terça-feira, 7 de abril de 2020

GDF recupera estradas rurais no Núcleo Rural Alexandre Gusmão



Parceria entre a Administração Regional de Ceilândia e o GDF Presente facilita o acesso de milhares de moradores que transitam pela região diariamente

Em parceria com o Polo Oeste do programa GDF Presente, a Administração Regional de Ceilândia recuperou uma estrada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, no Incra 7, Gleba 3. A obra vai facilitar o acesso de moradores que transitam pela região diariamente em direção às áreas urbanas, além de dar conforto e segurança para o escoamento da produção de pequenos agricultores locais.
O administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí, adianta que a ideia é restaurar outros trechos rurais da cidade. “Estamos cuidando com muito carinho desses lugares, reformando os acessos e garantindo a segurança pública. Vamos dar assistência na área da saúde também, pois essas regiões ficaram esquecidas durante muito tempo.”
Segundo o coordenador do Polo Oeste do GDF Presente, Elton Walcacer, cerca de 10 quilômetros passaram por processo de limpeza, patrolamento e nivelamento do solo durante uma semana. Foi utilizada uma motoniveladora no serviço.
“Por ser uma estrada de terra, é necessário fazer manutenções periódicas”, explica.
Manutenção das vias rurais
A Administração Regional de Ceilândia está trabalhando pesado na manutenção das vias rurais. Desde o ano passado, com a ajuda das equipes do GDF Presente, o órgão conseguiu recuperar mais de 160 quilômetros de estradas rurais com serviços que vão de nivelamento dos terrenos à construção de bolsões, canaletas e desvios de água pluvial.
A ação tem mudado a realidade de mais de 10 mil moradores das localidades. Com mais de 248 quilômetros quadrados de extensão, a área rural de Ceilândia está entre as cinco maiores do Distrito Federal.
No local, destaca-se a produção de verduras e hortaliças, além da criação de frango. Só de vicinais, estradas que ligam uma rodovia a outra, de 6 a 17 de janeiro já foram recuperados 49 quilômetros.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Sanear/DF higieniza mais de 100 áreas de grande circulação em Taguatinga



Programa tem como objetivo combater a pandemia provocada pelo coronavírus e eliminar doenças causadas por arboviroses

Estações de metrô estão entre os espaços públicos de grande circulação a serem higienizados, numa iniciativa que reforça as ações de combate à Covid-19 e às arboviroses | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
O programa Sanear/DF chega a Taguatinga nesta semana (7 a 9) para reforçar o combate à pandemia provocada pelo coronavírus (Covid-19) e doenças causadas por arboviroses, como dengue, zika, febre amarela e febre chikungunya.
A meta é higienizar espaços públicos de grande circulação, como feiras, hospitais, paradas de ônibus, estações de metrô, delegacias e praças. Para tanto, serão utilizados caminhões-pipa, inseticidas, saneantes e equipamentos de remoção de entulho e lixo.
Em Taguatinga, o Sanear/DF vai reunir 100 profissionais, equipados com carrocerias, caminhões-pipa, pás carregadeiras e caminhonetes. Juntos, eles vão percorrer mais de 100 endereços para ajudar a conter a Covid-19 e as arboviroses.
“Todas essas ações são para eliminarmos o coronavírus e termos uma população mais saudável”, frisa o administrador de Taguatinga, Geraldo César Araújo. “É uma medida envolvendo vários órgãos do governo em busca de um melhor ambiente.”
 Lançado em 31 de março em Ceilândia, o Sanear/DF também  já passou pelo Sol Nascente/Pôr do Sol. A próxima cidade a receber os trabalhos será Samambaia.
O programa
O Sanear/DF foi proposto pela Secretaria Executiva das Cidades, vinculada à Secretaria de Governo, e pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) a partir do Decreto nº 40.550, de 23 de março de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus.
Participam conjuntamente desse projeto as administrações regionais do DF, as secretarias de Comunicação, Transporte e Mobilidade, Segurança Pública, Políticas Públicas, Educação, DF Legal, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
Cronograma do Sanear/DF nas regiões administrativas 
  • Ceilândia – 31/3 a 2/4
  • Sol Nascente/Pôr do Sol – 3 a 6/4
  • Taguatinga – 7 a 9/4
  • Samambaia – 13 a 14/4
  • Plano Piloto – 15 a 17/4
  • Lago Sul – 20 a 22/4
  • Águas Claras – 23 a 24/4
  • Sudoeste –27 a 28/4
  • Guará – 29 a 30/4
  • Lago Norte – 4 a 5/5
  • Vicente Pires – 6 a 7/5
  • Jardim Botânico – 8/5
  • Park Way – 11/5
  • Sobradinho – 12 a 13/5
  • Gama – 14 a 15/5
  • Cruzeiro – 18 a 19/5
  • São Sebastião – 20 a 21/5
  • Planaltina – 22 a 25/5
  • Riacho Fundo 1 – 26/5
  • Riacho Fundo 2 – 27/5
  • SCIA – 28/5
  • Fercal – 29/5
  • Itapoã – 1°/6
 DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Governo começa a pagar auxílio emergencial de R$ 600 na quinta-feira



