sexta-feira, 6 de março de 2020

PM do Pará discute violência contra a mulher e participação feminina na corporação



O III Encontro de Mulheres Policiais incluiu debates, atendimento médico e orientações psicológicas e preventivas

06/03/2020 21h20 - Atualizada hoje 22h15
Por Matheus Soares (PM)
Na semana que antecede o Dia Internacional da Mulher – 8 de Março, policiais militares da corporação no Pará participaram de programação especial no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, no bairro Parque Guajará, em Belém. Nesta sexta-feira (06), o encerramento contou com rodas de conversas sobre temas de interesse do público feminino, como violência doméstica e familiar e perspectivas das mulheres que integram a instituição. 
O evento teve a participação da deputada federal Elcione Barbalho; da diretora da 3ª Vara de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Pará, juíza Ariani Pratti; da representante da Coordenadoria da Mulher do TJ-PA, Raiane Freitas, e da tenente-coronel Sandra Leite, assistente social da PM. O grupo discutiu o tema "Violência Doméstica no Estado", e ainda a Lei Maria da Penha, números de feminicídio, tipos de violência e avanços na redução dos problemas que atingem as mulheres.
O comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior, presente ao encerramento, ressaltou o aumento da participação das mulheres na corporação. “O nosso comando é o que mais colocou mulheres na função de comandante de unidades operacionais, como a coronel Adriana Lúcia, à frente do Comando de Policiamento Regional VI, em Paragominas; a major Simone Chagas, no 14º Batalhão, em Barcarena, e a major Lindiany, na Cipoe, entre outras militares”, disse o coronel.
“Nós não fazemos isso por marketing, mas sim por reconhecer a competência da mulher, que é o que define o critério das nossas escolhas. Nós sabemos que a mulher tem um olhar diferente, por tudo que ela vivenciou, e nós vamos continuar empoderando-a, cada vez mais, porque isso só melhora a qualidade profissional e humana da nossa instituição”, acrescentou o coronel Dilson Júnior.
Trajetórias - A coronel Adriana Lúcia, que está à frente do CPR VI, em Paragominas, no sudeste do Estado, entrou na corporação em 1992. Ela falou sobre a oportunidade de ser responsável pelas ações de policiamento realizadas nos municípios de Paragominas, Dom Eliseu, Ulianópolis, Aurora do Pará, Mãe do Rio e Ipixuna do Pará. “Eu trabalhei muito tempo na área administrativa da corporação. Mas nós, mulheres, também somos formadas para atuar na atividade-fim da Polícia Militar. Ter essa oportunidade me deixa muito feliz, principalmente por ser atualmente a única mulher policial militar coronel a desempenhar essa função”, frisou a oficial.
A major Lindiany Patrícia, coordenadora do III Encontro de Mulheres Policiais da Polícia Militar do Pará, avaliou de forma positiva o evento. “Nós tivemos muitas mulheres policiais no encontro durante os dias de programação. No encerramento, ocorreram debates importantes. Também tivemos a oportunidade de discutir assuntos particulares e da instituição e, por isso, as nossas expectativas foram alcançadas”, acrescentou. 
Durante a programação do III Encontro de Mulheres Policiais foram oferecidos, por meio do Corpo Militar de Saúde da PM, atendimento médico e odontológico para 144 militares, além de avaliação nutricional e orientações psicológicas e preventivas.
agência pará 

Governo e Caixa assinam contrato de financiamento que garante obras de saúde e infraestrutura


Recursos também serão destinados para investimentos nas áreas de desenvolvimento, mobilidade urbana e turismo

06/03/2020 12h18 - Atualizada hoje 13h03
Por Larissa Noguchi (SECOM)
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáNa manhã desta sexta-feira (6), no Palácio do Governo, o governador do Pará, Helder Barbalho, assinou o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 537.332.634,96. O recurso é destinado para investimentos nas áreas da saúde, desenvolvimento, mobilidade urbana, infraestrutura e turismo.
Na ocasião, o governador do Pará anunciou onde o dinheiro desse novo contrato com a Caixa será aplicado. São obras de saúde pública, como a construção do Pronto Socorro do Bengui, aparelhamento do Hospital da Mulher, requalificação do Hospital Ophir Loyola e Hospital Gaspar Viana, implantação do sistema de drenagem e asfalto em todas as regiões do estado, abastecimento de água e investimentos em 13 municípios do Marajó que ganharão reformas e construções de novos terminais hidroviários e outras. “Esses investimentos permitem que o estado do Pará possa executar obras fundamentais para a vida dos paraenses”, destacou o governador.
"Nós estaremos consolidando dois novos hospitais para o estado, o especializado para a mulher, como também um novo pronto socorro para a capital. Assim como, estradas, interligando as regiões, obras de saneamento e abastecimento de água. Portanto, uma composição importantíssima que fortalece a capacidade de investimentos no Pará", Helder Barbalho - governador do Pará
Governador Helder Barbalho assina contrato de financiamento com a Caixa: obras fundamentais para a vida dos paraensesFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáEsses novos contratos de financiamentos para execução de grandes obras públicas só foram possíveis em decorrência do equilíbrio fiscal do Governo do Pará, em 2019. “Nós temos feito um trabalho de controle, de receitas e despesas para poder focar em grandes investimentos. O ano de 2019 foi um ano muito bom, baixamos os dados de alerta e fomos o sexto estado que mais investiu no Brasil”, ressaltou Hanna Gassan, secretária de planejamento e administração pública.
Antônio Simões, sup. regional da Caixa Econômica FederalFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáA Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira que auxilia no financiamento de obras públicas e faz as intermediações de recursos federais para os governos estaduais. “Essa é uma operação financeira, um empréstimo, onde a Caixa tem orgulho e prazer de participar como agente financeiro. Vamos juntos atuar no desenvolvimento sustentável, na geração de emprego e renda e na melhoria da população”, reforçou Antônio Simões, superintendente regional da Caixa Econômica Federal.

DER/DF reforça o combate à dengue com limpeza de paradas de ônibus



Remoção de entulho e limpeza dos abrigos têm como objetivo eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti



As equipes do DER-DF têm trabalhado intensamente em ações de combate à doença, principalmente na remoção de entulhos | Foto: Divulgação / DER-DF
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) tem abraçado iniciativas que colaboram no combate à dengue. Uma delas, encampada pela Superintendência de Operações, é a limpeza de paradas de ônibus nas rodovias distritais.
Nesse campo de atuação contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, profissionais do DER/DF têm feito a limpeza nos arredores e nas paradas de ônibus em vias administradas pelo departamento. Os tetos dos abrigos de ônibus têm sido limpos e desentupidos, e os entulhos removidos, tudo para que não sobre qualquer possível foco transmissor da doença.
Vistorias
Cada um dos cinco distritos rodoviários do DER/DF está responsável pelas paradas de ônibus de cada região. O trabalho teve início na quinta-feira (5) e prossegue até que todas as paradas tenham sido vistoriadas. O serviço é feito com enxadas, vassouras e demais itens para a retirada dos materiais.
“A dengue é uma doença que está acometendo pessoas em todo o DF, então temos que ter participação de todos os órgãos e da Defesa civil para minimizar o mosquito”, alerta o superintendente de Operações do departamento, Murilo de Melo Santos. “Essa é uma ação integrada, em conjunto com as administrações regionais e a Secretaria de Saúde. É uma busca para minimizar esse problema que aflige todos nós.”
Ações integradas
Além da limpeza das paradas de ônibus, o DER/DF tem empreendido ações nos galpões e áreas internas, como depósitos de materiais e de placas. “Onde há equipamentos parados, basculantes e outros possíveis focos de dengue, nós temos trabalhado”, relata Murilo Santos. “É uma ação visual. Onde pode ter água parada, nós fazemos as intervenções. A Vigilância Ambiental fez aplicação de fumacê em alguns de nossos departamentos”.
A iniciativa do DER/DF tem sido seguida por parte das administrações regionais. A do Itapoã limpou todas as paradas de ônibus da cidade. Foram encontrados entulhos, folhas de árvore, pedaços de madeira, terra, garrafas e até roupas de cima dos abrigos. Tudo foi removido para permitir que o fluxo de água seja normalizado nas paradas e não haja acúmulo. Esse trabalho também teve início em Taguatinga.

