadíssima pela covid-19, a indústria está pagando, a área de serviços está pagando. O único setor que lucrou com a pandemia é o financeiro. Para ele não faltou socorro, e na hora em que se vai discutir a reforma, ele novamente é tratado de forma privilegiada — ressaltou.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avaliou que a CBS, como está desenhada, criará complicações entre a tributação da indústria e dos serviços. Para ele, a proposta também eleva a carga tributária na prática, o que o senador considera “paradoxal”.
— Para um governo que se propõe ser liberal, aumentar a carga tributária é a vaca desconhecendo o bezerro. A reforma é uma urgência, mas não considero adequada essa proposta — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado vota nesta quinta-feira MP que flexibiliza ano escolar


Da Redação | 22/07/2020, 19h44
Já aprovada na Câmara dos Deputados, será votada no Senado nesta quinta-feira (23) a medida provisória que desobriga as escolas de educação básica e as universidades do cumprimento da quantidade mínima de dias letivos neste ano em razão da pandemia de covid-19. Inicialmente, a votação no Senado estava prevista para esta quarta-feira (22). Agora, a matéria será o único item da pauta de quinta-feira (23).
O texto da MP 934/2020, que será votado conforme o aprovado na Câmara dos Deputados em 7 de julho, determina que os estabelecimentos de educação infantil serão dispensados de cumprir os 200 dias obrigatórios do ano letivo e a carga mínima de 800 horas exigidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996). Já as escolas de ensino fundamental e médio terão de cumprir essa carga horária, embora possam distribuí-la em menos de 200 dias letivos. Essas regras extraordinárias também valem para o ensino superior, desde que sejam respeitados as grades curriculares e os conteúdos essenciais.
Uma das principais alterações feitas pelos deputados federais no texto foi a ampliação da flexibilização das regras na educação infantil, que fica desobrigada de cumprir carga horária e dias letivos. Devido às modificações feitas na Câmara, a MP foi transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 22/2020. O relator da matéria no Senado é Carlos Fávaro (PSD-MT).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Plenário aprova MP que regulamentou repasses da Lei Aldir Blanc



Da Redação | 22/07/2020, 19h05
O Plenário aprovou nesta quarta-feira (22) a MPV 986/2020, que estabeleceu a forma de repasse a estados e municípios dos valores destinados ao auxílio emergencial para o setor cultural. Foram 76 votos a favor. Não houve votos contrários. Como o relator Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) acolheu três emendas apresentadas por senadores, a matéria foi aprovada na forma de um projeto de lei de conversão (PLV 27/2020). Com isso, a matéria volta para a Câmara dos Deputados, para que os deputados federais analisem as mudanças do Senado.
O texto aprovado complementa a chamada Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020), sancionada no dia 29 de junho. Essa lei determinou a transferência pela União a estados, Distrito Federal e municípios de R$ 3 bilhões, em parcela única, a serem destinados a políticas assistenciais para profissionais do ramo cultural. Os recursos foram alocados pela MPV 990/2020, que abriu crédito extraordinário no mesmo valor por meio da emissão de títulos públicos. O relator afirmou que um dos setores que “mais padeceu” com a pandemia em todo o país foi o cultural.
—  É inegável o mérito da medida — disse Veneziano Vital do Rêgo.
Para os trabalhadores da cadeia produtiva do setor artístico, a lei concede uma renda emergencial — similar à da Lei 13.982, de 2020, para os trabalhadores em geral — no valor de R$ 600 e uma linha de crédito a trabalhadores e microempresas e empresas de pequeno porte vinculadas ao setor cultural, desde que mantido o nível de emprego anterior à pandemia.
De acordo com o líder do MDB no Senado, senador Eduardo Braga (AM), os R$ 3 bilhões já foram totalmente liberados para estados e municípios. Durante a votação, ele mostrou em seu telefone celular o site do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) com os recursos disponíveis para estados e municípios. O Siafi é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do governo. 
Estados, Distrito Federal e municípios poderão suplementar o valor destinado pela União com fontes próprias de recursos.
Uma das três emendas acatadas por Veneziano Vital do Rêgo determina que os recursos repassados que não forem usados em até 120 dias pelos estados ou Distrito Federal deverão ser automaticamente revertidos ao fundo estadual de cultura ou, na falta deste, ao órgão ou entidade estadual responsável pela gestão desses recursos. O texto original da MP previa que esses recursos não usados teriam de ser restituídos à União. 
A Lei Aldir Blanc já prevê dispositivo semelhante apenas para os municípios, com retorno do dinheiro não usado para o fundo cultura do respectivo estado, mas com prazo de 60 dias. Outra emenda acatada pelo relator aumenta esse prazo referente aos municípios para 120 dias também. Ambas emendas foram apresentadas pelo senador Eduardo Braga.
Também foi acatada pelo relator emenda da senadora Kátia Abreu (PP-TO) que determina que os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão apresentar em seus sites oficiais “relação das pessoas físicas e jurídicas beneficiárias das transferências, bem como eventuais prestações de contas”. Todos os entes também deverão encaminhar essas informações para fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU).

