terça-feira, 7 de julho de 2020

Campanha do Agasalho Solidário é estendida até o dia 15



Doações podem ser feitas nos batalhões da PM e nas sedes das administrações regionais

Uma vitória contra o frio e a favor da dignidade. Isso porque, até o momento, a Campanha do Agasalho Solidário 2020, encampada pela primeira-dama, Mayara Rocha, já arrecadou 5.020 itens. E para garantir que o braço afetivo da solidariedade possa aquecer mais pessoas neste inverno, o projeto foi estendido até o próximo dia 15 de julho. “Com a chegada do inverno, cada vez mais pessoas estão sofrendo com as baixas temperaturas no Distrito Federal. Assim, prorrogamos a Campanha do Agasalho Solidário para atendermos mais pessoas em situação de vulnerabilidade”, destaca Mayara Rocha.
Lançada em 27 de maio, a ação social caminha para sua segunda edição. É um projeto integrado que envolve a Vice-Governadoria, as secretarias de Desenvolvimento Social, Cidades, Justiça e Cidadania, além da Câmara Legislativa, batalhões da Polícia Militar  e Defesa Civil. O objetivo da iniciativa é minimizar o sofrimento de pessoas em situação de vulnerabilidade durante o inverno no DF. “A integração é fundamental para criarmos essa corrente de solidariedade possibilitando aquecer aqueles que mais precisam”, comenta a primeira-dama.
As doações de cobertores, agasalhos, luvas, meias e outros adereços importantes para atenuar o impacto do frio ainda podem ser realizadas nas Administrações Regionais e nos batalhões da PMDF. Seguindo as recomendações para conter o coronavírus, as doações devem ser lavadas, secadas e e acondicionadas em embalagens plásticas transparentes para facilitar a identificação.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Atendimento da UBS 2 da Fercal muda para Engenho Velho



Prédio que atende em média 300 pacientes por mês passa por reformas

A população da área abrangente da Unidade Básica de Saúde 2 da Fercal deve procurar atendimento na UBS 1 de Engenho Velho até o dia 17 de julho. Após essa data, o atendimento ocorrerá na Associação de Moradores da Comunidade Boa Vista – com exceção da odontologia, que continuará na UBS 1. 
A medida ocorre devido às obras que o prédio da unidade da Fercal receberá a partir do dia 13 de julho. Dentre as melhorias que serão feitas estão: troca de pisos, o redimensionamento da rede elétrica e a adaptação de acesso e banheiros para portadores de necessidades especiais.
“A UBS 2 da Fercal é uma das primeiras construções do DF na área rural e bem distante dos grandes centros. Então, a estrutura é da época que foi construída e as normas sanitárias de hoje mudaram muito”, afirma Renata Mercês, diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Norte. Segundo ela, é preciso adequar essa estrutura de acessibilidade. 
O período de atendimento na UBS 1 ocorre enquanto o outro espaço é adequado para receber as equipes de saúde da família e os pacientes da área abrangente. Em média, a UBS 2 da Fercal atende 300 pacientes por mês.
Com informações da Secretaria de Saúde/DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Quadras do DF recebem reposição de areia



Trabalho da Secretaria de Esporte, com apoio da Novacap, começou em Sobradinho e seguirá por Gama, Santa Maria, Brazlândia etc

A reposição de areia das quadras de esportes começou nesta terça-feira (7) em várias cidades do Distrito Federal. A demanda da população era antiga. O trabalho da Secretaria de Esporte e Lazer está sendo feito em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
O cronograma de recolocação do material começou em Sobradinho e Sobradinho II. Até o início de agosto, serão contemplados o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, Gama, Santa Maria, Brazlândia, Águas Claras, Ceilândia, Guará I e II e Vila Planalto.
Serão necessários 888 metros cúbicos de areia para finalizar toda a reposição. “Para quem gosta de prática de esporte, sabe o quanto é importante a gente ter quadras adequadas”, destaca a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão. 
Com informações da Secretaria de Esporte Lazer
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Visita virtual passará a ser realizada nos presídios masculinos



O novo formato foi implementado de forma pioneira na Penitenciária Feminina do DF em 17 de junho

A partir desta quinta-feira (9), internos que cumprem pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA),  e nas unidades prisionais localizadas no Complexo da Papuda – passarão a contar com a visita virtual. O objetivo de viabilizar o contato de forma mais próxima de familiares e amigos com internos durante a suspensão das visitas presenciais – medida adotada como parte das ações para evitar o contágio pelo novo coronavírus durante a pandemia.
O novo formato de visita foi implementado de forma pioneira pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAPE) na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), no dia 17 de junho. Até o momento, 350 vagas do novo formato de comunicação foram disponibilizadas para internas e também para os internos da Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP).
“Estamos ampliando o programa para as demais unidades prisionais, como havíamos informado anteriormente. Cada presídio recebeu cinco tablets, exceto o Centro de Detenção Provisória II (CDPII) em que o número de internos é menor. O local é destinado aos detentos que cumprem a quarentena de quatorze dias, como preconiza a Secretaria de Saúde, e também aqueles acometidos pela COVID-19”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, o delegado Adval Cardoso.
As ligações de vídeo, por meio do aplicativo WhatsApp instalado em tablets, serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h. A previsão é que diariamente sejam realizadas até trinta ligações, de três minutos cada uma, por unidade prisional.
O agendamento ocorre após indicação do interno sobre o familiar ou amigo cadastrado e autorizado como visitante. “A chamada somente será realizada após a indicação do detento de quem receberá a ligação. As datas das visitas on-line estarão disponíveis no site da SEAPE, no atendimento a visitantes. Por isso é tão importante que o familiar ou amigo esteja com o cadastro ativo e atualizado, mesmo com a suspensão das visitas presenciais”, explicou o secretário.
As informações desatualizadas inviabilizam o contato. Desta forma, a Seap disponibilizou a possibilidade de atualização de dados de forma virtual, para facilitar o acesso do visitante.
Trabalho conjunto
As ligações serão realizadas por meio dos tablets entregues pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) à SEAP. A doação – total de 40 equipamentos – foi resultado das tratativas do Ministérios Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Vara de Execuções Penais (VEP) para diminuir o impacto da suspensão das visitas durante a pandemia de Covid-19.
Para a juíza da VEP, Leila Cury, a implementação da visita virtual é uma solução adequada ao período e uma forma de aproximar o interno de familiares e amigos. “Não dá para abrir mão deste formato neste momento. Quando falamos que a visita será virtual nos remete a algo frio, pois será feita por meio de máquinas. Mas, diante deste cenário pandêmico, é imprescindível. Inicialmente a implementação foi feita na PFDF e, após os ajustes necessários, os demais detentos poderão ter”.
Mais perto
Em abril, a Seap passou a disponibilizar um canal para troca de mensagens entre familiares e internos, por meio do link do cadastro de visitantes. O familiar ou amigo cadastrado acessa o mesmo link em que retira senhas para realizar visitas.
Após confirmação de dados será aberto um espaço para incluir as informações. A mensagem será impressa e entregue ao interno, pela equipe do Núcleo de Visitas de cada unidade prisional, e poderá responder à mensagem.
Reeducandos em quarentena ou contaminados pela Covid-19 também estão contemplados com a medida. Independentemente das mensagens, as informações do estado de saúde de cada um continuam a ser repassadas às famílias por meio das equipes das unidades prisionais.

*Com informações SSP-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Atendimento da UBS 2 da Fercal muda para Engenho Velho



Prédio que atende em média 300 pacientes por mês passa por reformas

A população da área abrangente da Unidade Básica de Saúde 2 da Fercal deve procurar atendimento na UBS 1 de Engenho Velho até o dia 17 de julho. Após essa data, o atendimento ocorrerá na Associação de Moradores da Comunidade Boa Vista – com exceção da odontologia, que continuará na UBS 1. 
A medida ocorre devido às obras que o prédio da unidade da Fercal receberá a partir do dia 13 de julho. Dentre as melhorias que serão feitas estão: troca de pisos, o redimensionamento da rede elétrica e a adaptação de acesso e banheiros para portadores de necessidades especiais.
“A UBS 2 da Fercal é uma das primeiras construções do DF na área rural e bem distante dos grandes centros. Então, a estrutura é da época que foi construída e as normas sanitárias de hoje mudaram muito”, afirma Renata Mercês, diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Norte. Segundo ela, é preciso adequar essa estrutura de acessibilidade. 
O período de atendimento na UBS 1 ocorre enquanto o outro espaço é adequado para receber as equipes de saúde da família e os pacientes da área abrangente. Em média, a UBS 2 da Fercal atende 300 pacientes por mês.
Com informações da Secretaria de Saúde/DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

‘Não há herbicida tão eficiente quanto o paraquat para agricultura’, diz deputado



Deputado Sérgio Souza defende projeto que suspende resolução da Anvisa proibindo uso do defensivo no Brasil; pela norma da agência, paraquat deve sair do mercado a partir de 22 de setembro

A proibição do ingrediente paraquat a partir de 22 de setembro deste ano e os impactos para a agricultura do país foram o assunto do programa Conexão Brasília desta terça-feira, 7. Representantes do setor produtivo e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) querem a prorrogação do uso do herbicida. Por isso, um parlamentar da frente – deputado Luiz Nishimori (PL-PR) – apresentou projeto de decreto legislativo (PDL 310/2020) para sustar os efeitos da resolução (RDC 117/2017) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe o paraquat no Brasil.
Vice-presidente da FPA, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) alega que é preciso mais tempo para que uma força-tarefa do setor produtivo consiga apresentar estudos sobre o produto. “Esse prazo que nós temos até setembro não é suficiente para conseguirmos apresentar todos os estudos nesse sentido. Por isso, se não pode prorrogar, nós temos que derrubar essa resolução da Anvisa”, disse. De acordo com o deputado, o Congresso deve votar, nos próximos dias a urgência para que o projeto entre na pauta da Câmara dos Deputados.
Segundo Souza, não existem evidências científicas que comprovem que o produto é mutagênico. “O que nós queremos é demonstrar à Anvisa que o uso do herbicida não traz riscos para as lavouras.” E acrescenta: “Não há prejuízo à saúde humana ao ser usado corretamente. Quando ele entra em contato com o solo, se biodegrada”.
Atualmente, o herbicida é um importante aliado na produção de soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e trigo. O paraquat é bastante usado na técnica de plantio direto e no controle de ervas daninhas. Pela resolução da Anvisa, a partir de setembro, o produto não poderá mais ser produzido, comercializado e utilizado em todo território nacional.
“Em algumas regiões do Brasil não há outro herbicida tão eficiente para resolver o problema do cultivo da lavoura. Nós vamos perder a competitividade no mercado internacional. Se não cuidarmos, vamos ter prejuízo em toda a cadeia”, esclareceu Sérgio Souza.
Além disso, a descontinuidade do ingrediente no Brasil pode pesar para o consumidor final. “O produtor rural vai ter que usar produtos de valor até 10 vezes superior para substituir o paraquat, o que vai subir o preço do alimento”.
O deputado ainda reforça que a aquisição e uso do herbicida seguem regras rígidas. “É igual você ir em uma farmácia. Você compra um remédio tarja preta, se você tomar duas doses, você pode vir a óbito ou sofrer as consequências. Ou seja, assim como nas farmácias, o paraquat só é vendido com receita”, ponderou.

Automação no agronegócio

Outro tema do programa foi a importância da automação na agropecuária brasileira. O deputado Vinícius Poit (Novo-SP) entende a importância do tema para o agronegócio do país, mas ressalta que ainda há muita desigualdade com relação à conectividade nas fazendas. “Da porteira para fora temos muita deficiência em logística, em conectividade. Se a gente tem conectividade no campo, temos mais facilidade para controlar a produção e, com isso, ganhamos mais eficiência, diminui o custo para o produtor, o que melhora a qualidade do produto”, disse.
Para o deputado, a falta de conectividade é um dos principais motivos de o homem do campo não ter acesso à tecnologia. “Dinheiro tem. O que falta é vontade e organização das autoridades para se fazer isso, não só na conectividade da internet, é dar condições aos produtores e cooperativas rurais terem acesso às infraestruturas nas suas propriedades”.
Poit é relator de um projeto (PL1481/07), aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, e que precisa da aprovação do Senado. A proposta vai permitir o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a ampliação dos serviços de internet em cooperativas, em áreas isoladas, e em escolas rurais.
O Fust arrecada R$ 1 bilhão anualmente e já tem acumulados R$ 21,8 bilhões, mas praticamente não foi utilizado para investimentos no setor de telecomunicações. “Criamos condições para desburocratizar e para que esse dinheiro chegue na ponta e a gente está tentando que ele seja aprovado pelo plenário do Senado”.
Por enquanto, o Congresso só está votando matérias relacionadas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Mas, segundo o parlamentar, mesmo neste período de crise na saúde, a proposta é de extrema importância para o país. “Nós estamos tentando mostrar que esse projeto é importante, inclusive, na pandemia porque o agro não para. Se tem comida na mesa, é porque a agricultura está funcionando nessa pandemia”, concluiu
canal rural 