Brasileiros deportados contam que viajaram algemados



Segundo deportados ouvidos pela reportagem, só não foram algemadas pessoas que estavam acompanhadas de crianças pequenas.

Brasileiros deportados contam que viajaram algemados
Notícias ao Minuto Brasil
06/03/20 22:45 ‧ HÁ 19 MINS POR FOLHAPRESS
MUNDO EUA-IMIGRAÇÃO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - No saguão do aeroporto internacional de Confins (a 37 km de Belo Horizonte), usando o telefone da mãe, Danilo Dias Lima, 25, contou ao irmão Délcio, 39, sobre a viagem que acabara de fazer: "A gente veio algemado".
 
Danilo é um dos 55 brasileiros que desembarcaram em Minas Gerais nesta sexta-feira (6), no sétimo voo a trazer deportados detidos por tentar entrar nos Estados Unidos com documentação irregular. O irmão dele segue preso no estado do Texas.
Segundo deportados ouvidos pela reportagem, só não foram algemadas pessoas que estavam acompanhadas de crianças pequenas. Os demais viajaram com algemas e correntes nos pulsos, em volta da cintura e nos pés.
Uma mulher de 20 anos, que pediu para não ser identificada, afirmou que os passageiros não tinham marcas na pele porque as correntes foram tiradas cerca de meia hora antes do desembarque.
Em janeiro, brasileiros deportados em outro um voo dos Estados Unidos já haviam denunciado que foram algemados durante a viagem de volta ao Brasil. Bolsonaro chegou a criticar a ação, mas depois recuou.
Natural de Ipatinga (a 213 km da capital), a mulher ouvida pela reportagem foi separada da mãe, que segue detida nos Estados Unidos, sem data para voltar. Segundo ela, a única vez em que as duas se viram foi no local onde os detidos são levados para o café da manhã, apesar de terem sido presas ao mesmo tempo.
Já Danilo foi detido em data diferente do irmão, mas também não o encontrou. Ele foi pego dentro da cidade de El Paso, no Texas, depois de ter escalado um muro de cerca de sete metros que separa os Estados Unidos e o México, com uma corda colocada pelos coiotes.
Quando entrou na cidade, seguindo a instrução dos atravessadores, correu para encontrar um local para se esconder, e ficou debaixo de uma carreta pequena. Caso conseguisse escapar, deveria mandar a localização para que um carro o apanhasse. Acabou sendo encontrado em meia hora. "Passava um filme de terror pela cabeça, não gosto nem de imaginar", diz.
Danilo passou quatro dias em um centro de detenção de imigrantes, numa sala gelada, conhecida como icebox (caixa de gelo). Depois, foi levado a uma prisão federal, onde passou outros seis dias cumprindo a pena que um juiz estabeleceu por ter sido encontrado dentro do país, sem documentos.
Ele diz que dividiu a cela com acusados por tráfico e homicídio.  No resto do tempo que passou nos EUA -cerca de 40 dias no total - ele ficou em um centro de detenção junto a outros migrantes em situação irregular. Ele conta que perdeu 10 kg por causa da alimentação precária.
A família enviava dinheiro para que conseguisse comprar macarrão instantâneo e biscoito na lojinha do local. Lá, ele se comunicava com a esposa grávida por chamadas telefônicas e conversas em vídeo por meio de aplicativos – detido precisa ter dinheiro depositado para poder usá-los.
A deportação de Danilo foi rápida. No mesmo centro de detenção onde ficou, no condado de Otero, uma espécie de galpão dividido em unidades internas, outro brasileiro está há quase um ano e ainda não passou por nenhum processo.