Lei Aldir Blanc

A lei teve origem no PL 1.075/2020, relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) e aprovado no início de junho. Foi apelidada de “Lei Aldir Blanc” em homenagem ao lendário compositor carioca que faleceu aos 73 anos, no início de maio, vítima da covid-19. Ele foi autor e coautor de mais de 500 músicas, entre elas os clássicos da MPB O mestre-sala dos mares e O bêbado e a equilibrista.
A legislação estabeleceu que metade dos R$ 3 bilhões é repartido entre os estados e o DF e é distribuída entre eles pelo seguinte critério: 80% de acordo com a população e 20% pelos índices de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
A outra metade é dividida entre os municípios e o DF e a partilha segue regra semelhante: 80% segundo a população e 20% segundo o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). 
A lei estabeleceu quatro formas de aplicação do dinheiro: renda para trabalhadores da cultura, subsídio para manutenção de espaços culturais, fomento a projetos e linhas de crédito.
Para os trabalhadores da cultura, devem ser pagas três parcelas de R$ 600 a título de auxílio emergencial, que poderá ser prorrogado pelo mesmo prazo do auxílio do governo federal a trabalhadores informais e de baixa renda. 
Para receber, os trabalhadores devem comprovar atuação no setor cultural nos últimos dois anos, cumprir critérios de renda familiar máxima, não ter vínculo formal de emprego e não ter recebido o auxílio emergencial federal. O auxílio também não será concedido a quem receber benefícios previdenciários ou assistenciais, seguro-desemprego ou valores de programas de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família.

Espaços culturais

Ainda de acordo com a Lei Aldir Blanc, os governos estaduais e municipais podem repassar entre R$ 3 mil e R$ 10 mil mensais para manter espaços artísticos e culturais, pequenas e microempresas culturais e cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social contra a pandemia.
O valor é pago ao gestor responsável pelo espaço cultural, que deve prestar contas do uso do dinheiro em até 120 dias após a última parcela. Os espaços beneficiados também devem assumir o compromisso de promover atividades gratuitas para alunos de escolas públicas e suas comunidades após a retomada das atividades.
Podem receber essa ajuda os gestores inscritos em cadastros estaduais, municipais ou distrital, em cadastros de pontos e pontões de cultura, no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (Sniic) ou no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab). É proibido o recebimento de mais de um subsídio por um gestor, mesmo em caso de múltiplas inscrições.
Também podem ter acesso ao subsídio as entidades com projetos culturais apoiados pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) nos 24 meses anteriores à data de publicação da lei. Durante a pandemia, o Pronac deve priorizar atividades que possam ser transmitidas pela internet, as chamadas lives.
Ainda conforme a lei, 20% dos recursos totais são repassados para iniciativas vinculadas à compra de bens e serviços para o setor cultural, a prêmios e outros gastos voltados à manutenção de agentes, espaços, iniciativas, cursos, produções e desenvolvimento de atividades de economia criativa e solidária. 

Linhas de crédito

A lei criou também linhas de crédito para fomento de atividades, aquisição de equipamentos e renegociação de dívidas. Os empréstimos devem ser pagos no prazo de até 36 meses, em parcelas mensais reajustadas pela taxa Selic, a partir de 180 dias contados do final do estado de calamidade pública. É condição para acesso às linhas de crédito o compromisso de manutenção dos níveis de emprego existentes à data de decretação do estado de calamidade pública — 18 de março.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado