terça-feira, 23 de junho de 2020

Salões de beleza e academias do DF podem abrir até 1º de julho, diz Ibaneis

CORONAVÍRUS
Para governador,estabelecimentos 'estão na mesma classe de restaurantes e bares'. Escolas, segundo Ibaneis, abrirão só em agosto.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou ao G1, nesta quinta-feira (18) que academias e salões de beleza podem ser reaberto até 1º de julho. Segundo o chefe do Executivo local, os estabelecimentos estão "na mesma classe de restaurantes e bares", que devem ser reabertos entre 25 de junho e 1º de julho (ouça áudio acima).
Sobre a reabertura das escolas, o governador disse "que elas ficarão por último". Por enquanto, ele mantém a decisão de volta às aulas presenciais apenas em agosto (veja mais abaixo).
O governador explicou que a flexibilização no isolamento depende ainda de um estudo que vai considerar os impactos da medida na saúde pública. "A decisão pode ser tomada na próxima segunda-feira (22), após análises de três órgãos estratégicos", adiantou.
Academia fechada no Distrito Federal devido à pandemia de coronavírus  — Foto: TV Globo/Reprodução
Academia fechada no Distrito Federal devido à pandemia de coronavírus — Foto: TV Globo/Reprodução
"Eu abri a questão para a Codeplan, que nos dá os indicativos de pessoas que voltarão ao trabalho e pessoas que voltarão às ruas, para a Secretaria de Saúde, para que façam uma análise (...) apontando medidas de proteção, e para a Secretaria de Mobilidade, por conta do aumento [de pessoas] no transporte público."
Ibaneis afirmou que representantes do serviço de beleza no Distrito Federal apresentaram um plano de reabertura dos salões. Contudo, ele demonstra preocupação para os impactos, principalmente nas periferias.
"Eu tenho que dosar isso um pouco, porque, nessas regiões mais carentes, quem vai ter que doar os EPIs é o governo. Então, eu estou avaliando exatamente isso".

Escolas por último, só em agosto

Sala de aula vazia após suspensão do ensino presencial na rede pública do Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
Sala de aula vazia após suspensão do ensino presencial na rede pública do Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
Segundo Ibaneis, a flexibilização do comércio ocorre "de forma controlada". Questionado sobre os setores que seriam os últimos a abrir, ele citou as escolas.
"Eu não calculo que nenhum setor seja tão mais perigoso do que os outros. O que eu levo muito em consideração são as escolas (...) a previsão nossa de abertura de escolas é só a partir do dia 1º de agosto."
As aulas presenciais no DF estão suspensas desde 11 de março. O ano letivo será retomado na rede pública do DF em 29 de junho, no entanto, as atividades à distância – sem aferição de frequência – começam na próxima segunda-feira (22), "como uma maneira de testar o modelo".

Debate na Justiça

Shoppings são reabertos em Taguatinga, no Distrito Federal, com medição de temperatura na entrada — Foto: TV Globo/Reprodução
Shoppings são reabertos em Taguatinga, no Distrito Federal, com medição de temperatura na entrada — Foto: TV Globo/Reprodução
Enquanto o governo planeja ampliar a retomada no comércio e serviços, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) apresentou à Justiça um pedido para que o governo do DF tome medidas com o objetivo de garantir isolamento social de pelo menos 60% na capital. O motivo é o aumento de casos do novo coronavírus no DF.
Além disso, o MPF pede que o governo local nãdo libere novas atividades não essenciais até que haja evidências científicas de que a pandemia está desacelerando. Desde a última semana de maio, shoppings, feirasparques, igrejasmuseus espetáculos em esquema drive-in foram reabertos. Neste período, que também teve ampliação de testagens, a confirmação dos casos de coronavírus subiu de 7 mil para mais de 29 mil na capital.
Sobre a ação do MP, Ibaneis afirmou que "o Ministério Público tem o direito de agir da maneira que deve". No entanto, adiantou que entrará com recurso caso o Judiciário barre a flexibilização.
"Não sei quais são os estudos que fazem, mas o que nós temos da avaliação dos técnicas é que ninguém consegue viver em isolamento por mais de 60 dias. A nossa avaliação é que é muito mais seguro abrir de forma organizada, terminando com o isolamento de forma organizada, do que querer obrigar as pessoas a ficarem em casa"

Avanço dos casos

Questionado sobre o aumento dos casos do coronavírus no Distrito Federal, principalmente nas periferias, o governador afirmou que está "tudo dentro do esperado".
"Quando nós interrompemos o comércio, nós interrompemos o pêndulo que existia no Distrito Federal das pessoas vindo para o Plano Piloto e voltando para suas cidades, porque, naquele momento, nós não tínhamos uma rede de saúde capaz de atender a todos. [...] Então, quando ela [a contaminação chegasse [nas periferias] tinha que ter o preparo da rede de saúde", disse.
De acordo com o governador, o GDF tem a expectativa de reduzir em 10% a ocupação dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública. Atualmente, a ocupação está em torno de 70%.
O G1 perguntou sobre o aumento dos casos também no Plano Piloto, que volta a ocupar posição de destaque entre as regiões com maior número de infectados. Quando a isso, o governo repetiu que "tudo está dentro do previsto".
 G1 DF.

Novo coronavírus avança no entorno do DF

COVID-19
Dados da Codeplan mostram relação do aumento da contamição com a reabertura do comércio

FOTO: REPRODUÇÃO PRIMEIRA HORA NEWS

FOTO: REPRODUÇÃO PRIMEIRA HORA NEWS


O cenário de estica e puxa em relação ao isolamento social no DF pode ter consequências nas áreas adjacentes à Unidade Federativa. Segundo dados compilados pela plataforma Salvando Todos, desenvolvida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), os picos e acúmulo de confirmações de novos casos de covid-19 em 19 das 20 cidades do Entorno coincidem com a reabertura do comércio, decretada em 22 de maio e efetivada cinco dias depois pelo Buriti. Pesquisa da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) indica relação direta na ascensão da curva.

O decreto nº 40.817, de 22 de maio, alterou a legislação de isolamento imposta em 1º de abril e permitiu a reabertura de centros comerciais no DF a partir de 27 do mês passado. Uma semana depois da volta dos comerciários, cerca de cinco mil novos casos de covid-19 foram registrados nas imediações, e com mais sete dias, em 10 de junho, o Distrito Federal ultrapassava 19.400 infecções notificadas — inclusive tendo ultrapassado, pela primeira vez, a marca de mil registros diários, em 5 de junho.

Também depois da flexibilização das atividades comerciais, Águas Lindas bateu o recorde entre todas as cidades do Entorno: foram 111 testes positivos para covid-19 de 29 para 30 de maio, incremento que elevou a 177 as confirmações no local. Pode parecer coincidência, mas, segundo a mais recente Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (Pnad), da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), realizada entre 2017 e 2018, 44 mil moradores de Águas Lindas rumavam todos os dias ao Distrito Federal para trabalhar.

O número representa 58% da população regularmente empregada da cidade, que continha cerca de 21,5 mil trabalhadores apenas no setor de comércio. A título de comparação, os quase 3 milhões de cidadãos candangos representam mais de 14 vezes a população do município goiano, estimada em 212 mil habitantes, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Junho representou para Águas Lindas um avanço de 15,4 casos a cada dia, e até o fechamento desta reportagem o núcleo urbana contava 528 infecções do Sars-Cov-2, segundo a Secretaria de Saúde de Goiás (SES/GO).

Interiorização

A covid-19 entrou no Entorno de Brasília a partir de Valparaíso. Lá, chegou no dia 24 de março, 20 dias após a primeira confirmação da doença no Distrito Federal. Em rápida evolução, a cidade, cujos 37 mil trabalhadores empregados no DF representavam 55% da população empregada entre 2017 e 2018, observou aumento de quase dois terços nos contágios depois da reabertura dos centros comerciais candangos: de 90 casos confirmados no dia 27 para 157 em 3 de junho. O município tinha cerca de 18 mil comerciários, de acordo com o censo da Codeplan.

Outro centro urbano que empresta grandes quantidades de mão de obra à capital, Luziânia entrou em junho com 78 casos ativos e confirmados da doença. Até as 19h de ontem, a SES/GO contabilizava 415 infecções, com 337 confirmações em apenas 22 dois dias, com média de 15,3 novos testes positivos a cada 24h. Segundo a Codeplan, 21 mil habitantes do município se deslocavam ao Distrito Federal para prestar serviços entre 2017 e 2018. Ainda segundo a Pmad, 21,6 mil luzienses trabalhavam em atividades comerciais.

Cercado

Até o final de março, Valparaíso, Águas Lindas e Luziânia eram as únicas cidades do Entorno com diagnósticos da covid-19. Em abril, confirmações em Pirenópolis, Cidade Ocidental, Formosa, Santo Antônio do Descoberto, Planaltina e Novo Gama aumentaram para nove o número de municípios da microrregião com cidadãos infectados pelo novo coronavírus. Maio representou contágios em mais seis cidades, com casos em Alexânia, Corumbá de Goiás, Cristalina, Padre Bernardo, Cabeceiras, Cocalzinho de Goiás e Abadiânia, elevando o número de centros urbanos infectados para 16.

Já em junho, mês de grande disseminação do vírus tanto no DF quanto no Entorno, Água Fria, Mimoso de Goiás e Vila Boa registraram casos. Com isso, 19 das 20 cidades da microrregião possuem ao menos um diagnóstico da covid-19.


FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA 


Nuvem de gafanhoto destroi lavoura de milho e assusta produtores da Argentina



Segundo o governo do país, em um quilômetro quadrado, até 40 milhões de gafanhotos podem ser mobilizados, comendo pastagens que 2 mil vacas consomem em um dia


⚠️ 🦗
Seguimos monitoreando la manga de que regresó de 🇵🇾 a y en los últimos 5 días tuvo mucho movimiento, por localidades del departamento . Hoy fue avistada en la zona de Colonia El Palmar, dirigiéndose hacia el oeste.
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O apareciento de uma nuvem de gafanhoto na Argentina assustou produtores rurais, assim como entidades do governo do país. Nesta segunda-feira, 22, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina publicou um mapa com alerta da praga em que é possível ver uma faixa vermelha que representa ‘perigo’. Regiões da fronteira oeste do Rio Grande do Sul estão no alerta dos argentinos.
Mapa de alerta de gafanhotos
Mapa de alerta de gafanhotos – Fonte: Senasa Argentina
Ainda nesta segunda, o governo de Córdoba, outra província argentina, também alertou para a passagem dos gafanhotos na região. “O Ministério da Agricultura de Córdoba e o Senasa monitoram a situação. Em Córdoba, ambas as propriedades possuem protocolos de trabalho para serem ativados em caso de entrada da praga”, disse no Twitter.
Ante el ingreso de al norte de la provincia de , @MinAgriCba y @SenasaAR monitorean la situación. ⚠ En , ambos estamentos tienen protocolos de trabajo para activar en caso del ingreso de la plaga. ✅ Más info 👉 https://bit.ly/LangostasStaFe 
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Veja outros Tweets de Gobierno de Córdoba
Segundo comunicado, a nuvem de gafanhotos entrou no país pelo Paraguai no fim de semana. “Deve-se lembrar que em aproximadamente um quilômetro quadrado, até 40 milhões de insetos podem ser mobilizados, comendo pastagens equivalentes ao que 2.000 vacas podem consumir em um dia”, disse.
As autoridades da província informaram ainda que os produtores devem relatar a presença da praga em áreas rurais e que ações de monitoramento estão sendo realizadas.

Ameaça à produção

Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar, os insetos podem causar danos às culturas e aos pastos mas não às pessoas. “As nuvens de gafanhotos podem passar por comunas, vilas ou cidades, mas não causam danos diretos aos seres humanos. Podem causar danos às culturas e aos pastos, mas não constituem um risco para as pessoas”, diz um comunicado.
Em outra postagem, o Senasa mostra o prejuízo causado pela nuvem de gafanhotos em lavouras de milho e mandioca. “Notamos a presença de uma nuvem de gafanhoto do Paraguai, em Colonia Santo Domingo, na cidade do General Manuel Belgrano, Formosa. Vamos avaliar a densidade da população da peste e os danos causados às culturas de milho e mandioca”.
⚠️🦗 Constatamos la presencia de una manga de proveniente de Paraguay 🇳🇱 en Colonia Santo Domingo, localidad de General Manuel Belgrano, . Estamos evaluando la densidad de la población de la plaga y los daños a los cultivos de maíz y mandioca.
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⚠️🦗 Ante la constatación del ingreso a de mangas de provenientes de intensificamos las tareas de monitoreo en el departamento San Martín, en con el objetivo de lograr detecciones tempranas de la plaga.
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Veja outros Tweets de Senasa Argentina
Nas redes sociais o engenheiro agrônomo e chefe do Programa Nacional de Gafanhotos do Senasa, Hector Emilio Medina, postou imagens impressionantes do seu trabalho. Em uma postagem, ele comenta que esta é a primeira vez que em muitos anos o Brasil e o Uruguai aparecem no mapa de alerta da praga.