quarta-feira, 4 de março de 2020

Seguindo protocolos, educação infantil privada, pequenos eventos e equipamentos culturais e esportivos terão atividades retomadas em setembro




28 DE AGOSTO DE 2020 - 17:48 # # # # # # # #

Fhilipe Augusto - Texto
Carlos Gibaja - Fotos

De acordo com Camilo Santana, o retorno dessas atividades está condicionado a um rigoroso protocolo de segurança sanitária e capacidade reduzida, inicialmente. Creches e pré-escolas terão 30% do total de vagas e serão obrigadas a ofertar também ensino remoto

O novo decreto estadual que delibera sobre a retomada das atividades econômicas no Ceará, que passará a valer a partir da próxima segunda-feira (31), traz a autorização para o retorno de novas atividades nos municípios que já cumpriram a Fase 4 do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, informou o governador Camilo Santana, nesta sexta-feira (28), ao lado do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

De acordo com o documento, a partir do dia primeiro de setembro os estabelecimentos privados de Educação Infantil (creche e pré-escola) já podem retornar. Nesse início, a capacidade será para 30% das crianças e as unidades devem dar aos pais a opção pelo ensino remoto. Também ganham permissão para funcionar teatros, museus, bibliotecas e cinemas com 35% da capacidade. Atividades esportivas em locais abertos, como por exemplo areninhas e quadras esportivas, passam a ser permitidas. Por fim, a partir do dia 14 de setembro, pequenos eventos (com até 100 pessoas) estão liberados. Todas essas medidas são válidas para Fortaleza e os municípios da Macrorregião de Saúde de Fortaleza, que já cumpriram a Fase 4 do plano de retomada, e devem seguir um rigoroso protocolo sanitário.

Camilo Santana destacou que a liberação dessas novas atividades se deu após aval do Comitê Científico que acompanha a pandemia no Estado. “Nós discutimos dentro da orientação dos especialistas a situação da pandemia e definimos as decisões em relação ao novo decreto. Sempre temos nos pautado pelos dados científicos e com muita precaução a retomada das atividades econômicas. As medidas sempre foram tomadas ouvindo os especialistas, com prudência e responsabilidade. Estamos avançando bem no Ceará na retomada da economia e sempre melhorando os números em todas as macrorregiões”, disse.

Sobre outros segmentos e até mesmo parte dos que foram autorizados neste decreto, o governador informou que “todas as outras atividades, escolas públicas e demais séries das escolas privadas serão avaliadas no decorrer da semana pelo Comitê, sempre com muita prudência, respeitando a vida das pessoas”.

Cuidado

A cada dia que passa os números no Ceará, especialmente na Capital, melhoram e dão segurança para que as atividades econômicas sejam liberadas aos poucos. Contudo, para que não se corra o risco de um crescimento de indicadores, Roberto Cláudio pediu a colaboração da população para o cumprimento das regras de convivência social nesse período de pandemia.

“O mais importante de tudo isso é a consciência da gente. Estamos discutindo regras sanitárias, mas é muito importante que na ponta cada um de nós incorpore a responsabilidade de cumprir esses protocolos com muito rigor, que cada cidadão seja o fiscal desses protocolos e que a gente não esqueça que o distanciamento social mínimo e o uso de máscara são atitudes de bom senso. A gente está vencendo semana a semana. Esse plano de retomada sempre é cautelosamente decidido, mas é a força da nossa união, a responsabilidade e a consciência de cada um de nós que é a arma mais importante contra a Covid-19”, ressaltou o prefeito de Fortaleza.

O governador reforçou que é necessária essa atenção aos cuidados para que continuemos avançando e controlando a pandemia. “Há uma grande preocupação e prioridade com a saúde e a vida das pessoas, mas uma forte preocupação com a retomada da economia, o emprego e o trabalho. É por isso que temos feito isso com muita responsabilidade e cautela para que não haja nenhum retrocesso, como infelizmente aconteceu em outros locais do mundo”, pontuou o chefe do Executivo cearense.

Novas fases

O novo decreto estadual traz também as novas fases das macrorregiões do Interior dentro do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais. As macrorregiões de Sobral, Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe entram na primeira semana da Fase 4 e a do Cariri passa para a primeira semana da Fase 3.

Governo Federal 

PR: Colheita de soja atinge 54% da área; plantio de milho safrinha alcança 72%



soja colheita maquinas aen parana
Foto: AEN/Gov. PR
Do Broadcast
A colheita de soja da safra 2019/20 do Paraná atingiu 54% até essa segunda-feira 2, informou o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado. Na semana, os trabalhos de campo avançaram 12 pontos porcentuais. Da soja ainda no campo, 93% está em boa condição, 6% em situação média e 1% em condição ruim. Conforme o Deral, 66% das lavouras estão em maturação, 33% em frutificação e 1% em floração.
Quanto ao milho verão, 45% da safra paranaense foi colhida, em comparação com 37% na semana anterior. De acordo com o departamento, 94% das plantações estão em boa situação e 6% em condição média. Do milho no campo, 74% das lavouras se encontram em maturação, 25% em frutificação e 1% em floração.
O plantio de milho safrinha atingiu 72%, avanço de 11 pontos porcentuais em uma semana. Segundo o Deral, 99% das lavouras estão em boa situação e 1% está em condição média. Do milho já semeado, 72% das plantações estão em desenvolvimento vegetativo, 27% em germinação e 1% em floração.

 AGRO EM DIA 

FAPDF lança editais para programa de apoio a extensionistas



Um dos editais, inédito, é voltado à seleção de propostas para patrocínio de eventos e ações de disseminação científica



A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) lançou nesta quarta-feira (4) dois novos editais: um de patrocínio e outro de apoio a projetos de extensão. Os dois editais estão no site da fundação, na íntegra (confira aqui).
O Edital 02/2020 visa apoiar o desenvolvimento de projetos extensionistas com ações voltadas para promoção à saúde, ao desenvolvimento econômico regional, à integração social e à valorização da cultura e dos direitos humanos. É voltado para extensionistas de territórios e populações em situação de vulnerabilidade social do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride-DF).
O segundo (Edital 03/2020), inédito, é voltado à seleção de propostas para patrocínio de eventos e ações de disseminação científica. A FAPDF poderá apoiar ações atreladas à sua missão institucional e vinculadas às políticas públicas do setor de ciência, tecnologia e inovação do Governo do Distrito Federal. Poderão participar da seleção como proponentes pessoas jurídicas constituídas segundo as leis válidas no Distrito Federal.
Nos primeiros 45 dias de vigência desta edição inaugural do Edital de Patrocínio da FAPDF, que será de fluxo contínuo, será permitida a submissão de propostas com antecedência mínima de 15 dias à realização do evento pretendido. Após esse período serão válidas apenas propostas apresentadas com antecedência mínima de 45 dias da realização do evento para o qual se busca patrocínio.
O edital é regido pela nova Política de Patrocínio da FAPDF. O normativo foi lançado neste ano e está disponível no site da fundação.
* Com informações da FAPDF

Meninas do Brasil empatam com a Holanda no Torneio da França



Estreia das equipes terminou zerada para os dois lados. Marta jogou apenas 45 minutos, assim como Cristiane. Seleção teve atuação mediana

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Duelo entre Brasil e Holanda terminou sem gols

Duelo entre Brasil e Holanda terminou sem gols

Lance
Em jogo morno, Brasil e Holanda empataram em 0 a 0 na estreia das duas equipes pelo Torneio da França de Futebol Feminino. A competição é amistosa e serve apenas de preparação para as Olímpiadas de Tóquio, no Japão.

Marta e Cristiane, duas das principais jogadoras da seleção feminina, jogaram apenas metade. Enquanto a camisa 10 jogou apenas os primeiros 45 minutos, a artilheira saiu do banco e entrou no intervalo, jogando o segundo tempo.

Jogo equilibrado
O jogo teve chances para os dois lados. Com os dois times criando boas chances, nenhum dos dois conseguiu aproveitá-las. Luana, lateral-direita da Seleção Brasileira, foi o destaque da partida.
Polêmicas
O jogo teve dois lances polêmicos para o Brasil. Ludmila foi derrubada perto da área em contra-ataque bastante promissor, mas a juíza deu apenas cartão amarelo para a holandesa. Thaisinha também sofreu falta, mas dentro da área. A arbitragem ignorou e mandou o jogo seguir.

Meio-campo precisa de mais dinâmica
Com Pia Sundhage, a seleção melhorou na parte defensiva e na ofensiva. Mas o meio-campo ainda precisa evoluir. O problema já é antigo no Brasil, que já sofria com outros treinadores. A sueca tem uma missão difícil pela frente.
Flamengo no topo e Corinthians na lanterna: os times da Série A no ano

Com o início de março, já estamos no terceiro mês de 2020. Cada clube de Série A já completou, pelo menos, oito jogos oficiais na atual temporada, então chegou a hora de comparar como está o aproveitamento de cada um deles e qual é a posição dessas equipes na "classificação do ano". Veja onde está o seu time:
Foto: Lance!
R7

Coronavírus: por que é 'questão de tempo' a OMS declarar uma pandemia, segundo especialistas




Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil diz que surto originado na China já atende os critérios para ser considerado uma epidemia em escala global e afirmam que a organização deve reconhecer isso nos próximos dias

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Em dois meses, novo vírus identificado na China já chegou outros 77 países, em todos os continentes com exceção da Antártida

Em dois meses, novo vírus identificado na China já chegou outros 77 países, em todos os continentes com exceção da Antártida

Getty Images
Desde 31 de dezembro, quando a China informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) que um vírus até então desconhecido estava se espalhando pelo país, ele já chegou a outros 77 países e a todos os continentes exceto a Antártida, infectando mais de 93 mil pessoas e levando 3,2 mil delas à morte.
A escalada do surto originado na cidade chinesa de Wuhan e a velocidade com que o Sars-cov-2, como é chamado oficialmente o novo coronavírus, se espalhou pelo mundo impressionam, mas isso não é exatamente surpreendente em um mundo globalizado.
Outro aspecto torna mais preocupante esta evolução. Em ao menos 31 países, de todas as regiões do mundo, já foi comprovado que o vírus está se disseminando localmente.
Isso já seria suficiente, na opinião de especialistas, para que fosse declarada uma pandemia, ou seja, uma epidemia em escala global. Mas a OMS não fez isso até o momento, o que foi criticado pelo governo brasileiro, para quem a organização já deveria ter dado esse passo.
"Do ponto de vista técnico e epidemiológico, é claramente uma pandemia. A questão é a OMS reconhecer isso", diz Eduardo Carmo, pesquisador do núcleo de epidemiologia e vigilância em saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
"A meu ver, está havendo uma hesitação e uma demora, mas ela vai ter que declarar que há uma pandemia instalada."
Essa visão é compartilhada por outros especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.
Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro, diz que a situação atual já se configura como uma pandemia diante da transmissão sustentada do vírus nos continentes. "A expectativa é que a OMS declare nos próximos dias", diz Chebabo.
O infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), também acredita que "falta pouco" para isso ocorrer.
"A opinião de todos no mundo é que não se está conseguindo segurar o vírus. Provavelmente, a OMS ainda está se convencendo disso, mas, quando for comprovada a transmissão sustentada no Brasil, acho que vai declarar", diz Boulos.
A infectologista Rosana Ritchmann, do Instituto Emílio Ribas, concorda que estamos diante de uma pandemia e que o Brasil tem um peso importante na avaliação feita pela OMS.
"Há estudos que mostram que existem países-chave para a situação piorar, e o Brasil, por ter uma grande densidade populacional e ser um grande eixo regional de viagens internacionais, é um deles", diz Ritchmann.
"Na hora em que começarmos a ver casos (de transmissão) aqui dentro ou na Argentina, vão declarar. É uma questão de tempo."

O que é uma pandemia

A humanidade enfrenta pandemias desde ao menos 1580, quando um vírus do tipo influenza, que causa gripes, surgiu na Ásia e se espalhou para a África, Europa e América do Norte.
O termo é usado para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas ao redor do mundo simultaneamente.
Uma das pandemias mais graves já enfrentadas ocorreu entre 1918 e 1920. Estima-se que 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia da gripe espanhola, mais do que os 17 milhões de vítimas, entre civis e militares, da 1ª Guerra Mundial.
O exemplo mais recente foi a disseminação global do vírus influenza H1N1, que causou a pandemia da gripe suína, em 2009. Especialistas acreditam que ele tenha infectado milhões de pessoas e matado centenas de milhares.
Disseminação global do coronavírus gera receio em quase todos os países, entre eles o Paquistão

Disseminação global do coronavírus gera receio em quase todos os países, entre eles o Paquistão

AFP
Mas uma pandemia não se caracteriza pela gravidade da doença que ela causa. "O principal fator é o geográfico, quando todas as pessoas no mundo correm risco", diz Ritchmann.
Pandemias são mais prováveis com novos vírus. Como não temos defesas naturais contra eles ou medicamentos e vacinas para nos proteger, eles conseguem infectar muitas pessoas e se espalhar facilmente e de forma sustentada.
O novo coronavírus preenche todos estes requisitos, na opinião do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Para ele, a organização já deveria ter declarado uma pandemia. "Já tem critérios para isso", disse Mandetta em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (26/02).
Nancy Messonnier, diretora do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a agência governamental americana de saúde pública, afirmou há uma semana o novo coronavírus se aproximava rapidamente de um status pandêmico.
"O fato de esse vírus ter causado doenças, incluindo doenças que resultaram em morte, e uma propagação sustentada de pessoa para pessoa é preocupante. Esses fatores atendem a dois dos critérios para uma pandemia", disse Messonnier.
"À medida que a disseminação local é detectada em mais e mais países, o mundo se aproxima do terceiro critério: disseminação mundial do novo vírus."

OMS age com cautela diante do novo coronavírus

A OMS tem sido cautelosa em confirmar oficialmente a progressão da gravidade do surto.
No fim de janeiro, a organização reuniu por duas semanas seguidas seu comitê de emergência para avaliar se havia uma situação de emergência de saúde pública de interesse internacional.
Após a primeira reunião, disse que ainda era cedo para isso, mas, após a segunda, reconheceu que a disseminação internacional do Sars-Cov-2 representava um risco para outros países e exigia uma resposta global coordenada para conter o novo coronavírus.
Naquele momento, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a transmissão local fora da China e um receio sobre o impacto do coronavírus sobre países com sistemas de saúde mais frágeis levou àquela decisão.
E foi só no sábado passado que a organização disse que o novo coronavírus representa um perigo "muito alto" globalmente, o nível máximo de sua classificação de risco.
O mesmo padrão parece se repetir agora. Ghebreyesus afirmou na semana passada que o vírus tem um "potencial pândemico", mas que ainda não tinha chegado a este estágio, porque não estaria se espalhando livremente pelo mundo, nem provocando mortes em larga escala.
"Estamos monitorando a situação a cada momento do dia e analisando os dados. Já disse isso antes e vou repetir: a OMS não hesitará em declarar uma pandemia, se as evidências apontarem isso", disse Ghebreyesus na segunda-feira (02/03).

Por que a OMS ainda não declarou uma pandemia?

Declarar uma pandemia significa dizer que os esforços para conter a expansão mundial do vírus falharam e que a epidemia está fora de controle. No entanto, esta crise passa agora por um momento singular desde que começou.
O grupo de nações afetadas cresce dia a dia, assim como daquelas onde há transmissão local, mas o número de mortes fora da China superou pela primeira vez, nesta quarta-feira (4/2), os óbitos registrados no país. O número de casos confirmados entre os chineses também vem caindo progressivamente.
"Declarar ou não uma pandemia depende do recado que a OMS quer passar para o mundo", afirma Chebabo.
"A OMS usa o exemplo da China e de outros países, como Vietnã e Camboja, que tiveram casos no início e conseguiram conter a disseminação, para dizer que ainda há espaço para contenção."
Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que não hesitará em declarar uma pandemia quando houver evidências científicas disso

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que não hesitará em declarar uma pandemia quando houver evidências científicas disso

AFP
Ao afirmar que estamos diante de uma pandemia, a OMS sinaliza que é hora de passar para a fase de mitigação, ou seja, deixar de se concentrar na detecção de novos casos e adotar medidas para tratar os pacientes em estados mais grave e evitar mortes.
Mas, antes disso, a organização precisa garantir que terá como apoiar os países mais pobres na ações necessárias para isso, diz Boulos.
"A OMS subsidia muitos países e deve estar se mexendo há algum tempo para garantir que, na hora em que a pandemia for declarada, terá os recursos financeiros necessários."
A organização também tem sido cuidadosa diante da evolução do novo coronavírus porque foi bastante criticada por ter considerado a disseminação da gripe suína uma pandemia, três meses após ela eclodir no México.
Isso gerou uma corrida global para a compra de medicamentos e outros insumos para combater o vírus H1N1, que, depois, se mostrou menos letal do que se esperava.
Carmo, da Fiocruz, participou de um comitê independente que avaliou a resposta da OMS diante da gripe suína e diz que, na época, a decisão não foi tomada de forma isolada pela organização, mas com base em estudos científicos que faziam "previsões catastróficas".
Ele avalia que a OMS deve declarar agora uma pandemia para que seja possível otimizar recursos e direcionar esforços de forma mais eficiente, e evitar assim um colapso dos sistemas de saúde de seus países-membros.
"Quanto mais há esse atraso, mais esses sistemas vão estar concentrados em detectar novos casos enquanto precisam lidar com os pacientes graves, o que leva a uma sobrecarrega. Se não houver uma mudança, os insumos e pessoal que temos à disposição serão insuficientes para dar conta da situação", afirma Carmo.
O Ministério da Saúde disse à BBC News Brasil que, independentemente da declaração de pandemia, já "está se preparando para uma fase de transição entre a contenção do vírus e o atendimento à população afetada".
A OMS não respondeu a um pedido de entrevista para esta reportagem.

Vírus é menos letal, mas causa pânico

Incerteza em torno do novo coronavírus faz o mercado de ações acumular sucessivos resultados negativos

Incerteza em torno do novo coronavírus faz o mercado de ações acumular sucessivos resultados negativos

EPA
Ao mesmo tempo, o novo coronavírus apresenta um grande potencial de transmissão, mas parece ser menos letal do que aqueles por trás de outras duas epidemias nas últimas duas décadas.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da covid-19, a doença causada por este vírus. Este índice foi recentemente revisado para cima pela organização, que antes apontava uma taxa de letalidade de cerca de 2%.
Ainda assim, é uma proporção bem menor do que a registrada nos surtos de coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), em que 10% e 35% dos pacientes morreram, respectivamente.
Diante disso, o diretor-geral da OMS justificou a decisão de não ter declarado uma pandemia até momento ao dizer que usar esse termo sem o devido cuidado pode ampliar um medo desnecessário na população e ter um grande impacto sobre os sistemas de saúde locais.
Boulos diz que isso não pode ser uma justificativa, porque alimentos e outros produtos básicos já estão se esgotando em supermercados e farmácias, os mercados de ações tem acumulado sucessivos resultados negativos e já houve vários casos de hostilidades contra cidadãos chineses e de outros países onde o surto é mais grave.
"Em um mundo globalizado, o pânico já está acontecendo há algum tempo. Veja o que está ocorrendo no Brasil, onde temos apenas dois casos confirmados e não se acha mais álcool ou máscaras. Tudo acabou antes mesmo da epidemia começar aqui."

Milho: safra verão do RS deve totalizar 28,72 mi de toneladas, diz Emater


CENÁRIO NO CAMPO


Se a projeção se confirmar, a colheita será 13,8% menor que o previsto inicialmente pela entidade, em agosto do ano passado

milho


Foto: Ministério da Agricultura


A safra de grãos verão 2019/2020 do Rio Grande do Sul deverá ser a menor desde 2016, com o total de 28,72 milhões de toneladas de grãos, segundo a Emater-RS/Ascar. Se a projeção se confirmar, a colheita será 13,8% menor que o previsto inicialmente pela entidade, em agosto do ano passado, e interromperá três ciclos consecutivos de crescimento da produção de grãos no Estado.
Para a safra 2019/2020, a Emater estima que o Estado deverá colher 16,54 milhões de toneladas de soja, 4,69 milhões de toneladas de milho em grão, 9,9 milhões de toneladas de milho silagem, 7,40 milhões de toneladas de arroz e 91.938 toneladas de feijão.
A previsão é de que a produção total represente R$ 32,72 bilhões para a economia do Estado. O volume, considera a entidade, poderia ser R$ 4,28 bilhões maior caso não fossem registradas perdas nas lavouras de soja e milho. Os dados foram levantados na segunda quinzena de fevereiro. As estimativas para a safra de verão do Estado foram divulgados nesta manhã durante a Expodireto Cotrijal, que ocorre em Não-me-Toque.
Segundo a Emater, a revisão para baixo na estimativa de safra decorre das adversidades climáticas que prejudicaram as lavouras gaúchas como a seca registrada desde dezembro do ano passado. “Mesmo assim, apesar dos números, essa é considerada a quinta melhor safra do Estado, em virtude do incremento acentuado no rendimento de produção dos últimos anos”, disse o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri.
A entidade informou também que as estimativas podem ser atualizadas a qualquer momento, em virtude do baixo porcentual de área colhida de algumas culturas e de ocorrências meteorológicas que possam interferir de forma expressiva nas projeções.
04 de março de 2020 às 16h27
Por Estadão Conteúdo