sexta-feira, 5 de junho de 2020

Brasil pode ter prioridade no uso da vacina de Oxford contra covid-19

COVID-19
Brasil pode ter prioridade no uso da vacina de Oxford contra covid-19
FOTO: REPRODUÇÃO

O Brasil poderá ter prioridade no uso da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford contra a covid-19. A informação é da reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili. A instituição irá participar, a partir das próximas semanas, da terceira fase de pesquisas da vacina inglesa, realizando testes em cerca de mil pessoas que vivem em São Paulo e atuam em atividades com exposição ao vírus.
O laboratório da universidade do Reino Unido é o que está mais adiantado na construção de uma vacina contra o novo coronavírus, que deverá estar pronta em até 12 meses. De acordo com Smaili, a participação do Brasil – o primeiro país fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas da vacina – coloca o país como “grande candidato” a usá-la, com prioridade, assim que a sua eficácia for comprovada.
“Existem algumas conversas nesse sentido [para o país poder ter prioridade no uso da vacina]. Nós estamos trabalhando para que sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos – semelhantes a esses não há nenhum outro no Brasil – torna o país um grande candidato”, disse, em entrevista a Agência Brasil.
De acordo com a reitora da Unifesp, com acesso à “receita” da vacina, o Brasil terá capacidade de reproduzi-la em grande escala, a partir de laboratórios nacionais. “Tendo acesso à vacina, nós temos capacidade de produção em larga escala, por meio dos nossos laboratórios nacionais de fato, como o Instituto Butantan, e os laboratórios da Fiocruz, entre outros”. 

Leia a seguir a entrevista com a reitora da Unifesp, professora Soraya Smaili.

Qual será o papel da Unifesp no processo de desenvolvimento da vacina de Oxford?
A vacina foi iniciada e desenvolvida até esse estágio em que ela está, lá na Universidade de Oxford. O papel da Unifesp é integrar agora a fase 3 de testes, que é um estágio em que você aplica a vacina em voluntários humanos. É uma fase já avançada do desenvolvimento, porque já passou por laboratório, pelas células, já passou pelos animais, já passou pelas outras fases clínicas.
Agora está na fase pegar indivíduos voluntários que vão receber a vacina e que serão acompanhados por alguns meses para poder verificar se a vacina é eficaz, se ela consegue proteger contra o coronavírus.
Por que o país e a Unifesp foram escolhidos para participar dessa fase de testes?
Inicialmente é por conta da liderança da doutora Lily Yin Weckx, que é a coordenadora do estudo no Brasil e é coordenadora do laboratório do Centro de Referência em Imunização da Unifesp. Esse centro tem conexões com diversos outros pesquisadores do Reino Unido e da Europa. E também por conta da doutora Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, e também pesquisadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Unifesp.
Por causa da experiência que elas têm na área e dos estudos que já realizaram anteriormente, com reputação muito boa internacional, o nosso laboratório aqui da Unifesp foi indicado para executar essa fase do teste da vacina.
Como a participação brasileira pode agregar conhecimento ao desenvolvimento científico local?
Nós vamos aprender muito com esse processo. Mas, além de tudo, vamos poder participar de um importante trabalho que vai, provavelmente, se tudo continuar correndo bem, em alguns meses ter uma vacina que poderá ser aplicada em toda a população contra a covid-19.
Ter participado dessa fase dará ao país alguma prioridade para que a população seja vacinada?
Sim, existem algumas conversas nesse sentido. Nós estamos trabalhando para que [seja isso] sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos, estudos semelhantes a esse não têm nenhum outro no Brasil, torna o país um grande candidato.
Agora está na fase pegar indivíduos voluntários que vão receber a vacina e que serão acompanhados por alguns meses para poder verificar se a vacina é eficaz, se ela consegue proteger contra o coronavírus.
Por que o país e a Unifesp foram escolhidos para participar dessa fase de testes?
Inicialmente é por conta da liderança da doutora Lily Yin Weckx, que é a coordenadora do estudo no Brasil e é coordenadora do laboratório do Centro de Referência em Imunização da Unifesp. Esse centro tem conexões com diversos outros pesquisadores do Reino Unido e da Europa. E também por conta da doutora Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, e também pesquisadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Unifesp.
Por causa da experiência que elas têm na área e dos estudos que já realizaram anteriormente, com reputação muito boa internacional, o nosso laboratório aqui da Unifesp foi indicado para executar essa fase do teste da vacina.
Como a participação brasileira pode agregar conhecimento ao desenvolvimento científico local?
Nós vamos aprender muito com esse processo. Mas, além de tudo, vamos poder participar de um importante trabalho que vai, provavelmente, se tudo continuar correndo bem, em alguns meses ter uma vacina que poderá ser aplicada em toda a população contra a covid-19.
Ter participado dessa fase dará ao país alguma prioridade para que a população seja vacinada?
Sim, existem algumas conversas nesse sentido. Nós estamos trabalhando para que [seja isso] sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos, estudos semelhantes a esse não têm nenhum outro no Brasil, torna o país um grande candidato.
Estamos muito orgulhosos, contentes, de termos em nosso país uma universidade que são tão bem equipadas com profissionais tão capacitados, que é um patrimônio do povo brasileiro. Isso certamente temos de salientar. A ciência brasileira é uma ciência de alta qualidade e, por isso, foi escolhida a Unifesp, porque tem essa qualidade, dos nossos pesquisadores. Estamos em um esforço coletivo para superamos esse momento. A ciência brasileira também vai dar a sua contribuição e as suas respostas.

AGÊNCIA BRASIL

Cartórios do RJ têm quase 2.000 mortes a mais que números do governo

COVID-19

Enterro de vítimas do novo coronavírus no cemitério do Caju, no Rio  Imagem: Saulo Angelo -



Do UOL, no Rio e em São Paulo

Declarações de óbito registradas em cartório apontam quase 2.000 mortes por coronavírus a mais no estado do Rio de Janeiro do que o número divulgado oficialmente pelo governo estadual. O dado foi levantado pelo UOL no Portal da Transparência da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), que representa profissionais que atuam em cartórios de registro civil em todo o país.Os dados apontam que, em 4 de junho, o estado possuía 8.289 declarações de óbitos que tinham como causa a covid-19 —os atestados incluem casos confirmados e suspeitos da doença. Para a mesma data, os números fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro eram de 6.327 mortes. Só na capital fluminense, há uma diferença de cerca de 900 óbitos.

Essa variação também é notada em outras nove unidades da federação, mas em nenhuma delas a diferença está na casa dos milhares.Em nota, a Secretaria de Saúde fluminense disse que "a notificação de casos e óbitos é de responsabilidade dos municípios". A pasta também afirma que, "em conjunto com as vigilâncias municipais, realiza revisão epidemiológica de casos de maneira permanente". A secretaria, porém, não esclarece a diferença entre o número de declarações de óbito e o de mortes anunciado oficialmente.

Nas declarações de óbito, a covid-19 pode constar como causa da morte mesmo se for uma suspeita, sem ainda contar com confirmação de exames de laboratório. Se houver menção a alguma outra doença, como pneumonia, SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), insuficiência respiratória, a morte não constará no portal da Arpen como sendo pelo novo coronavírus.Os dados do portal não indicam quantas das declarações de óbito por covid-19 são por casos suspeitos ou confirmados. Certidões de óbito podem ser retificadas caso exames, posteriormente, comprovem ou descartem o novo coronavírus como causa da morte. A Arpen, porém, diz que raramente familiares voltam ao cartório para alterar a informação.


Casos de "fora" em Niterói e Nova Iguaçu


Segunda cidade com maior diferença no número de mortes —ela era de 323 em 4 de junho—, Niterói diz que contabiliza apenas casos de seus moradores. 

Segundo a prefeitura da cidade da região metropolitana, nos cartórios "constam óbitos suspeitos e confirmados de covid-19 de moradores de Niterói e de outros municípios que foram atendidos na cidade".

Na região metropolitana, outras duas cidades registram diferença de mais de cem mortes: São Gonçalo (104) e Nova Iguaçu (119). A prefeitura gonçalense afirmou que notifica como óbito após a confirmação por exames, enquanto os cartórios registram as mortes por recomendação do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro).Já os iguaçuanos atribuem a diferença ao registro pelos cartórios de pessoas que não residem no município —números que aproximam-se, de fato, da diferença verificada. A prefeitura informou também dados do Cemitério de Nova Iguaçu, onde o mês de maio foi o de mais óbitos pelo novo coronavírus, número que bate com os registrados oficialmente.

