O setor já contabiliza mais de 4,4 mil demissões e uma redução de 39,2% na quantidade de clientes apenas no mês de abril. Uma das soluções para evitar o agravamento da situação foi elaborar critérios rigorosos para propor a retomada gradual das atividades.
O plano foi encaminhado ao Palácio do Buriti nessa segunda-feira (27/04) e promete uma série de medidas protetivas com o objetivo de sensibilizar o chefe do Executivo local a permitir lentamente o funcionamento dos estabelecimentos, a começar já na primeira semana de maio.
Segundo a presidente do Sindicato das Academias (Sindac-DF), Thaís Yeleni, a proposta foi toda baseada em recomendações das autoridades sanitárias e visa, também, garantir a manutenção da saúde da população. A entidade tenta minimizar as perdas para 960 estabelecimentos fechados e que atendem, em média, a 770 mil alunos.
“Estivemos em contato com a Federação do Comércio (Fecomércio-DF) e, embora não sejamos filiados à entidade, ela tem feito esse trabalho de forma brilhante. Defendemos que nosso segmento é essencial, ou seja, a gente trabalha para a melhora da condição física e a imunidade das pessoas, que pode ser determinante para a recuperação da doença no caso de contágio”, explicou.
Ainda segundo Thaís Yeleni, “nossa proposta é que, com as medidas necessárias, dentro das recomendações da OMS [Organização Mundial de Saúde], a gente possa retornar de forma gradual. Nossa proposta é que, no dia 3 de maio, os estúdios menores sejam autorizados para que, em seguida, as maiores unidades possam reabrir de forma controlada”.
Entre as propostas entregues ao GDF, os empresários se comprometem a realizar a medição de temperatura dos alunos, o uso obrigatório de máscaras para clientes e funcionários, higienização total das áreas até duas vezes por dia, limitar um cliente por cada 4 metros quadrados, delimitar aparelhos de musculação com fitas para restringir compartilhamento simultâneo, uso de apenas 50% dos equipamentos para exercícios aeróbicos (esteiras, bicicletas e escadas) e congelamento dos planos.
Ainda segundo a proposta, todas as unidades deverão disponibilizar material de higiene, como álcool em gel nas áreas comuns e sabonete nos banheiros. As medidas foram convalidadas pela Associação Brasileira de Academias (Acad) e atendem as recomendações das autoridades sanitárias mundiais.
Em 27 anos de atuação no mercado fitness, o empresário Dalmo Ribeiro ficou conhecido por manter uma rede de academias que leva o seu nome. Com aproximadamente 4 mil alunos, Ribeiro reconhece que o cenário é negativo para o ramo, mas ainda está inseguro sobre a reabertura do próprio negócio.
“Como empresário, no início, obviamente, a gente teve preocupação com o negócio. Só que, a partir do momento que percebemos a gravidade do atual momento, também começamos a inverter essa lógica. A prioridade que hoje eu tenho é com a saúde dos nossos clientes e funcionários. Tenho uma postura um pouco mais conservadora do que meus colegas de ramo, que é de autorizar a reabertura apenas quando o risco de contaminação estiver mínimo”, declarou.
Segundo Dalmo Ribeiro, até o momento, ele conseguiu equacionar as contas de forma a não demitir nenhum funcionário e manter a fidelização da maior parte dos alunos matriculados. “Acho que a grande maioria entendeu que foi uma decisão acima da vontade de qualquer um: é uma questão de proteção à vida. Com ela, ninguém pode arriscar”, finalizou.
Procurado pela reportagem, o GDF disse que “a reabertura de academias, bares e restaurantes ainda não é considerada neste primeiro momento pelo governo”.
