Selecionados assinarão acordo de parceria para pesquisa e desenvolvimento com a Biotic S/A
AGÊNCIA BRASÍLIA *
A séria ameaça representada pela Covid-19 ao sistema de saúde pública e à economia local tem gerado diversas ações de enfrentamento por parte do Governo do Distrito Federal (GDF). Entre elas está a chamada pública do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) que irá selecionar projetos com foco na inovação e no empreendedorismo, buscando ativamente parcerias para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que visem combater a pandemia e suas consequências econômicas e sociais.
O Edital 2/2020 está disponível no site da Biotic S/A, na aba Como Fazer Parte. As inscrições começam a partir desta segunda-feira (6) e vão até o próximo domingo (12). As propostas selecionadas celebrarão um acordo de parceria para pesquisa e desenvolvimento com a Biotic, que coordenará a captação dos recursos necessários junto aos órgãos de fomento, financiamento e apoio à inovação, além do setor privado.
O objetivo é que a implantação das soluções, ainda que como teste, dê-se no tempo mais curto possível. A apresentação das propostas deverá obedecer ao formato definido no edital, levando em conta quesitos como metodologia, resultados esperados, cronograma de execução e orçamento previsto, entre outros.
Na condição de hub de tecnologia e de inovação do Distrito Federal, a Biotic acredita na sua missão de fazer parte nesse imenso esforço conjunto. Foram convocados empresas, empreendedores e pesquisadores da região para que, ao reunirem esforços, possam apresentar propostas concretas, inovadoras e eficientes para o combate à pandemia.
Além da Biotic, a Secretaria de Projetos Especiais do GDF também fará parte da análise e seleção das propostas, obedecendo ao grau de necessidade e priorização dos diferentes órgãos e entidades do governo durante o período de crise sanitária. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti), também é parceira do projeto.
As soluções apresentadas podem abranger as áreas da saúde, economia, educação, impacto social e tecnologia. É importante destacar, no entanto,que não serão selecionados projeto em fase de ideação. Serão analisadas propostas com um certo nível de maturidade, que já estiverem a um passo de serem lançadas e, assim, possam ajudar no combate à pandemia em curtíssimo prazo.
Medidas de distanciamento social adotadas precocemente são apontadas como determinantes
AGÊNCIA BRASÍLIA *
Gestores de saúde inspecionam novos leitos no Hospital Regional de Santa Maria: DF reforça estrutura para enfrentar a Covid-19 | Fotos Breno Esaki / SES
Os gestores da Saúde do DF acalmaram a população quanto aos dados sobre o registro de casos de coronavírus no território. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (6), o secretário de Saúde, Francisco Araújo, afirmou que a pasta está trabalhando para manter a curva abaixo das projeções iniciais, tanto com a orientação da população sobre as medidas preventivas quanto na adequação da rede para o atendimento dos casos da Covid-19.
Dias antes, também durante uma coletiva, o Ministério da Saúde fez um alerta sobre o risco maior de crescimento descontrolado do número de doentes pelo novo coronavírus nas próximas semanas, nos estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e no DF. O anúncio provocou insegurança. Logo, Francisco Araújo se preocupou em tranquilizar a população, assegurando que essa informação não procede e que aguarda apoio da pasta nas ações locais.
“O Ministério da Saúde deveria se preocupar em ajudar os estados – dentre eles, o Distrito Federal”, reclamou o gestor. “Tudo o que encaminhamos à pasta não foi atendido. Solicitamos a habilitação de 318 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, e até agora não foi habilitado nenhum.”
Quando a doença foi detectada no DF, no final de fevereiro, havia uma perspectiva de que nas primeiras semanas de abril poderiam ser confirmados até mil casos de Covid-19. No entanto, o último boletim informa sobre 468 casos registrados da doença e sete óbitos.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, explica que essa previsão estava baseada em parâmetros observados na China, na Itália e em outros países que adotaram as medidas de isolamento social posteriormente – diferentemente do que aconteceu em Brasília, onde as ações do governo tomaram corpo em tempo hábil.
Hage, que é médico sanitarista, também questiona a informação divulgada pelo ministério. “Primeiro, é uma questão de termo. Esse termo, não há registro na literatura que o sustente. Segundo que, do ponto de vista da comunicação de risco à população, não traduz a dimensão do que é realizado aqui no DF ou outros estados”, revela o especialista.
DF está preparado
De acordo com o secretário Francisco Araújo, a rede pública do DF está preparada com 4.383 leitos, sendo 554 de UTI. Desses, 73 estão reservados para pacientes diagnosticados com a Covid-19. Outros 349 leitos de retaguarda estão previstos para o tratamento à doença, e 133 foram credenciados com a rede privada. “Estamos correndo para montar leitos de UTI com suporte respiratório, para dar conta da rede, para manter a população assistida”, concluiu.
“Estamos correndo para montar leitos de UTI com suporte respiratório, para dar conta da rede, para manter a população assistida”Francisco Araújo, secretário de Saúde
Durante a coletiva, o diretor-presidente do Instituto de Gestão e Estratégia em Saúde (Iges-DF), Sérgio Costa, anunciou a entrega de 40 novos leitos de UTI no Hospital de Santa Maria, com foco no tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19. “Ainda no curso desta semana, nós vamos entregar mais 26 leitos de UTI e os leitos de retaguarda, e temos a projeção de chegar a 120 leitos de UTI no Hospital de Santa Maria”, disse.
Sérgio Costa esclareceu que a utilização dos leitos do Hospital de Base se dará dentro da especificidade de atendimento da unidade. No caso de um paciente vítima de trauma também estar contaminado por coronavírus, será tratado naquele local.
Isolamento
Os gestores voltaram a enfatizar a necessidade de a população cumprir as orientações de isolamento e distanciamento social. “É fundamental evitar aglomeração, é fundamental o isolamento social, sob o risco de que venha a haver o crescimento acelerado [dos casos de Covid-19]”, alertou Eduardo Hage. “Aqueles que descumprem ou que propagam o contrário estão agindo de forma irresponsável. Quem defende esse tipo de comportamento não tem base científica”.
“É fundamental evitar aglomeração, é fundamental o isolamento social, sob o risco de que venha a haver o crescimento acelerado dos casos de Covid-19”Eduardo Hage, subsecretário de Vigilância à Saúde
Testagem O DF também vem se destacando pela celeridade nos diagnósticos laboratoriais. Não há registro de fila de espera para os testes. A capacidade do Laboratório Central(Lacen) foi ampliada, passando de 100 para 360 amostras por dia. O aumento da capacidade é o resultado da parceria firmada com a Universidade de Brasília (UnB), que enviou equipamentos ao Lacen e profissionais para auxiliar no trabalho, bem como no reforço ao funcionamento 24 horas.
Farmácia de alto custo
Na última sexta-feira (3), teve início a fase de testes para entrega de medicamentos da farmácia de alto custo na casa dos pacientes. Um convênio com o Banco Regional de Brasília (BRB) garantiu a execução do serviço.
Com o intuito de evitar que pacientes necessitem sair muitas vezes às ruas para buscar medicamentos, foi ampliado o prazo de vencimento das receitas médicas para 60 dias, além de ter sido aberta a possibilidade de cadastrar até cinco pessoas para a retirada dos remédios – medida que ajuda a evitar a contaminação da população de maior risco.
Em 2019, a produção de tilápia no Brasil chegou ao total de 432,1 mil toneladas, representando 57% do setor de piscicultura, um aumento de 7,96% em relação a 2018 (Crédito: Reprodução/Embrapa)
São Paulo, 6 – Nove Estados brasileiros tiveram 11 novas plantas frigoríficas habilitadas para exportação de peixes de cultivo, especialmente a tilápia, para a China, informa a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). De acordo com a entidade, essa possibilidade estava sendo negociada desde o ano passado e permitirá aumentar as vendas para o gigante asiático, principal destino das exportações brasileiras.