Cidades-poloNo interior do RJ, cidades como Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis pontuaram que a diferença se dá por serem polos regionais que recebem muitos casos de outros municípios.Além disso, as prefeituras dessas cidades alegaram que os cartórios registram mortes que, em exames posteriores, não confirmam a covid-19 como causa mortis, razão também apontada por municípios da região metropolitana como Magé, Mesquita, Nilópolis e Queimados.


Situação inversa em Duque de Caxias


O município de Duque de Caxias, por outro lado, registra mais mortes em sua secretaria de Saúde que em cartórios, caso de outras 12 cidades fluminenses. Lá, entretanto, há a maior variação desse tipo: 83 óbitos a mais.A prefeitura atribuiu a diferença a um processo detalhado de checagem e conferência das mortes registradas no Diário Oficial. 


Segundo a administração municipal, uma equipe da Secretaria de Saúde de Caxias "cruza os dados dos óbitos com os casos já contabilizados de coronavírus no laboratório estadual Noel Nutels, referência em testagem de coronavírus no Rio de Janeiro".

O número acaba sendo maior porque os cartórios nem sempre registram a causa mortis como a suspeita ou confirmação de covid-19, já que "muitas pessoas morrem antes da confirmação do resultado dos exames na rede estadual de saúde, que costuma demorar entre sete e 10 dias para enviar o resultado". A maior parte das famílias não retornam para atualizar a causa mortis nos cartórios, causando a diferença entre os dados.


Cidades-polo


No interior do RJ, cidades como Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis pontuaram que a diferença se dá por serem polos regionais que recebem muitos casos de outros municípios.  

Além disso, as prefeituras dessas cidades alegaram que os cartórios registram mortes que, em exames posteriores, não confirmam a covid-19 como causa mortis, razão também apontada por municípios da região metropolitana como Magé, Mesquita, Nilópolis e Queimados.


Situação inversa em Duque de Caxias

O município de Duque de Caxias, por outro lado, registra mais mortes em sua secretaria de Saúde que em cartórios, caso de outras 12 cidades fluminenses. 


Lá, entretanto, há a maior variação desse tipo: 83 óbitos a mais.A prefeitura atribuiu a diferença a um processo detalhado de checagem e conferência das mortes registradas no Diário Oficial. Segundo a administração municipal, uma equipe da Secretaria de Saúde de Caxias "cruza os dados dos óbitos com os casos já contabilizados de coronavírus no laboratório estadual Noel Nutels, referência em testagem de coronavírus no Rio de Janeiro".


O número acaba sendo maior porque os cartórios nem sempre registram a causa mortis como a suspeita ou confirmação de covid-19, já que "muitas pessoas morrem antes da confirmação do resultado dos exames na rede estadual de saúde, que costuma demorar entre sete e 10 dias para enviar o resultado". A maior parte das famílias não retornam para atualizar a causa mortis nos cartórios, causando a diferença entre os dados.

FONTE: UOL


Enterro de Fabiana Anastácio é marcado pela emoção

MÚSICA GOSPEL
Familiares e amigos entoaram a canção Adorarei, sucesso da carreira da cantora
FOTO: REPRODUÇÃO 

Emoção e homenagens marcaram a despedida de familiares e amigos da cantora Fabiana Anastácio durante o sepultamento dela, que ocorreu ainda na quinta-feira (4) no Cemitério Paulicéia, em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Entoando a música Adorarei, que marcou a carreira de Fabiana, o grupo se emocionou bastante durante todo o cortejo fúnebre. Por conta das medidas sanitárias tomadas em razão da pandemia do novo coronavírus, o enterro foi realizado sem velório.
Na mensagem dada antes do enterro de Fabiana, o pastor Silas Josué, líder da Assembleia de Deus Ministério em Santo André, igreja onde a cantora congregava, afirmou que o momento não era fácil e pediu forças aos familiares que ficaram, como o esposo da artista, o pastor Rubens Nascimento, e os filhos do casal.
– Não existem palavras, só existe consolo. Só o Espírito Santo dará a cada momento, não serão fáceis, mas não serão impossíveis. Deus ainda é o nosso socorro bem presente na hora da angústia – disse.
Fabiana Anastácio morreu na madrugada de quinta-feira, após ficar internada em razão de infecção pela Covid-19. A artista estava internada há cerca de uma semana em um hospital de São Paulo e havia sido encaminhada para a UTI após apresentar complicações da doença.

