sábado, 28 de março de 2020

Antônio Pereira Duarte é nomeado pelo PGR como procurador-geral de Justiça Militar




Portaria com a nomeação foi publicada nesta sexta-feira (27)
Foto mostra a fachada do prédio do mpm
Foto: MPM (Facebook)
O procurador-geral da República, Augusto Aras, assinou nesta tarde (27) a Portaria PGR/MPU 82, nomeando o subprocurador-geral de Justiça Militar Antônio Pereira Duarte para o cargo de procurador-geral de Justiça Militar, para mandato de dois anos, contados a partir de 13 de abril de 2020.
Na 15ª Eleição para Procurador-Geral de Justiça Militar, realizada na última quarta-feira (25), o subprocurador-geral Antônio Duarte foi o mais votado, com 54 votos, encabeçando a lista tríplice encaminhada ao procurador-geral da República.
*Com informações do MPM



Secretaria de Comunicação Social

MP 926, de medidas de combate ao coronavírus, já tem 126 emendas



Da Redação | 27/03/2020, 17h40
Editada pelo presidente Jair Bolsonaro no final da semana passada, a Medida Provisória (MP) 926/2020 já recebeu 126 emendas de deputados federais e senadores até esta sexta-feira (27). Essa MP trata de diversas medidas relacionadas ao combate ao coronavírus, como dispensa de licitação em compras relacionadas à pandemia e regras para circulação de pessoas e mercadorias. Logo que foi publicada, a medida recebeu muitas críticas por poder retirar prerrogativas dos governadores dos estados na definição de medidas sanitárias e de quarentena.
Entretanto, essa interpretação foi afastada nesta semana pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em decisão, o ministro aceitou medida cautelar protocolada pelo PDT para deixar explícito que a MP 926 “não afasta a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, Distrito Federal e municípios” na área de saúde pública. Entretanto, Marco Aurélio negou pedido da Rede Sustentabilidade para suspender diversos trechos da medida, entendendo que o Congresso ainda precisa votar a matéria.
Das 126 emendas já apresentadas à MP, 41 são de senadores. Com 13 emendas, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o senador que mais protocolou pedidos de mudança na MP 926. Uma delas é a que proíbe que operadoras de planos de saúde suspendam ou cancelem, unilateralmente, os contratos dos segurados inadimplentes enquanto durar o estado de calamidade pública em razão da pandemia do coronavírus.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou seis emendas, entre elas a que dá aos governadores poder, mediante decreto, de determinar quais são os serviços públicos e atividades essenciais de cada ente. De acordo com o texto original da MP, cabe ao presidente da República tal determinação.
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou cinco emendas, entre elas a que suspende o recolhimento por três meses, pelas empresas, de PIS-Cofins, IPI e CSLL, nos mesmos moldes da suspensão do recolhimento do FGTS já previsto pela MP. “Não havendo receitas, as empresas precisarão privilegiar o pagamento de despesas como aluguel e salários, e, assim, tais tributos devem também ser suspensos pelo mesmo prazo”, diz Paim na justificativa da emenda.
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) protocolou quatro emendas à MP 926. Entre elas a que prevê ações de combate ao coronavírus especificamente destinadas às regiões e comunidades de maior vulnerabilidade. “Sabe-se que há, infelizmente, milhões de pessoas no Brasil que não têm acesso adequado aos serviços de saneamento básico, como fornecimento de água ou coleta de esgoto. Além disso, muitas moram em condições que não favorecem o isolamento e contenção do vírus, de modo que medidas específicas devem ser realizadas para essas pessoas”, argumenta Rodrigo Cunha na justificativa.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou três emendas. Uma delas proíbe o corte ou suspensão de serviços essenciais, como água, luz, gás canalizado, serviços de telefonia móvel e fixa e de acesso à internet, por concessionárias, permissionárias ou autorizatárias de serviços públicos, enquanto durar o período de emergência de saúde pública internacional decorrente do coronavírus.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) apresentou duas emendas ao texto. Uma delas propõe a criação do Comitê Gestor Federativo de Emergência em Saúde Pública, para facilitar que estados e governo federal tenham diálogo contínuo sobre medidas de enfrentamento ao coronavírus. “Apenas o diálogo e a união fraternal podem nos ajudar a superar a maior crise das nossas vidas. O povo brasileiro saberá construir com serenidade o caminho para celebrar o nosso destino comum, após a superação deste obstáculo”, diz Leila na justificativa da emenda. 
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) apresentou uma emenda, para incluir equipamentos de telecomunicações e de tecnologia da informação entre aqueles cuja aquisição fica livre de licitação por parte do Poder Público. A MP 926 alterou a Lei 13.979, de 2020, sancionada em fevereiro, que já trazia medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia, como a dispensa de licitação para compras de equipamentos de saúde. A MP explicita que a regra vale para todas as compras e serviços, inclusive de engenharia, necessários ao combate à pandemia.
O senador Flávio Arns (Rede-PR) protocolou uma emenda, para incluir no texto da MP 926 a previsão de pagamento de um Benefício de Prestação Continuada (BPC) temporário para famílias que tenham membros trabalhando com captação e tratamento de lixo e esgoto por meio de associações ou cooperativas de coletores e processadores de material reciclável, ou mesmo individualmente.
Os senadores Paulo Rocha (PT-PA), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentaram duas emendas cada um.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: parlamentares anunciam ação no STF contra campanha do governo



Da Redação | 27/03/2020, 18h04
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) anunciaram nesta sexta-feira (27) que vão entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão imediata da campanha “O Brasil não pode parar”, lançada pelo governo federal. Nos vídeos, o governo defende a flexibilização do isolamento social e a movimentação da economia.
Em nota, o senador Alessandro Vieira registrou que o lançamento de uma campanha publicitária “que não seja baseada no melhor entendimento dos especialistas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde é contraproducente, prejudica a saúde do cidadão brasileiro e chega às raias de ser criminoso”.
Ainda de acordo com a nota, “Executivo, Legislativo e Judiciário têm que agir juntos para evitar erros e podar excessos que sejam praticados” durante a pandemia do novo coronavírus. O texto acrescenta que a Presidência da República “não serve para exercer opiniões pessoais, mas para comandar a nação, para que, com base nas melhores práticas, possamos vencer essa crise.”

Repercussão

Vários senadores foram ao Twitter criticar a intenção do governo. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou o valor da campanha, que supostamente custou quase R$ 5 milhões, sem licitação. Rogério Carvalho, que é médico, lembrou que o isolamento social é uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode proteger a população. O senador ainda destacou que o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já falou que em abril o sistema de saúde do Brasil poderá entrar em colapso, por conta da demanda causada pelo coronavírus.
— Por que o governo não usa esse dinheiro para comprar ventiladores mecânicos para UTIs? — questionou o senador.
Na mesma linha, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou sua conta no Twitter para criticar a campanha. Na opinião do senador, “esse dinheiro poderia ser usado para comprar respiradores e ajudar no [projeto do] Renda Básica, mas Bolsonaro prefere aplicar na irresponsável luta contra o isolamento”. O senador Paulo Rocha (PT-PA) ponderou que “enquanto o mundo inteiro admite que não parar o país é um erro, o presidente do Brasil insiste em querer colocar os brasileiros em risco nas ruas”.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o presidente Jair Bolsonaro “não aprendeu nada com a amarga experiência da Itália, que lamenta milhares de mortos”. O senador ainda registrou um conselho: “Se puder, fique em casa”. Em sua conta no Twitter, Contarato anunciou que vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a suspensão da campanha.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) também lembrou a Itália, destacando uma campanha chamada “Milão não para”, lançada no mês passado.  Um mês depois, no entanto, a cidade registra cerca de 4,5 mil mortos e o prefeito se diz arrependido.
— É tarde, infelizmente — lamentou o senador no Twitter.
Alguns senadores, por outro lado, apoiaram a campanha. Para o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, áreas essenciais, como as que trabalham com insumos para medicamentos, alimentação e coleta de lixo, devem ter todos os cuidados e proteção. Ele diz, no entanto, que não é possível deixar o Brasil parar, “senão seremos sucumbidos e derrotados pela pandemia”.
Já o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) disse estar de “pleno acordo de que o Brasil não pode parar”, porque essa decisão apontaria para o caos. Quanto à oportunidade da veiculação da campanha, o senador diz confiar "que os estudos do governo estejam corretos”.

Milão

A Itália é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus, com mais de 8 mil mortes. No final de fevereiro, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, manifestou apoio a uma campanha intitulada “Milão não para”, que pedia a suspensão do isolamento e a retomada das atividades econômicas. Em entrevista nessa quinta-feira (26), Sala reconheceu o erro da campanha e pediu desculpas.
No início da campanha #MilãoNãoPara na internet, em 26 de fevereiro, a região de Milão tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes. Com base em dados divulgados nessa quinta, a região de Milão é a mais atingida pela covid-19 na Itália, com mais de 32 mil casos de pessoas diagnosticadas e 4,5 mil óbitos — mais da metade do número registrado no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: STF nega estender prazo de medidas provisórias



Da Redação | 27/03/2020, 18h19
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de liminar expedida pelo ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (27), rejeitou o pedido da Presidência da República para ampliar o prazo de validade das medidas provisórias (MPs) durante a pandemia de coronavírus. A decisão, porém, autorizou o Congresso a flexibilizar a tramitação das MPs, que agora poderão ser votadas independentemente de apreciação por comissão mista.
“Mesmo nas mais graves hipóteses constitucionais de defesa do Estado e das instituições democráticas, inexiste qualquer previsão de suspensão do prazo decadencial de validade das medidas provisórias, pois o texto constitucional determina a continuidade permanente de atuação do Congresso Nacional”, argumentou Moraes.
Em um despacho publicado na noite de terça-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes reconheceu a “relevância da matéria constitucional suscitada”. Ele pediu aos presidentes do Senado e da Câmara informações “sobre o atual funcionamento das Casas legislativas e suas comissões, a manutenção das sessões ordinárias, inclusive para fins de análise de medidas provisórias”.
Em resposta a Alexandre de Moraes, as Mesas do Senado e da Câmara, por intermédio da Advocacia do Senado, esclareceram conjuntamente que as Casas têm adotado “todas as providências necessárias para resguardar o pleno funcionamento do processo legislativo”, mantendo, por sistema remoto, as votações de matérias relevantes para o enfrentamento da pandemia da covid-19. A proposta de suspensão de prazo de tramitação de MPs é classificada como inconstitucional e incentivadora do abuso na edição desses atos.
“A democracia não pode parar. Não se podem sobrestar as deliberações dos órgãos típicos da representação pluralista da soberania popular para se dar azo à expansão do Poder Executivo”, argumentam as Mesas.
O documento ainda pede ao STF autorização para que Senado e Câmara estabeleçam o rito sumário de tramitação de MPs enquanto durar a emergência de saúde pública. Segundo a proposta, nessa circunstância excepcional será “autorizada a emissão de parecer em substituição à comissão mista por parlamentar de cada uma das Casas”. Em situação normal, cada medida provisória precisa ser analisada por uma comissão mista, antes da votação nos plenários da Câmara e do Senado.
Atualmente as MPs precisam ser votadas em até 120 dias. Na terça-feira (24), a Advocacia-Geral da União (AGU), ingressou com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF pedindo a suspensão dos prazos. Em seu argumento, a crise do coronavírus poderia prejudicar a tramitação das matérias.
Na ADPF 663, o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, mencionou cinco medidas provisórias prestes a perder a validade. Entre elas, a MP 905/2019, que institui o Contrato Verde e Amarelo. O texto, que foi aprovado na comissão mista e caduca no dia 20 de abril, flexibiliza a legislação trabalhista para estimular a contratação de jovens entre 18 e 29 anos. Também mencionada na ADPF, a MP 900/2019, que autoriza o Ministério do Meio Ambiente a gerir fundo de recursos provenientes de multas ambientais, perdeu a eficácia na quinta-feira (26) sem ter sido votada no Plenário da Câmara.
A AGU pediu que o STF determinasse a suspensão do prazo de validade das medidas provisórias até que o Congresso retome as condições de normalidade para votação das matérias. A interrupção dos prazos de tramitação é prevista na Constituição durante os períodos de recesso parlamentar.
Moraes é relator de outra ação sobre o mesmo tema (ADPF 661), movida pelo diretório nacional do PP, a pedido do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). Em uma rede social, o parlamentar argumenta que “a anormalidade da situação acaba por gerar prejuízo para a apreciação de medidas provisórias importantes que, por exemplo, não estão sendo avaliadas por comissões parlamentares mistas, suspensas neste período”. Segundo Heinze, a liminar pretende “reparar lesões ao preceito fundamental de devido processo legislativo, harmonia dos Poderes e relevante interesse público no debate de normas destinadas ou não ao combate e prevenção da covid-19”.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Fabiano Contarato (Rede-ES), defende a suspensão do prazo de tramitação das medidas provisórias que não tenham parecer proferido nas comissões mistas. Para ele, as matérias que aguardam votação no Plenário poderiam ser apreciadas pelo sistema de votação virtual.
— Neste momento, não havendo a possibilidade de reunião das comissões mistas para a análise das MPs, estou de acordo com o entendimento pela suspensão do prazo de validade delas. Estamos inviabilizados de apreciação das MPs nas comissões mistas, por uma situação de força maior: a crise do coronavírus que nos coloca em situação de isolamento social. Em que pese já termos votações fundamentais em Plenário virtualmente, isso não se estendeu às comissões mistas por enquanto — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: senadores apoiam linha de crédito para pequenas e médias empresas



Da Redação | 27/03/2020, 18h37
Vários senadores apoiaram a medida anunciada nesta sexta-feira (27) pelo governo federal de abrir uma linha de crédito emergencial no valor de R$ 40 bilhões para pequenas e médias empresas pagarem os salários dos seus funcionários durante dois meses.
A expectativa é que o programa beneficie trabalhadore e alivie empresas da pressão econômica gerada pela pandemia de coronavírus.
O empréstimo cobrirá dois meses da folha de pagamento. Nesse período, a empresa não poderá demitir funcionários.
— Ações desse tipo, de socorro e apoio às pequenas e médias empresas, são fundamentais para a garantia do emprego e para catalisarmos, no futuro próximo, a retomada do crescimento. Outras ações certamente ainda serão necessárias. O Brasil, como todo o mundo, sentirá os efeitos das ações que precisam ser tomadas em razão do coronavírus. Mas com a união de esforços do governo, do Congresso e de toda a sociedade sairemos desta fase difícil — declarou o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG).
De acordo com o Banco Central, a linha de crédito poderá estar disponível dentro de 15 dias para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. As taxas de juros devem ser de 3,75% anuais. Estão previstos seis meses de carência para o pagamento, que poderá ser feito em até 36 meses.
— Essa medida é exclusiva para pagamento da folha e limita-se a dois salários mínimos [por funcionário], com o compromisso de manutenção do emprego. Excelente medida — avaliou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Bancos

Do total de R$ 40 bilhões, estima-se que a maior parte (cerca de 85%) será financiada via Tesouro Nacional, enquanto o restante deverá vir do setor bancário. Alguns senadores já haviam manifestado anteriormente a necessidade de os bancos colaborarem no esforço nacional de combate à crise provocada pela covid-19.
— Colocar R$ 1,2 trilhão nos bancos e R$ 10 bilhões na saúde é uma enorme insensatez. Temos que olhar para o nosso povo, de Norte a Sul, pois ele está sofrendo muito com o coronavírus. Precisamos salvar vidas e garantir empregos e renda — destacou o senador Paulo Paim (PT-RS).
A mesma crítica veio do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), em sua conta no Twitter.
— Os bancos lucraram mais de R$ 100 bilhões no ano passado. Mas, na hora da crise, aumentam os juros e restringem o crédito. Este ano, as instituições reforçaram seus caixas em mais de R$ 200 bilhões, com a liberação dos depósitos compulsórios pelo Banco Central — ressaltou.

Lucro

Projeto do senador Weverton (PDT-MA) propõe aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos de 20% para 50%. Os recursos arrecadados com esse aumento, defende ele, seriam aplicados nas ações de combate à pandemia de coronavírus.
— O aumento de receitas da União é primordial para que se possa utilizar esses recursos em políticas sociais que protejam a população — explicou.
De acordo com Weverton, os três maiores bancos privados do Brasil obtiveram arrecadação, somente em serviços, de R$ 440 bilhões nos últimos quatro anos. Esse montante teve origem, segundo o senador, em serviços como anuidades de cartão de crédito, taxas de operações de crédito e pagamento de transferências.
— Chegou a hora de os grandes bancos darem a sua contribuição. O aumento do percentual é compatível com os lucros. É injusto que faltem recursos para o combate à pandemia, enquanto os tributos pagos pelos segmentos com maior poder econômico permanecem intactos. Os mais ricos precisam contribuir —  argumentou Weverton.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado debate quatro propostas de imposto sobre grandes fortunas



Da Redação | 27/03/2020, 20h12
Visto como uma potencial fonte de arrecadação para o país, o imposto sobre grandes fortunas (IGF) é tema de quatro projetos em tramitação no Senado. Dois deles foram apresentados após o início da pandemia do novo coronavírus — e citam essa calamidade sanitária como motivo de suas medidas.
Segundo regras constitucionais, um novo imposto só pode valer a partir do ano seguinte à sua criação. Desse modo, mesmo que um desses projetos seja aprovado durante a crise do coronavírus, ele não poderá ser cobrado a tempo de trazer recursos imediatos. Mesmo assim, os senadores citam a justiça social e os custos futuros da pandemia como fatores que justificam suas iniciativas.
O imposto sobre grandes fortunas está previsto na Constituição Federal desde sua promulgação, mas necessita de uma lei que o implemente, algo que nunca foi feito.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é autora do mais recente desses projetos, o PLP 50/2020, apresentado na quinta-feira (26). Além da criação do imposto, ela sugere uma medida que poderia gerar efeitos imediatos: o empréstimo compulsório aplicado às grandes fortunas.
O empréstimo compulsório é uma ferramenta que a Constituição permite em circunstâncias emergenciais, como guerras ou calamidades públicas. A crise provocada pelo novo coronavírus provocou a decretação de estado de calamidade no país até 31 de dezembro, abrindo caminho para essa possibilidade. Ao contrário dos impostos, o empréstimo compulsório não precisa aguardar o ano seguinte para começar a valer. No entanto, os valores arrecadados devem ser devolvidos no futuro.
De acordo com o texto de Eliziane, o empréstimo consistiria em uma alíquota de 4% aplicada sobre a mesma base tributária do imposto que a senadora propõe: patrimônios acima de 12 mil vezes o limite de isenção do imposto de renda. O dinheiro seria retornado a partir de 2021, remunerado pela Taxa Referencial (TR) – mesmo índice usado na atualização dos valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Sabemos que historicamente no Brasil os mais ricos pagam poucos tributos, e frequentemente se beneficiaram de favores estatais. Tributar grandes fortunas é uma forma de a sociedade receber de volta uma pequena parcela de renúncias fiscais e subsídios dados no passado”, escreve a senadora em sua justificativa para o projeto.
Os empréstimos seriam utilizados enquanto durasse o período de calamidade, e depois disso entraria em vigência o IGF. Ao defender sua proposta, a senadora argumenta que a crise terá efeitos de longo prazo: causará desemprego e fechamento de empresas, e o impacto sobre a atividade econômica influenciará negativamente a arrecadação do Estado mesmo depois do fim da pandemia.
“Não havendo fluxo de renda no presente, o Estado deve buscar recursos acumulados no passado. É apenas natural tributar o patrimônio dos que se enquadram no parâmetro de grandes fortunas”, conclui.
O projeto de Eliziane segue os moldes de um texto que já tramitava no Senado. O PLP 183/2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), foi apresentado no ano passado, mas ainda não tem parecer de comissão. O projeto — anterior à pandemia — trata apenas do IGF, sem fazer referência a empréstimos compulsórios.
Plínio julga que o tema da tributação de grandes fortunas é um “tabu”, e por isso não foi regulamentado nos mais de 30 anos que se seguiram à promulgação da Constituição. No entanto, ele vê espaço para a aprovação da proposta no Senado, especialmente diante das dificuldades exacerbadas pela pandemia de coronavírus.
— A distribuição de renda no Brasil é muito injusta. [O IGF] amenizaria um pouco essa situação horrorosa — afirma o senador.
Dos quatro projetos em tramitação, o mais antigo é o PLS 315/2015, do senador Paulo Paim (PT-RS), que também não passou pela análise de comissões. A outra iniciativa sobre o tema, do senador Reguffe (Podemos-DF), é o PLP 38/2020, que propõe a vigência imediata do imposto — mas isso não é permitido pela Constituição.

Valores

Segundo Josué Pellegrini, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o imposto sobre grandes fortunas é socialmente justo, mas tem um potencial arrecadatório baixo e um grande risco de elisão fiscal (utilização de brechas na lei ou interpretações legais que permitam pagar menos tributos ou até não pagá-los).
Ele afirma que a incidência de um imposto gera reações dos contribuintes, que mudam seus hábitos e práticas para escapar da cobrança. Isso é diferente de evasão fiscal, pois o que acontece não é a sonegação do imposto devido, mas sim a reorganização da base tributária. Com o passar do tempo, isso geraria perda de eficácia do imposto.
— Do ponto de vista arrecadatório, não se deve nutrir muitas esperanças. É um imposto difícil de 'capturar'. Ao longo do tempo, começa o 'planejamento' tributário, porque as pessoas físicas têm como esconder patrimônio, transferindo recursos para empresas ou levando-os para o exterior — argumenta Josué.
O potencial de arrecadação do IGF também seria, atualmente, uma incógnita, porque a base de dados pública da Receita Federal, a partir da qual se pode fazer simulações de alíquotas, não estaria atualizada.
Uma proposta divulgada no início da semana por entidades de auditores fiscais projeta uma receita de R$ 40 bilhões anuais com o IGF, sobre uma base de arrecadação que consistiria em patrimônios pessoais acima de R$ 20 milhões, com alíquotas de 1%, 2% e 3%. De acordo com a proposta, esse valor corresponde a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019.
Os projetos em análise no Senado propõem alíquotas de no máximo 1%. Nos textos de Eliziane Gama e Plínio Valério, a base de arrecadação começaria um pouco acima dos R$ 20 milhões. Já os textos de Paulo Paim e Reguffe iniciam a tributação a partir de pouco mais de R$ 50 milhões
No entanto, o imposto sobre grandes fortunas pode se justificar por aumentar a isonomia do sistema tributário. Nesse aspecto, a crise provocada pelo novo coronavírus pode lhe oferecer uma perspectiva mais favorável do que a existente nos últimos anos, segundo Josué Pellegrini.
— Essa experiência vai ser tão marcante que, possivelmente, a humanidade nunca mais seja a mesma. É possível que a nossa mentalidade convirja para a solidariedade. A estrutura tributária brasileira é falha no ponto de vista isonômico, desde o imposto de renda. É possível que, após o coronavírus, possa haver um impulso para uma reforma muito mais ampla do que a introdução do IGF — opina o diretor da IFI.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