“Nosso potencial de produção é enorme e com a demanda de peixes de cultivo pela China temos a chance de alavancar exponencialmente os nossos números”, disse em nota o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, acrescentando que a entidade vinha atuando junto ao Ministério da Agricultura do País para aumentar a confiança na qualidade do produto e eliminar possíveis falhas ou irregularidades de fornecimento.
Em 2019, a produção de tilápia no Brasil chegou ao total de 432,1 mil toneladas, representando 57% do setor de piscicultura, um aumento de 7,96% em relação a 2018. Com o resultado, o País se tornou o quarto maior produtor da espécie no mundo, segundo dados da Peixe BR. Em relação às exportações, o volume cresceu 19% em 2019 ante o ano anterior, tendo como principais destinos a China, Estados Unidos e Japão.
China habilita 11 novas plantas no Brasil para exportação de tilápia
Em 2019, a produção de tilápia no Brasil chegou ao total de 432,1 mil toneladas, representando 57% do setor de piscicultura, um aumento de 7,96% em relação a 2018 (Crédito: Reprodução/Embrapa)
São Paulo, 6 – Nove Estados brasileiros tiveram 11 novas plantas frigoríficas habilitadas para exportação de peixes de cultivo, especialmente a tilápia, para a China, informa a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). De acordo com a entidade, essa possibilidade estava sendo negociada desde o ano passado e permitirá aumentar as vendas para o gigante asiático, principal destino das exportações brasileiras.
“Nosso potencial de produção é enorme e com a demanda de peixes de cultivo pela China temos a chance de alavancar exponencialmente os nossos números”, disse em nota o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, acrescentando que a entidade vinha atuando junto ao Ministério da Agricultura do País para aumentar a confiança na qualidade do produto e eliminar possíveis falhas ou irregularidades de fornecimento.
Em 2019, a produção de tilápia no Brasil chegou ao total de 432,1 mil toneladas, representando 57% do setor de piscicultura, um aumento de 7,96% em relação a 2018. Com o resultado, o País se tornou o quarto maior produtor da espécie no mundo, segundo dados da Peixe BR. Em relação às exportações, o volume cresceu 19% em 2019 ante o ano anterior, tendo como principais destinos a China, Estados Unidos e Japão.
Oministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que continuará à frente da pasta, mas pediu "paz" para continuar a trabalhar. Em coletivas realizada a pouco com jornalistas, transmitida ao vivo em redes sociais, Mandetta reclamou de críticas que trazem dificuldade ao ambiente da sua equipe, mas disse que a reunião desta segunda-feira, 6, com o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros trouxe mais "união" ao governo. "Começamos a semana com mais um solavanco, esperamos que possamos seguir em paz", disse.
Mandetta afirmou que muitas vezes o trabalho da pasta sofre interferências de forma "constante". "Temos dificuldade quando, em determinadas situações, por determinadas impressões, críticas não vêm para construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho", disse o ministro. "E isso vem uma constante, o Ministério da Saúde adotar determinada linha, situação e termos que voltar, fazermos determinados contrapontos para poder reorganizar a equipe", declarou.
Mandetta afirmou, ainda, que esta segunda-feira foi pouco produtiva no Ministério da Saúde por causa dos boatos de que poderia ser demitido. Ele sinalizou que, caso isso acontecesse, toda a equipe também pediria para sair. Mandetta falou ao lado de todos os secretários e com a presença de outros membros da equipe, que o aplaudiram ao chegar.
"Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho do ministério. Muitos não sabiam o que ia acontecer, chegaram a limpar as gavetas, até a minha gaveta", declarou.
Mandetta reforçou que o seu trabalho é "técnico", baseado na ciência, e que ele atua como "porta-voz do trabalho" da equipe. "O que faço é dar alguns pequenos palpites às medidas", afirmou.
