sexta-feira, 8 de maio de 2020

Mara Gabrilli pede atenção do governo a pessoas com deficiência na pandemia



Da Redação | 08/05/2020, 16h09
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) enviou, durante esta semana, sugestões aos ministérios da Saúde, da Cidadania, da Educação e da Justiça e Segurança Pública, cobrando ações efetivas às pessoas com deficiência, durante o estado de calamidade pública causado pela pandemia de coronavírus. Segundo a senadora, seus pedidos atendem a demandas de organizações e associações que atuam em defesa de deficientes.
Nas indicações (instrumento legislativo que sugere iniciativas a outros Poderes da República) ao ministro da Saúde, Nelson Teich, Mara pede que a pasta execute um plano emergencial para proteger e atender essas pessoas. A senadora se preocupa, por exemplo, com as instituições que abrigam pessoas com deficiência em longa permanência.
"É preciso atentar para que os profissionais que atuam nessas instituições disponibilizem a seu público, e aos atendentes pessoais ou cuidadores, todos os itens necessários à prevenção contra o vírus. Caso um profissional ou um residente apresente sintomas, é preciso garantir que sejam levados imediatamente à uma unidade de saúde", pede.
Mara também solicita à pasta que libere, "em casos viáveis", que pessoas com deficiência em tratamento contra a covid-19 possam ser acompanhada por um cuidador. Ela ainda pede que esse público, assim como os cuidadores, sejam incluídos no grupo prioritário da campanha de vacinação contra a gripe, e que sejam vacinados em casa sempre que precisarem de receber a imunização.
Outra sugestão é que o Sistema Único de Saúde (SUS) crie estratégias de entrega de produtos como máscaras, álcool em gel, luva, entre outros insumos, nas residências de pessoas com deficiência. A senadora lembra que é muito comum que cuidadores utilizem todos os dias transporte público, ou pernoitem em ambientes não-controlados.
Mara ainda considera fundamental que os cuidadores tenham prioridade na testagem periódica da covid-19. E que sejam fornecidos equipamentos como guinchos de transferência, e outros recursos que facilitem a independência de pessoas com deficiência. Por fim, a senadora pede a efetivação de uma rede virtual de telessaúde e telemedicina, que permitam a continuidade de tratamentos e de diagnósticos precoces, sem a necessidade de deslocamentos. E nos casos de necessidade, garantir a internação numa rede especializada para pessoas com deficiência.
"É pouco lembrado na sociedade que as pessoas com deficiência também são um grupo de risco, podendo ser mais infectadas e desenvolverem quadros graves. As tetraplegias, paraplegias, doenças raras como a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a atrofia muscular espinhal (AME), as pessoas cegas ou surdo-cegas, com síndrome de Down ou outras condições, têem como característica a fragilidade respiratória e a baixa imunidade", alerta a senadora na indicação (INS 32/2020).
Em outra indicação endereçada a Nelson Teich (INS 28/2020), Mara cobra a edição de um ato obrigando a notificação compulsória de suspeita ou diagnóstico do coronavírus nas pessoas com deficiência. Ela cita um estudo da médica Regina Fornari, dando conta que pessoas com deficiência têm três vezes mais risco de contrair o novo coronavírus. A senadora critica o fato de a Ficha de Investigação de Síndrome Gripal não preveja o registro de eventual deficiência e eventuais comorbidades associadas.

Acolhimento

Ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, Mara Gabrilli cobra um plano para que órgãos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), principalmente os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), garantam o acolhimento de pessoas com deficiência cujos cuidadores forem internados ou colocados em isolamento por causa do coronavírus (INS 25/2020).
Mara também sugere a criação de uma rede de cuidadores para atender pessoas com alto grau de dependência, que tenham seu assistente pessoal contaminado.

Violência doméstica

Ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Mara cobra ações de repressão à violência contra pessoas com deficiência e de atendimento a eventuais vítimas, durante a vigência do isolamento social (INS 27/2020). Nesse pedido, Mara cita dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dando conta que pessoas com deficiência são 1,5 vezes mais propensas a serem vítimas de violência do que aquelas sem deficiência. Já nas que apresentam problemas relacionados a saúde mental, o risco é quatro vezes maior.

Atendimento nas escolas

A senadora sugere ainda ao Ministério da Educação que uma comissão técnica elabore documento com diretrizes para um plano emergencial com providências e procedimentos a serem adotados pelas escolas no atendimento a crianças e adolescentes com deficiência ou doenças raras, durante a pandemia ocasionada pelo coronavírus (INS 26/2020).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto cria contribuição social paga por quem ganha mais de R$ 80 mil por mês



Da Redação | 08/05/2020, 16h11
Pessoas físicas com renda mensal acima de R$ 80 mil mensais podem ter que contribuir mais para a seguridade social. É o que determina Projeto de Lei Complementar (PLP 118/2020) da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que cria a Contribuição Social sobre Altas Rendas da Pessoa Física. A estimativa é de que a nova contribuição atingiria uma parcela pequena dos contribuintes e traria um incremento de R$ 72 bilhões na arrecadação anual.
Pela proposta, a contribuição será paga pelas pessoas físicas que tiverem rendimentos mensais superiores a R$ 80 mil. A nova contribuição, na alíquota de 20%, seria paga apenas pelos rendimentos que superarem esse teto. A base de cálculo seguiria as mesmas deduções aplicáveis ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
Ao apresentar o texto, a senadora Mara Gabrilli lembrou que a pandemia de covid-19 atingiu a economia do país e a capacidade do Estado para agir. Para ela, a gravidade da situação gera a necessidade de que a camada mais rica da sociedade contribua fortemente para atenuar os efeitos da crise. Quanto antes essa contribuição começar, explicou a senadora, mas fácil será reconstruir a economia.
“O momento é grave e não há tempo a perder. Criar ou aumentar tributos é sempre medida antipática a ser utilizada em caso de extrema necessidade. O momento é esse e é justo que os ônus recaiam sobre os contribuintes com maior capacidade contributiva. Assumamos, pois, as nossas responsabilidades”, argumentou a senadora.

Cálculos

Na justificativa do projeto, Mara Gabrilli cita estimativas de movimentos liderados por auditores fiscais e pelo Instituto Justiça Fiscal (IJF). De acordo com as entidades, a nova contribuição atingiria apenas 194,2 mil contribuintes, 0,7% do total, mas geraria mais de R$ 70 bilhões por ano.
Se aprovada a proposta, a contribuição ainda teria que ser regulamentada pelo Poder Executivo. A cobrança só poderia começar a ser feita 90 dias após a publicação da publicação da futura lei. Apesar de o texto tratar a contribuição como definitiva, a senadora afirma que o cálculo pode ser revisto no futuro.
“Defendem as entidades que esta contribuição social poderá ser reduzida quando aprovadas outras propostas por eles encaminhadas, notadamente as referentes ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF), que tem base de cálculo da mesma natureza e leva em conta a capacidade econômica do contribuinte”, explicou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Romário propõe incentivo fiscal a programas para pessoas com deficiência



Da Redação | 08/05/2020, 16h34
O senador Romário (Podemos-RJ) apresentou um projeto dobrando, de 1% para 2%, o limite de dedução no Imposto de Renda (IR), tanto para pessoas físicas quanto para empresas desde que os recursos sejam destinados ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Pelo projeto (PL 2.188/2020), a dedução dobrada valerá para doações e patrocínios no âmbito do Pronas/PCD apenas durante 2020.
"Visando eficiência no recebimento dos recursos pelas instituições sem fins lucrativos que promovem ações por estas pessoas, afastamos também a exigência de prévia aprovação pelo Ministério da Saúde destas ações e serviços, que podem ser beneficiados pelos recursos doados no âmbito do Pronas/PCD", detalha Romário.
O projeto ainda prevê o afastamento, em 2020, do dispositivo que exige a fixação pelo Poder Executivo do valor global máximo de deduções no Imposto de Renda, relativas a doações para o Pronas/PCD.
"Quero criar um ambiente favorável, ágil e desburocratizado para que, durante a pandemia de covid-19, as pessoas com deficiência possam ter o acesso ampliado a ações e serviços desenvolvidos por entidades de assistência social sem fins lucrativos. Precisamos afastar algumas amarras legais, apenas enquanto durar a calamidade pública", finaliza o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto garante auxílio emergencial para estrangeiros residentes no Brasil



Elisa Chagas | 08/05/2020, 16h39
Estrangeiros residentes no Brasil podem ter direito ao auxílio emergencial de R$ 60 para enfrentar a atual situação de calamidade pública. É o que prevê projeto que garante aos migrantes acesso ao benefício financeiro destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. 
O PL 2.425/2020, da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), altera a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas - Lei 8.742, de 1993) para assegurar acesso ao benefício, sem discriminação por nacionalidade ou condição migratória, de forma desburocratizada para facilitar o acesso à assistência social de forma ágil. De acordo com o texto, cabe ao poder público buscar alternativas práticas para atender a essa parcela da população.
Na justificação da proposta, a senadora afirma que a nova Lei de Migração (Lei 13.445, de 2017) busca a eliminação ou simplificação de burocracias que serviam para negar acesso a direitos. 
"As situações de migração forçada, como é consabido, bem como as condições de vida do migrante no Brasil nem sempre permitem um fluxo adequado de informações ou uma adesão pronta ou finalização célere das burocracias de emissão de documentos”, ressalta.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: projeto acelera exame de patentes necessárias para combate a epidemias



Da Redação | 08/05/2020, 17h04
Foi apresentado nesta semana um projeto de lei, o PL 2.410/2020, que prevê que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) dará prioridade ao exame de patentes de produtos, processos, equipamentos e materiais que o Ministério da Saúde indicar como essenciais para o combate a epidemias.

O autor do projeto é o senador Telmário Mota (Pros-RR). O texto modifica a Lei 9.279/1996.
De acordo com o projeto, os depositantes de pedidos de patentes interessados em obter “rito que assegure celeridade ao seu exame” no INPI poderão solicitar prioridade ao Ministério da Saúde. A solicitação deve estar acompanhada da devida fundamentação.
Em mensagem no Twitter, Telmário Mota afirma que os “avanços científicos e tecnológicos são a esperança para a cura da covid-19, ameaça mundial, que já vitimou milhares de brasileiros”.
Na justificação de seu projeto, o senador argumenta que, “além de um esforço coordenado e significativamente ampliado de atividades de pesquisa e desenvolvimento, é importante promover mudanças na gestão da propriedade industrial que possam vir a acelerar o emprego de inovações essenciais ao combate às epidemias.”
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: projeto acelera exame de patentes necessárias para combate a epidemias



Da Redação | 08/05/2020, 17h04
Foi apresentado nesta semana um projeto de lei, o PL 2.410/2020, que prevê que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) dará prioridade ao exame de patentes de produtos, processos, equipamentos e materiais que o Ministério da Saúde indicar como essenciais para o combate a epidemias.

O autor do projeto é o senador Telmário Mota (Pros-RR). O texto modifica a Lei 9.279/1996.
De acordo com o projeto, os depositantes de pedidos de patentes interessados em obter “rito que assegure celeridade ao seu exame” no INPI poderão solicitar prioridade ao Ministério da Saúde. A solicitação deve estar acompanhada da devida fundamentação.
Em mensagem no Twitter, Telmário Mota afirma que os “avanços científicos e tecnológicos são a esperança para a cura da covid-19, ameaça mundial, que já vitimou milhares de brasileiros”.
Na justificação de seu projeto, o senador argumenta que, “além de um esforço coordenado e significativamente ampliado de atividades de pesquisa e desenvolvimento, é importante promover mudanças na gestão da propriedade industrial que possam vir a acelerar o emprego de inovações essenciais ao combate às epidemias.”
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

STF suspende eficácia de MP sobre compartilhamento de cadastros telefônicos com o IBGE



Da Redação | 08/05/2020, 17h41
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender a eficácia da MP 954/2020, medida provisória que obrigava operadoras de telefone a compartilhar seus cadastros de clientes com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A decisão, tomada pelo Plenário do STF nesta quinta-feira (7), confirmou liminar que havia sido concedida em abril pela ministra Rosa Weber.
Essa medida provisória determina que as empresas de telefonia fixa e móvel devem repassar ao IBGE as relações de nomes, números de telefone e endereços de seus consumidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas. A norma, segundo o Executivo, foi um pedido do próprio instituto para manter a continuidade de pesquisas antes feitas em visitas domiciliares, as quais agora estão impedidas em razão da pandemia de covid-19.
No entanto, partidos de oposição e também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ingressaram com ações diretas de inconstitucionalidade contra a MP, alegando que o repasse dessas informações viola o direito à privacidade. Rosa Weber acatou os pedidos, que foi agora confirmado pelos demais ministros do STF.
Houve apenas um voto contrário à suspensão, do ministro Marco Aurélio, que prefere deixar o Congresso Nacional deliberar sobre o mérito da proposição.
A MP 954/2020 tem prazo de validade até o dia 3 de agosto.

Reações

Um dos partidos a acionar o Supremo Tribunal Federal contra a medida provisória foi o PSB. O líder da legenda no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (PB), comemora a decisão e afirma que o placar quase unânime mostra que a preocupação era legítima.
— O STF entendeu os riscos que os cidadãos brasileiros passariam com esse compartilhamento. Se a MP mantivesse a sua vigência, nós estaríamos ferindo de morte o direito de resguardar e preservar as informações.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou uma questão de ordem pedindo que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, devolva a MP para o Executivo. Ele também celebra a decisão, mas acha prudente insistir na devolução, para que não haja risco de a MP ser aprovada, já que ela continua em pauta no Congresso.
— Essa medida não tem qualquer urgência ou importância e coloca em risco o direito individual de milhões de pessoas. A decisão foi correta e vai desempenhar um papel definidor de como vai ser a tramitação

Outros casos

Medidas provisórias recentes que tiveram a sua eficácia suspensa no todo ou em parte pelo Supremo Tribunal Federal não deixaram de tramitar, mas pararam de produzir efeitos até a decisão final dos parlamentares ou até o fim do seu prazo de validade.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a MP 904/2019, que extinguia o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Ela foi suspensa pelo STF em dezembro, mas continuou na fila para análise do Congresso, inclusive com uma comissão de deputados e senadores instalada. No entanto, as reuniões deixaram de acontecer e a MP expirou no fim de abril.
Mais recentemente, o STF também suspendeu trechos da MP 927/2020, que, entre outras medidas, não permite o enquadramento da covid-19 como uma doença ocupacional; e da MP 928/2020, que interrompe prazos para respostas de pedidos com base na Lei de Acesso à Informação. Essas MPs ainda estão dentro dos seus prazos de validade. A 927/2020 teve o seu relator nomeado no último dia 4, cerca de uma semana depois do julgamento do STF que suspendeu alguns dos seus dispositivos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confinamento obrigatório para 5,5 milhões de chilenos começa hoje



O confinamento obrigatório é o maior determinado pelas autoridades sanitárias chilenas desde o início da pandemia.

Confinamento obrigatório para 5,5 milhões de chilenos começa hoje
Notícias ao Minuto Brasil
08/05/20 17:00 ‧ HÁ 35 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
MUNDO CONFINAMENTO
Apartir das 22h de hoje (8), 5,5 milhões de chilenos entrarão em quarentena total por, pelo menos uma semana. Na região metropolitana da capital, Santiago do Chile, a medida afetará a vida de 4,8 milhões de pessoas, o que representa cerca de 70% da população local. O confinamento obrigatório é o maior determinado pelas autoridades sanitárias chilenas desde o início da pandemia.

Os cidadãos não poderão ir ao trabalho nem realizar atividades em locais públicos. Ontem (7), longas filas se formaram em supermercados, farmácias e bancos, resultado da preocupação da população em se abastecer para a quarentena. No entanto, um comunicado divulgado pelo ministério da Saúde pede tranquilidade e afirma que o país não sofre risco de desabastecimento de alimentos e itens básicos.
Para sair de casa, os cidadãos terão que apresentar licenças temporárias individuais. Para trabalhar, é necessário um salvo conduto. A região metropolitana da capital concentra mais de 80% dos casos de covid-19 no Chile.
O país, que tem uma população de 18,7 milhões de habitantes, registra 25.972 casos confirmados da doença e 294 mortes. Em relação aos exames de confirmação diagnóstica por PCR, o país havia realizado, até a última quarta-feira (6), mais de 232 mil testes, o que significa 11.618 testes de PCR por milhão de habitantes.
No Chile, já há 13 cidades sob o regime de quarentena. A partir de hoje somam-se a elas outras 12, totalizando 25 localidades da região metropolitana. Ñuñoa é a única comuna na região metropolitana de Santiago que não está em quarentena.
"Mais uma vez, fazemos um chamado para olhar para o que está acontecendo em diferentes regiões do país. Um sincero agradecimento aos cidadãos das localidades que entenderam e participaram, endossando o chamado para cuidar de nós mesmos. Pedimos que o mesmo aconteça na Grande Santiago, porque é essencial que o número de casos na cidade diminua rapidamente. A única maneira de fazer isso é com as medidas que indicamos, por mais dolorosas que sejam, e pedimos que entendam que estamos todos juntos nisso, prefeitos, governo, parlamentares e cidadãos", afirmou o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich. 
Barreiras sanitárias serão instaladas nos acessos entre a região metropolitana e as cidades de Valparaíso e Viña del Mar, para evitar a propagação do novo coronavírus no território. As Forças Armadas participarão do controle.
Entre as medidas defendidas pelo governo, além do uso obrigatório de máscaras, está a pintura de linhas demarcatórias no chão de comércios e lojas, com um metro de distância, para que a população não se aglomere nas filas. É necessária também a presença de guardas para controlar e organizar a entrada dos clientes dos estabelecimentos. Em algumas cidades, apenas uma pessoa por família pode sair para fazer as compras.
O prefeito de Quilicura, uma das 32 cidades que compõem a região metropolitana de Santiago, habilitou uma farmácia móvel que irá aos bairros para que as pessoas não se desloquem. Em diversas cidades, há a distribuição de cestas básicas e botijões de gás para as populações mais vulneráveis.
Outra medida intensificada pelas comunas é a limpeza das ruas com caminhões. Em La Florida, por exemplo, 250 mochilas fumigadoras foram entregues a dirigentes de associações de vizinhos de condomínios e bairros, para que os moradores possam fazer limpezas permanentemente.

Em busca de mais segurança no trânsito, projetos aumentam punição aos infratores



Da Redação | 08/05/2020, 17h18
Selo_Maio_AmareloA redução do número de veículos nas ruas das cidades e estradas do país, reflexo da quarentena imposta pelo novo coronavírus, não freou a campanha Maio Amarelo, mês dedicado à conscientização da segurança no trânsito. Criada para chamar a atenção da sociedade sobre o alto índice de mortes e feridos em acidentes, a campanha foi redirecionada a quem não pode ficar trancado em casa por prestar serviços essenciais durante a pandemia: profissionais da saúde, caminhoneiros, taxistas, motoristas de aplicativo, motociclistas e ciclistas entregadores.
A internet é a principal aliada deste Maio Amarelo para atingir o maior número de pessoas, sem pôr em risco o pessoal que costuma estar à frente de blitzes, caminhadas, palestras e seminários — ações que tradicionalmente marcam a campanha. Com o tema "Perceba o risco. Proteja a Vida", as atividades presenciais foram transferidas para setembro, quando também será celebrada a Semana Nacional de Trânsito. Autor e relator de propostas sobre o trânsito que tramitam no Senado, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que até lá o ritmo de votações no Congresso deve ter voltado ao normal.
— Por enquanto, o foco tem sido o combate ao coronavírus, mas, em setembro, vamos ter campanha educativa presencial coordenada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). Será uma boa oportunidade para retomarmos importantes revisões à legislação. Vamos trabalhar firmes pela aprovação desses projetos — informou.

Superação

Segurança e prevenção devem ser sempre prioridade, defende Mara Gabrilli (PSDB-SP), uma entre os milhares de brasileiros que todos os anos enfrentam um grave acidente de carro. No caso dela, o desastre, em 1994, a deixou tetraplégica. Mara teve que percorrer uma longa estrada para a superação e hoje é uma das principais ativistas da causa no país. Para a senadora, é necessário que a legislação brasileira se torne mais rigorosa para evitar que motoristas, passageiros e pedestres passem pela mesma experiência que ela.
— Quem sobrevive a um acidente de carro, como eu, pode carregar sequelas, muitas vezes, severas e irreversíveis. Depois do acidente que sofri, escolhi o caminho da superação, que me ensinou muita coisa. Mas o caminho da prevenção é sempre o mais seguro a seguir. A segurança e a vida devem vir sempre em primeiro lugar — afirmou a senadora à Agência Senado.
Mais de 70 propostas de mudanças no Código Brasileiro de Trânsito (CTB), uma lei de 1997, tramitam nas comissões do Senado. Boa parte dos projetos endurece a legislação e prevê mais ações de educação e de fiscalização com o objetivo de preservar vidas. O Brasil é o quinto país, entre os 178 pesquisados, com maior número de mortes no trânsito, de acordo com o último relatório mundial sobre segurança nas estradas, divulgado em 2018, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
20200508_maio_amarelo_aguardando_camara.jpg

Álcool e direção

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a cada ano, mais de 50 mil acidentes de trânsito com vítimas são registrados somente nas rodovias federais. Apesar de avanços na legislação, como no caso da Lei Seca (Lei nº 11.705 de, 2008), a combinação álcool e direção ainda é uma das principais causas desse número elevado. Em 2019, conforme levantamento da PRF, o consumo de álcool foi responsável por 8% dos acidentes nas rodovias.
Contarato é autor do PL 600/2019, que proíbe a aplicação de penas alternativas para o motorista que cometer crime de trânsito de homicídio culposo e lesão corporal culposa praticados sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que cause dependência. Para ele, o poder público e o processo legislativo falham quando não aprimoram os mecanismos de incentivo à educação no trânsito e quando não mantêm na prisão alguém que viola o principal bem jurídico: a vida humana.
— Tenho muita convicção de que isso será um divisor de águas. Acabar com a impunidade no trânsito é absolutamente necessário — disse o senador.
Atualmente, na maioria dos casos, quem é flagrado embriagado ou com sinais de embriaguez ao volante não vai para a prisão. O motorista paga multa de R$ 2.973 e tem o direito de dirigir suspenso por 12 meses. Já para quem dirigir alcoolizado e provocar morte ou lesão grave não há mais a possibilidade de pagar fiança. O ato deixa de ser uma infração de trânsito e se torna um crime de trânsito. Nesse caso, a Lei 13.546, de 2017 determina a prisão em flagrante e somente
 um juiz poderá decidir pela liberdade ou não do condutor. No entanto, segundo Contararo, a legislação tem levado juízes a aplicarem as chamadas “condutas culposas”, em vez de impor a punição dolosa, ou punição por dolo eventual (quando há intenção ou quando a pessoa assume os riscos de determinada conduta), o que, na prática, torna mais leve a punição do infrator.
O PL 600/2019 foi aprovado no início do ano em votação final pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e juntamente com outras propostas que tratam de alterações no CTB aguardam a análise da Câmara dos Deputados.

Custos no SUS 

Apesar da queda no número de mortes por acidente de trânsito entre os anos de 2012 e 2018, os dados da mortes_transito.jpgPRF trouxeram um alerta em 2019: o total de vítimas voltou a subir. Ao todo, 5.332 pessoas morreram nas rodovias federais no ano passado, contra 5.269 registradas em 2018. Essa foi a primeira alta do índice em sete anos. De 2012 a 2018, o número de mortes teve redução de 39,2%.
Um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) constatou que, além das mortes, entre os anos de 2009 e 2018, os desastres no trânsito já deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros
feridos gerando custo direto de quase R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a análise do CFM, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre.
Entre as propostas relacionadas às mudanças na legislação de trânsito que tramitam na CCJ está o PLS 32/2016, apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT). O texto obriga o condutor causador de acidente, sob efeito de álcool ou qualquer outra substância psicoativa, a ressarcir as despesas do SUS com o tratamento das vítimas.
Segundo o senador, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima uma perda de 7,3% do produto interno bruto (PIB) do Brasil, em decorrência de problemas relacionados ao álcool. “Ou seja, quase R$ 400 bilhões”, afirma.
Os acidentes de trânsito são considerados um grave problema de saúde pública e impactam significativamente nas despesas da gestão do SUS, segundo Wellington. Segundo ele, com a aprovação da medida, além de ressarcir os cofres públicos, a legislação poderá servir como ferramenta para educação permanente da população. O senador disse esperar que a matéria seja apreciada quando os trabalhos presenciais no Senado forem retomados.
— Tínhamos expectativa de votar esse projeto neste primeiro semestre, mas acredito que tão logo retornemos as atividades normais, vencida a pandemia do novo coronavírus, iremos votá-lo na Comissão de Constituição e Justiça, sob a relatoria do senador Fabiano Contarato, e, em seguida, em Plenário. A ideia, inclusive, era celebrar essa proposta, tão bem aceita pela população, no Maio Amarelo — acrescentou.

Exame toxicológico

A preocupação do legislativo também está voltada à segurança dos motoristas profissionais, como taxistas, motociclistas e condutores de transporte por aplicativo. O PL 5.184/2019, de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), determina a realização de exame toxicológico por condutores das categorias A e B que usam o veículo para exercer atividade remunerada. O texto, que também aguarda análise na CCJ, prevê que os exames serão realizados a cada dois anos.
O senador afirma na justificativa do projeto que muitas mortes no trânsito poderiam ter sido evitadas se houvesse maior rigor no combate ao uso de substâncias que reduzem drasticamente a atenção e a capacidade de julgamento do condutor. Marcos Do Val lemba que a exigência do teste periódico para as categorias C, D e E, determinado pela Lei nº 13.103, de 2015, tem se mostrado uma medida eficaz, com reflexos positivos na segurança no trânsito.
“Dados divulgados pelo Instituto de Tecnologia para o Trânsito Seguro (ITTS) indicaram que, apenas seis meses após a vigência da lei, o número de acidentes nas estradas federais reduziu em 38%. Nesse sentido, é importante ampliar, o mais rápido possível, o exame para os condutores das categorias A e B que exerçam atividade remunerada com o veículo, de forma a evitar que outras vidas sejam colocadas em risco por sua atitude imprudente”, argumenta.
20200508_maio_amarelo_tramitando_ccj.jpg

Radares móveis

Ainda de acordo com os dados da PRF, outro fator que tem elevado o índice de acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras é a prática da velocidade acima da permitida pela via. Em 2019, esse tipo de ocorrência foi responsável por 8,4% dos acidentes nas rodovias. Mesmo assim, no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma portaria suspendendo o uso de radares de fiscalização de velocidade móveis nas estradas federais. Após questionamentos jurídicos, a Justiça determinou a retomada da utilização dos dispositivos móveis, ao argumentar que a suspensão da fiscalização desrespeitava a competência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e que a medida suprimia a atuação de órgão colegiado, que no caso caberia ao Poder Legislativo.
Nesse sentido, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) apresentou o PL 2.167/2019, que também tramita na CCJ, para estabelecer que as multas por excesso de velocidade só serão válidas quando emitidas por radares eletrônicos fixos e visíveis ao motorista. Na justificativa, o autor argumenta que a proposta tem como base a necessidade de publicidade dos atos administrativos além de tentar reduzir a assim chamada “indústria da multa”.
É sabido que na prática a utilização de dispositivos móveis, portáteis, estáticos e fixos de controle de velocidade tem sido utilizados de forma contrária à publicidade dos atos públicos se considerarmos que seu emprego pelas autoridades de trânsito opera-se de forma surpreendente, com o objetivo de emboscar condutores de veículos automotores, reboques e semirreboques em nome do enriquecimento de uma indústria de multas cuja existência não se pode negar no Brasil”, afirma na justificativa do projeto.
Além das proposições que tramitam na CCJ, outras sugestões de mudanças na legislação de trânsito ou que alteram as normas de segurança dos veículos aguardam apreciação em outros colegiados, como é o caso do PLS 191/2014, de autoria do senador Ciro Nogueira (PT-PI), que será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e prevê a inclusão de câmera de marcha a ré como equipamento obrigatório dos veículos automotores.

Parceria 

A campanha Maio Amarelo está sendo realizada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pelas instituições parceiras, como Ministério da Cidadania (Senapred), Ministério da Saúde (DASNT/SVS), DNIT, ANTT, PRF, Associação dos Detrans (AND), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Sest/Senat e Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), entre outras.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

AGU pede que Moraes reconsidere decisão que impediu nomeação na PF




Decisão suspendeu decreto de nomeação do delegado Alexandre Ramagem

Publicado em 08/05/2020 - 13:39 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu hoje (8) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsidere a decisão que suspendeu o decreto de nomeação e a posse do delegado Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF) no mês passado. 
Ao suspender a nomeação, Moraes atendeu a um pedido feito pelo PDT por meio de um mandado de segurança. Na decisão, o ministro citou declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro que, ao deixar o cargo, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.
Na petição, a AGU sustenta que não há provas da suposta interferência e, dessa forma, a nomeação deve ser liberada para que o presidente da República possa exercer suas prerrogativas e indicar novamente Ramagem para a direção da PF. 
“A alegada intenção de interferência ilícita em investigações da Polícia Federal requer demonstração material concreta, isto é, a indicação de atos diretivos e concatenados que não deixem dúvida acerca da abusiva intromissão. Não há quaisquer provas nos autos que contemplem alguma ordem presidencial voltada a manipular ou a fraudar investigação da Polícia Federal”, diz a AGU. 
Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.
Edição: Lílian Beraldo

DA:AGÊNCIA BRASIL