PF acompanha procedimentos sobre morte de tripulante filipino em navio mercante



Ação PF

Tripulante teria infartado
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Publicado27/03/2020 08h17Última modificação27/03/2020 08h17
Aracaju/SE - A Polícia Federal na quarta-feira (25/3) pelo comandante da embarcação MV Argo B, de bandeira das Ilhas Marshall, informando o falecimento de um dos tripulantes do navio, de nacionalidade filipina e de 44 anos de idade, provavelmente de infarto. 
Na quinta-feira (26/3), a Polícia Federal, a Marinha do Brasil e a Anvisa estiveram no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) para inspeção do local e acompanhamento dos procedimentos. O corpo do filipino foi removido pelo Instituto Médico Legal, onde permanecerá até ser encaminhado ao seu país de origem.
A Embaixada Filipina no Brasil foi comunicada do falecimento do estrangeiro, enquanto o agente marítimo e uma empresa especializada de seguro estão se encarregando de retorná-lo para o país de sua nacionalidade.
Segundo o comandante da embarcação, o seu substituto embarcou no navio no dia 2/11/2019, no Porto do Egito. Sentiu grande mal-estar e fraqueza no dia 24/3, sem gripe ou tosse, e foi encontrado sem vida, no dia 25/3, às 4 horas, em sua cabine. 
A ANVISA descartou a possibilidade de tratar-se de um caso de COVID-19.
A Polícia Federal mantém-se vigilante neste período excepcional em que o país enfrenta o maior desafio dos últimos anos. Respeitando as limitações impostas pela decretação de situação de emergência da saúde pública, permanece compromissada com suas atribuições e com o bem-estar da nação brasileira.

Comunicação Social da Polícia Federal em Sergipe
Contato: (79) 3234.8527

Ação PF

Polícia Federal prende acusado de homicídio em grupo de deportados que chegou dos Estados Unidos



Dentre os 44 brasileiros que chegaram ao Aeroporto de Confins-Belo Horizonte/MG, em um voo de deportados enviado pelas autoridades norte-americanas, havia um foragido da justiça brasileira
por
Publicado27/03/2020 14h32Última modificação27/03/2020 14h41
Belo Horizonte/MG – A Polícia Federal prendeu, na tarde de hoje (27/3), um homem de 50 anos, foragido internacional, que figurava na lista de Difusão Vermelha da Interpol, assim que desembarcou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins/MG.
O passageiro chegou ao Brasil em mais um voo oriundo dos Estados Unidos da América, trazendo brasileiros inadmitidos e deportados pelas autoridades norte-americanas.
Ao realizarem os trâmites de controle migratório, os policiais cumpriram o mandado judicial de prisão preventiva que havia contra o viajante, expedido pela Comarca de Conselheiro Pena/MG, pelo crime de homicídio.
O cumprimento da ordem foi possível em razão de uma ação coordenada entre a Polícia Federal, a Agência de Imigração Americana (ICE) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) de Governador Valadares/MG, possibilitando deter o foragido em Boston/EUA, para fins de deportação, simultaneamente às prisões que ocorreram no Brasil, durante a deflagração da Operação “La Famiglia” no leste de Minas Gerais.
O preso seria membro de uma organização criminosa conhecida como “Irmandade” ou “Família”, que atuava na mencionada região há pelo menos 20 anos e era composta por policiais militares e civis, agentes penitenciários, políticos, empresários e fazendeiros. A ORCRIM era hierarquizada e possuía sofisticada divisão de tarefas, atuando na prática de diversos crimes como extorsão, corrupção ativa e passiva, concussão e homicídios por recompensa. O foragido teria contratado a morte de pelo menos duas pessoas, antes de fugir para os EUA, em agosto de 2017.
Após exame de corpo de delito, o preso foi conduzido para a Penitenciária Nelson Hungria, onde ficará à disposição do Juízo de Conselheiro Pena/MG. Se condenado, sua pena pode chegar aos 30 anos de reclusão.


Comunicação Social – PF/MGcs.srmg@dpf.gov.br | www.pf.gov.br(31) 3330-5270

Polícia Federal apreende 200 toneladas de minério de manganês que seriam exportadas ilegalmente



Ação ocorreu no Pará e faz parte do esforço investigativo do órgão para a repressão à extração ilegal de minérios na região
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Publicado28/03/2020 13h54Última modificação28/03/2020 13h54
Marabá /PA - A Polícia Federal apreendeu, no final da tarde de ontem (27/3), dois caminhões de grande porte (bitrem) que transportavam, sem autorização legal, aproximadamente 200 toneladas de minério de manganês.
A ação se deu em cumprimento à ordem judicial, expedida pela 2ª Vara Federal de Marabá, após representação da autoridade policial local.
Os caminhões, carregados com o minério, tinham como destino o porto de Barcarena/PA, de onde partiriam, de forma ilegal e clandestina, para o exterior.
A apreensão é fruto do trabalho desenvolvido pela Policia Federal na desarticulação da exploração ilegal do minério na região, que culminou com a Operação "Rota do Minério", deflagrada no dia 07 de fevereiro de 2020. A referida matéria prima pertence à União Federal, e sua exploração sem as devidas licenças configura crime contra o patrimônio, na modalidade usurpação, além de crime ambiental.
Após a apreensão dos veículos, foi instaurado inquérito policial para a identificação dos motoristas e proprietários dos caminhões, que irão responder pelo crime previsto no artigo 2º, §1° da lei n° 8176/91, com pena prevista de até cinco (5) anos de detenção, além do artigo 55 da lei de crimes ambientais ( lei n° 9.605), com pena de detenção de até um ano.

Comunicação Social da PF

PF apreende mais de 60 kg de maconha em Foz do Iguaçu/PR





Ação PF

A ação foi um trabalho desenvolvido pela Operação Hórus, composta por PF, PRF, RF - Alfândega, COBRA/BPFRON/PM/PR, BOPE/PM/MS, DOF/MS, COPE e TIGRE PC/PR, FNSP e Exército do Brasil

Última modificação: 28/03/2020 18h02
Foz do Iguaçu/PR - Por volta das 20h30 da última sexta-feira (27/3), policiais federais e da Força Nacional, em patrulhamento embarcado pelo Rio Paraná, detectaram a movimentação de uma embarcação oriunda do Paraguai e aportando em território nacional.
Ao realizarem a abordagem, seus ocupantes empreenderam fuga pela barranca e mata existente no local. Constatou-se que a embarcação de madeira a remo estava carregada com três volumes contendo aproximadamente 63 kg de maconha.
Embarcação e entorpecente foram apreendidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para as devidas providências.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR
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Ação PF

Polícia Federal apoia família de haitianos em situação crítica





Haitianos retirados da Bolívia por situação migratória irregular são acolhidos pela Polícia Federal e autorizados a entrar no país
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Publicado: 28/03/2020 18h18Última modificação: 28/03/2020 18h20
Corumbá/MS - A Polícia Federal acolheu neste sábado (28/03) uma família de cidadãos haitianos que, retirada da Bolívia por situação migratória irregular no país, não pode entrar no Brasil em razão do fechamento das fronteiras.
A família, em razão da situação, acabou ficando entre as duas imigrações, brasileira e boliviana, no Posto Migratório de Corumbá/MS. A Polícia Federal, em ato de solidariedade, providenciou alimentação e o alojamento aos cidadãos haitianos no local.
Após ser comunicado do caso, o Ministro da Justiça e Segurança Pública autorizou o ingresso da família no país. Os haitianos serão conduzidos até um abrigo e permanecerão em quarentena por 14 dias. 
A Polícia Federal segue em suas atividades de controle de fronteiras, em investigações buscando desarticular organizações criminosas e administrativas, sem descuidar da relevância social de suas atividades, mesmo em meio a atual crise de saúde pública.