Ele voltou a afirmar que não vai abandonar o paciente (Brasil), e que fica enquanto o presidente Jair Bolsonaro achar que ele é necessário. Disse ainda que, mesmo que deixe o Ministério, estará disposto a ajudar o país e a próxima equipe.
Hospitais de Campanha: O governador Helder Barbalho e o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Alberto Beltrame, inspecionaram neste domingo (5), a montagem das estruturas do Hospital de Campanha no Hangar – Centro de Convenções, em Belém. A unidade é uma das quatro que estão sendo erguidas para servir de retaguarda nos casos leves e moderados de Covid-19. Os outros hospitais estão sendo construídos em Marabá, Santarém e Breves. Ao todo, 720 leitos serão instalados nesses locais.
Equipamentos: O Governo do Pará recebeu do Ministério da Saúde equipamentos, que vieram direto do Rio de Janeiro, para o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA). Eles permitirão agilizar os exames de diagnósticos da Covid-19 em até 200 exames por dia. O Laboratório aguarda a chegada de técnicos habilitados pela Fundação Manguinhos para iniciar a montagem dos equipamentos. O Lacen-PA será o primeiro Lacen do Brasil a ter este tipo de equipamento disponível.
Mapeamento Segup: A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) divulgou, neste final de semana, dados referentes à taxa de distanciamento social da população paraense. Por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), que computa as informações através do software, mais de 50% da população concentrada na Região Metropolitana de Belém mantém o distanciamento social em combate ao novo coronavírus.
Distribuição de Cestas: Neste fim de semana, 250 cestas básicas começaram a ser distribuídas para abrigos e casas de acolhimento em Belém, Marituba, Benevides e em Mosqueiro. Os alimentos foram doados pela sociedade e por empresas que se solidarizaram com a mobilização de combate ao Covid-19. O principal objetivo desta ação é garantir comida na mesa das pessoas, para que elas continuem em casa. Quem quiser doar basta entrar em contato através do Disk Mangueirão: (91) 98441-7357.
Alimentação Escolar: A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou edital para contratação de empresa especializada em gestão do cartão alimentação escolar para atendimento das necessidades dos alunos durante a suspensão das aulas da rede pública estadual de ensino, devido ao distanciamento social imposto pela pandemia do coronavírus, conforme o decreto nº 609/20 no âmbito estadual. O objetivo é disponibilizar o cartão (em cartão magnético ou voucher impresso) para que os próprios responsáveis dos alunos façam a aquisição nos estabelecimentos comerciais dos municípios, aquecendo a economia e facilitando a logística de distribuição.
População deve procurar fontes científicas e oficiais antes de consumir alimentos e suplementos que, supostamente, podem contribuir para a prevenção contra a Covid-19
06/04/2020 10h47 - Atualizada hoje 12h08 Por Roberta Vilanova (SESPA)
A atual crise de saúde pede, mais do que nunca, uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e outros nutrientes importantesFoto: Ascom Sespa / Martin Vorel - PixabayA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Nutrição, enfatiza o alerta contido no “Guia Alimentar para a População Brasileira” e destacado pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) de que “há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis”. Portanto, é fundamental que a população procure fontes científicas e oficiais antes de consumir alimentos e suplementos que, supostamente, podem contribuir para a prevenção contra o novo coronavírus.
Segundo a nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição, Rahilda Tuma, o vírus, causador da doença Covid-19 colocou em estado de atenção a população brasileira, que agora busca orientações sobre como se prevenir e se comportar. “Nesse sentido, também é motivo de preocupação as informações que circulam nas redes sociais (cards, áudios e vídeos) com orientações sobre supostas terapias milagrosas no campo da nutrição”, alertou a coordenadora.
Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de NutriçãoFoto: Ascom Sespa / José PantojaConforme Rahilda Tuma, a população tem que ter muito cuidado com a divulgação que incentiva o consumo de alimentos, superalimentos, shots, sucos e até soroterapias por infusão endovenosa de nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, antioxidantes e outros nutrientes e compostos), apontados como capazes de prevenir ou combater o coronavírus por meio do fortalecimento do sistema imunológico.
