sexta-feira, 27 de março de 2020

Coronavírus: parlamentares anunciam ação no STF contra campanha do governo



Da Redação | 27/03/2020, 18h04
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) anunciaram nesta sexta-feira (27) que vão entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão imediata da campanha “O Brasil não pode parar”, lançada pelo governo federal. Nos vídeos, o governo defende a flexibilização do isolamento social e a movimentação da economia.
Em nota, o senador Alessandro Vieira registrou que o lançamento de uma campanha publicitária “que não seja baseada no melhor entendimento dos especialistas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde é contraproducente, prejudica a saúde do cidadão brasileiro e chega às raias de ser criminoso”.
Ainda de acordo com a nota, “Executivo, Legislativo e Judiciário têm que agir juntos para evitar erros e podar excessos que sejam praticados” durante a pandemia do novo coronavírus. O texto acrescenta que a Presidência da República “não serve para exercer opiniões pessoais, mas para comandar a nação, para que, com base nas melhores práticas, possamos vencer essa crise.”

Repercussão

Vários senadores foram ao Twitter criticar a intenção do governo. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou o valor da campanha, que supostamente custou quase R$ 5 milhões, sem licitação. Rogério Carvalho, que é médico, lembrou que o isolamento social é uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode proteger a população. O senador ainda destacou que o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já falou que em abril o sistema de saúde do Brasil poderá entrar em colapso, por conta da demanda causada pelo coronavírus.
— Por que o governo não usa esse dinheiro para comprar ventiladores mecânicos para UTIs? — questionou o senador.
Na mesma linha, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou sua conta no Twitter para criticar a campanha. Na opinião do senador, “esse dinheiro poderia ser usado para comprar respiradores e ajudar no [projeto do] Renda Básica, mas Bolsonaro prefere aplicar na irresponsável luta contra o isolamento”. O senador Paulo Rocha (PT-PA) ponderou que “enquanto o mundo inteiro admite que não parar o país é um erro, o presidente do Brasil insiste em querer colocar os brasileiros em risco nas ruas”.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o presidente Jair Bolsonaro “não aprendeu nada com a amarga experiência da Itália, que lamenta milhares de mortos”. O senador ainda registrou um conselho: “Se puder, fique em casa”. Em sua conta no Twitter, Contarato anunciou que vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a suspensão da campanha.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) também lembrou a Itália, destacando uma campanha chamada “Milão não para”, lançada no mês passado.  Um mês depois, no entanto, a cidade registra cerca de 4,5 mil mortos e o prefeito se diz arrependido.
— É tarde, infelizmente — lamentou o senador no Twitter.
Alguns senadores, por outro lado, apoiaram a campanha. Para o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, áreas essenciais, como as que trabalham com insumos para medicamentos, alimentação e coleta de lixo, devem ter todos os cuidados e proteção. Ele diz, no entanto, que não é possível deixar o Brasil parar, “senão seremos sucumbidos e derrotados pela pandemia”.
Já o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) disse estar de “pleno acordo de que o Brasil não pode parar”, porque essa decisão apontaria para o caos. Quanto à oportunidade da veiculação da campanha, o senador diz confiar "que os estudos do governo estejam corretos”.

Milão

A Itália é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus, com mais de 8 mil mortes. No final de fevereiro, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, manifestou apoio a uma campanha intitulada “Milão não para”, que pedia a suspensão do isolamento e a retomada das atividades econômicas. Em entrevista nessa quinta-feira (26), Sala reconheceu o erro da campanha e pediu desculpas.
No início da campanha #MilãoNãoPara na internet, em 26 de fevereiro, a região de Milão tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes. Com base em dados divulgados nessa quinta, a região de Milão é a mais atingida pela covid-19 na Itália, com mais de 32 mil casos de pessoas diagnosticadas e 4,5 mil óbitos — mais da metade do número registrado no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Além de saúde, outros serviços essenciais não param no DF



Obras necessárias à segurança da população prosseguem, especialmente durante o período em que há pouco movimento e as máquinas podem operar com mais agilidade

Além do reconhecido atendimento desempenhado pelos profissionais da saúde em hospitais, postos e laboratórios, outros serviços considerados essenciais à população não param, mesmo em meio ao combate à pandemia de coronavírus no Distrito Federal.
Na linha de frente de podas de árvores e mato e fechamento de buracos estão a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Nesta sexta-feira (27), homens e máquinas dos dois órgãos do DF foram vistos em três importantes vias brasilienses.
Trabalhos de roçagem no mato e podas: em tempo de chuva, principalmente, ação não pode parar | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
Na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), no trecho entre o Park Way e Santa Maria, tanto a pista quanto a marginal ganharam reparos no asfalto e roçagem de mato, respectivamente. Pela manhã e no início da tarde, um grupo de funcionários do DER fazia o serviço de tapa-buracos na frente do Park Way, enquanto uma equipe da Novacap aparava o mato no canteiro central próximo ao Catetinho e à margem da Epia, em direção a Santa Maria.
DER em ação
A maior concentração de buracos nessa parte da Epia fica um pouco antes da floricultura, e no sentido Plano Piloto. Em dias normais, dificilmente naquele horário, por volta das 11h, seria possível fazer reparos no asfalto. Com a determinação do Governo do Distrito Federal de instituir o teletrabalho para algumas categorias de servidores e o fechamento das escolas, o movimento de carros diminuiu consideravelmente. Então, o DER aproveitou o baixo fluxo de veículos e entrou em ação.
Operações de reparos no asfalto também seguem em ritmo intenso, aproveitando o pouco movimento: tudo pela segurança| Foto: Divulgação / DER
Para quem passava pela Epia, foi um alívio poder acompanhar as obras. Empresário de Santa Maria, Cristiano Ferreira, 42 anos, pontuou que os buracos são um perigo para o motorista desavisado que trafega por ali. Ele conta que já soube de vários acidentes provocados pela má conservação da pista. “Essa estrada é nova [foi construída no governo passado], e já está assim, precisando de reforma, mas que bom que o governo atual tem feito esse trabalho”, comemorou.
Novacap entra em campo
Um pouco antes do Park Way, no sentido Santa Maria, funcionários de uma empresa contratada pela Diretoria de Urbanização da Novacap diminuíam o tamanho do mato até uma altura que ficasse agradável aos olhos de quem aprecia paisagens verdejantes à margem da estrada. Responsável pelo serviço, o tratorista Sérgio Ferreira Lima admirava a dimensão da área que já tinha roçado. “Comecei na área perto de Santa Maria e estou aqui já”, mostrou o trabalhador.
Além da Epia Sul, a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e a DF-345, que fica em Planaltina, também receberam a operação Buraco Zero. Nessas vias, foram fechadas pequenas aberturas que surgiram em meios a asfalto em bom estado de conservação. Por isso, não foi necessário aplicar uma nova manta de piche.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Ponte JK terá uma faixa interditada durante o fim de semana



Medida é necessária para Novacap realizar reparos

A partir de meia-noite desta sexta-feira (27), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal fará a interdição de uma faixa da Ponte JK.  O trânsito será interrompido na faixa da direita, no sentido Plano Piloto – Lago Sul.
A medida atende à solicitação da Novacap, que realizará obras de reparo nas placas de dilatação da ponte. A previsão é que as obras aconteçam durante o fim de semana e a faixa seja liberada a partir das 10h de segunda-feira (30).
O Detran recomenda aos condutores que reduzam a velocidade e redobrem a atenção no local para evitar acidentes.
*Com informações do Detran

 AGÊNCIA BRASÍLIA

Gastos do Bolsa Alimentação já passam de 60%



Valores foram liberados para suprir merenda escolar durante suspensão das aulas

Novo balanço da utilização dos recursos liberados para o Bolsa Alimentação, divulgado nesta sexta-feira (27), mostra que 61,39% dos valores já foram utilizados pelos beneficiários, o que corresponde a R$ 4.130.643,85. No total, foram liberados R$ 6,7 milhões para cerca de 100 mil estudantes que fazem parte do Programa Cartão Material Escolar, ou seja, devidamente matriculados na rede pública de ensino do Distrito Federal e cujas famílias estão no Programa Bolsa Família, do Governo Federal.
A grande maioria dos recursos tem sido empenhada em hipermercados, totalizando R$ 3,4 milhões, ou seja, 84,57% do total utilizado até o momento. Os valores também têm sido gastos em atacados (8,06%) e outros setores de alimentação (3,46%).
O benefício vai ser agora estendido para cerca de 20 mil crianças de 0 a 5 anos atendidas pelas creches parceiras da rede pública de ensino do Distrito Federal (CEPIs e creches conveniadas). Os cartões para essas famílias começaram a ser entregues nesta sexta (27), em um esquema elaborado pelas coordenações regionais de ensino para evitar aglomerações.
Os servidores que realizam a entrega dos cartões estão munidos com álcool líquido 70% para higienização constante das mãos para minimizar o risco de contaminação. A entrega dos cartões segue até o dia 2 abril. As famílias que ainda não buscaram o Cartão Material Escolar também devem ficar atentas ao cronograma divulgado por regional de ensino pela Secretaria de Educação para buscá-los nos locais e horários indicados.
* Com informações da Secretaria de Educação
AGÊNCIA BRASÍLIA *

Adasa adia reajuste de tarifas da Caesb



Agência determina que medida só deve entrar em vigor em 1º de outubro e que a companhia poderá adotar o faturamento pela média do consumo dos últimos 12 meses

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) adiou para 1° de outubro a vigência do reajuste tarifário anual da Caesb, que seria a partir de 1° de junho. A decisão foi em decorrência da decretação do Estado de Calamidade Pública no país, devido à disseminação do coronavírus e as previsões de tendência acentuada de queda na atividade econômica e de elevação no nível de desemprego.
Foto: Agência Brasília/Arquivo
De acordo com a Resolução n° 3, publicada nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial do DF, a Caesb poderá adotar o faturamento pela média do consumo medido nos últimos 12 meses, como forma alternativa de leitura dos hidrômetros, neste período de isolamento social.
A Resolução também flexibiliza o prazo de leitura dos hidrômetros e dos Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TACs) que definem períodos para o cumprimento de obras e serviços.
O ato normativo acrescenta que a data de 1° de outubro poderá ser reavaliada durante o período de enfrentamento da pandemia.
Sem reajusteA Caesb, por sua vez, informa que, desde o dia 15 de março de 2020, quando anunciou que não cortaria a água dos usuários inadimplentes, devido à pandemia do coronavírus, está preocupada com a vida e a saúde de seus empregados e colaboradores e de toda a população do DF. 
Diante deste momento de excepcionalidade, a companhia entende que não é hora para decidir reajuste nem definir datas para fixá-lo. A empresa reforça que o seu objetivo é garantir a continuidade do atendimento. Entretanto, ela entende que é regulada pela Adasa e deve obedecer às resoluções desta.
Com informações da Adasa e da Caesb
AGÊNCIA BRASÍLIA

Secretaria de Saúde paga R$ 5,5 milhões em TPD nesta sexta-feira (27)



Ao todo, 4.090 servidores serão beneficiados com a liberação dos recursos

A Secretaria de Saúde (SES) pagará, na noite desta sexta-feira (27), a 4.090 servidores da pasta, um total de R$ 5.586.501,80, valor referente ao Trabalho por Período Determinado (TPD) executado em janeiro desde ano. Assim como nos demais meses, o pagamento é feito dentro do prazo previsto em legislação, de até 60 dias após as horas trabalhadas.
“O governador Ibaneis Rocha determinou que déssemos continuidade à política de respeito e valorização aos servidores”, destaca o secretário de Saúde, Francisco Araújo. “Nesse cenário de enfrentamento ao novo coronavírus, os servidores é que farão a diferença para que tenhamos êxito na assistência à população.”
A SES, lembra o gestor, está investindo mais em equipamentos, insumos, medicamentos e ações firmes para vencer essa pandemia. “Mais do que nunca, é imprescindível que continuemos a envidar os esforços necessários para assegurar os pagamentos de forma regular, pois os servidores estão focados no enfrentamento à Covid-19 em todas as áreas da saúde”.
A subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Saúde, Silene Almeida, ressalta o trabalho do Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF) junto à Secretaria de Economia para manter esse compromisso. “Continuamos a cumprir o que firmamos no início da gestão. Isso é a prova do esforço que o governo tem feito para valorizar o trabalho realizado pelo servidor público”, comentou.
Trabalho por Periodo Determinado
O TPD é um instrumento utilizado pela SES para suprir eventuais déficits e garantir a assistência ao cidadão. O atraso no depósito dos valores de horas extras cumpridas até junho de 2018 – que, após essa data, foram transformadas em TPD – foi corrigido somente a partir da gestão atual do GDF, que conseguiu regularizar os pagamentos e, desde então, tem depositado em dia os recursos.
A Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep), por sua vez, também vem atuando no sentido de recompor a força de trabalho. Com a chegada de servidores que optaram por não permanecer cedidos ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), e também por conta da ampliação de carga horária de centenas de funcionários – de 20 horas para 40 horas semanais de trabalho –, a expectativa é que o investimento com TPD seja gradativamente reduzido.
Com informações da SES
AGÊNCIA BRASÍLIA *

Saúde publica orientações técnicas sobre uso de EPIs



Documento também orienta sobre fluxo de atendimento e cuidados com higiene em hospitais e ambulâncias

A Secretaria de Saúde publicou uma nota técnica com orientações para os serviços de saúde, com as medidas que devem ser adotadas para utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de coronavírus, causador da doença Covid-19).
Além do uso de EPI, o documento ainda diz ser necessário que os serviços de saúde tenham fluxos claros e bem definidos sobre o atendimento de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19. Além disso, ressalta a importância da ampla divulgação aos colaboradores que participam do atendimento aos pacientes – profissionais da assistência e profissionais da área de apoio (laboratório, radiologia, nutrição, farmácia, manutenção, etc).
Ainda de acordo com a nota, os fluxos devem contemplar medidas de prevenção e controle da propagação do vírus desde antes da chegada do paciente ao serviço de saúde. Isso inclui chegada, triagem e espera do atendimento, bem como durante toda a assistência prestada em todas as unidades dos serviços de saúde.
O documento também pede que os serviços de saúde mantenham registro de todas as pessoas que prestaram assistência direta ou entraram nos quartos ou na área de assistência dos pacientes suspeitos ou confirmados. As recomendações também valem para veículos de transporte de pacientes, como as ambulâncias.
“É imprescindível que os profissionais da linha de frente no atendimento sejam constantemente capacitados sobre as técnicas de paramentação e desparamentação, evitando que haja falha na execução dessas técnicas”, esclarece a nota técnica.
“A nota tem o intuito de padronizar a informação para todos os hospitais, sejam eles públicos, privados ou militares, para todos trabalharem de maneira uniforme quanto à utilização do equipamento de proteção individual (EPI), devendo ser usado de forma responsável e com o objetivo de evitar a falta de insumos”, explica a gerente de Risco em Serviços de Saúde da Vigilância Sanitária, Fabiana Rodrigues.
Contingência
Além da nota técnica, a Gerência de Risco em Serviços de Saúde da Vigilância Sanitária também entrou em contato com os representantes de hospitais públicos, privados e militares e solicitou que todos enviem seus planos de contingência locais, se baseando no documento da Secretaria de Saúde.
“Este plano precisa contemplar, minimamente, os cuidados que os profissionais precisam ter desde a chegada do paciente à unidade. É importante também que os serviços façam a previsão de quantitativo necessário de EPI, fluxograma de atendimento, definam área exclusiva para pacientes suspeitos e confirmados de Covid 19, entre outros”, elenca Fabiana Rodrigues.
Os planos devem ser apresentados até a próxima semana. “Já recebemos de alguns hospitais, inclusive privados, e estão todos seguindo as recomendações. Aqueles que precisam de ajustes, vamos orientando até que fiquem adequados”, diz.
* Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA

GDF Presente recolhe 700 toneladas de entulho em Ceilândia em 5 dias



Material foi levado para a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), no antigo Lixão da Estrutural

O trabalho do GDF Presente não para, mesmo em época de isolamento social para prevenção da contaminação pelo coronavírus. Essa semana, as equipes do programa se concentraram na retirada de entulho das cidades, uma operação que pode ser feita com o mínimo de contato entre os trabalhadores, o que evita a exposição e garante a segurança do pessoal.
Desde segunda-feira (23), o GDF Presente trabalha nas ruas de Ceilândia. O coordenador do Polo Oeste, Elton Walcacer, conta que oito caminhões caçamba, uma retroescavadeira e uma pá escavadeira são usados para a retirada de entulho na região administrativa. “Assim, só é necessário o trabalho de um motorista para cada caminhão e um operador por máquina. Assim, temos o risco mínimo de contato uns com outros”, diz.
Inicialmente, o plano da Administração Regional de Ceilândia era fazer a limpeza das quadras QNQ e QNR, mas, com o reforço das equipes com a chegada do GDF Presente, foi possível expandir a limpeza para outras partes de Ceilândia Sul e Norte. “As pessoas jogam resto de obra e móveis velhos nas áreas públicas vazias e nos canteiros centrais da cidade”, conta o diretor de Obras da administração, Sérgio Pimenta.
Em cinco dias, foram recolhidas cerca de 700 toneladas de entulho, que foram levadas para a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), no antigo Lixão da Estrutural. “E olha que choveu muito aqui essa semana. O recolhimento de lixo em Ceilândia é um trabalho rotineiro. Agora estamos com apoio do GDF Presente, mas temos uma equipe que faz isso todo dia”, afirma Pimenta. “Precisamos do apoio da população para manter a cidade limpa”, reivindica.
Dengue
Ronaldo Alves, coordenador do Polo Norte do programa, diz que a limpeza das cidades também é uma forma de acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. “Em época de coronavirus, estamos prevenindo outra doença que mata no Distrito Federal e no Brasil: a dengue”, afirma.
Desde terça-feira (24), o pessoal do Polo Norte trabalha na Fercal, de onde já foram retiradas mais de 430 toneladas.
“A Fercal tem várias áreas espalhadas de transbordo irregular de lixo.  A maior parte do entulho foi retirada na comunidade do Bananal, em uma área conhecida como “Campo da Ascos”, e de um lugar chamado “curvas”, que fica no acesso entre Sobradinho II e a Fercal por uma estrada de terra que passa pela Vila Rabelo”, conta Ronaldo. “Isso sem contabilizar o lixo jogado nas ribanceiras, que a Fercal tem muito. Esse lixo a gente não consegue ver, nem infelizmente recolher”, completa.
No Itapoã, o trabalho do Polo Leste é feito de rua a rua. “Os moradores jogam entulho e inservíveis, sofás e colchões velhos, em frente as casas mesmo”, diz o coordenador do polo, Júnior Carvalho. Na região administrativa, mais de 250 toneladas foram recolhidas. O trabalho segue até este sábado (28).
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Ceasa faz campanha para estimular venda por “delivery” de pequenos produtores



Com fechamento de feiras, empresa divulga perfis que fazem entrega de hortifrútis em casa

As Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) lançaram uma campanha em suas redes sociais para promover e divulgar a entrega produtos de hortifrúti em domicílio. Com a suspensão temporária das feiras livres como medida preventiva à proliferação do coronavírus, produtores rurais, principalmente os da agricultura familiar, sentiram o impacto nas vendas e no escoamento dos seus produtos, readaptando a prática de atendimento presencial nas barracas pelo “delivery”.
A mudança na última semana causou um impacto tanto na comercialização como no modo de atendimento, o que exigiu dos agricultores a reinvenção na operacionalização das vendas. Foi então que a direção da Ceasa, aberta aos produtores, mas fechada ao consumidor do varejo (pequenas quantidades) desde 19 de março, decidiu lançar uma campanha e divulgar em suas plataformas digitais (Instagram e Facebook).
“Pensando no impacto financeiro, a Ceasa-DF se solidariza com todos os integrantes da cadeia alimentar que comercializam na nossa central e os chama para marcarem a empresa (@ceasadf) em suas publicações nas redes sociais. É uma forma de manter a economia girando, a população sendo abastecida e os nossos produtores em atividade”, explica o presidente da Ceasa-DF, Onélio Teles.
A Ceasa conta com cerca de 160 varejistas que vendem, em sua maioria, frutas, legumes e verduras, e em menor escala pães, bolos, embutidos, castanhas e laticínios, entre outros produtos. Já no mercado da agricultura familiar predominam os hortifrútis orgânicos expostos por 60 produtores, representados por 28 associações.
Suporte
Os pequenos agricultores sentiram dificuldades na nova dinâmica de comercialização. Desabituados a receberem pedidos em massa e fazer poucas entregas, se viram diante de um embaraço no atendimento, inclusive para cumprir as normas de higienização e desinfecção das embalagens e produtos.
Diante disso, a Agro-orgânica, que reúne 33 produtores, se associou a um banco social privado para organizar a logística de atendimento e dar suporte aos seus associados no atendimento em delivery. Por meio do site agroorganica.com.br, moradores de 13 regiões de Brasília poderão fazer pedidos e recebê-los em casa às terças, quintas e sábados. A operação começa a valer neste sábado (28) e deverá se estender a outras regiões nas próximas semanas.
“Nós acatamos, respeitamos e apoiamos as medidas acertadas do GDF e estamos nos adaptando a essa realidade de reclusão das pessoas em casa sem deixar de dar suporte às duas pontas da cadeia: os produtores e consumidores”, informa o diretor-presidente da cooperativa, Josecler Moreira.
Atacado normal
Vale lembrar que somente a comercialização a varejo está suspensa. As vendas no atacado, em caixas e sacos fechados, em grande quantidade, estão funcionando normalmente – tanto no Mercado Livre do Produtor, que são as bancas expostas no galpão da Ceasa, às segundas e quintas-feiras, das 4h às 12h, quanto nos boxes, de segunda a sábado.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Brasília Ambiental oferece jogos para lazer e educação em casa



Jogo de cartas da coleção Eu Amo Cerrado reforça importância do bioma e ajuda pais e crianças a passar o tempo, de forma lúdica e divertida, durante a reclusão em tempos de pandemia

Uso das cartas promove o conhecimento das espécies de fauna e flora do Cerrado e contribui para a criação da consciência de preservação do bioma | Foto: Marcus Paredes / Brasília Ambiental
Em tempos de pandemia de coronavírus, ficar em casa pode ser divertido e pedagógico. Foi apostando nisso que a equipe da Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Brasília Ambiental disponibilizou, em versão online (PDF), o jogo de cartas da coleção Eu Amo Cerrado, dividido em duas formas de brincar: Memória e Pirá-Brasília. São dois lúdicos instrumentos de lazer e educação ambiental para adultos e crianças.
O jogo da Memória foi idealizado pela ativista ambiental Louise Amand Kaiser, que apoiou criação e seleção de imagens a partir da coleção de cartazes e folders, criada pela equipe da Educ. Ganha o jogo quem conseguir formar o maior número de pares, a partir do embaralhamento das cartas. É possível usar número de cartas reduzido, dependendo do tempo e da quantidade de pessoas que vão participar da brincadeira.
“Neste momento em que temos que ficar em casa para a preservação da nossa saúde, da família e dos outros – e também em que não podemos desfrutar o meio ambiente – ela [natureza] pode vir até a nós, por intermédio destes jogos”, afirma o chefe da Educ, Marcus Paredes.
Interagindo com material, a equipe da Educ percebeu que poderiam existir outras formas de jogar.  “Assim, surgiu a vontade de fazer um manual explicando o uso do jogo e incentivando a criatividade das pessoas para inventar outras possibilidades de uso das cartas”, lembra a analista e coordenadora do projeto Eu Amo Cerrado, Mariana Ferreira dos Anjos.
Jogos foram produzidos por equipes do Brasília Ambiental | Foto: Marcus Paredes / Brasília Ambiental
O jogo de cartas consiste em 32 pares, sendo que as imagens de seis pares são de peixes; de nove pares são de árvores; e de 17 pares são de frutos, todos do Cerrado. O conteúdo das cartas não possui toda coleção, que conta com mais de 300 espécies registradas. A equipe da Educ estima que, a partir do siteserá ampliado o acervo de imagens da biodiversidade do Cerrado.
Peixe
As mesmas 64 cartas podem ser utilizadas para jogar o Pirá-Brasília, nome que homenageia o pequeno peixe endêmico do DF, ameaçado de extinção. Esta sugestão de jogo é inspirada no Jogo do Mico, que ajuda a desenvolver o raciocínio lógico.  A diferença é que, no primeiro, quem fica com o Mico é o perdedor, e, no Pirá-Brasília, quem fica com a carta do Pirá é o vencedor.
“O objetivo é descartar todos os pares e finalizar o jogo com a carta Pirá-Brasília em mãos. Esse jogador tem a possibilidade de salvá-lo e preservá-lo”, explica Mariana, ressaltando o caráter lúdico e educativo da brincadeira.
A equipe da Educ ressalta que, além da diversão, essas formas sugeridas de utilizar as cartas promovem o conhecimento das espécies da fauna e da flora e contribuem para a criação da consciência de preservação do Cerrado. Também incentivam a memorização, principalmente das crianças, ao criar relações entre imagens, nomes populares e científicos do bioma.
O material lúdico ambiental está disponível para download no endereço http://www.ibram.df.gov.br/publicacoes-ecopedagogicas-da-educacao-ambiental-do-ibram/.
Divirta-se com o Cerrado! Imprima, pinte, recorte, cole, crie também sua forma de jogar e compartilhe conosco, nas mídias ou pelo e-mail ibram.educ@gmail.com.

* Com informações do Brasília Ambiental
AGÊNCIA BRASÍLIA