Primeiros a receber serão os inscritos no CadÚnico

Publicado em 07/04/2020 - 13:03 Por Kelly Oliveira e Andreia Verdélio – Repórteres da Agência Brasil - Brasília

O governo começa a pagar na quinta-feira (9) a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa Econômica Federal. Para os clientes dos demais bancos, o pagamento será feito a partir do dia 14 deste mês.
O segundo pagamento do benefício de R$ 600 ocorrerá entre 27 e 30 de abril, conforme a data de aniversário dos beneficiários. E a última parcela será paga de 26 a 29 de maio. A ideia é que todo o pagamento do benefício – as três parcelas de R$ 600 - seja feito em cerca de 45 dias, totalizando a liberação R$ 98 bilhões para 54 milhões de pessoas.
Hoje (7) foram lançados o site da Caixa e aplicativos para iOS e Android para os trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e contribuintes da Previdência que ainda não têm informações no CadÚnico. O cadastramento também é necessário para as pessoas que não estavam no CadÚnico até o dia 20 de março. Quem não sabe se está no cadastro pode conferir a situação ao digitar o número do CPF no aplicativo.

Aplicativo gratuito

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente. De acordo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, houve um acordo com empresas de telefonia para que mesmo as pessoas sem crédito no celular pré-pago possam baixar a ferramenta sem custo. A Caixa disponibilizou ainda a central 111 para tirar dúvidas sobre como fazer o cadastramento.
“O aplicativo é só para quem é MEI, que é contribuinte individual do INSS ou informal. Quem está no Bolsa Família ou outros programas do governo federal não precisa fazer o cadastro”, ressaltou Onyx, em entrevista coletiva, nesta manhã, no Palácio do Planalto.
No caso dos beneficiários do Bolsa Família, o pagamento seguirá o calendário normal do programa. De acordo com o presidente da Dataprev, Gustavo Canuto, o CadÚnico tem 75 milhões de pessoas inscritas. Desses, 43,6 milhões são beneficiários do Bolsa Família.
Ao excluir os beneficiários do Bolsa Família, ficam 31,4 milhões de pessoas. “Desse universo de 31,4 milhões de pessoas, foram identificadas mais de 10 milhões que estão elegíveis para receber o auxílio emergencial. Hoje estamos na fase final de análise desse dados para garantir que todos os quesitos foram atendidos e nenhum pagamento será efeito para quem não estiver estritamente coberto pela lei”, disse Canuto.

Conta digital

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que criará 30 milhões de contas digitais para beneficiários sem conta em banco. Os beneficiários poderão movimentar a conta e fazer transferências gratuitamente, mas inicialmente não será possível sacar o dinheiro. Ainda será divulgado um cronograma para a realização de saques. Segundo Guimarães, haveria um “colapso” se fosse liberado o saque para todos ao mesmo tempo.
Guimarães informou ainda que fará transferência gratuita para contas em bancos privados e públicos estaduais nos casos de beneficiários que já têm conta.
Os recursos que forem transferidos para conta de beneficiários não poderão ser usados para pagar dívidas, como o cheque especial. Segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, foi feito um acordo com os bancos para evitar que o auxílio seja usado para pagar automaticamente dívidas dos clientes.
“Mesmo se estiverem com débitos anteriores, esse dinheiro fica protegido. É um auxílio emergencial para sustentação das pessoas”, disse o ministro.

