quarta-feira, 22 de julho de 2020

Fundeb: relatora eleva complementação da União para 23% em seis anos



Câmara inicia análise da PEC que torna fundo permanente

ublicado em 21/07/2020 - 21:07 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil  - Brasília

A Câmara dos Deputados iniciou nesta terça-feira (21) a análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente (PEC 15/15). 
Após negociação de modificações do texto da PEC com o governo federal, a relatora da proposta, deputada Professora Dorinha (DEM-TO) subiu a complementação da União para 23% em 2026, dos quais cinco pontos percentuais são destinados especificamente para a educação infantil. 
Pelo texto da relatora, a participação da União no fundo será de 12% em 2021; 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; 23% em 2026. Atualmente, o governo federal aporta no Fundeb 10% da contribuição total dos estados e municípios.  
“Em um esforço de alcançar o consenso amplo que incorporasse elementos da proposta do governo, apresentada em julho de 2020, acordamos em uma complementação final de 23% em seis anos, com a priorização para educação infantil, etapa de ensino onde se concentra a maior demanda não atendida pelo sistema público de ensino. Isso trará grande impacto para a educação da primeira infância”, afirmou a relatora. 

Complementação mínima

Segundo a deputada, com a complementação mínima de 23%, em 2026, 24 estados teriam municípios recebendo auxílio da União. Com a complementação atual, nove estados são atendidos: Amazonas, Pará, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
O texto apresentado por Professora Dorinha prevê que, em caso de falta de vagas em creches na rede pública, o recurso poderá ser destinado a instituições sem fins lucrativos. A medida foi costurada com o governo para destinar 5% da complementação da União para famílias com crianças em idade escolar que se encontrem em situação de pobreza ou extrema pobreza. 
Parlamentares da bancada da Educação criticaram o dispositivo, alegando que é inconstitucional por destinar recursos públicos do Fundeb a instituições privadas, por meio de vouchers, para matricular crianças em creches privadas.

Qualidade

A proposta assegura ainda um padrão mínimo de qualidade, no qual deverá garantir as condições adequadas de oferta e terá como referência o custo aluno qualidade. O CAQ é um parâmetro de financiamento educacional previsto no Plano Nacional de Educação (PNE).
São considerados itens necessários para oferta de uma boa educação, por exemplo, a formação continuada dos professores, o acesso à internet, a banheiros, a quadra de esportes, laboratórios e biblioteca. Entram na conta ainda dinheiro para pagar despesas com conta de luz e água, entre outras. O CAQ também visa garantir uma jornada de 7 a 10 horas para os alunos e o piso salarial para todos os profissionais da educação, mas ainda dependerá de regulamentação. 
O trecho, contudo, ainda pode ser retirado da PEC. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), um destaque deverá ser apresentado para suprimir o item. 
“Existe uma grande preocupação ainda em torno de alguns temas como a constitucionalização do custo aluno qualidade que nós esperamos retirar por meio de destaque, além de algumas outras preocupações”, afirmou o parlamentar.
O texto vedou o uso dos recursos do Fundeb para pagamento de aposentadorias e pensões, apesar da tentativa do governo de liberação da verba do fundo para essa destinação. A relatora manteve a proposta de garantir, pelo menos, 70% desses recursos para o pagamento de salário de profissionais da educação.

Fundeb

O Fundeb é a principal fonte de recursos da educação básica, respondendo por mais de 60% do financiamento de todo o ensino básico do país, etapa que vai do infantil ao ensino médio. O fundo é composto por percentuais das receitas de vários impostos. Atualmente, cerca de 40 milhões de estudantes da rede pública são atendidos pelos recursos do financiamento.
Os recursos do Fundeb são distribuídos de forma automática, ou seja, não há necessidade de autorização ou convênios para sua destinação, e periódica, mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e municipal.
A distribuição desses recursos é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último censo escolar, sendo computados os alunos matriculados. Dessa forma, os municípios recebem os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os estados, com base no número de alunos do ensino fundamental e médio.
De acordo com a relatora, em 2019 os recursos do Fundeb equivaleram a cerca de R$ 156,3 bilhões, provenientes, predominantemente do Tesouro dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que contribuem com 90% desse valor.

Tramitação

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto precisa ser aprovado por três quintos dos deputados, o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. Em seguida, o texto segue para apreciação do Senado, onde também deve ser analisado em dois turnos e depende da aprovação de pelo menos 49 senadores.
Edição: Fábio Massalli
Agencia Brasil 

Câmara conclui análise de PEC que torna Fundeb permanente


Câmara conclui análise de PEC que torna Fundeb permanente ...

Proposta segue para análise do Senado


Publicado em 22/07/2020 - 00:24 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil  - Brasília

A Câmara dos Deputados concluiu, nessa terça-feira (21), a proposta de emenda à Constituição que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente (PEC 15/15). A matéria segue para o Senado.  
A proposta foi aprovada em primeiro turno por 499 votos favoráveis a 7 contrários; e em segundo turno por 492 votos a 6.
Após negociação de modificações do texto da PEC com governo federal, a relatora da proposta, deputada Professora Dorinha (DEM-TO), subiu a complementação da União para 23% em 2026, dos quais cinco pontos percentuais são destinados especificamente para educação infantil.
Pelo texto da relatora, a participação da União no fundo será de 12% em 2021; 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; 23% em 2026. Atualmente, o governo federal aporta no Fundeb 10% da contribuição total dos estados e municípios.  
“Em um esforço de alcançar o consenso amplo que incorporasse elementos da proposta do governo, apresentada em julho de 2020, acordamos em uma complementação final de 23% em seis anos, com a priorização para educação infantil, etapa de ensino onde se concentra a maior demanda não atendida pelo sistema público de ensino. Isso trará grande impacto para a educação da primeira infância”, disse a relatora. 
Segundo a deputada, com a complementação mínima de 23%, em 2026, 24 estados terão municípios recebendo auxílio da União. Com a complementação atual, nove estados são atendidos: Amazonas, Pará, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí. 

Complementação

O percentual de complementação da União será divido em três partes: 10 pontos percentuais seguirão as regras atuais de distribuição, sendo destinados para os estados mais pobres que recebem o complemento da União para atingirem o padrão mínimo.
Dos 13 pontos percentuais a mais que a União complementará o Fundeb, 10,5 pontos percentuais deverão ser destinados a cada rede de ensino municipal, distrital ou estadual sempre que o valor anual total por aluno (VAAT) não atingir o mínimo definido nacionalmente. Mais 2,5 pontos percentuais serão distribuídos com base na evolução dos indicadores de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades.
A proposta aprovada tem foco na educação básica e deve destinar, pelo menos, 50% dos recursos deverá ser destinado à educação básica, conforme negociado com o governo. O texto apresentado pela Professora Dorinha prevê que, em caso de falta de vagas em creches na rede pública, o recurso poderá ser destinado a instituições sem fins lucrativos. 
O texto vedou o uso dos recursos do Fundeb para pagamento de aposentadorias e pensões, apesar da tentativa do governo de liberação da verba do fundo para esses pagamentos. A relatora manteve a proposta de garantir, pelo menos, 70% desses recursos para o pagamento de salário de profissionais da educação.
Câmara dos Deputados
Câmara fez as duas votações da PEC que torna Fundeb pernamente nessa terça-feira - Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Impasse

Parlamentares ligados ao governo tentaram retirar da proposta o trecho que assegurava ainda um padrão mínimo de qualidade, no qual deverá garantir as condições adequadas de oferta e terá como referência o custo aluno qualidade. O Custo Aluno-Qualidade (CAQ) é um parâmetro de financiamento educacional previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). No entanto, o dispositivo foi mantido por 393 votos favoráveis, 83 contrários e três abstenções. 
De acordo com o deputado Thiago Mitraud (NOVO-MG), o dispositivo pode trazer insegurança jurídica para as prefeituras e redes públicas de educação. Segundo o parlamentar, estudo da Universidade Federal de Goiás indica que 19% das redes de ensino públicas, estaduais e municipais, investem o que seria considerado por esse conceito.
“Constitucionalizar o CAQ pode trazer uma série de problemas e obrigar prefeituras a retirar recursos da saúde, retirar recursos da segurança pública e de tantas outras áreas necessitadas para atender os pressupostos do conceito, que não têm relação com a qualidade do ensino, não têm relação com a aprendizagem, não têm relação com aquilo que nós esperamos da educação pública brasileira, que é que as nossas crianças e jovens aprendam o que tenham que aprender para poder ter autonomia como indivíduos, para poder prosseguir as suas vidas”, disse o deputado.
São considerados itens necessários para oferta de uma boa educação, por exemplo, a formação continuada dos professores, o acesso à internet, a banheiros, a quadra de esportes, laboratórios e biblioteca. Entram na conta ainda dinheiro para pagar despesas com conta de luz e água, entre outras. O CAQ também visa garantir uma jornada de 7 a 10 horas para os alunos e o piso salarial para todos os profissionais da educação, mas ainda dependerá de regulamentação.
A relatora da matéria, deputada Professora Dorinha, explicou que o trecho não vai gerar novos custos e será regulamentado por meio de lei complementar. 
“Ao relatar a PEC, eu o fiz com segurança e com confiança em relação à possibilidade de o CAQ ser detalhado em uma lei complementar, que vai ser bastante debatida nesta Casa e que trata do sistema”, explicou. “Logicamente, a preocupação é definir os critérios de qualidade e as escolhas. E, com os recursos disponíveis, cada rede fará sua definição de quais são as prioridades. Não há só os insumos, há todo um conjunto importante para a construção dessa qualidade”.

Fundo 

O Fundeb é a principal fonte de recursos da educação básica, respondendo por mais de 60% do financiamento de todo o ensino básico do país, etapa que vai do infantil ao ensino médio. O fundo é composto por percentuais das receitas de vários impostos. Atualmente, cerca de 40 milhões de estudantes da rede pública são atendidos pelos recursos do financiamento.
Durante a votação da PEC nesta terça-feira, os deputados retiraram o trecho que incluía a Lei Kandir na composição do fundo.
Os recursos do Fundeb são distribuídos de forma automática, ou seja, não há necessidade de autorização ou convênios para sua destinação, e periódica, mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e municipal.
A distribuição desses recursos é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último censo escolar, sendo computados os alunos matriculados. Dessa forma, os municípios recebem os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os estados, com base no número de alunos do ensino fundamental e médio.
De acordo com a relatora, em 2019 os recursos do Fundeb equivaleram a cerca de R$ 156,3 bilhões, provenientes, predominantemente, do Tesouro dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que contribuem com 90% desse valor.
Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil 

DF: Saúde recebe R$ 60,8 milhões de crédito extra para enfrentar a Covid-19

SAÚDE DF

Recurso já está em vigor e será usado para todas as ações relacionadas à pandemia, como contratação de profissionais e mais UTIs privadas
Os recursos poderão ser aplicados em contratações de novos leitos de UTI na rede privada, compra de insumos e convocação de profissionais, entre outras medidas relacionadas ao enfrentamento da pandemia. O decreto já está em vigor.
“O Governo do Distrito Federal está ciente das medidas que a Secretaria de Saúde precisa adotar para enfrentar o coronavírus e, por isso, o governador Ibaneis Rocha decretou a abertura do crédito suplementar. Esse valor vem em boa hora, para garantirmos todo o atendimento necessário à população durante este momento”, afirmou o secretário de Saúde, Francisco Araújo.

Centro Médico da PM está pronto para abrir primeiros 50 leitos



A expectativa é que todo o restante dos 84 leitos e equipamentos deverão entrar em funcionamento até o fim deste mês de julho

O Centro Médico da Polícia Militar está próximo de ser utilizado como mais um hospital de campanha para o enfrentamento da Covid-19 aqui no DF. Os primeiros 50 leitos serão liberados até o fim desta semana, sendo 30 de UTI e 20 de enfermaria. A expectativa é que todo o restante dos 84 leitos e equipamentos deverão entrar em funcionamento até o fim deste mês de julho.
“Estamos prontos para iniciar as atividades com 50 leitos, a princípio. No decorrer da semana que vem, estaremos contemplando a abertura do restante dos leitos, totalizando 100% da operação até o fim do mês. Ou seja, estaremos com os 104 leitos liberados para os pacientes”, afirmou a diretora-geral de assistencial da empresa responsável por gerir a unidade, Ana Paula Marques.
O hospital já conta com 104 camas hospitalares, 80 monitores, 50 ventiladores mecânicos e 160 bombas de infusão, além de equipamentos de proteção individual (EPIs), insumos e um raio-X totalmente digital, que entrega exames mais rápido do que o tradicional.
Da mesma forma como foi feito no Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, todos os equipamentos instalados nesta unidade serão incorporados ao patrimônio da Secretaria e servirão para reequipar e renovar o parque tecnológico dos hospitais da rede.
De acordo com a gestora, logo que a organização social tiver autorização da Secretaria de Saúde, poderá acionar os recursos humanos necessários para iniciar o atendimento e receber pacientes.
A empresa contratada vai empregar 600 profissionais, necessários para atender todos os 104 leitos (84 de UTI e 20 de enfermaria) disponibilizados no futuro hospital de campanha. A quantidade inclui desde equipes operacionais a médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Todos vão trabalhar em regime de escalas.
Mudanças
O contrato previa, inicialmente, 106 leitos disponíveis, sendo 86 de UTI e 20 de enfermaria. Contudo, dois deles foram perdidos devido à falta de espaço na estrutura do hospital.
“Eles estavam em locais que com a instalação de equipamentos ficaram sem espaço para a movimentação dos profissionais. Dessa forma, serão 84 leitos de UTI oferecidos no total e 20 de enfermaria”, explicou a gestora.
Também estão incluídos no contrato gerenciamento técnico, assistência médica multiprofissional – de forma ininterrupta –, com manutenção e insumos necessários para o funcionamento dos equipamentos e atendimento de pacientes, com medicamentos, materiais, alimentação, nutrição enteral e parenteral.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGENCIA BRASÍLIA 

DER-DF faz limpeza das faixas de pedestres nas rodovias distritais



A manutenção será em cerca de 150 passagens

 O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) iniciou o serviço de limpeza e manutenção das cerca de 150 faixas de faixas de pedestre existentes nas rodovias distritais.
O trabalho começou no Pistão Norte, na  DF-001 (Estrada Parque Contorno /EPCT)  em Taguatinga, que ao longo de seus 4 km possui 28 travessias. A lavagem é feita com água, sabão, vassoura e soprador. Nos casos em que é constatada a existência de alguma faixa danificada, é realizada a substituição imediata.
A equipe do DER destacada que para o serviço de lavagem é preciso de seis colaboradores, que utilizam um caminhão-pipa, e um veículo furgão. Também participam da tarefa componentes do laboratório de tecnologia do DER que realizam a medição da chamada retro-refletância, que é a capacidade que o material tem de refletir a luminosidade para facilitar a visualização de cada passagem.
“A limpeza das faixas de pedestres é importante porque oferece uma maior visibilidade aos usuários e também para os condutores que podem ver a sinalização com uma distância ainda mais segura ”, explicou o superintendente de operações do DER/DF, Murilo de Melo Santos. Após a conclusão da limpeza das faixas do Pistão Norte, o trabalho será realizado no Pistão Sul onde há 36 pontos de passagem de pedrestres.
Composição das faixas
As faixas são compostas com um laminado elastoplástico que é colado ao pavimento. Com o passar do tempo, os  resíduos de solos, a poeira, juntamente com fuligens e marcas de pneus aderem ao material, o que ocasiona a necessidade da lavagem ou mesmo da substituição completa do adesivo.
*Com informações do DER/DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Ambulatório de Egressos já atendeu 150 pacientes com Covid-19