Há outros que já assinaram o pedido de deportação, mas esperam há quatro meses, sem data firmada para retorno. "Conheci um rapaz de Ipatinga, com a mesma situação que a minha, pulou o muro, e faz seis meses que está lá. Ele ganhou uma data agora, para o dia 16, mas já é a terceira vez", conta.
Danilo foi pego em janeiro e ficou sabendo que voltaria para casa na terça-feira (3). O irmão dele, Délcio, está detido desde o fim de dezembro e não tem data para voltar. Ele trabalha por US$ 1 ao dia (R$ 4,63) limpando o centro de detenção. 
Délcio só assinou o pedido de deportação no fim de fevereiro. Até então, queria enfrentar um processo para tentar ficar. Essa é a sua segunda prisão. No ano passado, já havia passado seis meses detido nos EUA também por imigrar irregularmente.
"Fiquei dois meses sem ter notícias dele, desesperada", conta a mãe deles, Joana D'Arc Dias, 65. "Você não sabe se está vivo, se está morto, como está. Ele falava comigo: mãe, aqui é onde filho chora e mãe não vê", diz ela, sem segurar o choro.
Joana pediu que os filhos não viajassem aos Estados Unidos, mas os dois diziam querer uma vida melhor e aproveitar o preço mais alto do dólar. Pai de três filhos, Délcio queria juntar dinheiro para pagar a faculdade para a filha mais velha, de 18 anos.
Já Danilo planejava trabalhar para dar um futuro melhor ao filho Gabriel, ainda na barriga da mãe, Bárbara, grávida de seis meses. Trabalhando com pintura e colocação de gesso em imóveis, ele diz que vive de bicos, sem conseguir emprego fixo, há quatro anos.
A oferta que os irmãos e outros deportados ouvidos pela reportagem receberam era viajar até o México sem nenhum gasto para tentar atravessar. Caso conseguissem entrar e ficar nos Estados Unidos, começariam a pagar a dívida.
No caso de Danilo, o acordo previa que ele deveria pagar US$ 22.000 (R$ 101,79 mil) para o agenciador. Ele diz que US$ 11 mil (R$ 50,89 mil) deveriam ser entregues assim que conseguisse chegar a Nova Jersey, onde tinha um emprego para instalar drywall em casas, ganhando US$ 120 (R$ 555,20) por hora.
O pagamento inicial, diz ele, viria de um empréstimo com um amigo. O restante ele deveria pagar em parcelas de US$ 1.000 (R$ 4.630) por mês, com o dinheiro que ganharia.
Caso ele ou o irmão não conseguissem honrar o compromisso, a casa da mãe foi dada como garantia. Como os dois foram detidos, ele diz que não precisa pagar nada.
De acordo com um homem de 24 anos que também foi deportado, os agenciadores não perdem, porque a cada 300 pessoas que são enviadas de volta ao Brasil, 1.000 conseguem ficar nos EUA. Ele afirmou nunca ter encontrado ou visto os agenciadores que conseguiram passagem para ele e para o irmão de 16 anos.
Os voos são fretados por Washington, mas devem ser autorizados pelo governo brasileiro. Outros dois estão previstos para chegar na próxima semana, segundo a BH Airport, que administra o aeroporto de Confins.
Desde outubro do ano passado, 481 brasileiros foram devolvidos os Brasil em sete voos. A esperança de Joana e Danilo é que Délcio possa estar em algum dos próximos.
"Foi uma felicidade que não tem como descrever vê-lo ali. Tem muita gente que eles dão a data e a pessoa não vem, fica por lá. Meu maior medo era aquela porta abrir e ele não chegar", diz a esposa de Danilo, Bárbara Mauro, 26.
MUNDO AO MINUTO 

Treinamento de agentes para combate à dengue começa na segunda (9)



Servidores aprovados em seleção simplificada do Iges/DF vão receber aulas expositivas no auditório da Imprensa Nacional antes de iniciarem trabalho em campo



Os 600 servidores aprovados na seleção simplificada do Instituto de Gestão da Saúde (Iges/DF) para reforçar as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti vão ser capacitados a partir de segunda-feira (9). Os treinamentos serão no auditório da Imprensa Nacional até sexta-feira (13) para que na segunda (16) os primeiros grupos iniciem o trabalho em campo.
Divididos em duas turmas, eles vão ter aulas expositivas durante toda a semana, de 8h30 às 17h30. Um grupo vai acompanhar as aulas entre segunda e quarta pela manhã, enquanto o outro inicia na quarta a tarde e encerra na quinta e sexta pela manhã. Os cursos durarão até que os 600 profissionais estejam capacitados.
Esses servidores irão percorrer as 33 regiões administrativas do Distrito Federal. Eles reforçam o trabalho de fiscalização e orientação da comunidade do DF no combate ao mosquito transmissor da dengue. Atividades de campo para eliminar focos do inseto com a administração de produtos biológicos; visitas domiciliares; ações educativas e cadastro das famílias estão entre as atividades desenvolvidas.
A atuação dos 600 agentes – quando finalizado o treinamento – será dividida de acordo com as regiões de Saúde do DF (Norte, Sul, Leste, Oeste, Sudoeste, Centro-Sul e Sudoeste) e o grau de áreas críticas. Ao todo serão 50 profissionais para atuar no Gama; 50 em Santa Maria; 100 em Brazlândia; 100 na Fercal; 100 em Planaltina; 100 em São Sebastião; 50 na Vila Planalto e 50 no Guará II, totalizando os 600 agentes.
Em 24 de janeiro, o Governo do Distrito Federal declarou situação de emergência na saúde pública, pelo prazo de 180 dias, em razão do risco de epidemia por doenças transmitidas pelo mosquito do Aedes Aegypti (dengue, zika e chikungunya). A situação de emergência veio por meio de decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha e prevê a adoção de medidas administrativas para conter a possível epidemia. O decreto tem como objetivo agilizar a aquisição de insumos e produtos e também de serviços e pessoal, respeitando a legislação vigente.
O combate à dengue é prioridade para o Executivo local. O trabalho integrado envolve diferentes programas secretarias e órgãos e contam com salas de triagem; tendas de hidratação; vistoria com drones; mutirões com apoio do Corpo de Bombeiros; ações do DER/DF; atuação do GDF Presente na remoção de entulhos e limpeza; sistema de alerta da Defesa Civil; remoção de carcaças nas ruas; apoio de líderes religiosos, da Polícia Militar do DF, entre outros.
Seleção
Um total de 52.438 candidatos se inscreveram para o processo seletivo que escolheu agentes comunitários de saúde e de vigilância ambiental em saúde para o cargo temporário na Secretaria de Saúde. O salário para os agentes comunitários em saúde é de R$ 1,7 mil, mais auxílio alimentação de R$ 394,50 e auxílio transporte. Para os agentes de vigilância ambiental, a remuneração é de R$ 2 mil, com direito também aos benefícios de alimentação e transporte. Segundo o edital, o contrato é temporário, com duração de seis meses.
    DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Governo nomeia 821 professores para a rede pública de ensino



Profissionais vão ser distribuídos de acordo com a necessidade de cada uma das regionais de ensino



| Foto: Vladimir Luz / Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal nomeou nesta sexta-feira (6) 821 professores de diversos componentes curriculares para atuar na rede pública de ensino do Distrito Federal. As nomeações (veja a tabela abaixo) foram publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A maioria delas foi destinada ao componente “Atividades”, haja visto ser esta a maior demanda da rede. Esses professores atuam na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.
Além disso, também foram nomeados professores de artes, biologia, ciências naturais, filosofia, física, geografia, história, espanhol, francês, inglês, português, matemática, química e sociologia. Para alguns componentes curriculares, como artes e matemática, todos os aprovados no concurso foram nomeados.
Foram realizadas ainda nomeações para profissionais que devem atuar nas escolas técnicas da Secretaria de Educação (SEEDF) nas áreas de administração, eletrônica, enfermagem, informática, nutrição. As nomeações foram para carga horária de 20 e 40 horas semanais.
Carência
As orientações para os novos nomeados já estão disponíveis no site da Secretaria de Educação. É necessário ficar atento ao cronograma de entrega dos documentos e aos prazos das demais solicitações que podem ser feitas, como o reposicionamento de fila.
Os professores nomeados foram aprovados no último concurso público da Secretaria de Educação, em 2016, cuja validade segue até setembro de 2021. No total, já foram nomeados 2,5 mil professores, desde a homologação do concurso, que previa 800 vagas. Cerca de 2,9 mil candidatos foram aprovados.
No início de 2019, a SEEDF solicitou 1,2 mil nomeações. Em agosto do mesmo ano, apenas 200 foram autorizadas. Dessa forma, o Secretário de Educação, João Pedro Ferraz, passou a negociar diretamente com a Secretaria de Economia a viabilização de mais nomeações de professores.
Confira abaixo a tabela de nomeações:
Administração1
Artes3
Atividades 469
Biologia11
Ciências Naturais51
Eletrônica2
Enfermagem12
Filosofia13
Física7
Geografia37
História39
Informática5
Espanhol10
Francês3
Inglês41
Português94
Matemática8
Nutrição1
Química3
Sociologia4
PCD
Atividades3
Ciências Naturais4
Fonte: Educação

* Com informações da Secretaria de Educação

Agricultores assentados pedem socorro: ‘A gente luta mas não consegue’



Cerca de 300 famílias do assentamento da Gleba rio Vermelho, em Rondonópolis (MT), vivem à margem, sem apoio do governo nem recursos


Cerca de 5.800 famílias vivem em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), distribuídos em 19 municípios ao sul e sudeste de Mato Grosso. Sem apoio, recursos e assistência técnica, agricultores familiares pedem socorro para continuar na atividade.
A dona Anália Silva tem 78 anos de vida e 30 anos como assentada. Mesmo depois desse tempo todo, ela ainda luta para driblar as dificuldades no pequeno sítio de 22 hectares. A agricultora tentar manter de pé o pequeno curral usado na ordenha do gado leiteiro, remendado com restos de madeira.
agricultores assentados, anália silva
Anália luta luta para manter o curral em pé. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural
“O sentimento é que a gente não pode continuar. Não tem com explicar: você luta, trabalha, vai daqui e vai dali, mas não consegue. Não tem como conseguir”, lamenta.
Viúva há cinco anos, o único recurso para suprir as necessidades da casa e alimentar as vacas vem da aposentadoria. “Mas é difícil, muito difícil. Perdi cinco vacas e o meu marido, isso é irreversível, ele me ajudava muito, o apoio era muito muito importante”, conta.
agricultores assentados, anália silva
A produtora Anália Silva faz o possível para alimentar o rebanho. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural
O lamento da produtora é o exemplo do descaso enfrentado por mais de 300 famílias, isso só no assentamento da Gleba rio Vermelho, em Rondonópolis (MT).
Quase um ano atrás, o pasto da propriedade de Aparecida Rocha foi destruído por um incêndio, que matou seis vacas. “Gostaria muito que os governos [federal e estadual] atendessem o nosso pedido e dessem uma solução e um pouco de ajuda financeira, porque precisamos refazer as pastagens”, conta.
agricultores assentados, Aparecida Rocha

A pastagem da propriedade de Aparecida Rocha pegou fogo um ano atrás e ela perdeu seis vacas. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural
De acordo com o presidente da União dos Pequenos Agricultores Rurais do Sul e Sudeste de Mato Grosso, Nelsivon Gomes, a única ajuda vem de dentro da comunidade. “Esses agricultores são guerreiros, porque tudo o que se faz, como estradas, é com parceria da população. As famílias se organizam por meio da associação. Do contrário, estaria tudo abandonado”, afirma.
A lentidão na regularização fundiária também ameaça a agricultura familiar da região, segundo Gomes. “Não há união dos entes federativos e o trabalhador fica de lado”, diz.