Segurança

Onyx destacou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal investigam casos de fraudes e que a segurança do sistema da Caixa “está reforçadíssima”. “Fraudadores, atenção, vocês vão parar é na cadeia”, disse.
“O presidente [Jair] Bolsonaro quer transparência, segurança e agilidade. É o que estamos nos empenhando para fazer. Na medida em que as coisas vão avançando no Brasil, nós vamos retomar o trabalho em poucos dias”, disse o ministro.
Ele destacou ainda que a lei aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente  determina a cobertura emergencial por três meses. Considerando o histórico das epidemias recentes, que dura de 12 a 14 semanas até a superação da doença, segundo o ministro, esse apoio de 90 dias deve ser suficiente. “Vamos acompanhando e vendo a necessidade de uma eventual suplementação”, disse.
Hoje, às 15h, a Caixa dará uma entrevista coletiva para explicar mais detalhes do pagamento do auxílio emergencial. Um decreto regulamentando essas operações também severá ser publicado hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
Edição: Maria Claudia

da Agência Brasil 

"Déficit público deve caminhar para R$ 500 bilhões", diz secretário



Para Mansueto Almeida, piora fiscal é forte, mas necessária neste ano

Publicado em 07/04/2020 - 13:25 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse hoje (7) que o país deve fechar o ano de 2020 com um déficit primário de R$ 500 bilhões. De acordo com o secretário, o volume de recursos que o governo terá de injetar para combater a pandemia do novo coronavírus (covid-19) colocará o déficit muito acima do resultado negativo de 2019, que foi de R$ 61 bilhões.
“O buraco fiscal no ano passado foi em torno de R$ 61 bilhões e, este ano, estamos caminhando tranquilamente para algo em torno de R$ 450, R$ 500 bilhões de buraco fiscal”, disse Mansueto Almeida durante videoconferência organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo. “A piora fiscal é forte, mas é necessária neste ano, e vamos ter que aceitar isso de forma adulta”, acrescentou.
O secretário afirmou que o momento é de cuidar da saúde das pessoas e que também é preciso garantir renda para os trabalhadores mais vulneráveis, como os informais, que perderam por causa da pandemia. Para ele, as medidas adotadas até o momento pelo governo estão bem preparadas para os próximos três meses.
“É preciso proteger e dar renda a pessoas vulneráveis. Pessoas que não estão podendo trabalhar neste momento e não por culpa delas”, disse Mansueto. “Se for preciso [medidas emergenciais para] mais de três meses, a gente vai ter que sentar à mesa para ver o que fazer”.
Questionado sobre a ajuda emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais e a beneficiários do Bolsa Família, o secretário disse que os recursos ainda não chegaram devido à “dificuldade de entrega”. Segundo ele, outros países, além do Brasil, estão tendo dificuldades para executar as medidas aprovadas, devido à rapidez da crise.
“Todo mundo foi surpreendido pela velocidade desta crise que a gente está passando agora. Há um mês estávamos todos trabalhando, viajando, fazendo palestras sem saber que depois teríamos que ficar em casa”, disse Almeida, que citou o aplicativo criado pela Caixa Econômica para as pessoas se cadastrarem a fim de receber o benefício. “No Brasil quase todo mundo tem aparelho celular”.
Ele também citou a decisão do governo federal de recompor os fundos de Participação de Estados e Municípios (FPE e FPM). A estimativa é que sejam repassados R$ 16 bilhões para recompor as perdas causadas pela redução na arrecadação. O secretário afirmou que talvez a medida não seja suficiente, mas que o governo está estudando outras soluções para que os entes federados tenham capacidade de investimento após o fim da pandemia.
“A questão do investimento é uma preocupação legítima, mas é algo para o pós-crise, agora devemos nos concentrar na saúde e nas pessoas”, afirmou. “Tenho muito medo de esse debate acontecer agora, porque estão misturando coisas essenciais com coisas de curto prazo e o melhor, no momento, é se concentrar no curto prazo”.
Edição: Graça Adjuto

da Agência Brasil -

Cerca de 600 mil trabalhadores já se cadastraram para receber auxílio

POLÍTICA

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e os ministros da economia, Paulo Guedes e da Cidadania, Onyx Lorenzoni falam à imprensa no Palácio do Planalto