Vale lembrar que as máscaras cirúrgicas, descartáveis, são direcionadas, preferencialmente, para os profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia
FOTO: REPRODUÇÃO
A recomendação é ficar em casa. No entanto, com as intenções de flexionamento do isolamento e obrigatoriedade do uso de máscaras a partir de 30 de abril, a população deve ficar atenta sobre a utilização dessa proteção contra o coronavírus. Por isso, as drogarias estão autorizadas a comercializar máscaras feitas de tecido. Vale lembrar, porém, que as máscaras cirúrgicas, descartáveis, são direcionadas, preferencialmente, para os profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia.
Para o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma), Erivan Araújo, é necessário entender que a falta de máscaras acontece somente com os produtos direcionados aos profissionais, pois a população tem estoque suficiente. “A maioria da produção de máscaras cirúrgicas foi direcionada para atender ao governo federal e aos locais. Então, as pessoas praticamente não vão encontrar nas drogarias. Mas a população em geral pode ficar tranquila, porque o produto que ela precisa será disponibilizado em quantidade suficiente para atender a todas as farmácias”, afirma.
As máscaras de tecido podem ser encontradas no mercado a preços que variam de R$ 4,90 a R$ 6,90, a unidade. Erivan salienta que as máscaras que estão autorizadas a serem vendidas não são aquelas feitas por costureiras, as artesanais. Segundo ele, o que foi definido pela vigilância sanitária é que essas máscaras devem ter uma indústria, vir com embalagem lacrada, contendo os dados da empresa que produziu, além da composição do material utilizado. “Então é muito importante que a população fique atenta a isso. Cuidado, principalmente, com essas máscaras que estão sendo vendidas por camelôs nas ruas de Brasília. Procure uma drogaria mais próxima, verifique se a embalagem está lacrada. No caso daquelas drogarias que vendem somente o pacote, não é permitido que abra a embalagem e que venda separadamente”, alerta.
Importância
Segundo o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José Davi Urbaez, o uso das máscaras tem grande importância. “Com esta decisão, o governo está ampliando o dispositivo de isolamento. Nós sabemos que a máscara é uma barreira de proteção individual, mas que influencia diretamente no coletivo, uma vez que as secreções se depositam nas superfícies”, reforçou.
O infectologista ressalta que mesmo as máscaras fabricadas com tecidos devem ter um uso restrito e ser utilizadas de maneira temporária. “O isolamento ainda é a melhor opção, no entanto, quem precisar sair para ir ao supermercado, farmácias e padarias, por exemplo, deve utilizar a máscara como forma de controlar a proliferação do novo coronavírus.
Rosemary Augusto de Carvalho, 58, se preparou antes que fosse obrigatório o uso de máscaras no DF e adquiriu, em uma farmácia perto de casa, o equipamento de proteção feito de tecido. A moradora do Guará conta que sempre acompanha o que os especialistas estão informando e já sabe qual é a melhor forma de se proteger e higienizar corretamente as máscaras. “Comprei um pacote com dez máscaras. Sempre que saio de casa para ir ao médico, levo mais de uma na bolsa e troco quando é necessário. Aqui em casa, a gente prepara solução com água sanitária e sabão em pó. Deixo de molho, lavo e coloco para secar”, disse.
*Estagiária sob supervisão de Adson Boaventura Uso É recomendável que cada pessoa tenha cerca de cinco máscaras de uso individual. Antes de colocar a máscara no rosto, é necessário: » Assegurar que a máscara está em condições de uso (limpa e sem rupturas) » Fazer a adequada higienização da mão com água e sabonete ou com preparação alcoólica a 70% (cubra todas as superfícies de suas mãos e esfregue-as juntas até que se sintam secas) » Tomar cuidado para não tocar na máscara; se tocá-la, deve executar imediatamente a higiene das mãos » Cobrir totalmente a boca e nariz, sem deixar espaços nas laterais; manter conforto e espaço para a respiração » Evitar uso de batom ou outra maquiagem ou base durante o uso da máscara
Recomendações » Não utilizar a máscara por longo tempo (máximo três horas) » Trocar após esse período e sempre que tiver úmida, com sujeira aparente, danificada ou se houver dificuldade para respirar; higienizar as mãos com água e sabonete ou preparação alcoólica a 70% ao chegar em casa » Retire a máscara e coloque para lavar » Repita os procedimentos de higienização das mãos após a retirada da máscara » Não compartilhe a sua máscara, ainda que ela esteja lavada
Lavagem Ao contrário das máscaras descartáveis, as máscaras de tecido podem ser lavadas e reutilizadas regularmente. Entretanto, recomenda-se evitar mais de 30 lavagens. A máscara deve ser lavada separadamente, com água corrente e sabão neutro. É preciso deixar de molho na água, sabão e água sanitária, entre 20 a 30 minutos, e utilizar após secar.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Professores e estudantes avaliam bem a plataforma e já fazem planos para manter o uso após a volta das aulas presenciais
AGÊNCIA BRASÍLIA*
Nesta quarta-feira (29), o Google Sala de Aula completa a primeira semana do que promete ser um casamento duradouro na rede pública. A plataforma, embora não substitua as aulas presenciais, abriu possibilidades a professores e estudantes. Por isso, eles já planejam um futuro de convivência e harmonia entre as aulas presenciais e as alternativas oferecidas pelos recursos da plataforma. A iniciativa, que faz parte do programa Escola em Casa DF junto com a oferta de teleaulas, dá continuidade ao processo de aprendizagem durante a suspensão das aulas por força da pandemia da Covid-19.
O professor de Física Rendisley Aristóteles dos Santos Paiva, do Centro de Ensino Médio 03 do Gama, tem certeza de que a plataforma continuará sendo usada após a pandemia, porque tem sido um grande recurso para a construção de aprendizagens. A plataforma foi liberada primeiramente para o Ensino Médio para permitir que os estudantes tenham continuidade nos conteúdos e possam se preparar para exames como vestibulares, Enem e PAS. Em breve, será disponibilizada também para os anos finais do Ensino Fundamental.
Por meio da plataforma, os professores têm postado materiais, atividades e videoaulas para manter o aprendizado, além de interagir com os estudantes, podendo esclarecer dúvidas e monitorar o desenvolvimento de cada um.
“Nós podemos desafiar os alunos, postando atividades em PDF ou no Google Formulário, como provas, trabalhos, sendo que a correção pode ser feita na hora e, assim, os alunos têm um feedback imediato”, comentou Paiva. “Podemos ainda postar links do YouTube com dicas de conteúdos que são ensinados em sala de aula, gravar as nossas próprias aulas e passar para os alunos”, diz.
De acordo com ele, neste momento, o principal objetivo é não perder o contato com os alunos. “Mas na volta às aulas presenciais vamos utilizar esses recursos para plantão de dúvidas, montar lives on-line com professores falando sobre determinado tema interdisciplinar, possibilitando interação com os alunos e vamos montar cursos para preparação de olimpíadas de física, matemática, astronomia, entre outros.”
O professor de Geografia Ricardo Augusto Sousa de Andrade já utiliza a plataforma desde 2008 para complementar o ensino presencial. Ele achou bem-vindo o uso amplo neste momento de quarentena. Andrade dá aula para o 3º ano do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho e é supervisor da EJA da Escola Classe 02 do Itapoã. “A manipulação da ferramenta é simples e prática. Antes da pandemia, já utilizava para complementar o processo de ensino e aprendizagem presencial. Agora, com o ensino a distância, como eu e os alunos já estamos ambientados, ficou mais fácil nos adaptarmos à nova realidade”, ressaltou.
Mesmo já sabendo usar os recursos, Andrade optou por fazer o treinamento da Secretaria de Educação. Ele achou enriquecedor. O professor salientou que é importante a continuidade no processo de ensino e aprendizagem, mesmo que de forma virtual. O Enem e o PAS podem ser até adiados, mas certamente acontecerão e todos devem fazer o melhor possível para estarem preparados”, comentou.
A professora de Língua Portuguesa Erika Poliana Flávia Pereira, que ministra aulas para o 1º e 2º ano do Centro de Ensino Médio 02 de São Sebastião, começou a utilizar o Google Sala de Aula no início do ano. Foto: Divulgação
A professora de Língua Portuguesa Erika Poliana Flávia Pereira, que ministra aulas para o 1º e 2º ano do Centro de Ensino Médio 02 de São Sebastião, começou a utilizar o Google Sala de Aula no início deste ano. Fez o curso e aprofundou o conhecimento sobre os recursos disponíveis na plataforma. “Eu conheci o quanto essa ferramenta é completa e útil para o aprendizado dos alunos. Não sabia que havia tantos recursos assim no Google for Education. As funções são intuitivas, o que facilita o uso”, comentou.
Com nove salas de aula online, Erika diz que os alunos estão fazendo as atividades, inclusive redações, mas que espera maior adesão. “Os que participam estão gostando da nova metodologia. O meu recado é para que os alunos que têm acesso à internet façam o e-mail institucional o quanto antes para entrarem nas turmas e participarem ativamente das salas de aulas. Nesse momento, eles têm tempo de sobra e devem aproveitar para aprender de uma forma diferente da tradicional”, avaliou.
Os estudantes
Os mais interessados na aprendizagem estão aprovando o uso do Google Sala de Aula como complemento dos estudos. A estudante Yngred Vitória Ganda da Silva, 17 anos, está no 3º ano do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho e afirma que é fácil usar a ferramenta e que está conseguindo aprender. “Mesmo de longe, conseguimos compreender, tiramos dúvidas, os professores têm nos acompanhado, e não têm deixado a matéria atrasar. Dá pra enviar tudo por lá, como textos, videoaulas, tirando a facilidade que é para usar a plataforma”, disse. “Para nós, do 3º ano, isso é muito importante, estudar, mesmo que por um site, pois temos o PAS e o Enem para fazer, então o Google Sala de Aula está sendo ideal”, concluiu.
O estudante Vinicius Henrique da Silva Almeida, 17 anos, do Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho, 17 anos, também aprova o uso do Google Sala de Aula. “Me cadastrei na plataforma assim que disponibilizaram. Eu já usava antes, mas agora ficou com o layout um pouco diferente para os alunos e eu gostei disso. Eu consigo tirar dúvidas e fazer perguntas para os professores pela plataforma. Percebi que o estudo está bem voltado para quem vai fazer o vestibular e o Enem”, disse.
A estudante do Cemi do Gama Bruna Rodrigues Alves Peres, 18 anos, está no 3º ano do ensino médio e utiliza o Google Sala de Aula com frequência. Foto: Divulgação
A estudante do Cemi do Gama Bruna Rodrigues Alves Peres, 18 anos, está no 3º ano do ensino médio e utiliza o Google Sala de Aula com frequência. “Ajuda muito os professores e alunos durante essa quarentena. Gosto porque possibilita que os professores enviem vídeos explicando a sua matéria e permite criar turmas, então não fica bagunçado. Além disso, podemos ver as notas das nossas atividades, o que é bom porque conseguimos ver o andamento na matéria”, disse. “Eu uso porque deixa meus estudos organizados. Como não podemos sair de casa, é um dos meios que me ajudam a manter meus estudos em dia”, ressaltou. Bruna lembra que a ferramenta é gratuita, podendo ser usada tanto por escolas públicas quanto privadas.
O aluno Diogo Carvalho Freire, 16 anos, também do 3º ano do Cemi, concorda e fala sobre a interatividade que a plataforma proporciona. “Acho fácil de usar, tanto para os alunos quanto para os professores. É uma possibilidade de os alunos terem aula por meio dela nessa quarentena, já que ela permite uma interação entre aluno e professor por meio de mensagens que podemos enviar a eles”, comentou.
Campanha foi idealizada pelos condutores das ambulâncias, com arrecadação entre os servidores do órgão
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Moradores da Cidade Estrutural e do Assentamento 26 de Setembro receberam, nesta terça-feira (28), a doação de quase três toneladas de alimentos por parte dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A ação foi idealizada pelos condutores das ambulâncias.
O objetivo da campanha foi ajudar a população carente, que teve a situação piorada em razão do isolamento social provocado pela pandemia de coronavírus.
“Quando decidimos fazer essa arrecadação, levamos em consideração a necessidade da população nas áreas que atendemos”, disse o condutor do Samu-DF, Ronaldo Macário.
Nesse momento de pandemia, segundo ele, é importante amenizar o sofrimento dessas pessoas em relação à necessidade básica que é a alimentação, tendo em vista que o isolamento dificultou ou impediu que elas saiam para a rua na busca do sustento diário.
Conjuntos A1 até A12 da quadra 02 estão com asfalto recuperado
AGÊNCIA BRASÍLIA
Os moradores de Sobradinho conviveram, ao longo do último mês, com um movimento intenso de obras. Porém, todo transtorno foi compensado com uma via mais segura e confortável para os moradores da quadra 02 da cidade. As obras no local foram finalizadas e o trânsito já está liberado, aguardando apenas a sinalização de tráfego que será feita pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran).
Ao todo, foram utilizados 40 caminhões de asfalto, totalizando 600 toneladas de Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ). A reforma nos 5.100 m² custou, aproximadamente, R$ 350 mil. O diretor de urbanização da Novacap, Sérgio Lemos, explicou que o governo pretende realizar mais obras dessa natureza, ao invés de utilizar a mão-de-obra e os recursos públicos com “tapa-buraco”. “Nossa meta é recuperar o asfalto, não remendar. A recuperação é um serviço mais trabalhoso, mas os resultados são muito melhores”, comentou Lemos.
Morador da região, Iuri Turale, conta que utiliza o transporte público e as condições anteriores da via dificultavam muito o trânsito e tornavam a viagem incômoda. Ele se mostrou satisfeito com o serviço e espera que a ação seja realizada em outros pontos da cidade: ”A gente vinha chacoalhando igual galinha dentro do ônibus de tanto buraco que tinha, já vi até uma senhora caindo. Finalmente foi feita uma obra mais completa, agora vai ser mais tranquilo e seguro pra todo mundo.”
Trabalho mantido Mesmo com as medidas de distanciamento social e isolamento adotadas em razão da Covid-19, a Novacap mantém os serviços essenciais para a população do Distrito Federal. Recapeamento, manutenção da rede de drenagem, podas de árvores, roçagem do mato alto e recolhimento de lixo verde são algumas das ações realizadas em todas as regiões administrativas.
A Novacap também iniciou parceria com as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e está realizando mutirões de limpeza em todas as cidades. “Além de uma cidade mais bonita e agradável, a limpeza também tem como objetivo acabar com os possíveis focos de dengue no DF”, afirmou o diretor-presidente da empresa, Cândido Teles.
Recursos administrados com responsabilidade pela Coordenação Regional de Ensino da cidade permite intensas reformas em 26 escolas
LÚCIO FLÁVIO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Poemas nas portas dos banheiros na escola CED 08 do Gama. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Antes de abrir o portão do Centro Educacional 08, do Setor Sul do Gama, a coordenadora regional de ensino, Cássia Maria Nunes, avisa: “Essa escola éshow de bola, vocês vão ver”, confidencia orgulhosa à reportagem daAgência Brasília.
De fato, o espaço impressiona, transmitindo bem-estar e conforto aos mais de mil alunos do Ensino Fundamental e Médio. Tudo resultado da boa distribuição de recursos vindo de emendas parlamentares, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e do GDF. “Cuidar da escola é cuidar do aluno”, resume a vice-diretora, Karine de Freitas Viera.
Para começar, são 21 redes de dormir espalhadas pelo pátio, além de guarda-sóis protegendo os bancos de mesa de concretos na área de lazer. O dinheiro para esses utensílios veio de uma rifa organizada pela equipe da escola.
Nas portas dos banheiros masculino e feminino, poesias de Fernando Pessoa e Cecília Meireles, enquanto no muro grande da entrada, frases homenageando mulheres guerreiras de todo o segmento do país e do mundo, como essa, em deferência à paquistanesa, Malala Yousafzai, sobrevivente de um atentado do talibã, em 2012.
“Aqui somos muito unidos, costumo dizer que somos a família CED 08”, conta Karine. “Todo ano a gente inventa uma coisa diferente para conscientizar os alunos para a importância de cuidar daquilo que é deles”, explica a servidora da secretaria de Educação.
Com a verba do Pdaf, a instituição pode trocar os telhados, o que não acontecia desde anos 70. Com esse dinheiro ainda será possível fazer as instalações de 12 pias para higienização em todos os corredores. Uma medida, diga-se de passagem, bem oportuna em tempos de Covid-19. A caixa d´água do CED 08 também passou por reforma ganhando, além de pintura nova, uma escada de segurança. Nos próximos dias as tintas vão dar vida nova às duas quadras do Centro Educacional.
“Também recuperamos 29 câmeras de segurança, mas queremos instalar outras seis”, revela a vice-diretora Karine. “Nossa prioridade quando começou a reforma das mais de 20 escolas que fazem parte da nossa regional, foi a manutenção das caixas d’águas e da parte elétrica das escolas, que há muito tempo não tinham sido feitas”, destaca a Coordenadora Regional de Ensino do Gama, Cássia Nunes.
Aluna da escola há dois anos, a jovem Maria Eduarda Gonçalves, 14 anos, não vê a hora de voltar às aulas. “Essa doença podia ir embora logo, estamos com saudade daqui, ainda mais que a escola está linda, tudo limpinho e arrumado”, lamenta a estudante que esteve na CED 08 visitando o pai que é pedreiro na obra.
Piso e instalações elétricas novos
Reforma geral na Escola Classe 29 do Gama. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Um grande susto agora será coisa do passado para a diretora Silvia Gonzaga, da Escola Classe 29, do Setor Sul do Gama, que atende 680 alunos do 1º ao 5ª ano. Foi quando o fogo, causado por um curto-circuito num dos corredores da escola repleto de salas de aulas, em 2018, poderia ter causado uma grande tragédia, que também tem cinco turmas de alunos especiais.
“A sorte é que foi de noite e os seguranças nos avisaram”, lembra a profissional, desde 2011 na instituição. “No ano passado o quadro de energia também teve problemas bem no meio da festa do dia das crianças”, recorda.
Agora esses problemas com fiações acabaram graças a reforma completa de toda a instalação elétrica das 26 salas de aulas e de outras seis dependências da escola, que compreende, entre outras coisas, a coordenação e diretoria.
E as obras de revitalização da Escola Classe 29, na ativa desde 1977, não param. Uma verba parlamentar de R$ 40 mil permitiu também a troca de todo o piso do local, que vai ganhar cincos novos canteiros floridos. “Tivemos que cortar as árvores porque as raízes estavam danificando as calçadas e piso. A ideia e transformar os espaços num projeto de jardinagem para crianças”, antecipa a diretora Silva.
Reformas amparadas por Lei
No CEE 01 do Gama banheiros foram reformados e aumentados. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Único Centro de Ensino Especial do Gama, localizado bem na área central da cidade, próximo ao Shopping, o CEE 01 é outro espaço educacional da cidade que está passando por intensa reforma estrutural com recurso do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) que, desde 2017, por meio da Lei 6023, disponibiliza em caráter complementar e suplementar verbas às unidades escolares e coordenações regionais do DF por meio da Lei, 6023.
Num total de R$ 95 mil foi possível reformar todo o piso da ala administrativa da instituição, aumentar dois para quatro os banheiros masculino e feminino, além de mandar fazer 128 armários e bancadas para salas dos professores e da coordenação.
Ainda foi possível fazer reparos de serralheria, parte elétrica, hidráulica e alvenaria. Com dinheiro disponibilizado pelo GDF a caixa d´água for reformada. Ela não tinha escada de segurança.
“Vejo com muita satisfação que as reformas dessas escolas estão sendo feitas com responsabilidade”, agradece o diretor da CEE, Adelmo de Jesus de Albuquerque.
Bruno quer contar a história da vida dele em três livros
Reprodução/Record TV
Está marcado para 25 de maio o lançamento do primeiro livro sobre a trajetória do goleiro Bruno Fernandes, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, hoje em regime semi-aberto.
Com o nome de "Superação, a história de Bruno Fernandes", o primeiro volume da autobiografia do atleta vai falar das tentativas de Bruno de voltar ao futebol e sobre sua vida atual, após a condenação.
O ex-ídolo do Flamengo está morando desde o início de abril em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, no Rio, com a mulher, Ingrid, e a filha caçula, e segue treinando com a esperança de voltar a jogar por um time grande.
O segundo livro da trilogia vai relembrar a passagem do goleiro pelos clubes, com destaque para o Flamengo.
Somente o terceiro livro será sobre o crime pelo qual ele foi condenado. Bruno promete recontar a versão dele do assassinato de Eliza, com riqueza de detalhes e revelando fatos nunca antes expostos.
O ex-goleiro do Flamengo foi condenado em 2013 a 22 anos de prisão (depois reduzidos para 20 anos e nove meses) pelo homicídio da então ex-namorada Eliza.
Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010. Ela pedia pensão para o filho que teve com o ex-goleiro. Segundo a denúncia, Bruno não queria pagar e, por isso, montou um plano para matá-la com ajuda de Macarrão.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado. As principais provas são o sangue dela encontrados em uma Land Rover do goleiro, então jogador do Flamengo, e objetos dela e do bebê deixados no sítio do jogador. Todos os réus negam ter havido crime.
Nove das 12 escadas rolantes do local já foram entregues à população
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Quem passa diariamente pela Rodoviária do Plano Piloto já está percebendo que escadas rolantes e elevadores, que viviam parados, têm sido, gradativamente, devolvidos para uso da população. Ao todo, nove das 12 escadas rolantes já estão em pleno funcionamento.
O contrato de reforma e manutenção dos aparelhos prevê, além do serviço em execução, a assistência técnica contínua pelo período de um ano, que pode ser prorrogado.
O investimento total é de R$ 1,8 milhão. A previsão é de que todos os equipamentos públicos da rodoviária sejam entregues à população até o final de maio.
O diretor de edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Cláudio Brandão, explicou que a manutenção dos elevadores é mais complexa do que a das escadas, por isso leva mais tempo.
“Tivemos que retirar as caixas de elevadores dos poços para troca de peças e limpeza. Pessoas quebraram os tapumes e vandalizaram tudo, mais de uma vez, atrasando a entrega e gerando custos desnecessários”, lamentou.
Dois equipamentos são recuperados no momento. A previsão é de que estejam prontos até o final desta semana.
Ruth Pereira (53), moradora do Guará, disse que nunca precisou utilizar os elevadores, mas admitiu que as escadas fazem falta. Principalmente nos dias em que as sacolas que carrega estão cheias.
“Eu venho ao Plano [Piloto] para comprar linhas de crochê. Mesmo sem dificuldades de locomoção, fico feliz de não ter que subir e descer tantas escadas carregando peso”, comentou Ruth.