“O CFN informa que não existem protocolos técnicos nem evidências científicas que sustentem alegações milagrosas” - Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição.
Ela afirmou que a alimentação saudável depende de uma diversidade alimentar, não de supostos superalimentos isolados, e deve ser adequada a cada indivíduo conforme assistência prestada pelo nutricionista. “Entretanto, em tempos de isolamento em que a recomendação máxima é “ficar em casa” e as consultas presenciais foram adiadas, é muito importante a consciência e a responsabilidade de cada um em adotar as medidas preventivas para si e para todos os membros da família”, orientou Rahilda Tuma.
A coordenadora estadual de Nutrição lembrou, ainda, que o Brasil enfrenta um significativo aumento do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, sendo um fator de risco para várias doenças como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, doenças crônicas que colocam as pessoas em grupo de altíssimo risco quando se trata da Covid-19.
Então, conforme Rahilda Tuma, com o objetivo de ajudar e orientar a população neste momento foi que a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) lançou um Guia para uma Alimentação Saudável em tempos de Covid-19, levando a população a refletir sobre a pandemia de coronavírus que está afetando todos os aspectos da vida, incluindo a alimentação”.
“Uma alimentação saudável é primordial para manter a saúde e é especialmente importante para conservar o sistema imunológico em ótimas condições. Por isso, não devemos nos esquecer de um nutriente essencial, neste momento, a vitamina D, que é gratuita e pode ser obtida em um saudável banho de sol, nas primeiras horas do dia” - Rahilda Tuma, nutricionista e coordenadora estadual de Nutrição.
Rahilda Tuma disse que muitas vezes escuta as pessoas afirmarem que não têm tempo para preparar uma refeição e, por isso, utilizam os meios mais rápidos, os chamados fast foods. “Agora que o tempo nos oferece uma pausa, sem trânsito, sem escolas, sem igreja, sem parques, sem lojas, sem bares, sem restaurantes e sem lanchonetes, podemos refletir sobre como podemos aproveitar esse tempo para nos alimentar de forma mais saudável”, argumentou a nutricionista, apresentando diversas dicas, que seguem abaixo, para que a população possa se alimentar de forma mais saudável neste momento de pandemia:
CUIDADOS AO IR ÀS COMPRAS
Diminua a ida aos centros de abastecimento durante a pandemia. Em caso de extrema necessidade, faça uma lista de compras e use-a. Você pode esquecer itens importantes ou comprá-los por impulso;
Faça compras em horários alternativos ou, se tiver acesso, utilize o sistema online. Você economizará tempo e manterá a distância social;
Compre com antecedência, pois muitas lojas precisam de um ou dois dias desde o pedido até a entrega;
Considere alternativas de baixo custo e faça o consumo de alimentos de forma integral, aproveitando melhor as aparas, os talos, sementes, etc;
Tente eliminar as compras de alimentos industrializados, como batatas fritas, refrigerantes, biscoitos e sorvetes. Eles são ricos em calorias vazias, não contêm os nutrientes que você precisa e ainda aumentam a sua conta;
Evite comprar refeições prontas industrializadas, a maioria delas é rica em sódio, gordura trans e calorias.
HIGIENIZAÇÃO DOS ALIMENTOS
Lave-as ou troque as embalagens que vem do supermercado, da quitanda ou da feira, por outras adequadas e limpas;
Antes de colocar os produtos nos armários, despensas ou geladeira, lave as embalagens com água e sabão e borrife álcool 70% ou solução clorada.