                                     MARCELLO CASAL jr Ag

Assista a entrevista coletiva com equipe econômica


Cerca de 600 mil trabalhadores informais já se cadastram na manhã de hoje (7) para receber o auxílio emergencial anunciado na semana passada pelo governo federal. A previsão do governo é que entre 15 milhões e 20 milhões de trabalhadores informais façam o cadastro para receber o benefício. 
site e o aplicativo para fazer o cadastramento já estão disponíveis. As pessoas que não estavam no Cadastro Único até 20/03, mas que têm direito ao auxílio, poderão se cadastrar também pelo aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial. A Caixa disponibilizou ainda a central 111 para tirar dúvidas sobre como fazer o cadastramento. 
Após essa etapa, a expectativa do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, é que em quatro ou cinco dias úteis o benefício possa ser liberado. 
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente. De acordo com o ministro, houve um acordo com empresas de telefonia para que mesmo as pessoas sem crédito no celular possam baixar o aplicativo.

Reveja a entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto:



Auxílio emergencial

Na última quinta-feira (2), foi publicada a lei que prevê o pagamento de uma renda básica emergencial no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com três vetos, mas nenhum altera o valor ou os critérios para participação no programa.
O pagamento do benefício será feito ao longo de três meses (três parcelas), com operacionalização final pelas redes dos bancos públicos federais: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), além de casas lotéricas, após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício. O recebimento do auxílio emergencial está limitado a dois membros da mesma família.

Aplicativo disponível

Já está disponível, desde as 9h de hoje, o aplicativo da Caixa Econômica que pode ser baixado por trabalhadores informais não inscritos em programas sociais. O governo estima que de 15 milhões a 20 milhões de trabalhadores se cadastrem para receber a renda básica emergencial. O auxílio de R$ 600 pode chegar a R$ 1,2 mil para mães solteiras.
A Caixa também lançará uma página na internet e uma central de atendimento telefônico para a retirada de dúvidas e a realização do cadastro. 

Boletim mais recente

De acordo com o último boletim sobre a situação da pandemia no país, divulgado nessa segunda-feira (6) pelo governo, o Brasil chegou a 553 mortes, com um aumento de 13% em relação ao dia anterior (486). 
O número de casos da infecção subiu para 12.056, com um crescimento de 8% em relação a domingo, quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 11.130. A taxa de letalidade do país ficou em 4,4%.
* Texto ampliado às 9h45 
* Texto alterado às 10h05 para esclarecimento de informação. A central 111 é apenas para tirar dúvidas sobre o benefício. 
Edição: Denise Griesinger
FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Sonho impossível? Gabigol torce por Neymar no Flamengo: 'É a cara dele'



Em transmissão ao vivo no Instagram, atacante rubro-negro defendeu a ida do camisa 10 do PSG para a Gávea. Possibilidade, porém, é remota

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Neymar já manifestou desejo em atuar pelo Flamengo

Neymar já manifestou desejo em atuar pelo Flamengo

Lance
Em entrevista para o ex-jogador Caio Ribeiro através de uma transmissão ao vivo no Instagram, o atacante Gabigol defendeu uma possível ida de Neymar para o Flamengo. O camisa 9 torceu para que este momento aconteça "logo menos" e lembrou que o craque do Paris Saint-Germain já manifestou em alguns momentos o desejo de vestir o manto rubro-negro.
"Neymar no Mengão logo menos, eu apoio. Ele sempre falou que tem vontade de jogar pelo Flamengo. Óbvio que a gente gosta muito do Santos, tanto eu quanto ele, mas acho que o Flamengo é a cara dele e está todo mundo esperando esse momento para gente comemorar os gols juntos e jogarmos juntos", afirmou.
Gabigol foi revelado nas categorias de base do Santos e subiu para o time profissional logo após a saída de Neymar para o Barcelona. Por conta dessa ligação em comum, ambos construíram uma amizade fora dos gramados.
R7