Detran-DF fecha retornos no centro de Taguatinga


Detran fecha Samdu e Comercial em Taguatinga para implantar mão ...Departamento de Trânsito do Distrito Federal

Medida está sendo adotada para dar fluidez ao tráfego local

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) começou, nesta segunda-feira (6), a mudar retornos no centro de Taguatinga, sentido Ceilândia, na via principal, no horário das 17h às 19h.
A medida ocorrerá de segunda a sexta-feira e tem o objetivo de melhorar a fluidez no trânsito da região, em razão da grande quantidade de veículos que transitam no centro de cidade nesse horário – e também por causa das obras que estão ocorrendo no local.
Os condutores que transitam no sentido de Ceilândia e desejarem retornar para acessar a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) deverão utilizar o viaduto da Samdu.
Na semana passada foram realizados diversos testes pela coordenação de policiamento e fiscalização da região oeste, que verificou a viabilidade da implementação da medida.
Com informações do Detran-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Brasília se prepara para retomada do turismo ainda em julho




Aeroporto JK prevê crescimento de 640% no fluxo de passageiros já neste mês em comparação a abril de 2020

Desde o início da pandemia, o Governo do Distrito Federal tomou medidas efetivas de segurança para evitar a propagação do novo coronavírus. Agora, com o retorno gradual de diversas atividades comerciais em Brasília, já se espera um crescimento de 640% no fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional JK neste mês de julho e, consequentemente, a Secretaria de Turismo do DF também estima um aumento na movimentação do setor que está otimista para uma retomada do turismo na capital.
De acordo com a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, a cidade está pronta para receber os visitantes de todo o país com segurança, e aposta no turismo interno como o grande aliado nessa retomada, já que houve um aumento no número de voos domésticos. “Estamos implementando todas as medidas de segurança necessárias no comércio e em pontos turísticos. E ainda temos um aeroporto que é um exemplo de modernidade e eficiência aérea, além de ser o maior hub doméstico do país,” garante Vanessa.
Para o diretor de Assuntos Corporativos da Inframérica, Rogério Coimbra, o Aeroporto de Brasília é um importante centro de conexão e vem recuperando o movimento de forma gradual com ações necessárias para evitar aglomerações em virtude da intensificação das operações que estão sendo retomadas ao longo deste mês. “Reabrimos uma das salas de embarque – o pier norte – que estava fechada desde abril, como forma de atender às recomendações de distanciamento social.  Além disso, adotamos diversos protocolos sanitários como a solução termográfica para aferir a temperatura corporal dos passageiros e, ainda, disponibilizamos diversos pontos de álcool em gel nos principais setores do terminal. Tudo isso para proteger os passageiros e a nossa comunidade aeroportuária,” afirma o diretor.
Para os empresários do setor, a expectativa de aumento dos voos para Brasília é vista com bastante otimismo. Segundo a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (ABIH-DF), Adriana Pinto, a colaboração entre os setores público e privado é fundamental para a recuperação do setor e afirma que os hotéis estão prontos para receber os visitantes com toda segurança. “Estamos bastante otimistas com esse aumento no fluxo de passageiros. Nossa rede hoteleira voltou a operar normalmente este mês com todos os EPI´s e novos procedimentos de segurança e higiene necessários que fazem parte do Manual de Boas Práticas lançado em parceria com a Setur-DF,” explica Adriana.
 Retomada de voos domésticos
A Inframérica estima que este mês volte a ter, em média, 100 pousos e decolagens por dia em Brasília que volta a ter ligação com as cinco regiões do país e 35 destinos. Quanto aos voos internacionais, ainda não há previsão. O aeroporto de Brasília é o 3º em movimentação de passageiros no país e recebia, em média, 380 voos por dia. Com a pandemia, em abril, a movimentação caiu para 21 voos a cada 24 horas.