Intérprete de hits pentecostais como Sou Eu e Adorarei, a cantora Fabiana Anastácio foi diagnosticada com coronavírus junto com o marido, o pastor Rubens Nascimento, que também apresentou sintomas, mas foi liberado do hospital para repousar em casa.

FONTE: PLENO NEWS

Fundação Hemopa usa plasma de pessoas curadas da Covid-19 em pacientes graves

PARÁ

Alternativa terapêutica já foi adotada em paciente de Abaetetuba. Desta vez, foi no Hospital Materno Infantil de Barcarena.  


Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará
A Fundação Hemopa iniciou o uso de plasma sanguíneo de pessoas que se recuperaram da Covid-19 no tratamento de pacientes que estão em estado grave. A alternativa terapêutica prevê a coleta, processamento, armazenamento e distribuição do material sanguíneo, e foi adotada, pela primeira vez, no Pará, nesta quarta-feira (04), pelo Hemonúcleo de Abaetetuba. Nesta sexta-feira (05), mais uma bolsa de plasma foi para o Hospital Materno Infantil de Barcarena, em mais uma ação do Governo do Estado contra a doença.
Estudos indicam que, após a recuperação de uma doença, o sangue humano passa a ser uma rica fonte de anticorpos, que são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para atacar um vírus ou um outro agente causador da enfermidade. A parte do sangue que contém anticorpos é chamada de plasma convalescente. Esse plasma tem sido usado há décadas para tratar doenças infecciosas como ebola e influenza.
A equipe médica do Hospital Materno Infantil de Barcarena informou que o plasma será transfundido em uma paciente do sexo feminino, de 43 anos. Ela está internada na UTI adulta do hospital.
“Recebemos a solicitação do hospital e logo seguimos com todos os protocolos para a liberação do plasma, de forma a atender o paciente com maior rapidez. Se ainda não somos capazes de evitar a Covid-19 utilizando as vacinas, então podemos utilizar ferramentas que estão ao nosso alcance. Uma dessas estratégias é o transplante do plasma de convalescente”, disse a biomédica Alana Cruz, gestora do Hemonúcleo de Abaetetuba.
Desde o mês de maio, a equipe de pesquisadores da Fundação Hemopa trabalha com o plasma de pessoas que tiveram a forma leve ou moderada da Covid-19, convalescentes que aceitaram doá-lo para os estudos do Hemopa.
A coleta é realizada por meio de aférese, um procedimento que filtra apenas o plasma do sangue do doador. Em duas semanas, o Hemopa já recebeu mais de 20 voluntários, dos quais 16 pessoas estavam aptas à doação.
O engenheiro eletrônico Alfredo Maia, 54 anos, disse se sentir honrado em poder melhorar a qualidade de vida de outras pessoasFoto: Hemopa / AscomO engenheiro eletrônico Alfredo Maia, 54 anos, contou que todos na família tiveram o novo coronavírus. Ele teve a forma mais branda da doença e se inscreveu no programa de estudo do plasma, do Hemopa.
“É uma honra estar aqui e ter a possibilidade de salvar uma vida ou, pelo menos, melhorar a qualidade de vida de alguém. Essa doença a gente não deseja nem ao pior inimigo”, ressaltou Alfredo Maia, que doou uma bolsa com cerca de 550ml de plasma.
A chegada do plasma para atendimento de pacientes internados em hospitais do interior do estado cumpre uma das metas do projeto. Presidente do Hemopa, Paulo Bezerra não esconde a satisfação desse mais novo avanço da pesquisa. “Estamos empenhando todos os esforços para atender a demanda transfusional de plasma no Pará, cuja indicação é médica e a solicitação é hospitalar. Parabenizo minha equipe e fico feliz por mais um paciente atendido. Essa é a nossa missão: salvar vidas!”.
COMO SER UM DOADOR DE PLASMA
Para ser um doador de plasma, o voluntário deve obedecer aos critérios básicos: ser do sexo masculino, ter idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55kg, ter tido exame positivo para SARS-CoV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico e ter tido a forma leve ou moderada da doença. A candidatura fica liberada após 30 dias sem nenhuma sintomatologia decorrente da doença. Para mais informações, o voluntário pode ligar para (91) 98404-9612.
A coleta de plasma é realizada na sede da Fundação Hemopa, no bairro de Batista Campos, em Belém. O serviço, no entanto, é direcionado a toda a rede hospitalar estadual, de acordo com a solicitação das equipes médicas.