Maria Paula e as alegrias que Brasília lhe deu…



Ela curte andar de bike pelas quadras, tem como lugar preferido a Concha Acústica (SMU), acha um luxo ter jardins de Burle Marx pela cidade e teve como maior felicidade a aprovação na UnB

14dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
Foto: Arquivo pessoal 
Maria Paula conta que, até hoje, suas amizades mais profundas são com as pessoas que conheceu na infância e adolescência. “Eu adorava os domingos no Eixão e os passeios no Parque da Cidade”, lembra. Foto: Arquivo pessoal
“Eu nasci em Brasília e guardo as melhores recordações de uma infância cheia de alegria e liberdade. Quando chegava da escola, o Maria Auxiliadora (que era, na época, um colégio de freiras só pras meninas e que ficava na mesma quadra onde eu morava), eu simplesmente pegava uma bicicleta e saía pelas quadras.
A tarde toda eu ficava me divertindo, solta pela cidade, parando aqui ali pra fazer um lanche ou bater um papo com algum vizinho. Depois, eu voltava pra casa feliz da vida! 
Minha vida em Brasília sempre foi repleta de beleza! Quando viajo sinto enorme saudade desse céu grandioso, dos traços da arquitetura de Niemeyer… Essa cidade me remete ao que há de mais belo e sofisticado no planeta.
Minha vida em Brasília sempre foi repleta de beleza! Quando viajo sinto enorme saudade desse céu grandioso, dos traços da arquitetura de Niemeyer... Essa cidade me remete ao que há de mais belo e sofisticado no planeta.
Quando alguém fala dela com desdém, como se ela fosse apenas um lugar onde a politicagem e a corrupção rolam soltas, meu coração dói! Brasília é meu berço, minhas raízes estão aqui e valorizo cada oportunidade de viver o que ela tem de melhor! 
Até hoje as amizades mais profundas que eu tenho são com as pessoas que conheci durante a minha infância e a minha adolescência. Nunca me esqueço do quanto adorava meus domingos no Eixão ou dos passeios pelo Parque da Cidade! 
Com 16 anos vivi a maior alegria da minha vida ao passar no vestibular da UnB! Mais tarde foi lá, também, que recebi meu título de mestrado em Psicologia. Outra memória boa é a das noitadas no Gilbertinho, com a galera punk dos anos 80!
No entanto, de todos os lugares que curto na cidade, meu preferido é a Concha Acústica, ali perto do Auditório Pedro Calmon, no Setor Militar Urbano. Trata-se de um lugar incrível onde um simples bater de palmas vira um helicóptero e é só  atravessar a rua e você chega à Praça dos Cristais. Que luxo ter jardins de Burle Marx compondo uma praça com esculturas de pedras enormes em forma de cristais! 
Esses lugares simbolizam as riquezas do solo da nossa terra. O Planalto Central é assim: debaixo desse céu lindo temos um solo que abriga placas de quartzo rosa, que fazem com que a energia da cidade seja a mais forte do país.
Neste aniversário de 60 anos, meus votos são de que ela ganhe dos brasileiros o respeito que merece! E o reconhecimento de que nasceu com a missão de integrar este país e que não tem culpa da desonestidade de muitos dos que nela vieram viver. Parabéns, Brasília.”
Maria Paula, 49 anos é atriz e Embaixadora da Paz, divide seus dias entre Brasília e Rio
  • Depoimento concedido ao jornalista Freddy Charlson
AGÊNCIA BRASÍLIA