* Com informações Secretaria de Turismo
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Violência contra adolescentes no DF: Saúde lança série histórica



De 2015 a 2019, foram notificados 7.019 casos de violências contra adolescentes

A Secretaria de Saúde lançou uma série histórica de cinco anos do Boletim Epidemiológico de Violências contra Adolescentes. O informe é produzido pelo Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção às Violências (Nepav).
As informações são relativas ao monitoramento da morbimortalidade das violências infringidas contra adolescentes, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), considerando a notificação compulsória de violências pelos serviços de saúde públicos e privados, inclusive as notificações de caráter imediato, com comunicação em até 24 horas após o atendimento da vítima, e no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), considerando as declarações de óbitos ocorridos no Distrito Federal, no período de 2015 a 2019.
“O que chama a atenção é que no período de 2015 a 2019, foram notificados no Sinan-DF 7.019 casos de violências interpessoais e autoprovocadas no ciclo de vida de adolescentes ocorridas no DF. Desse total, 5.671 (80,8%) foram relativos ao sexo feminino e 1.347 (19,2%) ao sexo masculino. Na divisão por grupo etário, são 3.373 (48,1%) notificações de indivíduos de 10 a 14 anos e 3.646 (52,0%), de 15 a 19 anos de idade”, informa a chefe do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção à Violência (Nepav), Elizabeth Maulaz.
O maior aumento em número de notificações e por sexo e por faixa etária se encontra nos indivíduos entre 15 a 19 anos do sexo feminino (48,7%). Os episódios notificados são mais frequentes em indivíduos de raça/cor parda com 1.289 ocorrências (18,4%). As notificações se concentram nos indivíduos de 10 a 14 anos com nível de escolaridade do sexto ao nono ano incompletos do ensino fundamental (antigas 5a a 8a séries, respectivamente), com 1.454 casos (20,7%) e naqueles entre 15 a 19 anos com ensino médio incompleto com 799 casos (11,4%).
As Regiões Administrativas que mais concentram casos são Ceilândia, com 14% e Samambaia. Entre as notificações no período de análise, 11,3% são referentes a episódios ocorridos no território do Distrito Federal com indivíduos que informam residência em outros estados, sendo desses 6,6% nos indivíduos entre 10 a 14 anos e 4,7% entre 15 a 19 anos. A distribuição dos casos por estado é: um de Tocantins e do Maranhão, dois da Bahia e do Piauí, dez de Minas Gerais e 776 de Goiás.
Na série histórica de 2015 a 2019, a violência mais notificada na faixa etária de 10 a 14 anos no sexo feminino é a sexual com 27,1%, física com 6,1% e, violência psicológica/moral com 5,5%; e no sexo masculino a violência mais notificada é a física com 2,8%, sexual com 2,0% e, violência psicológica/moral com 1,7%. Na faixa etária de 15 a 19 anos no sexo feminino as violências mais notificadas são a sexual com 13,4%, a física com 12,0% e a psicológica/moral com 5,7%; e no sexo masculino a violência física com 5,2%, a violência psicológica/moral com 1,4% e, a sexual com 0,9%.
A tentativa de suicídio tem frequência de 3,2% na faixa etária de 10 a 14 anos e de 12,0% na de 15 a 19 anos de idade. O tipo de violência sexual mais frequente é o estupro com 79,3% das violências sexuais de 10 a 14 anos, sendo 74,2% no sexo feminino e 5,1% no masculino e; 81,9% das violências sexuais de 15 a 19 anos, sendo 77,5% no sexo feminino e 4,5% no masculino.
As violências acontecem na residência da vítima em 61,2% dos casos, sendo as frequências na faixa etária de 10 a 14 anos de 31,2% e 30,0% na faixa etária de 15 a 19 anos de idade.
Óbitos
No período entre 2015 a 2019, foram registrados no SIM 794 óbitos por violência ocorridos no DF. Desse total, 7,3% são de adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos e, 92,6% na faixa etária de 15 a 19 anos. 8,9% são relativos ao sexo feminino e 91,1% ao masculino. Os óbitos por violência são mais frequentes em indivíduos de raça/cor de pele parda com 72,3% do total.
“A violência tem consequências profundas para a saúde física e mental das pessoas que a vivenciam, tendo impacto no desenvolvimento e bem-estar psicossocial. O que é também um desafio para os gestores e profissionais da saúde, pois os acompanhantes no atendimento em saúde muitas vezes são os prováveis autores da violência, ou possuem vínculo de proximidade com a vítima, fato que dificulta a identificação do histórico crônico do evento”, conclui Elisabeth.
*Com informações Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA