Latam assina acordo de codeshare com a AzulImagem: Instagram/latamairlines
O acordo de compartilhamento de voos anunciado hoje entre as companhias aéreas Azul e Latam não deve afetar os preços das passagens, afirmaram os presidentes da Azul, John Rodgerson, e da Latam, Jerome Cadier. Segundo eles, a parceria deve trazer mais facilidade para os passageiros, gerar aumento da procura e ajudar numa recuperação mais rápida para sair da crise causada pelo novo coronavírus.
O acordo inclui 50 rotas domésticas que são complementares entre as duas empresas e que ligam as cidades de Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Campinas (SP), Curitiba (PR) e Guarulhos (SP). Nas rotas em que não há voos diretos, os passageiros poderão fazer um trecho com a Latam e outro com a Azul.
A compra do bilhete poderá ser feita no site da Latam ou da Azul. Além disso, ao fazer o check-in, o passageiro já receberá os dois cartões de embarque e só precisará retirar a bagagem no destino final.
Jerome Cadier, presidente da Latam
Imagem: Karime Xavier/Folhapress
"É uma alternativa para a gente compensar parte da queda tão brutal de venda, oferecer mais alternativas e conseguir operar mais. O que a gente quer é voltar a operar um volume parecido com o que tinha antes da crise. Isso ajuda que essa recuperação chegue um pouco mais rápida", afirmou o presidente da Latam.
A Azul vê a parceria com a Latam como uma possibilidade de chegar a mais destinos. Antes da pandemia, a empresa já era a que tinha maior abrangência nacional, com mais de cem destinos no país. Agora, a meta da empresa é ainda maior. "Queremos chegar a 200 cidades rapidamente. A parceria é uma forma de ajudar a recuperar a malha aérea brasileira", afirmou o presidente da Azul.
John Rodgerson, presidente da Azul
Imagem: Marcelo Justo
O acordo entre as duas empresas foi assinado ontem (15), mas deve ser colocado em prática somente em agosto, já que as duas companhias aéreas ainda precisam fazer ajustes nos seus sistemas para permitir a venda conjunta das passagens.
O acordo ainda prevê que o passageiro poderá escolher em qual programa de fidelidade prefere acumular os pontos da viagem, no TudoAzul ou no LatamPass. O acordo, no entanto, vale apenas para o acúmulo, mas não para resgate de passagem de outra companhia.
Rotas complementares ajudaram no acordo
Os presidentes das duas empresas citaram o fato de a Azul e a Latam terem rotas complementares como um dos motivos para o acordo entre elas. "Além de ter menos sobreposição, a Latam atende mais destinos fora do Brasil. Nossas malhas se complementam dentro e fora do país. Foi natural juntar as ofertas", afirmou Rodgerson, da Azul.
Cadier, da Latam, afirmou que as rotas da companhia são mais parecidas com as da Gol, por isso a Azul foi uma opção melhor para o acordo de codeshare. "Como as redes são bem complementares, a gente consegue trazer uma oferta nova ao passageiro", afirmou.
Decisões independentes de malha aérea e preços
Os presidentes da Azul e da Latam afirmaram que o acordo não deve alterar a programação da malha aérea das duas companhias nem interferir na precificação das passagens. São dois pontos estratégicos que cada empresa continuará administrando de forma independente. Até por isso, os presidentes avaliam que não deverá haver questionamentos sobre uma possível concentração de mercado.
"O impacto em preço não é relevante, por isso a postura do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] desde 2016 é que não precisa notificar antes, porque não necessariamente existe concentração de mercado ou impacto em preço. O que existe é mais facilidade, opção, simplicidade e melhor serviço", disse.
Crise trouxe solução criativa
Os presidentes de ambas as companhias aéreas admitiram que antes da crise, um acordo de codeshare entre as duas empresas seria difícil. As conversas tiveram início somente mais recentemente por conta da queda brusca de demanda.
"Se me perguntasse em janeiro, eu iria dizer provavelmente que não imaginava fechar um acordo desse com a Azul, mas em um momento de pandemia, em uma crise dessa que nunca ninguém imaginou que a gente fosse passar, temos de pensar fora da caixa", afirmou o presidente da Latam.
POR Vinícius Casagrande Colaboração para o UOL, em São Paulo
POLÍTICA Presidente criticou Alexandre de Moraes, ministro relator do inquérito que apura a produção de notícias falsas e ofensas contra magistrados da Corte
FOTO: REPRODUÇÃO DIÁRIO DO PODER O presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar do Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão da Corte que impediu a posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. De acordo com o chefe do Palácio do Planalto, isso representou “mais uma brutal interferência do STF no Executivo, não podemos concordar com isso.”
Em um recado à Suprema Corte, Bolsonaro disse estar “sendo consciente e complacente demais”. “Não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo”, enfatizou, em entrevista à BandNews. “Não queremos medir força com ninguém. Nós queremos administrar e conduzir o Brasil a um porto seguro. Afinal de contas, têm muitas incertezas no ar”, acrescentou.
Bolsonaro ainda fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF que apura a produção de notícias falsas e ofensas contra magistrados da Corte. No fim de maio, Moraes pediu que apoiadores do chefe do Executivo e parlamentares pró-governo fossem investigados.
“É um inquérito que serve para o interesse apenas dele. Ele é vítima, ele interroga, ele julga e ele condena. Isso não é justo, no meu entender, porque está à margem da legislação brasileira. Isso é um foco de atrito”, protestou. “Até busca e apreensão foram realizadas na casa de 29 simpatizantes meus, nenhum da oposição. Isso não soa muito bem no Estado democrático de direito. Isso, obviamente, é um foco de atrito que o Supremo tem que superar.”
O chefe do Planalto também reclamou do ministro Celso de Mello, relator do inquérito que investiga se o comandante do Planalto interferiu politicamente na Polícia Federal. Mais uma vez, ele disse que o decano do STF não deveria ter divulgado a íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
“É inadmissível se externar, publicizar uma reunião de ministros quando se tratava de assuntos específicos. E eu disse nos autos que poderia explicitar o que eu falei, e não os outros. Lamentavelmente, o ministro Celso de Mello entendeu errado, e uma pequena crise está instalada no Brasil, que espero que seja mais rapidamente resolvida”, afirmou Bolsonaro, ao citar a polêmica criada pela fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.
Intervenção militar
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não existe intervenção militar” no Brasil. “Como darei um golpe se sou presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas?”, questionou. De acordo com o chefe do Executivo, “nós, os militares, jamais cumpriríamos ordens absurdas, mas também jamais aceitaríamos um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”. “Nós, militares das Forças Armadas, que eu também sou, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia neste país”, disse, na entrevista à BandNews. Para o presidente, a interpretação do “artigo nº 142 (da Constituição Federal) não precisava que o ministro (do Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, monocraticamente, atendesse ao pedido do PDT, um partido que tem ligação com o Partido Comunista Chinês, para dizer qual é o papel das Forças Armadas.”
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou hoje (16), em Brasília, a possibilidade de criação de um novo Programa de Recuperação Fiscal (Refis) para empresas em razão de dívidas acumuladas durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Ele defendeu que um novo Refis não deve se "misturar com o passado", mas se concentrar apenas nas dívidas tributárias contraídas durante a pandemia.
"Tem que tomar cuidado para não misturar com dívidas anteriores. Há sempre uma cultura no Brasil de não pagar impostos para esperar um novo Refis e isso faz muito mal para a economia", disse Maia, durante teleconferência “Conexão Empresarial” com políticos e empresários de Minas Gerais.
O Refis é um programa para regularizar débitos das empresas relativos a tributos e contribuições. O deputado afirmou que o tema vai ter que ser avaliado no segundo semestre de 2020, "em algum momento", mas defendeu que as dívidas tributárias anteriores à pandemia fiquem de fora para "não misturar com o passado".
O presidente da Câmara citou os parcelamentos que estão sendo pagos do último Refis, aberto em 2018. "Uma coisa é aquilo que aconteceu na pandemia e outra coisa é o passado", frisou.
Afirmou, ainda, que, apesar da dificuldade de não misturar um novo Refis com dívidas anteriores, o debate deve acontecer em conjunto com a análise da reforma tributária.
A população já deu uma parcela de contribuição na reforma da Previdência e seria a vez de o setor produtivo dar a sua parte de contribuição para o ajuste das contas públicas e a saída da crise econômica, sugeriu.
"O trabalhador brasileiro colaborou muito na reforma da Previdência; o servidor público vai colaborar muito na reforma administrativa. O setor privado precisa ter um engajamento maior na reforma tributária porque a simplificação do sistema tributário vai gerar condições de maior competitividade e redução da insegurança jurídica e também é muito importante para a decisão de investimentos", disse.
Telefone de 5G para celulares
Questionado sobre a demora na implantação da tecnologia 5G na telefonia celular, Rodrigo Maia disse que politizar o tema vai atrasar e encarecer o custo da implantação da tecnologia no país.
Uma das principais empresas fornecedoras da tecnologia, a chinesa Huawei é acusada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de usar o 5G para coletar informações de empresas norte-americanas.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que a implantação do 5G no país vai levar em consideração requisitos de "segurança de dados e também de política externa.”
“Acho que se o Brasil abrir mão dessa concorrência com a participação dos chineses, que podem ganhar ou podem perder, a gente sabe que, pelo custo deles, é um custo menor, nós vamos atrasar a implementação do 5G e o Brasil mais uma vez vai ficar para trás na importação de uma tecnologia que tende a ajudar muito no desenvolvimento do nosso país. Espero que a gente deixe a política de fora”, disse.
O presidente da Câmara também voltou a comentar a manifestação do último sábado (13), com disparos de fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF), classificando o ato como "inaceitável".
"Chegamos ao ponto de ver, no sábado, manifestantes soltando morteiros em direção ao STF e isso é inaceitável que ocorra", criticou.
Ele disse, ainda, que a crise política entre os poderes é uma sinalização "muito ruim" que o país dá durante a pandemia, gerando insegurança nos investidores.
“Cabe ao governo, com o parlamento, encontrar, dialogando com o setor produtivo, soluções para que a gente possa superar essa crise. Ela não será superada com conflitos e polêmicas, ela será superada pela parte de todos com união, diálogo e a construção desses caminhos”, finalizou.
Ao menos três militares indianos morreram em um confronto violento com o exército chinês na disputada fronteira entre os dois países, mas há "vítimas nos dois lados", anunciou o exército da Índia, enquanto a China acusa os militares de atravessar a linha divisória.
"Aconteceu um confronto violento ontem (segunda-feira) com vítimas dos dois lados. Um oficial indiano e dois soldados morreram", afirma o exército indiano em um comunicado.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que as tropas indianas atravessaram a fronteira e "provocaram e atacaram os chineses, o que gerou um grave confronto".
Zhao não confirmou as informações indianas sobre vítimas chinesas.
"China e Índia concordam em seguir resolvendo os problemas bilaterais por meio do diálogo", disse.
"Pedimos novamente à Índia que controle suas tropas na fronteira. Não atravessem a fronteira, não provoquem problemas", insistiu o porta-voz chinês.
As tensões entre os dois países aumentaram nas últimas semanas ao longo da fronteira comum de 3.500 quilômetros, que nunca foi devidamente delimitada.
As duas potências regionais tiveram várias disputas territoriais nas zonas de Ladakh e Arunachal Pradesh.
Os dois países se enfrentaram em uma guerra relâmpago em 1962. Os confrontos em zonas montanhosas entre os exércitos indiano e chinês se tornaram mais frequentes nos últimos anos.
Brasília(DF), 18/05/2017 - Sessão plenária no STF - Na foto Luiz Edson Fachin Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na noite de ontem (15) para rejeitar o pedido de habeas corpus do ministro da Justiça, André Mendonça, para retirar Abraham Weintraub, ministro da Educação, do inquérito das fake news.
Até o momento, seis dos 11 ministros votaram pela manutenção de Weintraub no inquérito contra integrantes da Corte. Os ministros Cármen Lúcia, Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Rosa Weber seguiram o relator do caso, o ministro Edson Fachin.
altam votar outros cinco ministros: Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. O julgamento deve terminar na sexta-feira.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu a prisão e o afastamento do cargo de Weintraub ao STF.
Ontem (15), o líder da minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu a prisão e o afastamento do cargo de Weintraub ao STF.
A petição foi protocolada no âmbito do inquérito que investiga a disseminação de informações falsas e ameaças a membros da corte, sendo direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Além de pedir a prisão temporária ou preventiva e a determinação de saída do cargo, Randolfe quer ainda que Weintraub preste depoimento, tenha celulares e computadores pessoais e funcionais apreendidos, e tenha a quebra de sigilo de dados decretada.
A fala foi interpretada por parcela da classe política como uma reafirmação de declaração dada em reunião ministerial do dia 22 de abril. Na ocasião, Weintraub disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”.
Weintraub já prestou depoimento à Polícia Federal sobre a declaração na reunião ministerial e também é investigado no Supremo por suposta publicação racista contra chineses no Twitter, já apagada.
Sem acesso a profissionais capazes de colher cinco vezes mais rápido, os frutos que envolvem os grãos amadureceram e caíram dos pés de café (Imagem: Pixabay)
Com a Covid-19, cultivar café agora é cada vez menos rentável para Adan Rojas. Como milhares de pequenos agricultores colombianos, a pandemia obrigou-o a recorrer a pessoas desempregadas para colher os grãos, pois as restrições de viagens impossibilitaram a vinda de catadores sazonais experientes.
Os novatos podem colher sem problemas o café comum. Mas seus cerca de 7 hectares espalhados no sopé dos Andes dependem de mercados especializados para grande parte dos ganhos, e o grão usado em lattes de US$ 4 em Nova York tem uma janela de colheita muito menor.
Sem acesso a profissionais capazes de colher cinco vezes mais rápido, os frutos que envolvem os grãos amadureceram e caíram dos pés de café.
“Você ainda pode vender esse café, mas, quando cai no solo, está contaminado”, disse Rojas, que espera fechar a temporada em ponto de equilíbrio. “Não há como vendê-lo como especial.”
A falta de mão de obra qualificada é mais um obstáculo em tempos de pandemia para cafeicultores como Rojas. Com muitos cafés e restaurantes ainda fechados, a Starbucks vende menos lattes.
Os contratos futuros do grão arábica acumulam baixa de 26% neste ano, eliminando a diferença com o robusta. Consumidores ainda tomam café em casa, mas normalmente marcas mais comuns e café instantâneo.
Os alarmes sobre a mão de obra também soam na América Central, onde as colheitas dependem de trabalhadores migrantes. A desvalorização cambial ajuda a amortecer o impacto para agricultores da região, mas o dólar subiu ainda mais em relação ao real, tornando o Brasil mais competitivo.
Além disso, como o setor é mais mecanizado no país, cafeicultores brasileiros também estão menos expostos a problemas de mão de obra.
Embora o uso de trabalhadores locais tenha ajudado pequenos agricultores a lidar com as quarentenas regionais e manter a produção, há alguns sinais preocupantes.
Usar amigos e vizinhos como catadores não funcionará quando grandes cafeicultores começarem a principal colheita da Colômbia em setembro: simplesmente não há mão de obra local suficiente para fazer o trabalho.
O setor conta com um abrandamento das restrições para permitir a vinda de trabalhadores sazonais. Porém, a entrada de mais pessoas de fora aumenta o risco de espalhar a doença em áreas que até agora controlaram o surto muito melhor do que grandes cidades.
Embora as supersafras de café do Brasil tenham resultado em ampla oferta, as exportações da Colômbia, Guatemala, El Salvador, Costa Rica e Honduras caíram em meio à menor demanda e atrasos logísticos.
Como os casos crescentes de Covid-19 em países mais pobres ameaçam as colheitas, a perspectiva de interrupções no fornecimento preocupa.
A Olam International, uma das maiores tradings de café do mundo, criou um fundo para ajudar alguns de seus fornecedores a enfrentar a crise.
“Queremos garantir a manutenção das cadeias de suprimentos para que a colheita dos grãos aconteça o mais rápido possível, sem espalhar o vírus”, disse Vivek Verma, responsável pela divisão de café da Olam, em entrevista por telefone de Cingapura.
“Os preços do café caíram tanto que muitas comunidades agrícolas já estão de joelhos. E, além disso, com a Covid, eles temem por sua saúde.”
FONTE: MONEY TIMES
“Estou muito preocupado com o impacto na colheita no segundo semestre”, disse Oscar Gutierrez Reyes, responsável pela associação Dignidade Agrícola Colombiana, que defende melhores preços para agricultores. “Apesar de estarmos afrouxando restrições, ainda não sabemos quando será o pico o vírus na Colômbia. É uma situação incrivelmente complexa para agricultores.”
O Ifag (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás) divulgou seu Boletim Semanal de Mercado do Milho apontando que a área cultivada na segunda safra de milho no estado registrou aumento de 12% com relação à 2019.
De acordo com a análise do Instituto, este aumento na área plantada, e a produtividade estimada classificada como ótima, tanto em Goiás quanto no Mato Grosso, podem compensar as perdas de produção causadas pela seca no Paraná e Mato Grosso do Sul.
Além disso, o relatório aponta que o preço médio do cereal goiano caiu 0,07% com relação à primeira semana de junho, sendo cotado à R$ 34,57. Nas principais praças do estado, Jataí e Rio Verde, a saca do milho permaneceu cotada à R$ 33,00, sem movimentações.
COVID-19 No estado, ainda há 35.710 casos suspeitos em investigação.
