sexta-feira, 17 de abril de 2020

Acir Gurgacz defende auxílio a pequenos agricultores em meio à pandemia



O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) ressaltou nesta sexta-feira (17), em pronunciamento, que os brasileiros já começam a enfrentar o desemprego e a fome por causa da pandemia do novo coronavirus. E que, nesse contexto, as vendas dos pequenos agricultores também têm sido prejudicadas.
O senador afirmou que os pequenos agricultores são responsáveis por cerca de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Por isso, ele defendeu a criação de alternativas para ampliar a proteção econômica e social dos agricultores e da população. Gurgacz disse que é preciso assegurar a compra dos produtos provenientes da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimento (PAA). Também defendeu a liberação de créditos com taxa de juros zero e a renegociação de dívidas existentes.
— Hoje nós temos o produto na lavoura, e as pessoas estão passando fome na cidade. É função do governo aproximar esses dois problemas e resolvê-los o mais rápido possível. Nossa produção tem de continuar. E as pessoas que passam fome nas cidades precisam receber esses alimentos. É assim que vamos enfrentar esta crise: dando apoio a toda a população brasileira — declarou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado não pode se sobrepor às determinações regimentais, afirma Davi



Da Redação | 17/04/2020, 13h56
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, antes de inciar a sessão deliberativa remota desta sexta-feira (17), frisou que a Casa está disposta e dedicada a votar as propostas importantes para ajudar o Brasil a superar a crise causada pela pandemia da covid-19. Consenso, construção de acordos e agilidade na análise, no entanto, nunca vão poder se sobrepor às determinações regimentais, disse.
— A gente esta tentando da melhor maneira possível, exercer nossa função nesse modelo, mas precisamos fazer essa reflexão de que não dá para superar regimento, normas estabelecidas e entendimentos feitos pelos parlamentares, e aí acaba de fato dificultando muito tudo isso, esse ambiente todo, o nosso trabalho e nossa obrigação — ponderou.
Davi citou as dificuldades para votar a MP do Contrato Verde a Amarelo (MP 905/2019), que recebeu inúmeros questionamentos de líderes e acabou sendo adiada, o que pode levar ate mesmo à perda de vigência do texto, na segunda-feira (20). A PEC do Orçamento de Guerra também foi bastante questionada pelos senadores, por mudar a Constituição em período de exceção, como a calamidade pública que vigora até 31 de dezembro.
— Tenho certeza que todos nós estamos dispostos a nos dedicar em relação à votação de matérias importantes, mas há de fato um sentimento no Senado Federal, de todo tempo aqui, construir uma saída, buscar artigo no regimento, tentar pedir conciliação, pedir para a gente votar as MPs que chegam sempre no final do prazo, todo tempo tem manifestação em relação a isso e de fato esta complicado essa condição, e às vezes cada dia se agrava mais em relação aos episódios recorrentes de embate em relação a esse Poder, ao Parlamento brasileiro — afirmou.

Embate

O embate entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também foi mencionado pelos parlamentares durante a sessão. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, em entrevista à CNN na noite de quinta-feira (16), Bolsonaro teria acusado Maia de conspiração e de tentar jogar os governadores contra ele ao pressionar o Senado para a aprovação da PEC 10/2020 (Orçamento de Guerra), que garante repasses orçamentários para os estados e municípios, como compensação para as perdas de arrecadação de impostos, mas não aponta a origem dos recursos. Maia é o primeiro signatário do texto.
Segundo Bolsonaro, informações de relatório de inteligência a que teve acesso indicam que Maia estaria com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e com parte do Supremo tramando um golpe de estado para retirá-lo do governo.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento convocando o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, para que compareça ao Plenário e esclareça se o Executivo conduz algum tipo de investigação que recaia sobre os demais Poderes, como sugeriu o presidente da República. O requerimento precisa ser votado pelos senadores.
— É muito importante que se proporcione ao general Heleno, que é o responsável pela questão da inteligência de Estado do governo federal, uma oportunidade para que ele aponte se existe ou não algum tipo de plano de golpe contra o presidente da República e se existe ou não algum mecanismo de invasão da privacidade de parlamentares e lideranças. O Brasil é uma democracia, democracia exige transparência. E vamos sempre fazer aquilo dentro do nosso limite, que é possível para garantir essa transparência e ao final a democracia — salientou.