Departamento do Hran faz vistoria clínica e exames como tomografia e avaliação pulmonar

Pacientes são acompanhados após tratamento de Covid-19 | Foto: Secretaria de Saúde
Desde o início de junho, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) tornou-se referência no atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus, causador da Covid-19. Além dos casos graves que são atendidos diariamente no pronto-socorro, após a cura os pacientes continuam a ser atendidos na unidade pelo Ambulatório de Egressos.

O local possui a mais alta tecnologia e é voltado para pacientes que tiveram a Covid-19 de maneira mais aguda ou que ficaram internados em unidade de terapia intensiva (UTIs). Funcionando há um mês e meio, o ambulatório já atendeu 150 pacientes.
“O que temos no Ambulatório de Egressos é voltado para pacientes que tiveram Covid-19 e ficaram internados, mesmo que em outras unidades da rede. Neste local os pacientes vão fazer revisão, porque alguns irão ficar com um nível de sequela e precisamos entender isso”, explica o chefe da Unidade de Pneumologia do Hran, Paulo Feitosa.
Ursulina Gonçalves, de 73 anos, moradora do Riacho Fundo, passou um mês internada para o tratamento de Covid-19. Primeiro ela foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento de Ceilândia, depois seguiu para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e, por fim, deu entrada para tratamento no Hospital de Campanha do Mané Garrincha.
“O atendimento aqui foi muito bom, o médico foi atencioso. Gostei bastante. Eu tive essa consulta e, depois, terei um retorno para ser orientada a tomar meus medicamentos e fazer meus exames”, relata Ursulina.
Ursulina venceu a Covid-19 e é atendida no Ambulatório de Egressos do Hran | Foto: Secretaria de Saúde
Na avaliação clínica, realizada no Ambulatório de Egressos, o paciente é examinado e fornece todas as informações de seu histórico clínico. Depois disso ele passa pelo exame de função pulmonar completo, que compreende espirometria, volumes pulmonares e difusão de monóxido de carbono.
De acordo com o pneumologista, o paciente vai para a consulta, em que é examinado, faz tomografia imediatamente e, na sequência, prova de sons pulmonares completa, exclusivamente feita no Hran. Além disso, o paciente é submetido a um teste de caminhada que avalia se ele está dessaturando ou não. Uma das queixas dos pacientes, principalmente dos mais graves, é de fraqueza muscular, que persiste durante algum tempo após a alta.
Funcionamento
O Ambulatório de Egressos é para pacientes que foram internados com Covid-19 em algum hospital da rede pública do Distrito Federal. O atendimento é feito toda quarta, quinta e sexta-feiras, das 13h às 18h. O local possui quatro médicos para dar suporte e prestar assistência aos pacientes.
AGENCIA BRASÍLIA 

Cultivo de abelhas nativas do Cerrado no Parque da Cidade



Monitoradas, espécies sem ferrão são fundamentais para a polinização de alimentos e o bom desenvolvimento do meio ambiente