FOTO: REPRODUÇÃO
O coronavírus contaminou 10.294 pessoas em Goiás e provocou 226 mortes até esta segunda-feira (15), de acordo com o balanço divulgado diariamente pela Secretaria Estadual de Saúde. Ainda há 35.710 casos suspeitos em investigação.
Segundo o secretário de Saúde de Rio Verde, Eduardo Ribeiro, três companhias estão fechadas até esta segunda-feira (15) para que sejam feitos o processo de limpeza e as adaptações necessárias para o retorno das atividades.
Duas semanas depois, no dia 14 de junho, os casos mais que dobraram, atingindo 7.944 registros positivos e 211 óbitos;
Goiás ultrapassou os 10 mil casos de Covid-19 no dia 15 de junho após aumento de 26% nos casos em 24 horas.
Ocupação em UTI
Os dados divulgados pela secretaria de Saúde do estado mostram a seguinte situação dos leitos de UTI nesta segunda-feira:
UTI adulto: 125 leitos com 85 ocupados (68%)
UTI Pediátrica: 13 leitos com 6 ocupados (46%)
Reabertura do comércio
No dia 20 de abril, o governo estadual publicou um decreto permitindo o retorno de atividades religiosas, salões de beleza e indústrias. Na mesma semana, várias cidades também autorizaram a reabertura de diversos setores do comércio.
EDUCAÇÃO GOIÁS Estudantes sem internet devem ser os primeiros a retornar para o ensino presencial nos colégios estaduais. Restante dos alunos voltará de forma escalonada. Previsão é de retomada em agosto
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A volta das aulas presenciais nos colégios da rede pública estadual devem contar com um sistema de rodízio entre os estudantes, mesclado com ensino remoto, e prioridade para alunos sem acesso a internet. Estes são alguns dos planos da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) para a reabertura das instituições de ensino. Seguindo nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), as aulas presenciais estão suspensas até o dia 31 de julho. A previsão é de retorno em agosto, mas a data pode ser revista em meados de julho e ser modificada, dependendo do cenário da pandemia do novo coronavírus no Estado. As aulas presenciais das instituições de ensino públicas e privadas foram suspensas entre os dias 15 e 18 de março. Independente da data de retorno, a forma como as atividades escolares presenciais serão retomadas está sendo definida. Já que essa volta às aulas será diferente, com medidas para garantir a segurança dos estudantes e servidores, evitando a propagação do vírus, e para que todos os alunos tenham acesso ao mesmo conteúdo necessário em cada etapa escolar.
Por isso, o atendimento dos estudantes sem internet será uma prioridade, segundo a superintendente de Ensino Médio da Seduc-GO, Osvany Gundim.
“Até o momento, pensamos em um retorno primeiro desses estudantes que não tiveram aula no regime a distância, que não tiveram condições. Posteriormente, os demais estudantes de forma escalonada”, explica a gestora, que faz parte do gabinete de crise que está elaborando um documento com um plano de retorno às aulas.
De acordo com Osvany, no primeiro mês de retorno às aulas, os estudantes dos colégios estaduais devem fazer avaliações diagnósticas, para saber os conteúdos que os alunos aprenderam durante as aulas remotas. Já no segundo mês deve ser feito um processo de nivelamento. Nos três meses seguintes serão aplicados os conteúdos essenciais do terceiro e quarto bimestre.
“Não vai ser possível focar em todas as habilidades e competências. Vamos elencar as essenciais para dar condições”, explica a superintendente. As aulas presenciais também devem acontecer no formato de rodízio para garantir menos estudantes em cada sala de aula. O projeto da Seduc é dividir cada turma em quatro grupos. O número pode variar dependendo do tamanho da escola. Assim, cada grupo teria aulas presenciais de tempo em tempo, mescladas com aulas a distância. Ainda será definido se esse rodízio será feito de forma diária ou semanal.
“Como vamos trabalhar com essa metodologia, de aulas não presenciais por meios remotos e presenciais, estamos nos embasando no modelo de sala de aula invertida, onde o estudante, no momento que vai para a unidade, também busca suporte para dar sequência a atividades de aulas não presenciais”, avalia Osvany. A superintendente pondera q, apesar desses planos da Seduc estarem avançados, a nova metodologia é passível de mudanças, já que o cenário da pandemia do Covid-19 é inédito. “Estamos vivendo um momento muito novo, provavelmente ainda teremos muitas alterações. Estamos preparados para elas. Vai depender muito do que virá, do contexto a partir de agosto.”