Defesa

Alguns senadores defenderam Rodrigo Maia das acusações. Otto Alencar (PSD-BA) prestou solidariedade ao presidente da Câmara, que foi “agredido sem ser provocado” e criticou a postura de Bolsonaro, de “discórdia e beligerância” e de ataque à democracia brasileira.
Líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM) também demonstrou preocupação.
— Uma acusação como essa, sem apresentação de provas acende um alerta laranja para a democracia brasileira. Creio que o Senado precisa, como a Câmara Alta do Legislativo brasileiro, estar atento e tomar providências para que se esclareça, efetivamente, estas declarações. Por outro lado, a questão levantada pelo líder [do PDT], Weverton, de possível espionagem sobre o parlamento brasileiro, sobre o STF, também me parece muito grave. Faço questão de, em nome do MDB, rechaçar, repudiar esse tipo de conduta sem que se apresente provas e sem que se esclareça o estado democrático de direito e os instrumentos e as ferramentas utilizadas para tais afirmações.

Negação

O líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou ter conversado por telefone com Bolsonaro, que negou as informações.
— Ele fez questão absoluta de dizer que não se manifestou da forma como a Folha de S.Paulo publicou, que ele desmente categoricamente essa publicação e que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República vai soltar uma nota oficial desmentindo essas declarações atribuídas a ele. Portanto, eu trago essa informação, para que os Líderes partidários não possam estar especulando, ou procurando transformar uma matéria jornalística que carece de verdade numa crise política, numa crise institucional que nenhum de nós desejamos. O que nós desejamos é o fortalecimento da democracia, é o diálogo, é a harmonia entre os Poderes.
O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), também trouxe o posicionamento oficial da Presidência da República negando a veracidade da “fonte da notícia” debatida nesta manhã pelos parlamentares.
— Vivemos um momento em que é preciso investir no bom senso, na união, na capacidade de diálogo. Eu tenho certeza de que é isso que vai no bom senso, na união, na capacidade de diálogo. Eu tenho certeza de que é isso que vai acabar prevalecendo na relação entre os Poderes. É mais uma crise, mas a crise tem o DNA da democracia, do debate, e isso vai ser contornado com respeito às instituições, independência e harmonia também — afirmou.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) pediu  ponderação ao Parlamento, para que não rivalize com o Planalto, mesmo que as ações do outro lado da Praça dos Três Poderes afetem os ânimos e disposição de senadores e deputados.
— Nesse momento eu penso que a casa do povo brasileiro, a Câmara dos Deputados, e a casa da federação, o Senado Federal, precisam agir com muita serenidade, com muita maturidade, com muito equilíbrio em defesa do Brasil e dos brasileiros. Não é momento para rivalizar, não é momento para empoderar, não é momento pra querer medir forcas com quem quer que seja. Diálogo, moderação e responsabilidade com o país — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Programa Sanear Dengue chega às RAs



Primeira ação ocorreu na Fercal e vai passar por outras cidades 

Uma força-tarefa de combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi mobilizada pelas Secretarias Executiva das Cidades e de Políticas Públicas, ambas da Secretaria de Governo, além da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), com apoio do Corpo de Bombeiros e administrações regionais, para um novo programa estratégico: o Sanear Dengue.  A primeira cidade a receber a ação, que começou nesta sexta-feira (17), foi a Fercal.
Além de identificar os possíveis focos, os 25 agentes orientaram os moradores como prevenir a infestação do mosquito. Foram inspecionados 562 imóveis e 2.523 depósitos. “As características da Fercal favorecem a proliferação do Aedes aegypt. No entanto, estamos trabalhando bastante, conscientizando os moradores sobre a importância de cada um fazer sua parte. Na próxima semana teremos a oitava ação de manejo ambiental, recolhendo inservíveis em diversas comunidades”, disse o administrador regional da Fercal, Fernando Gustavo.
Foram utilizadas sete máquinas de UBV pesado (fumacê), UBV costal e tratamento biológico. De acordo com a Secretaria de Saúde, na Fercal, a cada 100 mil habitantes, 1.761,23 foram contaminados.
O Sanear Dengue é um dos “braços” do Sanear DF que, segundo o secretário-executivo das cidades, Fernando Leite, foi pensado de forma emergencial para amenizar o contágio pelo mosquito. “Criamos para atender as cidades com maior incidência da dengue. O objetivo é correr de modo paralelo com os outros programas já existentes do governo, afirma o secretário.
Confira as próximas cidades a receber o Sanear Dengue:
20/04 – Sobradinho II
22/04 – Sobradinho
23/04 – Gama
24/04 – Santa Maria
27/04 – São Sebastião
28/04 – Vicente Pires
29/04 – Ceilândia
*Com informações da Secretaria de Governo
AGÊNCIA BRASÍLIA

Pessoas em situação de rua, que estão no autódromo, ganharam 400 pães



Ativado em dezembro do ano passado, o projeto de fabricação de pães por detentos da Papuda começou com 40 voluntários ligados à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap)

As secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e Justiça e Cidadania (Sejus) deram as mãos e, justas, realizaram, nesta sexta (17), no Autódromo Nelson Piquet mais uma ação em prol das pessoas carentes do DF em tempos de Covid-19. Foram mais de 400 pães doados para 200 pessoas em situação de rua que ocupam o alojamento desde a última quarta-feira (10).
Os pães são fabricados dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. Até o fim da crise, 62 reeducandos produzirão 1,2 mil unidades semanais. Há quadro meses, duas empresárias da cidade revitalizaram a oficina de panificação e diariamente a produção aumenta.
“Temos procurado trabalhar juntos para ajudar a dar dignidade para essas pessoas e, no caso desse projeto, conseguindo colocar os presidiários do projeto reeducando a trabalhar em prol da sociedade, contribuindo com ato de solidariedade, alimentando quem mais precisa”, frisou a primeira-dama do DF e titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Mayara Noronha Rocha, que fez questão de conhecer todas as instalações do espaço, desde a lavandeira à cozinha do alojamento.
Ativado em dezembro do ano passado, o projeto de fabricação de pães por detentos da Papuda começou com 40 voluntários ligados à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), instituição responsável pela integração de presidiários ao mercado de trabalho por meio da ressocialização. Hoje são mais de 60 reeducandos que contribuem com a alimentação de moradores de asilos da cidade. Além da redução da pena, os voluntários têm a garantia de 70% do salário mínimo. Os insumos e maquinários para o projeto de panificação dos pães da Papuda partiu da iniciativa privada.
“Agora é o momento de todos dividirem o prejuízo causado por esse vírus e olharmos para o próximo, temos que dar prioridade à vida, é a lição que vai ficar para nós do coronavírus”, observa a empresária Patrícia Leal. “Em algum momento de suas vidas, esses presidiários que fazem parte do projeto passaram fome e agora têm a oportunidade de ajudar quem precisa como cidadão”, continua.
Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
As 200 pessoas em situação de rua que estão alojadas provisoriamente no autódromo também vão poder contar com 434 itens de peças de roupas masculinas. São dezenas de camisas e camisetas de mangas compridas e curtas, além de agasalhos e blusas, doados à Sedes, que vão ajudar os necessitados.
“O tratamento aqui tem sido ótimo, somos atendidos por excelentes profissionais, podemos tirar o chapéu para o governo do DF”, agradeceu Joelson Gomes de Souza, um dos primeiros a chegar ao abrigo temporário.
Mil cestas básicas em Samambaia
Após visita ao autódromo, a secretária participou de outro ato simbólico de doação no 37º Batalhão de Bombeiros de Samambaia. Ao todo, mil cestas básicas arrecadas pela sociedade civil, Rede Solidária de Educação, Polícia Civil e Militar foram distribuídas para a comunidade carente da cidade. Militares do Corpo de Bombeiros de Samambaia e do Departamento de Operações Especiais (DOE) participaram da logística de entrega dos alimentos. Para Mayara Rocha, a entrega tem caráter de socorro emergencial.
“A fome não espera. Cerca de 12 mil pessoas estão na fila de espera de cesta básica e estávamos com tempo médio de 24h para entregar. Com a junção de toda a força policial, conseguimos minimizar, só aqui em Samambaia, a entrega de mil cestas, o que vai zerar a lista de pendências na cidade, cessando a fome de quem precisa”, disse aliviada.

DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Prédio abandonado há anos recebe ação contra a dengue



Vigilância Ambiental atendeu uma demanda antiga da população

Atendendo a um pedido antigo dos moradores da Vila Dimas, em Taguatinga Sul, a Vigilância Ambiental promoveu, nesta sexta-feira (17), uma ação de combate à dengue em um prédio com obras inacabadas, abandonado há pelo menos 10 anos na quadra CSE 4. A equipe precisou entrar em contato com o proprietário, que autorizou a entrada.
A iniciativa contou com o suporte de agentes de saúde utilizando Ultrabaixo Volume (UBV) costal, pulverizando inseticida em toda a estrutura para eliminar os focos do Aedes aegypti. Além disso, garrafas com água acumulada foram viradas e larvicidas foram espalhados, para eliminar as larvas encontradas.
O espaço era motivo de preocupação dos vizinhos, devido a quantidade de focos do mosquito no local. Segundo o líder comunitário Rogério Pereira, uma das moradoras próxima do prédio teve o teste confirmado para dengue, enquanto outro apresentou dengue hemorrágica.
“Era uma demanda antiga dos vizinhos, por isso elogiamos a ação da Vigilância Ambiental. Foi uma excelente iniciativa, que deve dar uma estancada na quantidade de casos de dengue daqui”, comentou Pereira.
De acordo com o diretor de Vigilância Ambienta, Edgar Rodrigues, mais ações de combate à dengue devem continuar no imóvel abandonado. “A ideia é fazer uma limpeza geral no local, com a ajuda do Núcleo de Vigilância Ambiental daqui. Como há muito lixo espalhado, isso pode se transformar em novos focos do mosquito, e queremos evitar isso”, afirmou.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA

Fábrica Social recebe mais de 1,5 mil metros de tecido para confeccionar máscaras



Material, que inclui todo o aviamento necessário, foi doado por entidades do DF ao programa Todos Contra a Covid-19 e beneficiará PMs da capital

Material será utilizado na fabricação de máscaras a serem distribuídas entre policiais militares e agentes da limpeza urba | Foto: Vinicius de Melo / Agência Brasília
A Fábrica Social, coordenada pela Secretaria de Educação  (SEE), recebeu, na tarde desta sexta-feira (17), 1.525 metros de tricoline, 109 rolos com 100 metros de elástico cada, 762 metros de TNT e 39 mil metros de linhas para a confecção de 25.500 máscaras. A doação foi anunciada na quinta-feira (16) ao vice-governador Paco Britto, que coordena o programa Todos Contra a Covid, do Governo do Distrito Federal (GDF). As máscaras produzidas serão entregues aos policiais militares e servidores de atividades essenciais do DF.
O material para confecção das máscaras foi arrecadado em doções que envolveram Business and Professional Women (BPW Brasília), Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), grupo Mulheres do Brasil, Rede Internacional de Excelência Jurídica do DF, Faculdade Estácio, Agência de Transformação Social, Fundação Pedro Jorge, Central Park Gráfica de Conveniência e a estilista Letícia Gonzaga.
“Estamos muito felizes com essa ação”, enfatizou a presidente da BPW Brasília, Bernadete Martin. “Os policiais estão nas ruas garantindo a nossa segurança e precisam de proteção contra o cononavírus. Eles trabalham por nós, chegou a hora de fazer por eles”. Das máscaras confeccionadas, 24 mil serão entregues à Polícia Militar do Distrito Federal, e 1,5 mil irão para garis e lixeiros.
As máscaras terão três camadas para garantir a proteção – duas em tricoline (tecido de algodão) e uma em TNT –, além de tiras em elástico para facilitar a manipulação sem necessidade de amarras. “Nossa população tem muita confiança na Polícia Militar, e enxergar um policial com máscara será um bom exemplo para o cidadão”, destacou o presidente da AMPDFT, Trajano Sousa de Melo. “Se não fosse o apoio e a agilidade do GDF, não saberíamos como fazer com que essas máscaras virassem realidade e chegassem às mãos dos nossos policiais”.
Mais doações
Na quinta-feira (16), o vice-governador recebeu ainda a doação de 1,2 mil garrafas de suco de laranja integral e encaminhou para distribuição imediata a instituições sociais e pessoas em situação de vulnerabilidade.
No início da semana, Paco Britto também recebeu, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-DF) e do Conselho Regional de Odontologia (CRO-DF), 1,5 mil kits para higiene bucal – com escova de dente e creme dental. O material já começo a ser entregue à população carente, em domicílio, juntamente com medicamentos de alto custo e uma cartilha que orienta sobre a prevenção e educação da higiene bucal contra o coronavírus.
Todos contra a Covid-19
Por meio de decreto, o GDF instituiu o Comitê de Emergência a fim de arrecadar doações para o combate e enfrentamento do novo coronavírus. Além de produtos, serviços, alimentos, insumos e equipamentos, o governo também recebe, por meio do Banco de Brasília (BRB), doações financeiras. Essas devem ser feitas para a Agência 027 do BRB (Banco 070); conta corrente n° 049.521-5; CNPJ n° 02.174.272/0001-55.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Moraes vota contra aval de sindicatos para fechar acordos individuais



Brasília - O ministro da Justica, Alexandre Moraes e a secretária Especial de Direitos Humanos, Flávia Piovesan entregam o Prêmio Direitos Humanos 2016 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

                                       Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil 

Os acordos estão previstos em MP editada para preservar empregos

Publicado em 17/04/2020 - 15:33 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (17) contra o aval de sindicatos para validar acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada de trabalho e salários. Com o voto do ministro, o placar da votação está empatado em 1 a 1. Mais oito ministros devem votar.
Os acordos estão previstos na Medida Provisória 936/2020, editada para preservar o vínculo empregatício e permitir acesso a benefícios durante os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na economia.
No entendimento de Moraes, a MP foi criada para manter o vínculo empregatício e evitar as demissões durante o período de 90 dias em troca da redução das horas trabalhadas e do salário. Para o ministro, se o acordo depender do aval dos sindicatos, os contratos poderão ser cancelados e provocar demissões em massa.
“Qual a insegurança jurídica que o empregador teria para fazer os acordos podendo ter que complementar [os salários]. Mas, complementar como se as horas trabalhadas não foram as horas integrais?”, questionou o ministro.
A Corte avalia se vai referendar a liminar do ministro Ricardo Lewandowski, proferida no dia 6 de abril, para garantir que os sindicatos não podem ser excluídos das negociações individuais e devem ser comunicados em até dez dias para analisarem os acordos. O ministro atendeu pedido da Rede Sustentabilidade para considerar ilegal parte da interpretação jurídica da MP e assegurar a participação das entidades.
Na sessão de ontem (16), Lewandowski foi o primeiro a votar e reafirmou a validade imediata dos acordos individuais. No entanto, o ministro entendeu que os sindicatos podem propor acordo coletivo, que terá prevalência ao individual se for mais benéfico ao trabalhador.
Segundo o Ministério da Economia, cerca de 2,5 milhão de acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada e salários já foram registrados após a edição da MP.
Edição: Fernando Fraga

da Agência Brasil


Bolsonaro dá posse ao novo ministro da Saúde



Nelson Teich substitui Luiz Henrique Mandetta

Publicado em 17/04/2020 - 13:44 Por Andreia Verdelio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro deu posse hoje (17) ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, e pediu que ele busque uma alternativa para poupar vidas e ao mesmo tempo evitar o aumento do desemprego da população, em meio às medidas de restrição do comércio em todo o país por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A cerimônia foi no Palácio do Planalto e contou com a presença do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido ontem (16) do cargo de ministro da Saúde.
“Não queremos vencer a pandemia e chamar o doutor Paulo Guedes [ministro da Economia] para solucionar as consequências de um povo sem salário, sem dinheiro e quase sem perspectivas em função de uma economia que está sofrendo muito reveses”, disse o presidente.
“Junte eu e o Mandetta e divide por dois, pode ter certeza que você vai chegar naquilo que interessa para todos nós”, disse Bolsonaro ao novo ministro.
Em seu discurso, o presidente lembrou que ele e Mandetta vinham divergindo sobre os caminhos para o combate à pandemia da covid-19. O ministro se alinhava às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela adoção de um isolamento social mais forte, enquanto o presidente defende a abertura do comércio como forma de evitar impactos na economia e o desemprego na população.
“Tenho certeza que o Mandetta deu o melhor de si. Aqui não tem vitoriosos nem derrotados, a história, lá na frente, vai nos julgar. Essa briga de começar a abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar vem pro meu colo”, disse Bolsonaro, acrescentando “a minha visão é um pouco diferente do ministro, que está focado no seu ministério, a minha visão tem que ser mais ampla. […] Tenho que buscar aquilo que, segundo o povo que acreditou em mim, deve ser feito”.
O ex-ministro Mandetta fez um balanço das ações realizadas pelo Ministério da Saúde durante sua gestão de 16 meses, como o lançamento do Médicos pelo Brasil e o fortalecimento da atenção primária. Para o combate ao novo coronavírus, ele destacou as parcerias para ampliação da produção de respiradores e de oferta de testes diagnósticos.
“A Fiocuz [Fundação Oswaldo Cruz] se revela mais que nunca necessária à própria soberania do país”, afirmou Mandetta se referindo à produção de kits de testes e à necessidade de lançamento de um complexo industrial para produção de vacinas.

Busca de informação

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, destacou que ainda há uma pobreza de informações sólidas sobra a covid-19, sua evolução e tratamentos. “Isso leva a um nível de ansiedade que é enorme. Então a gente vive não só um problema clínico, de cuidar da doença, mas de administrar todo o comportamento de uma sociedade que está com medo”, disse, explicando que vai trabalhar, por meio da informação e do conhecimento, para a construção de uma solução.
Ontem (16), durante o anúncio de que seria o novo ministro da Saúde, Teich defendeu um programa de testagem da população para o novo coronavírus, com o objetivo de mapear os infectados e acelerar o fim do isolamento social em vigor no país.
Segundo dados Ministério da Saúde, do dia 13 de abril, a pasta informou ter distribuído aos estados pouco mais de 1 milhão de kits de testes rápidos, número ainda insuficiente para uma testagem em massa da população.
Hoje Teich disse que quer juntar as informações da saúde e de outros ministérios para “olhar o que está faltando e desenhar um programa para que a gente entenda o que está acontecendo. O problema do desconhecimento é porque as suas decisões são mais do que se imagina, do que ter uma visão clara do que vai acontecer na frente”.
Teich ressaltou que quer trabalhar integrado diariamente com os demais ministérios e com estados e municípios para dar agilidade na resposta de problemas que vão surgindo.
A busca por um remédio para o tratamento da covid-19 também está no radar do novo ministro. “Faremos uma avaliação precoce de como estão as pesquisas para, numa posição privilegiada de ministério, antecipar possíveis informações para que a gente consiga antecipar e ter acesso a medicamentos que vão ajudar nisso”, disse.
O foco do combate ao novo coronavírus, segundo Teich, é nas pessoas, sem descuidar da atenção para outros problemas de saúde da população e do período de novas doenças, como dengue e influenza. “Por mais que se fale em saúde e economia, não importa o que você falar, o final é sempre gente”, disse.

Perfil

O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atuar como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.
 
Edição: Juliana Andrade

da Agência Brasil


Senado aprova PEC do Orçamento de Guerra; texto volta à Câmara


Sessão Extraordinária - Virtual, Câmara dos Deputados

                                            Cleia Viana Câmara dos deputados 

Câmara deverá debater novo texto de pacote econômico contra pandemia

Publicado em 17/04/2020 - 15:18 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Senado aprovou no início da tarde de hoje (17) o texto substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, em segundo turno. Foram 63 votos favoráveis e 15 contrários. Em virtude das alterações realizadas no texto, a proposta volta à Câmara dos Deputados.
A votação em primeiro turno havia sido concluída na última quarta-feira (15), após várias horas de debates. A sessão de segunda-feira (13), inclusive, foi reservada apenas para a leitura do relatório de Antonio Anastasia (PSD-MG) e para discussões.
Anastasia acolheu sugestões de colegas e fez várias alterações no texto que havia sido aprovado pelos deputados. E é por isso que ele volta à Câmara para nova apreciação.

Ajuda a empresas privadas

A PEC tem a intenção de suavizar a crise econômica pela qual as empresas passam durante o período de pandemia do novo coronavírus. Com diversos setores do comércio fechados em muitas cidades, as empresas perdem em arrecadação e têm tido dificuldades para pagar despesas como aluguel e salários dos funcionários. Para auxiliar as empresas, a proposta traz medidas para socorrê-las.
Uma das medidas previstas autoriza o Banco Central a comprar e vender direitos creditórios e títulos privados de crédito (promessas de pagamento de dívidas, que viram papéis negociados no mercado) em mercados secundários. O objetivo da proposta é dar condições ao BC de equilibrar o mercado.
Além disso, a PEC tira do governo a obrigação de cumprir a chamada “regra de ouro”, que impede o governo de se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. A proposta também permite que empresas com débitos na Previdência Social possam receber incentivos fiscais.

Alterações do relator

O substitutivo de Anastasia trouxe elementos adicionais ao texto aprovado na Câmara. Ele incluiu um dispositivo que obriga o Banco Central (BC) a informar ao Congresso Nacional sobre os títulos que comprou e dar detalhamentos que permitam uma análise dos riscos envolvidos. Além disso, uma série de ativos que o BC for comprar (cédulas de crédito imobiliário e cédulas de crédito bancário) precisarão de avaliação de qualidade de crédito realizada por uma grande agência de classificação de risco. Essa classificação não poderá ser inferior a BB-.
O relator ainda excluiu da PEC original o trecho que criava um Comitê de Gestão de Crise, encabeçado pelo presidente da República e composto por ministros de Estado e secretários estaduais e municipais. Segundo ele, o comitê poderia trazer problemas constitucionais, como a invasão de competências de um Poder sobre o outro.
Horas antes da votação em primeiro turno, outras alterações foram feitas. Anastasia incluiu um dispositivo determinando que o BC priorize a compra de títulos de micro, pequenas e médias empresas. Outra alteração proíbe as instituições financeiras que venderem ativos para o Banco Central de utilizarem os recursos para distribuição de lucros e dividendos.

Manutenção de empregos

Durante a sessão de quarta-feira, o relator ainda fez um acordo com os partidos Rede e Cidadania. Duas emendas foram retiradas e, em troca, o texto passou a prever que as empresas devem se comprometer a manter os empregos para usufruir dos benefícios pela União nos programas de combate à crise econômica gerada pela pandemia.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira

da Agência Brasil 

Isolamento social no estado de São Paulo cai para 49%



Infectologista diz que taxa eleva preocupação com propagação do vírus

Publicado em 17/04/2020 - 15:49 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O isolamento social no estado de São Paulo caiu novamente, atingindo 49% nesta quinta-feira (16). Entre segunda e quarta-feira, o isolamento chegou a alcançar 50%, mas houve dias em que chegou a atingir 59%.
Segundo o infectologista, David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, a taxa de 49% acende um “farol amarelo” no governo paulista, pois aumenta a preocupação com o aumento da propagação do vírus no estado. A taxa considerada ideal de isolamento é de 70%.
O isolamento é medido pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP), operado em parceria entre operadoras de telefonia móvel e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP). A taxa considerada ideal é acima de 70%.
Em algumas cidades do interior, o índice de isolamento foi maior que a média de 49% registrada no estado. Em São Sebastião, no litoral norte, a taxa de isolamento social alcançou 67%, a maior do estado. Seguiram-se os municípios de Ubatuba, Lorena, Cruzeiro, Ribeirão Pires, Itanhaém, Caraguatatuba, São Vicente, Mairiporã, Ibiúna, Caçapava, Cajamar, Itapecerica da Serra, Poá, Pindamonhangaba, Bebedouro, Itaquaquecetuba, Caieiras, Campo Limpo Paulista e Guarujá .

Quarentena

Temendo que a propagação do coronavírus no estado cresça ainda mais e provoque colapso no sistema de saúde, o governador de São Paulo, João Doria, decidiu prorrogar mais uma vez a prorrogação da quarentena no estado, que agora passa a vigorar até o dia 10 de maio.
A restrição de acesso a estabelecimentos comerciais e o veto à realização de eventos públicos ou privados com aglomerações no estado está em vigor desde o dia 24 de março. No período de quarentena, só estão autorizados a funcionar os serviços considerados essenciais como os de logística, segurança e alimentação.
“A atitude responsável do governo de São Paulo é pela prorrogação dessa quarentena para evitar o colapso no atendimento da saúde pública e, na sequência, da saúde privada no estado de São Paulo”, justificou o governador, em entrevista concedida hoje (17). “Por respeito à medicina, prorrogamos essa quarentena. Para reabrir o comércio e os serviços, precisamos controlar melhor a contaminação e ter o sistema público de saúde também em condições de atendimento para salvar vidas”, acrescentou.
A quarentena vale para os 645 municípios do estado. “Há a falsa impressão de que a doença se limita à Grande São Paulo”, disse o infectologista David Uip. “O vírus está entrando em todo o interior, felizmente com menor número de casos. E também na área do litoral de São Paulo.”
“O vírus é invisível. As pessoas têm a falsa impressão de que ele não acontece em sua cidade. Mas não é assim que funciona”, disse Uip.
Ele se mostrou surpreso eom o fato de as pessoas não conseguirem entender o que já aconteceu. “Vejam o que aconteceu na Itália. Olhem para o que está acontecendo nos Estados Unidos. Nós estamos tendo a oportunidade no Brasil de antecipar medidas, primeiro de contenção, com o isolamento social. E depois de preparação do sistema de saúde público e privado na assistência desses pacientes. Felizmente, o que está acontecendo [em São Paulo] é uma curva de ascensão menor, e isso é graças às medidas [de isolamento] que foram tomadas precocemente em São Paulo. E esperamos conseguir achatar ainda mais [a curva]”, acrescentou.

Pico

Sobre a previsão inicial de que o pico da pandemia em São Paulo seria em abril, David Uip esclareceu: “Falamos que o pico ia ser em abril. E agora falamos em maio. E isso é uma boa notícia, reflete que as medidas tomadas [de isolamento] foram efetivas. Desde o primeiro momento dissemos que o objetivo era achatar a curva e tentar evitar pico de ascensão muito grande.”
De acordo com o médico, se forem ampliadas as medidas de confinamento, os resultados melhoram. “[Isolamento de] 50% é um bom número, mas nosso objetivo é aumentar a cada dia, pois 49%, [acende o] farol amarelo.”
São Paulo é o epicentro das contaminações por coronavírus no Brasil, com 11.568 casos confirmados e 853 óbitos. Há ainda 1.125 internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e 1.259 em enfermarias.

Testes

Segundo o secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, o estado conseguiu diminuir a fila de pessoas esperando por testes no estado. Na semana passada, a fila estava em 17 mil e hoje está em 9,5 mil.
“Nos últimos três dias, foram realizados 5,5 mil testes. Existem ainda outros 4,5 mil testes em processamento de laudos. O estoque que havia de 17 mil [na semana passada] exames está hoje em 9,4 mil exames. Nossa expectativa é que a realização de exames aumente a cada dia e que, na próxima semana, a gente possa estar zerado [com a fila de exames]”, concluiu Germann.
Edição: Nádia Franco

da Agência Brasil 

Estado de São Paulo prorroga quarentena até 10 de maio



Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena

                                            Rovena Rosa Agência Brasil 

Objetivo da medida é evitar propagação do coronavírus

Publicado em 17/04/2020 - 13:23 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (17) a prorrogação do período de quarentena no estado de São Paulo até o dia 10 de maio. A medida é utilizada para evitar a propagação do vírus, diminuindo a circulação de pessoas nas ruas.
É a segunda vez que a quarentena é prorrogada em São Paulo. A prorrogação valeria até o dia 22 de abril, mas o governador decidiu renová-la até maio. A medida vale para os 645 municípios do estado.
“Vamos ampliar a quarentena para evitar o colapso da saúde pública e também do sistema privado”, disse Doria. Durante a quarentena no estado, somente podem funcionar os serviços considerados essenciais, tais como os de logística, alimentação, saúde e segurança pública.
“Há um mês tínhamos a primeira morte [por coronavírus]. Hoje já são 853 mortes. Infelizmente, os casos estão em expansão. As enfermarias dos hospitais públicos estão recebendo muitos pacientes e alguns deles já estão no limite”, disse o governador, justificando a prorrogação da quarentena.
Edição: Nádia Franco

da Agência Brasil