FONTE: AGÊNCIA PARÁ





Coronavírus mata mais de uma pessoa por minuto no Brasil

COVID-19
Número de mortes no Brasil passa o da Itália e chega a 34.021; país agora é o 3º do mundo com mais óbitos


Número total de mortes por Covid-19 — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
Número total de mortes por Covid-19 — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
O Brasil superou a Itália em número de mortos por complicações da Covid-19 nesta quinta-feira (4). Com mais um recorde diário de mortes, o país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde.
Os principais dados do ministério são:
  • 34.021 mortes, eram 32.548 na quarta (3)
  • Foram 1.473 registros de morte incluídos em 24 horas
  • 614.941 casos confirmados, eram 584.016 na quarta
  • Foram incluídos 30.925 casos em 24 horas
  • 325.957 pacientes estão em acompanhamento (53 %)
  • 259.963 pacientes estão recuperados (41,5 %)
O balanço da quinta-feira, que foi divulgado por volta das 22 horas, registrou também 366 mortes que aconteceram nos últimos 3 dias. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, há mais 4.159 suspeitas que estão sob investigação.
O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março.
Veja as mortes nos países mais afetados:
  1. Estados Unidos: 107.979
  2. Reino Unido: 39.987
  3. Brasil: 34.021
  4. Itália: 33.689
No mundo inteiro, a pandemia já fez cerca de 389,6 mil mortes, de acordo com o painel da universidade norte-americana Johns Hopkins. A doença começou na China, que hoje tem pouco mais de 4,6 mil mortes. O país asiático mais atingido é o Irã, com mais de 8 mil óbitos.
A Europa, que já foi o epicentro da doença, tem flexibilizado as regras de confinamento que foram estabelecidas por causa do novo coronavírus. O Coliseu, em Roma, outros museus e estabelecimentos foram reabertos.

Comparação entre países

A taxa para cada 100 mil habitantes aponta que o Brasil tem 14 mortes a cada 100 mil. Essa taxa mostra o efeito do vírus em países menos populosos, como o Reino Unido (66,6 milhões) e a Itália (60,3 milhões de habitantes), em comparação com os EUA (329,5 milhões) e Brasil (209,5 milhões).
Número de mortes por Covid-19 a cada 100 mil habitantes — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
Número de mortes por Covid-19 a cada 100 mil habitantes — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
Nessa comparação, o país fica atrás dos Estados Unidos (32,9), da Itália (55,8) e do Reino Unido (59,9).
Nestes países, o pico diário de mortes foi alcançado há mais tempo que no Brasil, e muitos já passam por um processo de desaceleração na contagem de mortos.
Os Estados Unidos tiveram o maior registro (2.612) em 29 de abril, o Reino Unido (1.172) em 29 de abril e a Itália (919) em 27 de março, segundo o mesmo levantamento da Johns Hopkins.  


FONTE: G1:----



Coronavírus: com 224 novos casos, DF tem mais de 13 mil infectados

COVID-19
No total, são 13.147 pessoas contaminadas pela doença nesta sexta-feira (5/6). Não houve novas mortes, que continua em 181 casos

Coronavírus: o que fazer depois do diagnóstico | SaúdeFOTO: REPRODUÇÃO

O Distrito Federal contabilizou 224 novos diagnósticos positivos para a covid-19 e tem mais de 13 mil pessoas contaminadas pela doença. Levantamento da Secretaria de Saúde (SES-DF), divulgado às 12h desta sexta-feira (5/6), indica que são 13.147 casos registrados. Não houve novos óbitos, e portanto, o número continua com 181 vítimas da pandemia. 

Os dados da Saúde mostram que do total de doentes, 7.335 estão recuperados (55,8%). Por isso, são 5.616 casos ativos na capital federal. Ainda, 73 pacientes estão em estado grave e 234 têm estado clínico considerado moderado. A internação dos infectados nos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública também teve aumento, com 51,24% de ocupação.
Ceilândia é a cidade que lidera o número de diagnósticos, com 1.524 contaminados. O Plano Piloto aparece em segundo lugar no ranking (1.168), sendo seguido de Taguatinga (896). Samambaia está como o quarto local com mais casos, totalizando 835 doentes. 