Além da internet
Participante do gabinete de crise, a promotora Cristiane Marques de Souza, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), conta que já há um consenso de que os primeiros momentos do retorno às aulas seja destinado aos estudantes não só sem internet, mas também sem outras ferramentas. “Alguns têm acesso a internet, mas não têm condições de entender, apostilas, pais disponíveis. As consequências da pandemia para a Educação vão ser sentidas a partir de agosto. A partir do retorno vamos conseguir ter dados mais concretos”, avalia Cristiane. A promotora lembra que a volta das aulas presenciais deve ser pensada com muito cuidado e que ainda há muitas outras questões que vão entrar no planejamento de retorno. “Tem que pensar que não é só aula, é estágio de convivência, é transporte escolar, merenda. É uma logística muito complexa que demora a ser estruturada.” Cristiane é coordenadora da Área de Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional do MP-GO.
Atividades de maio terão que ser repostas As escolas e secretarias municipais de Educação que adiantaram as férias escolares de julho para o mês de maio terão que repor suas aulas, segundo o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto de Castro. De acordo com ele, a maior parte dos colégios seguiram o calendário acadêmico, mas uma minoria antecipou férias. Em Goiânia, foram cerca de cinco escolas particulares. Algumas secretarias municipais de Educação também adiantaram as férias escolares. “Essas unidades vão ter que fazer um calendário separado de reposição.
Ainda será avaliada a forma.” Segundo Flávio, só não será necessária a reposição no caso do ensino infantil, que a legislação brasileira permite cumprir até 60% da carga horária. Particulares Flávio, que também é presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), explica que o retorno das aulas da rede privada de ensino vai ter diferenças do retorno da rede pública. De acordo com Flávio, o sindicato elabora uma proposta de retomada das atividades presenciais específica para colégios privados. Entre os pontos que já foram definidos estão o espaçamento entre os alunos, restrição no momento da alimentação, controle de acesso de pessoas na escola, higienização de playgrounds e espaços abertos. “O retorno será precedido de reuniões virtuais, ou com pequenos grupos de pais, para que eles tenham mais segurança sobre a estrutura que foi montada.
O principal é manter os dois sistemas: pais que não quiserem levar o filho vão ter condições de ter aula em casa transmitida ao vivo”, diz o presidente do Sepe. Município A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia também está concluindo um documento com propostas de retomada das aulas de forma segura. Segundo o titular da pasta, Marcelo Ferreira da Costa, serão avaliadas questões administrativas, pedagógicas e operacionais. Marcelo defende que será necessário pensar um novo orçamento para a Educação, que abarque a necessidade de maior higienização e adaptações das escolas. “Já iniciamos a parte de readequação das escolas, independente de quando voltar. Estamos colocando mais lavatórios e suporte de álcool em gel”, relata.
Apesar dos preparativos, o retorno das aulas em agosto, na avaliação do secretário, é uma previsão otimista. Faculdades O retorno das aulas práticas em faculdades privadas está funcionando como uma maneira das instituições de ensino começar a se adaptar para o retorno das aulas presenciais. Segundo o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg), Jorge de Jesus Bernardo, as atividades práticas retornaram com estágios na área da saúde e depois com laboratórios e clínicas. “As aulas práticas estão ocorrendo sob controle, com poucos alunos, quatro, cinco, não muitos. Mesmo turmas grandes são divididas, há equipamento de proteção individual e supervisão”, explica Jorge. O retorno das aulas práticas é priorizado para estudantes que estão no último ano de graduação. O Ministério da Educação (MEC) não autoriza a conclusão de cursos sem atividade prática obrigatória.
Segundo Trump, 52 mil militares americanos estão em território alemão
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Trump disse que governo alemão age de forma 'delinquente'.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , confirmou que quer retirar militares americanos da Alemanha . Ao anunciar a decisão, o mandatário disse que o governo alemão age de modo 'delinquente' em relação a suas contribuições para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O presidente também estaria insatisfeito com o tratamento comercial dado pelo país europeu.
Segundo Trump, 52 mil militares americanos estão em solo alemão. Para ele, a permanência dos soldados na Alemanha "é um custo tremendo para os Estados Unidos" . O mandatário também disse que pretende "diminuir esse número para 25 mil soldados" . Dados do Pentágono mostram que Trump errou o número de militares na Alemanha, uma vez que apenas 35 mil soldados estão no país. Além deles, 17.5 mil civis americanos trabalham para o Departamento de Defesa dos EUA no território alemão.
O governo americano utiliza as bases na Alemanha para coordenar ações militares na Europa, na África e no Oriente Médio.