quarta-feira, 22 de julho de 2020

Guedes diz que se país aderir à Opep não seguirá práticas de cartel



Publicado em 01/11/2019 - 17:58 Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (1), que o Brasil está disposto a conversar com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre a possibilidade de integrar o bloco, já que é atualmente o décimo maior produtor de petróleo do mundo. Porém, ele disse que o país não se unirá a práticas que chamou de “cartel”.
“Tem a dimensão geopolítica que te aproxima, você sabe a diferença que tem em relação a outros. Então, participar da Opep como um fato de termos reuniões de produtores é uma coisa, se for orientação econômica, que é justamente de remover cartéis, integrar uma economia globalizada, permitir a prosperidade de todos os povos. Em vez da exploração de alguns por cartéis de outros, promover desorganizações sociais em outros países com choques de petróleo, coisas desse tipo não é muito o nosso cardápio não. Mas a gente senta sempre para conversar em qualquer ambiente.”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante evento de assinatura do Termo Aditivo ao Contrato da cessão onerosa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) com a Petrobras.
Ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que Brasil está disposto a conversar sobre possibilidade de integrar a Opep - Tomaz Silva/Agência Brasil
De acordo com Paulo Guedes, “as tentações são muitas” mas o Brasil tem princípios a seguir, como parte da sociedade ocidental que defende a democracia e as economias de mercado, e que acredita na cooperação e na integração das economias globais.
“Por exemplo, o Brasil e os Estados Unidos controlam juntos 60% a 70% da oferta de soja, alimento mundial. Então, o Brasil podia juntar com os Estados Unidos e fazer o cartel da alimentação mundial. O Brasil pode também juntar com os países árabes e fazer o cartel do petróleo mundial. O nosso espírito não é esse. Mas existem os fatos. O fato é que somos realmente um dos maiores produtores de petróleo do mundo, então sentar para conversar é sempre importante. Somos o décimo hoje, seremos o quinto. Sendo o quinto, é quase inevitável esse convite."
Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que ainda não tratou do tema com o presidente. “O presidente [Jair] Bolsonaro já declarou que irá conversar tanto com o ministro Paulo Guedes quanto com o Ministério de Minas e Energia para saber da oportunidade e do interesse do Brasil vir a integrar a Opep. Eu ainda não tive a oportunidade de conversar com o presidente depois que ele chegou [da viagem à Ásia e Oriente Médio]. Vamos ter uma reunião na próxima semana e eu acho que nessa oportunidade ele vai dizer aquilo que recebeu como proposta lá na Arábia Saudita e isso será analisado pelas equipes do Ministério de Minas e Energia e da Economia. A possibilidade sempre houve do Brasil fazer parte ou não da Opep."
 
Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil 

MME: 10 milhões de famílias não precisam pagar conta de luz



Ministro diz que anunciará em agosto leilões para o setor energético

Publicado em 22/07/2020 - 15:01 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez hoje (22) um balanço as ações da pasta, no sentido de dar suporte a famílias de baixa renda durante a pandemia. Segundo ele, 10 milhões de unidades consumidoras com esse perfil são beneficiadas com a gratuidade na conta de luz, desde que o consumo não seja superior a 220 quilowatts por hora (kw/h).
O ministro destacou também que, durante a pandemia, a capacidade de geração de energia teve uma expansão de 3 gigawatts, ao mesmo tempo que a inadimplência caiu de 10% para 2%. “Além disso saímos de uma queda na carga, que estava em 20% no início da pandemia [em parte pela diminuição do consumo no setor industrial] para 2%”, acrescentou durante coletiva de imprensa online, convocada para falar dos 60 anos do ministério.

Exportações

Albuquerque acrescentou que o setor de minas e energia ocupou, no período entre janeiro e junho, o segundo lugar no ranking de exportações, com 10,2% do total exportado, o que equivale a US$ 10 bilhões. “O minério de ferro teve bastante importância na nossa balança comercial, representando 44% das exportações da indústria extrativa”, acrescentou.
Falando especificamente sobre o setor de petróleo e gás, Albuquerque disse que, no ano passado, os leilões “propiciaram que 50% dos bônus realizados no mundo fossem feitos no Brasil”.
“A Petrobras continuará com seu programa de desinvestimento, apesar de termos suspendido alguns leilões por conta dos imprevistos deste ano. No que diz respeito a energia, faremos apenas o leilão de transmissão do final de ano. E provavelmente em agosto anunciaremos novos leilões para os próximos anos”, disse o ministro referindo-se, também, a leilões de termelétricas.
Segundo ele, esses leilões complementarão as medidas estruturantes pretendidas pelo governo. Ele, no entanto, não quis dar mais detalhes sobre quais seriam essas medidas. “Entendemos que já há um consenso em relação a diversas medidas que dizem respeito à modernização do setor, o que é fundamental para dar segurança aos investidores e para prestar melhores serviços aos consumidores. Mas não quero adiantar quais serão as medidas porque elas ainda estão sendo construídas e consensualizadas com o Congresso, com órgãos vinculados ao MME e com agentes do mercado”, disse o ministro.

Petrobras

Abulquerque voltou a negar que o governo tenha a intenção de privatizar a Petrobras. “Não há nenhum movimento ou estudo do governo federal em relação à privatização da Petrobras, que é uma empresa que orgulha os brasileiros e que tem papel importante na economia, produção e na balança comercial”, disse
“O desinvestimento feito ano passado na Petrobras resultou em recursos da da ordem de US$ 16 bilhões, possibilitando que a empresa investisse US$ 27 bilhões naquilo que é sua expertise, que é exploração de petróleo e gás em águas profundas”, argumentou.
Segundo o ministro, esse desinvestimento vai ao encontro do que é defendido pelo Conselho Nacional de Política Energética, que é a busca por novos agentes e empresas de pequeno e médio porte para atuar no setor.
“Isso tem sido exitoso. Houve aumento da produção nas áreas e campos que foram desinvestidos. No Rio Grande do Norte, por exemplo, o aumento foi da ordem de 30% na produção, comparando com 2019. Isso tem trazido benefícios à atividade socioeconômica de nosso país”, acrescentou.

Eletrobras

Albuquerque voltou a citar, como prioridade do governo, a capitalização da Eletrobras. “É prioridade desde 2019, quando assumimos o governo. No período de transição já trabalhávamos nesse processo. A aprovação, pelo Congresso Nacional, é fundamental para que capitalizemos a empresa, dando maior competitividade ao setor”, disse.
“Mas volto a dizer: o Congresso Nacional é soberano na avaliação que faz em relação aos projetos em tramitação”, ponderou.
Edição: Bruna Saniele
Agência Brasil 

Caixa fala sobre operação de pagamento do auxílio emergencial



Caixa credita parcela do ciclo 1 para nascidos em janeiro

Publicado em 22/07/2020 - 15:11 Por Agência Brasil - Brasília

Neste quarta-feira (22), o presidente da  Caixa, Pedro Guimarães, participoude entrevista online e atualizou as informações sobre o pagamento do auxílio emergencial. 

Veja na íntegra: 

Caixa credita hoje parcela do benefício

A Caixa Econômica Federal credita hoje (22) a primeira parcela do auxílio emergencial para beneficiários nascidos em janeiro. Os beneficiários entram no ciclo 1 do novo calendário de pagamento, que passou a ser organizado em ciclos de crédito na poupança social digital e saque em espécie.
Aqueles que vão receber a primeira parcela do auxílio emergencial no ciclo 1 fizeram o cadastro entre 17 de junho e 2 de julho. O crédito e o saque são escalonados pelo mês de aniversário.
Segundo esse calendário, nascidos em janeiro recebem no dia 22; em fevereiro, em 24 de julho; em março, 29 de julho; em abril, 31 de julho; em maio, 5 de agosto; em junho, 7 de agosto; em julho, 12 de agosto; em agosto, 14 de agosto; em setembro, 17 de agosto; em outubro, 19 de agosto; em novembro, 21 de agosto; e em dezembro, 26 de agosto. O saque em dinheiro será entre os dias 25 de julho e 17 de setembro.

Caixa bloqueia contas da poupança social por suspeita de fraude

Contas da poupança social da Caixa, usadas para pagamento do auxílio emergencial, foram bloqueadas por suspeita de fraudes. Os usuários do aplicativo Caixa Tem, usado para movimentar a conta, devem se apresentar em uma agência bancária, com documento de identidade para regularizar o cadastro.
Segundo a Caixa, a área de segurança do banco monitora continuamente as contas e os acessos e, em caso de suspeita, realiza o bloqueio preventivo.