Oficinas de saber fazer mantêm viva a arte trazida pelos candangos



Cursos diversos preservam tradições dos candangos há 30 anos

Abril é o mês de Brasília. A capital que celebra 60 anos no próximo dia 21 preserva sua característica ímpar de reunir povos de todos os cantos do país e do mundo. Presentes na narrativa das homenagens aos que fizeram a cidade nascer e crescer, os candangos são lembrados e homenageados em um local especial, o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC).
Regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Vivo, localizado entre as regiões administrativas de Candangolândia e Núcleo Bandeirante, comemora seus 30 anos no próximo dia 26, um domingo. O espaço abriga a exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, que conta a história dos primeiros artistas de Brasília, assim como as primeiras fotos da construção da capital e o conjunto arquitetônico, que leva o visitante a passear pelas ruas que foram habitadas pelos construtores anônimos à época.
“O Museu Vivo é um ambiente responsável por transformar vidas, além de contar uma história cheia de garra e otimismo escrita pelos candangos”Guaraciaba Monteiro, tecelã e instrutora do Museu Vivo
Propositalmente tomado pela atmosfera interiorana, cenário habitual dos povos saídos de vários estados brasileiros para erguer a nova capital federal, o Museu Vivo ocupa as dependências do primeiro centro de saúde do Distrito Federal, o extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). Construído em apenas 60 dias, o centro de saúde composto por edificações de madeira seguiu a mesma linha arquitetônica da primeira morada de JK na época da construção de Brasília, o Catetinho.
Inaugurado em 1990, o MVMC nasceu dentro dessas casas que abrigavam o antigo hospital para um projeto totalmente novo. Diante de uma demanda antiga da população do Distrito Federal em relação à memória da construção da cidade, o espaço foi ressignificado com o intuito de valorizar e preservar as tradições dos operários que ergueram o coração do Brasil.
A alameda – composta de casa simples e coloridas, cercada por árvores frutíferas – faz parte do cenário que torna o museu “vivo”. Os cenários das exposições permanentes, retratados a partir de roupas, objetos, ferramentas e fotos, carregam as memórias dos trabalhadores otimistas que vieram de longe, cheios de esperança, em busca de uma vida nova.
A gerente do Museu Vivo da Memória Candanga, Eliane Falcão, destaca a particularidade do centro cultural, onde os visitantes podem observar a convivência pacífica entre o passado e o presente. “O conceito do museu une o passado com os dias atuais, em momentos que filhos apontam as histórias e emoções vividas por seus pais e avós, despertando assim o interesse em aprender costumes da época em que surgiu Brasília”, ressalta.
Além das exposições permanentes e itinerantes, o equipamento cultural oferece à comunidade as “Oficinas do Saber Fazer”, cursos de artesanato que resgatam os saberes populares e incentivam a interação com as novas tecnologias e possibilidades criativas. Responsáveis pela geração de emprego e renda de boa parte da população do DF, as aulas de tecelagem, artesanato produzido com barro e argila, costura, gravura, pintura, cerâmica e fotografia oferecidas pelo MVMC já capacitaram cerca de 10 mil profissionais.
Referência
Um dos cursos mais procurados é o de tecelagem, que se tornou um referencial de cultura e de troca de saberes para os profissionais locais. As peças produzidas, que vão desde colchas, redes e panos diversos, representam um misto da tecelagem nordestina – rica no colorido dos listrados – e das tecelagens mineira e goiana, que tem nos “repassos” sua maior expressão.
A antropóloga e tecelã Ana Pina teve sua vida profissional marcada pelo Museu Vivo, onde iniciou seu processo de aprendizagem e chegou a ser coordenadora da oficina de tecelagem. “Foi o Museu Vivo que me apresentou o mundo da tecelagem manual, um universo totalmente desconhecido pra mim”, revela.
Segundo a antropóloga, a criação dos cursos coincidiu com um período de efervescência cultural no Distrito Federal, em que os cursos eram bastante movimentados. Ela fala sobre a importância cultural e pedagógica da capacitação realizada no Museu. “Dei aula para homens, mulheres, pessoas que aprenderam a tecer ainda na infância.”
Já a tecelã e instrutora do Museu Vivo, Guaraciaba Monteiro, conta que sua experiência durante uma despretensiosa visita em 1994 rendeu não só o passeio, mas construiu sua carreira profissional. Na oficina de tecelagem e barro, ela conheceu um modo descontraído de produzir.
Hoje, Guaraciaba faz peças que vão desde vestuário até itens de decoração, como tapetes e redes. A moradora de Ceilândia destaca que o Museu Vivo possui ainda o papel de salvar vidas. “Ministrei cursos para muitos jovens com problemas psiquiátricos, que se encontraram e se reinventaram por meio do ofício do artesanato. O Museu Vivo é um ambiente responsável por transformar vidas, além de contar uma história cheia de garra e otimismo escrita pelos protagonistas do espaço, os candangos”, celebra.

* Com informações da Secretaria de Cultura
AGÊNCIA BRASÍLIA