Retire frutas, verduras e legumes das embalagens dos centros de abastecimento e armazene em fruteiras;
Armazene em potes ou sacos próprios para refrigeração. Antes de consumir frutas, verduras e legumes crus, lave em água corrente e com hipoclorito de sódio. Ele deve ser usado sempre diluído (veja na embalagem do produto a diluição adequada);
A higienização é fundamental e deve ser seguida com cuidado. Não coloque em risco pessoas e objetos desinfectados;
No momento de guardar os alimentos, organize de tal maneira que tenha acesso rápido àqueles cujo prazo de validade é mais curto.
Em casa, pais e mães, na medida do possível, devem envolver as crianças no preparo dos alimentosFoto: Ascom Sespa / PixabayPREPARO DAS PRINCIPAIS REFEIÇÕES
Inclua as crianças no planejamento, limpeza e preparo das refeições. Peça a elas para fazerem uma lista do que há na despensa e na geladeira;
Utilize a matemática ao medir colheres e xícaras, contar números de ingredientes, fazer um balanço de itens da despensa ou planejar o tempo que levará para preparar, cozinhar e comer.
Envolva as crianças em assar pão, cozinhar um ovo ou criar um molho caseiro para salada;
Leve em consideração o equilíbrio dos nutrientes, alimentos que sua família tem por preferência, métodos de cozimento e habilidades de preparar os alimentos, valorizando o tempo e a energia que será utilizada para produção das refeições;
Às famílias que têm acesso, peçam às crianças que consultem sites de receitas online para encontrar refeições e lanches que utilizam o que está disponível em casa;
Cuidado redobrado ao verificar a validade dos produtos;
Trabalhar em casa pode não significar que há mais tempo para cozinhar, especialmente se você agora é responsável por ensinar seus filhos e/ou executar suas atividades profissionais remotamente, por isso, você precisa saber algumas dicas para tornar seus hábitos alimentares mais saudáveis:
Faça dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação;
Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades no preparo das refeições;
Diminua o consumo de alimentos processados e evite o consumo de alimentos ultraprocessados;
Planeje o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
Priorize o aproveitamento integral dos alimentos, utilizando cascas, talos e sementes;
Seja crítico quanto a mensagens e dados sobre alimentação em propaganda;
Após servir as refeições, os alimentos que estão na panela precisam ser armazenados em potes fechados e guardados na geladeira.
Somente neste domingo (5), sete toneladas de tambatinga saíram de Gurupá com destino ao município de Breves
06/04/2020 11h56 - Atualizada hoje 12h32 Por Aline Miranda (EMATER)
Pescado vai abastecer população do Marajó na Semana SantaFoto: Ascom / EmaterMesmo com as dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19, não vai faltar peixe na Semana Santa, na região do Marajó. Nesse domingo (5), famílias piscicultoras de Gurupá, atendidas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), embarcaram sete toneladas de tambatinga para a região de Breves.
Além de abastecer a cidade de Gurupá, municípios vizinhos também estão sendo beneficiados. O incentivo mais aprofundado da Emater para a piscicultura começou há cerca de uma década, permitindo, inclusive, que muitas famílias migrassem da extração ilegal de madeira e pudessem mudar de vida.
Sete toneladas de tambatinga foram pescadas em GurupáFoto: Ascom / Emater“Eram pessoas que se sustentavam de serrarias ilegais, viviam no limite. Hoje podemos dizer que a piscicultura é um destaque na agricultura familiar de Gurupá. É uma atividade que envolve desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, diversificação da propriedade, geração de trabalho e renda”, exalta o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro florestal Ted Fonseca.
Os irmãos Onésimo e Onelson de Jesus e os irmãos Alberto e Raimundo Morais, todos moradores da Vila Moju, criam peixe em tanque escavado e aproveitam a lateral das estruturas para cultivo de banana, goiaba, limão, maracujá, para complementar renda.
De acordo com dados da Emater, o lucro com piscicultura em Gurupá tem sido no mínimo de 40% e o faturamento anual de alguns produtores já alcança os R$ 200 mil. Com crédito rural da linha Mais Alimentos, intermediado pela Emater e liberado pelo Banco do Brasil (BB), o futuro é a expansão imediata dos negócios.