Edição: Liliane Farias
Agência Brasil 

China vai diminuir compras dos Estados Unidos? Entenda


Guerra comercial: entenda as tensões entre China e EUA e as ...

A relação política entre as duas potências econômicas vem piorando no último mês, mas ainda não teve grandes efeitos sobre o mercado agrícola, segundo analista

A piora na relação política entre China e Estados Unidos tem tido efeitos limitados no mercado agrícola por enquanto, afirma o analista Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities. Segundo ele, os investidores têm monitorado de perto a demanda chinesa por soja dos EUA e, nos últimos dias, os exportadores têm apontado para novas compras chinesas que podem indicar aumento do ritmo na tentativa de cumprir o acordo.
Nesta quarta-feira, 22, o governo americano confirmou a exigência que a China fechasse o consulado do país em Houston, no estado do Texas, elevando a tensão na relação comercial entre os dois países. A agência Reuters informa que a China pretende retaliar Washington com o fechamento do consulado americano em Wuhan.
A tensão geopolítica entre os dois países não é nova, mas tem se elevado desde o início deste mês. No último dia 10 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não estava considerando negociar a fase 2 do acordo em um momento em que o embate entre os dois países já estava elevado em virtude da pandemia do novo coronavírus e da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong.
Investidores temem que a piora na guerra comercial leve a uma menor demanda por parte da China em relação à soja dos EUA. Para o agronegócio brasileiro, o assunto é bastante relevante, pois a demanda adicional do país asiático poderia ser direcionada para a soja brasileira.
É importante lembrar que no auge da guerra comercial, o Brasil passou a exportar quase US$ 13 bilhões a mais de soja em grãos para a China, de acordo com dados do Insper Agro Global. Enquanto isso, os Estados Unidos exportaram cerca de US$ 11 bilhões a menos.

Afinal, a China vai diminuir as compras dos Estados Unidos?

Marcos Araújo não acredita que a China tenha capacidade de retaliar os EUA em relação às compras agrícolas, pois o país está recompondo seu rebanho de suínos e precisa da soja para produzir farelo. O analista também projeta que o Brasil não tem soja suficiente para atender a demanda chinesa a ponto de neutralizar a oferta americana no momento.
O analista diz que os principais efeitos na soja brasileira estarão concentrados na próxima safra, a ser colhida no fim de janeiro de 2021, pois, de acordo com ele, a safra 2019/2020 já tem cerca de 90% de sua produção comercializada. Em algumas praças do interior do Brasil, os preços se encontram no mesmo nível dos portos, indicando falta do produto nessas regiões.

China precisa aumentar ritmo de compras para cumprir acordo

O acordo comercial entre China e Estados Unidos foi assinado em 15 de janeiro deste ano. Ficou estabelecido que o país asiático compraria cerca de US$ 33 bilhões adicionais de produtos agrícolas americanos. Alguns itens listados como soja, milho e carnes chamaram atenção, pois são relevantes dentro da pauta brasileira de exportações.
De acordo com o analista de mercado da Agrinvest, até agora, a China já comprou US$ 12 bilhões de produtos agrícolas dos EUA e para cumprir a meta definida para este ano, este valor deveria estar em cerca de US$ 20 bilhões. Assim sendo, o profissional projeta que a meta dificilmente será cumprida. Para que seja, o país asiático precisa aumentar o ritmo de compras.
Por Felipe Leon, de São Paulo

Daoud: Nova postura do governo irá favorecer crescimento da economia



De acordo com o comentarista, o comportamento do governo com o Congresso e Judiciário é crucial para a aprovação das reformas econômicas

De acordo com Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, disse em reunião nesta quarta-feira, 22, que a recuperação da economia brasileira pode acontecer na forma de “V”, ou seja, que apesar da queda, ela deve se recuperar rapidamente.
Segundo Daoud, os fatores que levam o presidente do BC acreditar em uma recuperação em “V” são: nova postura do governo, interrupção da taxa de juros, aprovação de pacote da UE para recuperação econômica, entrada das novas safras brasileiras no mercado e o avanço nos estudos das vacinas contra a Covid-19
“Podemos ver uma mudança muito positiva no comportamento do governo Bolsonaro para com o Congresso Nacional e o Judiciário, e isso facilita o caminho para a aprovação das reformas necessária econômicas. A manutenção da taxa de juros nos patamares atuais atrai investidores e será importante para a retomada da economia, assim como o avanço das pesquisas das vacinas para a Covid-19″, comenta Daoud.
Nesta terça-feira, 21, a União Europeia aprovou um pacote de 750 bilhões de euros para recuperação econômica, algo muito positivo, de acordo com o comentarista. “Conversei com alguns investidores que seguem animados com a entrada das novas safras brasileiras no mercado e que deve fortalecer a economia brasileira”, diz Miguel.
No entanto, Daoud faz ressalvas a respeito de uma possível estabilização internacional, caso isso ocorra, a China e outros mercados podem interromper suas formações de estoques tanto no mercado à vista como no mercado futuro, o que pode resultar em uma diminuição da demanda e uma pressão nos preços e no câmbio.
“Quero parabenizar os nossos amigos produtores que fizeram vendas antecipadas de até para dois anos, isso é muito positivo porque eles souberam aproveitar o momento, então o produtor deve continuar atento porque essa incerteza continuam devido a esses fatores”, finaliza Daoud.

por ; canal rural 

Reforma tributária: agro tem regime diferenciado em proposta do governo


Governo propõe reunir PIS-Cofins em uma mesma contribuição com ...

Segundo o ministro Paulo Guedes, por questões técnicas e constitucionais, o governo teve que incluir isenções e regimes diferenciados

Por Paola Cuenca, de Brasília

Em cumprimento ao artigo 195 da Constituição Federal, a primeira parte do projeto de reforma tributária proposta pelo Ministério da Economia concedeu tratamento diferenciado ao regime agrícola. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia afirmado, em diversas ocasiões, que pretende acabar com benefícios fiscais, mas por questões técnicas e constitucionais, o projeto de lei entregue ao Congresso Nacional nesta terça-feira, 21, apresentou exceções.
“Em vez de mandarmos uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição], já havendo [PEC] 45 na Câmara e a [PEC] 110 no Senado, mandamos propostas que podem ser trabalhadas e acopladas. Mas mandaremos todas as propostas do governo: imposto de renda, dividendos, IPIs; todos os impostos serão abordados”, declarou Guedes, na saída do gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
A proposta entregue pelo governo — e registrada no Congresso como projeto de lei 3887 de 2020 — propõe a extinção dos impostos PIS e Cofins para que seja criada a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). O tributo teria alíquota geral e fixa de 12% e caráter não-cumulativo.
Isso significa que o recolhimento do tributo deve ser feito fornecedor de bens ou serviços. Mas, ao vender esse bem ou serviço, o fornecedor deve adicionar o custo do tributo ao valor de venda da mercadoria. Dessa forma, o consumidor paga pelo imposto já recolhido ao governo federal, o que resulta na geração de créditos. A ideia do Ministério da Economia é que ao fim de três meses-calendário, as empresas possam usar os créditos no abatimento de outros impostos federais ou, então, solicitar o ressarcimento da quantia.
O CBS deve incidir sobre pessoas jurídicas e plataformas mediadoras de comércio digital. No caso das plataformas, também conhecidas como marketplaces, a tributação deve ser feita quando o vendedor for uma pessoa física que não emite nota fiscal sobre a operação de venda.
“Se você é uma indústria, um comércio ou um setor de serviços, você vai pegar todo o conjunto das notas fiscais das suas compras e pregar do lado esquerdo da sua parede. No fim do mês, você vai pegar todas as suas notas fiscais de venda e vai pregar do lado direito da parede. Some as notas fiscais de venda, veja quanto tem de tributo a pagar. Some as notas fiscais de compra, veja quanto de tributo já foi pago nessas compras e confronte um com o outro, resultando num tributo a pagar”, detalhou a assessora especial do ministro Paulo Guedes, Vanessa Rahal Canado.
No regime agrícola, para não haver cumulatividade — já que produtores rurais são pessoas físicas — quem adquirir produtos agropecuários in natura ou contratar transportadores autônomos poderá calcular e se apropriar do crédito presumido.
O projeto ainda prevê isenção para todas as mercadorias exportadas e para os produtos listados na Nomenclatura Comum do Mercosul entre os capítulos 1 e 12. Entre eles estão soja, trigo, milho, hortaliças, peixes, carnes e animais vivos. Os produtos que fazem parte da cesta básica também receberam isenção. Porém, esse benefício deve ser perdido na próxima proposta a ser entregue pelo Executivo.
Canado explicou que a arrecadação obtida pela oneração da cesta básica será utilizada no programa de transferência de renda que tem sido desenvolvido pelo governo Bolsonaro. O chamado Renda Brasil deve ser criado a partir da extinção do Bolsa Família.
“Nessa primeira fase, a gente não mexeu na isenção dos tributos da cesta básica exatamente para que esse programa seja desenhado junto com o programa de transferência de renda ou Renda Brasil ou qualquer que seja que ainda vai ser apresentado e discutido pelo ministério. Tudo está bastante amadurecido e pronto com relação à oneração da cesta básica, o quanto esse valor poderia trazer de recursos e a alocação, eventualmente, desses valores no programa de transferência  de renda, para que você, por meio desse programa de transferência de renda, possa compensar as famílias mais pobres pelo imposto sobre consumo embutido nos alimentos ou qualquer serviço que elas consumam”, expôs.
Neste primeiro momento, as importações de produtos da cesta básica também permaneceriam isentos. Além disso, algumas pessoas jurídicas também devem contar com a tributação zero. É o caso das cooperativas. Operações entre cooperativas e seus associados não seriam taxados com o CBS. Sindicatos, templos religiosos e instituições filantrópicas também estão entre os beneficiados.

Próximos passos da reforma tributária

O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes, anunciou que o Ministério da Economia tem realizado reuniões com estados e entidades que representam municípios para debater a reforma de tributos regionais. A pasta pretende chegar a um consenso com os entes federativos sobre as mudanças a serem feitas no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS).
Tostes informou que o ministério tem tratado uma agenda de sete eixos com os governos estaduais. Entre eles, está a demanda dos estados da criação de um fundo de desenvolvimento regional, que substitua incentivos fiscais do ICMS, e a criação de outro fundo de compensação das exportações.
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que tem arrecadação federal ficou de fora dessa primeira proposta, mas deve ser contemplado no segundo projeto da equipe econômica.
“O governo vai mandar, nas próximas semanas, uma reforma que simplifique o IPI e, portanto, deixe o IPI muito mais com características de um tributo seletivo no sentido da literatura internacional. Não como a gente tem hoje de que seria um tributo seletivo que está subjetivo: o que se acha essencial tem alíquota menor, o que se acha menos essencial tem alíquota maior. Não é essa a ideia. A ideia é transformá-lo em um excise tax. Que é taxar mais os produtos que causem externalidades negativas, trazem danos ou custos extras à sociedade”, antecipou Canado.
 canal rural 

‘Com Executivo aberto a debate, reforma tributária pode beneficiar o agro’


Leis e Tributos - Diário do Comércio

Na avaliação de Thiago Rocha, consultor de política agrícola da Aprosoja Mato Grosso, as medidas entregues pelo ministro da Economia, são positivas ao setor

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta terça-feira, 21, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, a proposta de reforma tributária do Governo Federal.
A primeira, de quatro partes a serem entregues, unifica os impostos PIS/Cofins para criar a contribuição social sobre operações com bens e serviços. No projeto, o agronegócio recebeu regime diferenciado.
Na avaliação de Thiago Rocha, consultor de política agrícola da Aprosoja Mato Grosso, as medidas são positivas ao setor. “Estamos vendo com bons olhos a proposta do governo. Primeiro, porque ao manter a isenção desse imposto, ele acaba sendo regularizado, já que o produtor de produto básico já não era um contribuinte do PIS/Confins e não faria sentido ele ser taxado por esse tributo. Mas agora o executivo está aberto ao debate, o que já era pedido pelos parlamentares para a formulação de uma boa reforma tributária”, afirma ele.
“É importante salientar que esse é um debate muito amplo. No PL enviado ao Congresso, contém a unificação do PIS/Cofins, mas no Congresso já há tramitação de outras duas PECs, cuja a abrangência é muito maior. Um coisa que nos chamou a atenção foi a fala do secretário especial da Receita Federal, José Barroso, em que ele disse que o direcionamento da reforma tributária de aprovar propostas do governo não visa nem aumentar e nem reduzir a arrecadação, então esse é conceito de aumento de carga tributária em que há uma vedação por parte do Executivo”, explica o especialista.
por;canal rural 

Sementes de soja: entenda quais são as cultivares ideais para sua lavoura!


Cultivar mais produtiva, com resistências, de ciclo mais curto ou longo, estrutura de plantas serão alguns dos ítens a serem observados antes da compra. Mas será que a escolha atual é a correta?

O plantio da soja ainda não começou no país, mas os trabalhos para a preparação sim. Entre os cuidados com o pré-plantio, a escolha da cultivar de soja que será usada parece uma escolha fácil, não é mesmo? Só que usar a boa e velha receita de bolo dos anos anteriores pode ser uma roubada, afirma um pesquisador da Embrapa. Um estudo recente da Farsul fortalece o discurso de que a escolha da cultivar certa, pode render muitas sacas a mais por hectare.
Muitas vezes a escolha da cultivar começa pelo potencial de produção, sendo assim, o primeiro erro de uma sequência que pode encarecer os custos e diminuir a rentabilidade.
“Hoje existem cultivares de R$ 3 por quilo e outras de R$ 15 o quilo. Tudo depende do modismo, tecnologia embarcada, etc. Ou seja, o produtor pode gastar 5 vezes mais para produzir a média nacional, será que isso vale a pena?”, questiona o pesquisador da Embrapa Soja Osmar Conte.
Para explicar esse ponto e trazer outras dicas fundamentais para garantir que a escolha da cultivar seja acertada e garanta uma arrancada de grande potencial produtivo para a soja, Conte participará de uma live do Projeto Soja Brasil, nesta quinta-feira, 23 de julho, a partir das 20h (horário de Brasília).
Nela ele também falará sobre aspectos importantes para essa escolha, como optar por uma cultivar registrada para a região, com tolerância a pragas e doenças mais encontradas na área do agricultor e até mesmo a características das plantas para a região.
“Vários fatores podem contribuir para um resultado positivo ou negativo, não é só a genética. Muitos produtores acabam só apostando na genética para resolver tudo, mas a agricultura não é receita de bolo, que é só copiar”, comenta.
O resultado de uma escolha mais acertada pode ser notado no estudo anual realizado pela Farsul, em parceria com a Fundação Sementes.
A pesquisa analisou 39 cultivares diferentes, em três microrregiões sojícolas do Rio Grande do Sul e apontou um resultado impressionante: A maior diferença de produtividade entre cultivares, em uma mesma região, ficou em 38 sacos por hectare. Segundo a Farsul, o estudo serve justamente para mostrar ao produtor quais são as melhores opções de sementes de soja para cada região.
O resultado foi observado em Vacaria, local que alcançou os melhores índices do estudo. Isso significa que um produtor que opta pela cultivar mais produtiva ganharia R$ 3,610 mil a mais por hectare, do que aquele que optasse pela variedade de pior desempenho para aquele local.
Claro que outras variáveis ajudaram na obtenção desta diferença e por isso o Projeto Soja Brasil chamou o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, para contar os detalhes do estudo, juntamente com as análises do pesquisador da Embrapa.
Para fechar a lista de convidados com chave de ouro não poderia faltar um produtor rural, claro. Mas o Projeto Soja Brasil não irá trazer qualquer um, o convidado especial é o campeão nacional de produtividade de soja do Cesb, Laércio Dalla Vecchia, de Mangueirinha (PR). Para quem não sabe o agricultor é um grande estudioso e planta muitas cultivares diferentes em uma mesma safra, algo recomendados pela Embrapa.
“Ele pode ter uma cultivar que predomina na área, mas ele tem que diversificar o restante para atender a necessidade de escalonamento para minimizar riscos”, diz Conte.
Confira abaixo os detalhes e não perca a chance de enviar suas pergunta durante a live no Facebook ou pelo Instagram.
Por Daniel Popov, de São Paulo

Com 16 mil cirurgias, Hospital-dia do Roberto Santos reduz pressão em urgências e emergências



Quem hoje vê a sorridente Nadine não consegue imaginar que, há bem pouco tempo, a profissional autônoma quase precisou parar de trabalhar porque sentia dores abdominais insuportáveis. A jovem de 25 anos foi uma das 16 mil pessoas a realizar cirurgia no Hospital-Dia do Hospital Geral Roberto Santos (HD-HGRS), desde a abertura do serviço, em julho de 2018. O equipamento não foi um alívio apenas para a autônoma, mas também para a rede hospitalar do estado. Graças à iniciativa, cirurgias de pequeno e médio porte têm sido realizadas diariamente no Roberto Santos, diminuindo a pressão provocada por esses usuários nas portas de urgência e emergência na Bahia.
 
Nadine foi operada para retirar pedras na vesícula, procedimento conduzido pela cirurgia geral, por videolaparoscopia. A unidade realiza, ainda dentro desta especialidade, cirurgia de ligadura tubária, hérnia inguinal e hérnia umbilical. 
 
Também são oferecidos no HD-HGRS os seguintes procedimentos: cirurgias orificiais (proctologia); cirurgia de joelho, por artroscopia (ortopedia); lesões de pele (oncologia); cisto tireoglosso e tumores benignos cervicais (cirurgia de cabeça e pescoço); ureteroscopia rígida e flexível para litíase ureteral, postectomias, vasectomia e uretrotomia (urologia); cirurgia de varizes e fístulas para hemodiálise (cirurgia vascular); adenoamigdalectomia de crianças (otorrinolaringologia); facectomia e pterígio (oftalmologia). 
 
Para o cirurgião geral Iuri Filardi, o Hospital-Dia destaca-se pela rapidez e eficiência na prestação de serviço ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). “O hospital-dia tem instalações confortáveis para os pacientes, além de qualidade de trabalho para todos os funcionários. Isso sem contar com uma equipe que trabalha coesa com um objeto comum: ajudar o paciente”, afirma. 
 
Iuri foi quem operou Nadine e, segundo ele, no caso da cirurgia de vesícula, há ainda outro diferencial do HD-HGRS. “Todos os pacientes são operados por videolaparoscopia, o que nem sempre está disponível nos demais serviços”, conta o cirurgião, se referindo à técnica cirúrgica minimamente invasiva para a região abdominal e/ou pélvica. 
 
Avaliação
 
Para ser atendida no Hospital-Dia do HGRS, Nadine passou, antes, por uma pré-consulta no ambulatório da instituição, agendada pelo município, de acordo com seu perfil. Então, realizou exames e, com o diagnóstico fechado e a indicação cirúrgica, agendou o procedimento com o especialista.
 
“Assim que passei pela consulta com o cirurgião do Hospital Roberto Santos, ele viu a necessidade de uma cirurgia com urgência. O processo foi bem rápido e já não sinto mais dor nenhuma”, lembra a paciente, que acrescenta: “não tenho palavras para descrever o quão bom foi o atendimento, da portaria ao centro cirúrgico. O hospital está bem organizado, mesmo com essa bagunça que a pandemia está causando. Só tenho a agradecer a todos que cuidaram de mim e cuidam até hoje, pois sempre entram em contato para saber como eu estou”.
 
Estratégia
 
Na avaliação do diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho, o fato de o Governo do Estado ter se antecipado à pandemia da Covid-19, com a ampliação da oferta de serviços especializados, fez com que a população baiana ocupasse uma posição de vantagem em relação a outros estados. 
 
“Iniciativas como o Hospital-Dia e o Mutirão de Cirurgias possibilitaram a diminuição da fila de espera por cirurgias de pequeno e médio porte. Consequentemente, os fluxos das unidades de emergência foram otimizados. Se não tivesse sido pensada essa estratégica, bem antes da pandemia, o cenário poderia ser de dificuldade para esses usuários, que poderiam ter agravado seu estado de saúde, necessitando de internamento hospitalar”, destaca o diretor-geral do HGRS. 
 
Fonte: Ascom/HGRS

Governo da Bahia