Você provavelmente nunca tenha ouvido falar, mas há oito meses o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitscheck tem um meliponário. O nome soa estranho para leigos e nada mais é do que um espaço para cultivo de abelhas meliponas.
O gênero, típico do Brasil, não tem ferrão, produz mel e é extremamente importante para o desenvolvimento do ecossistema. Acredita-se que o parque urbano de 420 hectares abrigue pelo menos 25 espécies dessas abelhas.
O trabalho de cultivo de três espécies do inseto – Uruçu Amarela (rufiventris), Mandaçaia MQA (quadrifasciata) e Borá – é desenvolvido pelo Instituo Abelha Nativa, em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Parque da Cidade.
Em uma área da Escola de Equitação, de frente para o Sudoeste, a instituição realiza um trabalho de identificação dessas espécies não violentas para a mantê-las em seu habitat, sem prejuízo ambiental – e, menos ainda, risco aos frequentadores.
Os tipos de abelhas existentes no Brasil são as melíponas e a apis. As primeiras não têm ferrão e, por isso, não oferecem risco à saúde e ao bem-estar das pessoas e animais. Produzem mel em pequena escala e não picam.
O especialista que cuida delas é o meliponicultor. Já as segundas são as mais conhecidas da população. Grandes produtoras de mel, as abelhas africanizadas têm ferrão, reagem a ataques e podem até matar ao liberarem veneno pela picada.
Ambas são fundamentais na polinização das flores e, consequentemente, na produção dos alimentos. São as abelhas quem fazem o acasalamento dos pólen macho e fêmea em uma flor, o que possibilita o desenvolvimento da flora e a produção de frutos (como mamão, abacaxi e morango) e hortaliças. Sem falar nos benefícios causados pelo mel e seus derivados (entre eles, própolis e cera).
Luiz Lustosa é presidente da Associação dos Meliponicultores do DF e do Instituto Abelha Nativa. É ele quem cultiva algumas das espécies identificadas no Parque da Cidade e agora busca parceiros para a construção de pequenos jardins com identificação em volta das áreas onde as abelhas melíponas vivem no parque.
A ideia é mantê-las na natureza e que a população saiba onde estão. “As abelhas não fazem mal, elas fazem mel”, brinca, ao defender as espécies produtoras de Brasília.
Segurança no parque
A administração do Parque da Cidade alerta aos frequentadores que identificarem um enxame ou colmeia de abelhas que os acione. Em caso de ataque de espécies com ferrão, quem deve ser acionado é o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193.
“O parque conta com instituições colaboradores e caso alguém identifique algum ninho deve nos acionar por meio dos nossos seguranças”, alerta o administrador Silvestre Rodrigues da Silva.
Nesta quarta-feira (22), uma instituição particular será responsável pela remoção de abelhas da espécie apis em um teto de alvenaria da área da Piscina com Ondas. Sem risco iminente à área de acesso à população, os insetos serão recolhidos no início da noite – que é o horário em que deixam de circular e permanecem na colmeia – e transferidos para uma área de produção particular.
Extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e apicultor há mais de 30 anos, Névio Guimarães explica que a migração de abelhas da área rural para a urbana é fruto da desordenação ambiental causada pelas queimadas e consequentes desmatamentos nesta época do ano. Isso faz com que casos de incidentes envolvendo esses insetos sejam mais frequentes nesta época do ano, como que aconteceu no final de semana próximo ao estacionamento 6 do Parque da Cidade.
Ele ressalta a importância desses insetos ao meio ambiente e reforça o pedido da administração do Parque da Cidade para que não sejam exterminados.
“Quem tiver algum problema com algum enxame que chegou à sua casa ou região, avise o Corpo de Bombeiros e nãos os matem, pois eles são muito importantes na natureza.”
Nunca atirar fogo
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) orienta a população a redobrar a atenção ao passar por locais arborizados. De acordo com o chefe da equipe de Informações Operacionais dos Bombeiros, tenente Fábio Bohle, é importante que crianças não brinquem próximas às abelhas e que tanto os menores quanto os adultos não tentem matar ou espantar os insetos atirando objetos ou fogo contra as colmeias.
“Ao fazer isso a situação pode se agravar. Ao serem atacadas, as abelhas liberam hormônios, uma espécie de autodefesa. Desta forma, o enxame é atraído e a pessoa poderá ser atacada por um número ainda maior de insetos”, informa o tenente.
*com informações do Corpo de Bombeiros
AGÊNCIA BRASÍLIA