Se o sistema carcerário do DF fosse contabilizado como uma região administrativa, estaria em quinto lugar. São 790 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nos presídios. 

Sobre os pacientes, a maioria é composta por homens, representando 51,2% (6.725). Mulheres equivalem a 48,8% dos contaminados (6.422). A faixa etária que lidera os testes positivos são de pessoas entre 30 e 39 anos, com 3,69 mil casos. Depois, está o grupo com idades entre 40 e 49 anos (3,03 mil) e, por fim, jovens entre 20 e 29 anos (2,33 mil).

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE



Pronto-socorro do HRC altera fluxo de atendimento a partir de segunda (8)

DF

Ortopedia e cirurgia-geral serão transferidas para o HRT e HRSM. Espaço que abriga as duas especialidades atenderá pacientes da Covid-19

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde
As mudanças são parte do plano estratégico do gabinete especial da Secretaria de Saúde, montado em Ceilândia, para reduzir o aumento de casos de coronavírus na região. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde
A partir desta segunda-feira (8), o pronto-socorro ortopédico e da cirurgia-geral do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) será transferido para os hospitais regionais de Santa Maria e Taguatinga. As duas unidades passarão a atender a demanda das regiões de saúde Oeste e Sudoeste de forma temporária. Com isso, o espaço que abriga os leitos destas duas especialidades passa a atender, de forma gradativa, somente pacientes com a Covid-19. O planejamento da Secretaria de Saúde é que esse fluxo seja mantido pelos próximos 60 dias.
“Esses dois hospitais que serão a retaguarda para essas duas especialidades. O restante das áreas (ginecologia e pediatria) continuam no HRC. Porém, com toda a adequação para também darmos o maior aporte possível aos pacientes com a Covid-19”, informou o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Luciano Agrizzi.
As mudanças no fluxo de atendimento da unidade ocorrem como parte do plano estratégico dos gestores do gabinete especial da Secretaria de Saúde, montado em Ceilândia, para reduzir o aumento de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na região. Ao todo, 31 leitos estarão disponíveis na Emergência da unidade aos acometidos pelo vírus e outros dez leitos de terapia intensiva que já foram reformados estão aptos a receber os pacientes a partir este sábado (6).
Pelo o novo fluxo, os pacientes encaminhados ao pronto-socorro do HRC com trauma, com solicitação de parecer da Ortopedia referenciados pela Atenção Primária, ou demanda espontânea nessas áreas, com atendimento pré-hospitalar realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou Corpo de Bombeiros, serão encaminhados ao HRT e HRSM.
A demanda que seria absorvida pela Unidade de Pronto Atendimento Ceilândia (UPA) também será direcionada a Santa Maria, se for necessário.
Em caso de maior necessidade, serão mantidos no HRC pelo menos dois plantonistas de cirurgia geral por turno de trabalho, para prestar atendimento à demanda interna do hospital por pareceres e cirurgias, bem como atender pacientes críticos sem condições de transferência.
Além disso, em caso de necessidade de movimentação de recursos humanos, a escala de servidores das especialidades do HRC seria cumprida no Hospital Regional de Taguatinga, temporariamente, enquanto durar essa mudança. A Portaria nº 220, de 7 de abril de 2020, prevê normas para lotação e movimentação provisória dos servidores da Secretaria de Saúde durante o período de pandemia.
Plano
A medida faz parte do plano estratégico de combate ao coronavírus, que tem como meta reduzir a incidência da Covid-19 em Ceilândia.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, nesta quinta-feira (4), Ceilândia registra 1.565 casos confirmados da Covid-19, com 39 óbitos.
Também é previsto para a região a entrega de uma nova UPA em dezembro. Além disso, o hospital que será acoplado ao HRC, fruto de uma doação da empresa JBS, contará com 73 leitos, três deles com suporte respiratório. Já o hospital de campanha construído pelo GDF terá 60 leitos, sendo 20 com suporte respiratório. A previsão é que ambos sejam entregues em 60 dias.
*Com informações da Secretaria de Saúde

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA