quarta-feira, 15 de abril de 2020

Mandetta aparece em coletiva e nega saída de Wanderson: 'Sairemos juntos'

SAÚDE
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta Imagem: Andressa Anholete/Getty Images

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, compareceu à coletiva de hoje da pasta para divulgar sobre atualizações a respeito da situação do coronavírus no Brasil. O ministro também afirmou que o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, não deixará o cargo.

"Estamos aqui, eu, o Wanderson e o Gabbardo (João Gabbardo, secretário-executivo da pasta). E hoje não é diferente. Estamos aqui. Entramos no Ministério juntos, estamos no Ministério juntos e sairemos do Ministério juntos", afirmou o ministro.

A presença de Mandetta ocorre em meio a embates constantes com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o combate à pandemia e que colocam seu cargo em risco. Mais cedo, Oliveira pediu demissão. O secretário é apontado como braço direito de Mandetta dentro da pasta, e um dos defensores da adoção do isolamento social."Hoje teve ruído por causa do Wanderson, que ele falou que ia sair e isso chegou lá para mim e disse que não aceito. 

O Wanderson está aqui, acabou esse assunto e nós vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde. Por isso fiz questão de vir até aqui na coletiva de hoje", acrescentou Mandetta.Secretário pediu para sairUm dos homens de confiança do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Wanderson enviou uma carta a seus subordinados nesta manhã avisando que não ficaria mais no ministério e que o ministro havia informado a seus auxiliares que seria demitido até o final desta semana.Na mensagem enviada aos colegas, Oliveira afirmou que "a gestão de Mandetta acabou" e que precisava se preparar "para sair junto". 


Ele disse ainda que "só Deus para entender o que querem fazer"."Finalmente chegou o momento da despedida", disse Oliveira na carta enviada aos colegas. "Ontem tive reunião com o ministro e sua saída está programada para as próximas horas ou dias. Infelizmente não temos como precisar o momento exato. Pode ser um anúncio respeitoso diretamente para ele ou pode ser um Twitter."Hoje pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro disse que resolverá "a questão da Saúde" para que seja possível "tocar o barco". "Pessoal, estou fazendo a minha parte", disse a apoiadores na frente do Palácio do Alvorada.O próprio ministro já se despediu dos subordinados, segundo a Folha, e disse que aguarda apenas que Bolsonaro encontre um nome para substituí-lo.

Casos oficiais de covid-19 no Brasil

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Brasil testa remédio 'secreto' contra coronavírus, anuncia ministro



Substância, que não teve nome revelado, mostrou resultados promissores em análises in vitro nos laboratórios, afirmou Marcos Pontes

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Medicamento está disponível no mercado brasileiro

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Pixabay
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa aprovou o teste de um medicamento já existente em 500 pacientes com covid-19, informou o ministro Marcos Pontes, do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) nesta quarta-feira (15).
O nome da substância, que teve resultados promissores em ensaios laboratoriais, não foi revelado pelo ministro, "para evitar uma correria em torno deste medicamento".

As pesquisas iniciadas pelo ministério foram feitas pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e envolvem a busca por um medicamento que já se encontre no mercado e possa ter resultados contra o novo coronavírus, chamada reposicionamento de fármacos.
Seis moléculas se mostraram promissoras, sendo que uma delas, a que será estudada em humanos, apresentou 94% de eficácia nos ensaios in vitro (com células infectadas em laboratório).
Marcos Pontes ressaltou que não é a cloroquina que está sendo estudada, mas um "remédio sem efeito colateral".
"O fato de ele não ter esses efeitos colaterais significa que pode ser usado por qualquer pessoa desde o início do problema", disse.
Apenas pacientes internados em sete hospitais selecionados serão submetidos ao teste. Eles receberão o remédio por via oral durante cinco dias e permanecerão por mais nove dias em observação.
"Esperamos que estes testes sejam concluídos em aproximadamente quatro semanas, a depender da entrada desses pacientes", disse Pontes.
O ministro admitiu, no entanto, que é preciso aguardar o resultado do ensaio clínico.
"Existe possibilidade de isso não funcionar? Existe. Ciência é sempre assim", embora tenha se mostrado otimista.
R7